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Nam-myoho-renge-kyo | Caderno BVD • BS • Ed.

2289 • 29/08/2015 • Quezia Rebeca Silva Flores (723343)

BS

CADERNO BVD

Nam-myoho-renge-kyo
“Recitar o Nam-myoho-renge-kyo é a maior de todas as alegrias”
SIGNIFICADO LITERAL:

NAM: derivado do sânscrito namas, significa “devotar a própria vida”.

MYOHO: Lei Mística, a realidade imutável e essencial de todos os fenômenos.

Myo: Místico, indicando que o mistério da vida é de inimaginável profundidade.

Ho: Lei. É uma lei vasta, profunda e que abarca todos os fenômenos do universo.

RENGE: Flor de lótus, simboliza a simultaneidade de causa e efeito.

KYO: Sutra ou o ensinamento eterno do Buda.

ORIGEM:

Myoho-renge-kyo é o título do Sutra do Lótus, o ensinamento do primeiro buda registrado


historicamente, Shakyamuni, que viveu na Índia há 2,5 mil anos. Muito tempo se passou até que no
século 13, no Japão, Nichiren Daishonin, após ter estudado profundamente as principais doutrinas,
concluiu que o Sutra do Lótus continha o ensinamento mais profundo de Shakyamuni e que o título
Myoho-renge-kyo era sua essência. Ao antepor a palavra nam, ele transformou o que seria um
simples título num caminho direto para a iluminação de todas as pessoas. Assim, no vigésimo
oitavo dia do quarto mês de 1253, Nichiren Daishonin recitou pela primeira vez o Nam-myoho-
renge-kyo.

SIGNIFICADO DA LEI MÍSTICA:

A Lei Mística é a verdade inerente à nossa própria vida e no universo. Não se trata de algo que
Daishonin inventou, mas da realidade fundamental que permeia tudo e rege todos os fenômenos
universalmente.

Fazendo uma analogia, Isaac Newton foi um grande cientista que descobriu a lei da gravidade. Ele
não “inventou” uma teoria, pois a lei da gravidade sempre existiu. Ele percebeu que os objetos
caem no chão devido à atração que a Terra exerce sobre todos os corpos. Portanto, a lei da
gravitação não foi “inventada” mas, sim, revelada por Newton. Por ter percebido a existência da
força universal da gravidade, ele é considerado um cientista.

Nichiren Daishonin percebeu a existência da realidade fundamental da vida e expressou-a na


forma da Lei Mística, do Nam-myoho-renge-kyo. Por ter despertado para esta verdade, ele é
considerado buda original. “A Lei Mística não existe fora do mundo fenomenal, o que nos leva a
concluir que é inseparável da nossa vida. Cada forma de vida é a entidade da Lei. Com nossa visão
superficial, é difícil acreditar que nossa vida seja realmente a Lei Mística e, dessa forma,
desperdiçamos nossos esforços tentando encontrá-la em algum outro lugar” (BS, ed. 1.591, p. A6).

“Recitar Nam-myoho-renge-kyo é integrar nossa vida com a Lei Mística. É a prática budista que
funde nossa vida com essa Lei. É também uma batalha para vencermos a escuridão inata que
tenta nos impedir de fazermos essa fusão. Quando vencermos a escuridão da ilusão e da
ignorância por meio da fé e nos tornarmos inseparáveis da Lei Mística, o infinito poder dessa
grande Lei manifesta-se em nossa vida. Este é o imensurável benefício da recitação do Nam-
myoho-renge-kyo” (Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, p. 37).

FRASES

“O Nam-myoho-renge-kyo é como o rugido de um leão. Que doença pode, portanto, ser um


obstáculo?”

(Resposta a Kyo’o – CEND, v. I, p. 431)

“Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento
quanto a alegria como fatos da vida e continue recitando o Nam-myoho-renge-kyo,
independentemente do que aconteça. Que outro significado isso poderia ter senão a alegria
ilimitada da Lei? Fortaleça o poder de sua fé mais do que nunca”

(A Felicidade neste Mundo – CEND, v. I, p. 713)

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