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Mestranda em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia,
Campus de Ondina, 40170-290 Salvador-BA, Brasil
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Núcleo de Estudos Ambientais, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina,
40170-290 Salvador-BA, Brasil
3
Grupo de Estudos de Foraminíferos, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Campus de
Ondina, 40170-290 Salvador-BA, Brasil
O termo estuário é utilizado para designar ambientes que representam uma fronteira
entre os meios marinhos e fluviais, comunicando áreas oceânicas às zonas litorâneas (MAIA
et al., 2006). Já o manguezal é uma área situada na interface de ambientes terrestres e
marinhos e, assim como os estuários, estão entre os mais importantes ecossistemas
costeiros não só por sua biodiversidade como também pelo grande número de espécies de
alto valor econômico e social (SALEM et al., 2012).
Nas regiões de grandes movimentações urbano-industriais são encontrados
frequentemente os denominados elementos químicos não essenciais, produzidos
normalmente como rejeitos em processos fabris. Esses elementos químicos podem estar
associados ao material em suspensão em águas estuarinas, ligados a sólidos inorgânicos,
sólidos orgânicos e microorganismos. Existe ainda uma grande probabilidade de se unirem
a partículas sedimentares de granulometria muito fina, como silte e argila, devido à sua
grande superfície específica disponível (FRANZ, 2012).
Sendo assim, programas de diagnóstico, monitoramento e manejo de canais
estuarinos e zonas de manguezal, tornam-se cada vez mais necessários, devido à
quantidade de impactos gerados por conta desses eventos em áreas costeiras (QUEIROZ et
al., 2000). Também deve ser destacado que a aplicabilidade e o uso de bioindicadores tem
intensificado os estudos com organismos bentônicos já que estes são os mais expostos à
poluição (TEODORO et al., 2010). Dentre os organismos bentônicos, os foraminíferos
representam um dos grupos mais eficientes em estudos ambientais por conta de sua alta
sensibilidade, visto que tais microorganismos são pouco tolerantes a poluentes,
especialmente elementos químicos não essenciais e hidrocarbonetos (SAMIR, 2000).
Estes organismos tendem a ser os primeiros da comunidade parálica a responder
aos efeitos de estresse ambiental (PRAZERES et al., 2011), de modo que estudos
realizados com associações de foraminíferos bentônicos em regiões estuarinas e zonas de
manguezal são ferramentas muito importantes na indicação da qualidade ambiental dessas
áreas (LAUT et al., 2010).
O objetivo deste trabalho foi caracterizar a qualidade ambiental das zonas estuarinas
Jequitinhonha, Una e Belmonte utilizando os foraminíferos parálicos como organismos
indicadores do estudo através de um estudo integrado com outros parâmetros geoquímicos
dos sedimentos.
2. Materiais e Métodos:
3. Resultados e Discussões:
4. Referências:
FRANZ, C.; MAKESCHIN, F.; ROIG, H.; SCHUBERT, M.; WEIB, H. E LORZ, C. Sediment
characteristics and sedimentations rates of a small river in Western Central Brazil. Environ
Earth Sci, 65: 1601-1611, 2012.