Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
29/ogi
11/
a da
12 liber t ação e a cr ise da nossa época ( Clodovis BO FF)
A Teologia da Libertação (=TdL) estaria em crise? Pelo que parece, sim. Os sinais são bastante
claros: a TdL tem menos visibilidade, não faz mais notícia, publica menos e vende menos. E é menos
tema de conversa. Para alguns não é mais assunto in mais sim out. Aliás, pergunta-se por todo o lado o
que houve com ela: se hibernou ou se de fato não morreu.
Sem dúvida, há certo recuo de interesse por sua temática: compromisso social, opção pelos pobres,
comunidades de base (=CEBs), mudança do sistema, injustiça estrutural e por aí afora. São questões
que não têm a audiência de antes. Não dispõem do crédito anterior.
Os próprios militantes de frente na igreja mostram menos convicção e entusiasmo naquilo que
pensam e fazem. Sem falar dos que desanimaram da luta e da "caminhada".
É o que parece. Não se deve porém tomar as correntes de um tempo por critério de valor e menos
ainda por coisa definitiva. Isso vale, sobretudo, para as correntes da mídia, do mercado e da política.
Muitas vezes se trata de movimentos que agitam a superfície da história, simples conjuntas, quando não
meros modismos, e não correntes profundas.
Aqui, precisamos ser claros. Que seja dito logo de entrada: a TdL não é um processo
assim tão orgânico que possa ser colocado em crise de um momento para outro. Certo, a
crise atual pode ser profunda, mas mais profundo é o fundamento da TdL.
Nesse sentido, digamos de imediato que a TdL, mais que ser uma teoria é um "modo
de teologizar". Antes de ser um método específico, é uma sensibilidade. Tonrou-se um
hábito. É o jeito habitual de se fazer teologia na América Latina.
Como estilo próprio de fazer teologia, a TdL aborda qualquer problema que aparece
pela frente numa determinada maneira, isto é, pensando em termos de povo, comunidade,
participação, compromisso, transformação social. Quem acha que ela só pensa em política
não captou o "espírito da coisa". Pois se pegar a TdL pelo seu lado certo, isto é, em sua
fonte, o processo vivo, e não apenas em seus discursos, vai logo perceber que essa teologia
pensa toda problemática do povo: a política e tudo o mais; tudo, mais a política.
Que aí entra a política e não certamente a conta-gotas, só pode ficar admirado quem
não sabe como vive o povo e o quanto ele é vítima de um modo errado de organizar a
sociedade. Mas não julgue que por isso o povo vai deixar de ser mais religioso, porque a
síntese viva aqui desafia a análise abstrata.
Pois bem, quem tem experiência de povo e sabe o que o povo vive e sofre não tem
outra alternativa teológica. É possível fazer responsavelmente outra teologia neste
continente? A menos de fechar os olhos à realidade e fazer teologia para minorias. Mas
teríamos outra coisa aqui que uma "teologia decondomínio"?
É, portanto, esta atitude de fundo, feita mais de espírito que de método, mais de
vida que de teria, que "faz a diferença" entre a TdL e qualquer outra. por isso, esse jeito de
fazer teologia está por demais arraigado, "naturalizado", para se considerar assim tão
facilmente superado. E tem custado um preço por demais alto para ser assim tão
rapidamente abandonado.
E ainda que o fosse, vá que os teólogos da libertação "tirem o time do campo", fica
sempre a realidade nua e crua do povo gritando por uma TdL qualquer. Porque, enfim,
teologizar essa realidade é preciso! A TdL é a teologia "necessária". Não há como escapar.
E partindo deste espírito que a TdL ataca todo o feixe dos problemas que estão hoje
emergindo. Ela não tem uma agenda fechada. Pois se define como um modo de ver as
coisas e não tanto por essa ou aquela temática.
Falando sem rodeios, a TdL é uma "teologia de coisas" e não apenas de idéias: ela
faz da realidade vivida pelo Povo seu tema de reflexão.
Ora, uma vez que se captou qual é o "espírito" que anima, sustenta e garante TdL,
pode-se examinar agora pacata e objetivamente como ela reage à crise que envolve tudo e
todos.
Na análise da TdL e a crise, nossa posição é esta: se a crise toca essa teologia é no
nível das mediações, não no nível das raízes. Expliquemos.
As questões históricas que levantou não foram de modo algum solucionadas. Longe
disso. Antes, se transformaram e se agravaram: a miséria cresceu e tomou a forma de
exclusão em massa. E com exclusão, a dialética senhor-escravo passou em segundo plano
em favor de outra: a dialética integrado (embora dependente) e excluído. A perspectiva da
igualdade está novamente distante e sua visibilidade histórica mais problemática. Portanto,
a TdL, mais que há dez ou vinte anos atrás, continua "oportuna, útil e necessária",
afirmava João Paulo II, aos bispos do Brasil (abril 1984).
De resto, falando em geral, pode-se sustentar que, entre todos os grupos atingidos
pela gigantesca crise cultural que estamos vivendo, os militantes de igreja não se
encontram em condições mais desavantajosas que os outros. Não se sentem em absoluto
desarvorados. Ao contrário, dispõem de recursos que nem toda a esquerda tem: uma sólida
referência religiosa e uma sustentada vinculação com os pobres, sem falar no apoio em
uma instituição - a igreja - que possui lá sua vitalidade e crédito sociais.
Ao nível de suas mediações, muitas certezas falsas foram para o chão. Essas certezas
se situavam a um tríplice nível: (1) certezas de análise sobre o que era o sistema social
(capitalista); (2) certezas sobre o projeto histórico de sociedade, de como devia ser o
sistema (socialista) alternativo; (3) certezas sobre as estratégias corretas (de classe e
revolucionárias) para se chegar a encarnar a utopia.
Por outro lado, a crise não deixou de fortalecer a TdL em suas raízes. Essencializou-
a seus príncípios básicos. Operou nela uma concentração em torno de suas convicções de
fundo: a fé bíblica e a opção pelos pobres. Disso, em verdade, não há como arredar pé.
Antes pelo contrário: é só firmando-se aí que a TdL tem condições de enfrentar a crise e
propor saídas criativas.
Umas das razões por que se fala menos da TdL é que, em boa parte, esta teologia já
foi incorporada pela Igreja Institucional. Isso é bom. E, no fim das contas, um ganho. Fala-
se menos e faz-se mais TdL.
Há quem se tenha surpreendido (L. Sartori) com a rapidez com que Roma assumiu o
melhor desta teologia. Bastaram quinze anos: da publicação do livro "Teologia da
Libertação " de Gutiérrez em 1971 à instrução romana " Libertatis Conscientiae" em 1986.
Ou se pensa que Roma se move por bagatelas?
Efetivamente, as bandeiras principais da TdL, que são, a nosso ver, a opção pelos
pobres, dimensão sócio-libertadora da fé e a constituição de comunidades populares
(CEBs), não são mais só dela. Pertencem à igreja como um todo. Assim também, as idéias
de "pecado social", de "conscientização", de "missão profética", de "transformação das
estruturas" e outras mais já circulam com mais naturalidade dentro da área eclesial. Nesse
sentido, a TdL enriqueceu realmente a consciência social da Grande Igreja.
Circula no grande público uma visão equivocada segundo a qual a TdL teria sido
"condenada" pelo Vaticano. A verdade é o contrário: como proposta teológica nova, ela
foi substancialmente legitimada. Sim, foram-lhe feitas duas reservas sérias: o uso perigoso
do marxismo e o risco da redução da fé à política. Mas a mídia insistiu tanto nessas
reservas que o público acabou vendo a TdL reduzida a isso e portanto colocada
globalmente sob suspeita. Contudo, falando jornalisticamente, o Vaticano aprovou a TdL:
se não deu nota 10, ao menos nota 7.
A verdade é que existe hoje uma TdL em estado difuso no corpo de toda a Igreja. É
como um cubo de açucar que se diluiu no café. Como corrente específica, não se recorta
mais, no panorama eclesial, com os contornos claros de antes. Os teológos da libertação
não fazem mais a figura de "blocos" de antes. Tome-se a associação dos teológos
brasileiros, a SOTER. É difícil dizer quem é e quem não é aí dentro "teólogo da
libertação". E, no entanto, o fermento "libertacionista" vigora com força nessa
organização.
Esse fato possui um lado inegavelmente positivo. Pois não era esse mesmo o destino
da TdL, destino esse inscrito em sua própria origem? Não queria representar toda a
mensagem da fé, ainda que numa perspectiva particular, como aliás, acontece com toda
teologia? Não entendia ser uma teologia "substancial", sem acréscimo? A TdL não pode
ser uma teologia à parte ou de parte. Se assim apareceu num primeiro momento, foi para
fermentar toda a teologia e toda a igreja e em seguida poder retirar-se.
Todavia, apesar de sua centralização, não falta à igreja, para fora, certa capacidade
de intervenção crítica. E só lembrar o papel exercido pela Igreja (leia papado) na derrubada
das ditaduras no Sul e dos regimes totalitários do Leste. Mais: em várias igrejas locais e
mesmo regionais, as propostas de uma teologia libertadora foram assimiladas de modo
ainda mais extenso e profundo, como, por exemplo, no Brasil.
Mas ter-se-ia deste modo esgotado a força da TdL? Teria ela preenchido sua função
histórica? De modo algum. A assimilação do discurso do compromisso social pelas
comunidades cristãs tem pela frente ainda um longo caminho. Por isso, a TdL mantém sua
vigência, inclusive como movimento específico na Igreja. Todavia, a questão não é tanto
salvar a TdL como discurso específico, mas aquilo para o qual ela aponta e que concerne
toda a Igreja: o compromisso político da fé, a causa do oprimido e a constituição de uma
igreja de participação e engajamento.
Mas, como dissemos, essa "parcialidade" da TdL é hoje menos aparente, porque boa
parte da TdL já está integrada, como devido, no todo do discurso institucional.
A TdL tem aí um dos seus imensos desafios históricos. Desafio esse ligado à sua
dupla referência fundante, pois as perguntas que estão por trás são: Que tipo de igreja
responde concretamente ao projeto de Jesus? E que tipo de igreja serve efetivamente aos
pobres?
Não vai longe, em seu testemunho público, um Cristianismo que deixa intocado o
atual sistema autoritário de igreja, como não vai longe em sua eficácia histórica, uma
opção pelos pobres levada em frente por uma instituição paternalista.
Sem dúvida, as CEBs são, nos fatos, "células eclesiais iniciais", como queria
Medellín. Mas quantos anos ou "semanas de anos" são ainda precisos para que toda a
Igreja institucional se deixe fermentar pelo que elas representam?
2 - A gritaria neoliberal
Como são ainda audíveis as vozes e clamores dos excluídos nessa verdadeira
"gritaria de mercado" em que se reduziu o discurso do mercado? Os assuntos in hoje são:
tecnologia, modernização, planetarização, inserção no mercado mundial,
desregulamentação, privatização, ajustes estruturais, volatilização do capital,
competitividade, flexibilidade do mercado e assim por diante.
Até há poucos anos podia-se dizer que, em geral, o discurso "de esquerda", para usar
uma distinção de Gramsci, se não era o discurso dominante, era pelos menos o discurso
hegemônico. Era o discurso mais dinâmico e criativo no campo cultural. Era por isso
também o discurso mais temido no mundo político e mais respeitado na área acadêmica.
No que toca à TdL podia-se dizer que na Igreja da América Latina como um todo,
era a teologia "hegemônica": ela dava a direção moral e intelectual à caminhada pastoral
das igrejas. Ela estabelecia a agenda do debate eclesial, como se viu deste Medellín (1968),
passando por Puebla (1979) até os meados dos anos 80. Desde então, em virtude da
conjugação de fatores sociais (crise do "socialismo real") e de fatores eclesiais,
("restauração católica"), começou a perder terreno, até se encontrar no ponto que hoje se
encontra e que estamos por ora analisando.
O certo é que a crise que afeta a TdL não é exclusiva dela. É antes uma crise que
envolve todas as forças de esquerda (sindicais, partidárias, populares, etc.) no mundo
moderno depois da "queda do muro de Berlim" (1989).
Não que a "esquerda" esteja estagnada ou indo para trás. Não. Ela segue em frente.
Mas avança mais devagar que no passado recente.
Algo disso vale também para os teólogos da libertação. Continuam dando suas aulas
na perspectiva global da transformação social; seguem pesquisando, abrindo novas frentes
de discussão, sempre dentro da "ótica da libertação": a inculturação, a espiritualidade, a
feminino, a modernidade a partir das vítimas, a ecologia, etc.; continuam escrevendo,
publicando. Mas não há dúvida: se o fogo não apagou, o gás certamente baixou. Também,
com a investida maciça e sem freios do neoliberalismo e açambarcante refluxo católico,
pode-se esperar mais?
Todavia, como aventam alguns, o neoliberalismo não perde por esperar. Pois não é
uma fatalidade que continue a dominar, triunfante, de modo indefinido. É, ao contrário,
muito provável que contra ele se prepare uma reação .vigorosa e ainda mais profunda e
plural que no passado, reação no seio da qual o Cristianismo há de ter um papel não
desprezível. E nesse frente cabe à TdL tomar o lugar que lhe compete.
Por fim, a crise desse final de milênio toca a TdL não só, como vimos, pelo fato de
ser "de libertação", mas também e, talvez mais ainda, pelo fato de ser em sua base
"teologia". Como assim?
Que significa isso para a TdL? Significa que não é apenas a fé libertadora, mas a fé
como tal , como fonte de sentido, que há de ser retomada e consolidada. Aos olhos da fé
cristã, que a "memória dos pobres" se perca é dramático, mas sempre resta uma esperança,
ainda que extrema - a escatológica; mas que a "memória do divino" desapareça é muito
pior: é trágico. Aí a história toda se torna, no final de contas, opaca, aporética, absurda. E
então, como viu muito bem Nietzsche, se profila no horizonte o abismo sinistro do
nihilismo. Se não se responde à pergunta "para que, finalmente?", a própria luta histórica
por uma sociedade melhor é posta em causa e, faltando-lhe a esperança, perde sua força
propulsiva.
A teologia tem pela frente não só a questão da miséria material, mas também a da
miséria existencial e espiritual do mundo moderno. Ela não é só chamada a ser profética,
mas também kerigmática. As demandas que lhe são dirigidas não são apenas por pão, mas
também por sentido. A isso a Bíblia chama antonomasticamente "Palavra" e diz que disso
também vivem os humanos!
Isso significa que a teologia é chamada não só a ser libertadora, mas também a
afirmar sua específica teologicidade. São suas bases que devem ser renovadas e de novo
garantidas.
A primeira TdL (dos anos 70), aquela dos "Pais fundadores", possuía os princípios
primeiros (as verdades da fé) como pontos de partida. Ela arrancava da fé cristã do "povo"
como de pressupostos assegurados. Mas pelos meados de 80, esses pressupostos
evidenciavam uma perda crescente de sua "plausibilidade" social. Já nos anos 90,
mostravam claramente a necessidade pastoral de serem revistos, pastoralmente repostos e
teologicamente refundados.
Como testemunhas da época, observem-se os jovens dos anos 90, como são e que
pensam: neles a tradição da fé já não funciona por vias da tradição cultural. O mundo
moderno não lhes aparece apenas injusto, mas também sem-sentido. Em nome de que
mudar as estruturas, se a vida mesma não vale a pena? Não suceda que enquanto os
teólogos continuam indo para o social, boa parte dos jovens esteja voltando, em busca de
"outra coisa", de "algo a mais". O que é finalmente relevante hoje? Não se dá atualmente
um deslocamento das relevâncias?
Poder-se-ia pensar que a aguda "situação espiritual" do mundo moderno não passa
de uma "onda" do momento, a qual deverá refluir dentro de poucos anos, talvez depois
que o novo milênio se normalizar. Mas é difícil que a coisa vá por ai, pois o fenômeno é
por demais vasto e agudo para constituir mera conjuntura passageira.
Mas podia a TdL, a partir de sua ótica própria, ter percebido isso? Tinha ela olhos
pra ver? E mesmo se a evangelização se impõe à responsabilidade missionária da
Comunidade eclesial, podia ela entrar na agenda da TdL?
Como não? E isso pelo simples fato de que a TdL é e só pode ser teologia, e teologia
integral. Nela a opressão/libertação nunca foi um sistema mas uma dimensão, ainda que a
mais urgente. Ela sempre se articulou com a totalidade da fé em sua transcendência. Hoje,
ela se dá melhor conta da distinção, teologicamente irrespondível, entre a "libertação
soteriológica" e a "libertação ético-social" e do primado axiológico da primeira sobre a
segunda.
A dimensão espiritual tem sem teologia uma primazia axiomática. É coisa que a TdL
professou mas que nem sempre conseguiu transformar em efetiva regra de construção
teórica. Sim, os princípios próprios da TdL como teologia específica são "princípios
segundos". Repousam sobre os "princípios primeiros" de toda teologia. Ora, esses são os
da fé originária (apostólica) e comum (católica).
Mas, então, com a onda atual de misticismo fica superada a questão da justiça
social? Como? Essa não é uma questão teórica que se possa eludir a bel prazer; é antes um
problema prático que se impõe com a objetividade de uma montanha. É a montanha dos
80% do planeta - o Sul - que só dispõe dos 20% da renda mundial. Esta disparidade proíbe
qualquer consciência tranqüila e qualquer ordem mundial segura. E não tem misticismo
algum, ainda que ajudado pelo neoliberalismo, que consiga esconder esse escândalo que
brada aos céus.
sê-lo em menor medida, por entender enfatizar com maior vigor sua autonomia específica.
Quanto à política, tenderá a ser mais vulnerável à penetração da religião, com o perigo de
sua "colonização" sob a forma da integralismo político. Na verdade, hoje o indicador
"política" baixa, enquanto que o da "fé" sobe.
Em relação aos novos desafios, os teólogos da libertação não pensam que se trate
simplesmente de "pegar ou largar". Nada de endurecer-se nas velhas posições, nem de
entrar na nova onda. O importante é sempre discernir. Para isso, ajuda a distinção prática,
tomada de empréstimo aos pós-modernos (valha esse recurso), entre "pensamento forte" e
"pensamento fraco".
O que importa hoje à TdL é ser pluralista, relativizante (não relativista) e aberta a
toda forma de diálogo. Busca ganhar em tolerância, deixando de lado toda forma de
intransigência, de espírito sectário e de purismo. Entende que é necessário ser capaz de
negociar e aliar-se o quanto seja possível, seja que se trate de fazer a "análise" da
sociedade, de organizar as "estratégias" ou de elaborar "projetos" específicos da sociedade.
Deste modo, o que ela quer é evitar as tentações extremas que a situação de crise
provoca: o dogmatismo e o relativismo.
O perigo maior atualmente é o relativismo. Este segue a lei do "tudo vale". Mas
então se passa facilmente ao "vale tudo". Nesse caso, Sartre tem razão: "Dirigir um
império ou embebedar-se é a mesma coisa". Ora, frente ao relativismo rampante impõe-se
não abandonar as convicções centrais de que acima se falou.
uma "margem" de muitas posições relativas que há de estar o segredo para se mover com
sucesso dentro da atual crise de época. É a média áurea, que permite mudar, ficando-se,
contudo, substancialmente fiel a si mesmo.
El texto también se encuentra en: BOFF, Leonardo - BOFF, Clodovis - RAMOS, José,
"A Teologia da Libertação: balanços e perspectivas", Editora Ática, São Paulo 1996.
Portal Koinonía | Bíblico | RELaT | LOGOS | Biblioteca General | Información | Martirologio Latinoamericano
Página de Mons. Romero | Página de Pedro Casaldáliga | Jornadas Afroindoamericanas | Agenda Latinoamericana