Você está na página 1de 84

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ALEXANDRE DOS ANJOS ARAUJO


ÁTILA DO NASCIMENTO ESTEVES
CLÉSIO SANTOS DOS ANJOS

IMPLEMENTAÇÃO DE INVERSOR DE FREQÊNCIA EM MOTOR MONOFÁSICO


DE MAQUINA DE LAVAR ROUPAS

Rio de Janeiro
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ALEXANDRE DOS ANJOS ARAUJO


ÁTILA DO NASCIMENTO ESTEVES
CLÉSIO SANTOS DOS ANJOS

IMPLEMENTAÇÃO DE INVERSOR DE FREQÊNCIA EM MOTOR MONOFÁSICO


DE MAQUINA DE LAVAR ROUPAS
ALEXANDRE DOS ANJOS ARAUJO
ÁTILA DO NASCIMENTO ESTEVES
CLÉSIO SANTOS DOS ANJOS

IMPLEMENTAÇÃO DE INVERSOR DE FREQÊNCIA EM MOTOR MONOFÁSICO


DE MAQUINA DE LAVAR ROUPAS

Trabalho de conclusão de curso


para obtenção do título de
graduação em Engenharia de controle e automação
apresentado à Universidade
Estácio de Sá – UNESA.

Orientador: Professor André Sarmento

Rio de Janeiro
2017
ALEXANDRE DOS ANJOS ARAUJO
ÁTILA DO NASCIMENTO ESTEVES
CLÉSIO SANTOS DOS ANJOS

IMPLEMENTAÇÃO DE INVERSOR DE FREQÊNCIA EM MOTOR MONOFÁSICO


DE MAQUINA DE LAVAR ROUPAS

Trabalho de conclusão de curso


para obtenção do título de
graduação em Engenharia Elétrica
apresentado à Universidade
Estácio de Sá – UNESA.

Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA
_______________________/___/___
Prof. André Sarmento Barbosa
Universidade Estácio de Sá – UNESA

______________________/___/___
Prof. Gilberto Rufino de Santana
Universidade Estácio de Sá - UNESA

_______________________/___/___
Prof.
Universidade Estácio de Sá - UNESA
Rio de Janeiro
2017
Dedicatória – Alexandre dos Anjos Araujo

Dedicatória – Átila do Nascimento Esteves

Dedicatória – Clésio Santos dos Anjos


Dedico o meu TCC em especial ao meu pai Orlando e a minha mãe Maria,
que sempre me ensinaram a importância da persistência e do conhecimento, aos
meus familiares mais próximos e aos meus amigos que suportaram todas as minhas
queixas conforme as dificuldades ao longo da caminhada. Aos meus companheiros
de projeto final Robson e Lucas, que seguiram este caminho ao meu lado desde o
início da graduação. Dedico à Caio e Erick, que esta conquista lhes sirva de
exemplo em suas trajetórias e que nunca desistam de seus sonhos. Por fim, dedico
aos professores que tive durante a minha vida, pessoas que lecionaram matérias de
suas respectivas áreas e lições de vida. São de imensa importância para mim e sem
seus auxílios não teria caminhado até aqui, serei eternamente grato.
Agradecimentos

Agradecemos a Deus, por nos fazer sentir amados, acolhidos, ouvidos,


estimulados a continuar e por manter em nós acesa a fé que foi fundamental para
enfrentar os momentos difíceis.

À nossa família, não mediu esforços e que em todos os momentos nos deram
apoio para a realização das nossas conquistas.
Ao nosso orientador Professor Ary Manoel Gama da Silva, pela confiança, pelo
crédito imediato, pela exigência que nos fez buscar cada vez mais um padrão de
qualidade, pela abertura de compartilhar da sua convivência nesse período, pelo
exemplo de profissionalismo e por me mostrar a cada dia que este trabalho seria
concretizado.

Aos professores do Curso de Engenharia de Controle e Automação.


Aos colegas, pela amizade, força, cumplicidade nos momentos mais difíceis,
pela alegria e descontração, tão necessárias ao nosso dia a dia. Em especial, a
todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para que este trabalho fosse
construído.

É muito gratificante dividir a nossa alegria e esforço. Isto prova que tive
parceiros, amigos, aliados...

Muito obrigado!

Epígrafe
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que

entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino”.

(Leonardo da Vinci)

RESUMO

Palavras-chave:
ABSTRACT

Keywords:

Lista de ilustrações

Figura 1 – Tratamento da água – página 20


Figura 2 – Filtros de areia – página 22
Figura 3 – Purificador por osmose reversa – página 23
Figura 4 – Águas residuais – página 28

Lista de tabelas

Tabela 1 - Escolha de filtros de areia – Página 21


Lista e Abreviaturas e Siglas

1 – Estação de tratamento de água – ETA – página 17


Lista de Símbolos

- Válvula solenoide – página 53

SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO................................................................................................... 16
2 – TRATAMENTO DA ÁGUA................................................................................. 18
2.1 – Processos de tratamento da água ................................................................. 19
3 - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE REUSO......... 24
4 – REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA................................................................................ 25
4.1 – Tipos de reuso................................................................................................. 26
4.1.1 – Aplicações da água reciclada....................................................................... 27
4.1.2 – Águas residuárias......................................................................................... 28
5 – PROBLEMÁTICA NO BRASIL........................................................................... 29
6 – METODOLOGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO/PROTÓTIPO DE
SOLUÇÃO EM REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA............................................................. 31
6.1 - Material permanente – Projeto residencial a ser executado............................ 32
6.2 - Material de consumo – Protótipo...................................................................... 33
6.3 - Material permanente – Protótipo...................................................................... 34
6.4 – Implantação do projeto.................................................................................... 37
6.4.1 – Funcionamento............................................................................................. 38
6.5 – Implementação do protótipo............................................................................ 40
6.5.1 – Montagem e funcionamento do protótipo..................................................... 41
7 – ESPECIFICAÇÕES DOS SISTEMAS E DISPOSITIVOS UTILIZADOS............ 46
7.1 – Sistemas supervisórios.................................................................................... 46
7.2 – CLP.................................................................................................................. 48
7.2.1 – Álgebra Booleana......................................................................................... 49
7.2.2 – As portas lógicas.......................................................................................... 50
7.2.3 – Tabela da verdade........................................................................................ 51
7.3 – Válvulas solenoide........................................................................................... 52
7.4 – Sensores......................................................................................................... 56
7.4.1 – Sensor de nível............................................................................................. 57
7.5 – Medidores de vazão........................................................................................ 59
7.6 – Bomba d’água................................................................................................. 60
7.6.1 – Bomba Submersa (Bomba sapo)................................................................. 61
7.6.2 – Bomba injetora............................................................................................. 62
7.6.3 – Bomba centrífuga......................................................................................... 62
8 – CONCLUSÃO..................................................................................................... 64
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 66
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 69
APÊNDICE............................................................................................................... 70
ANEXOS................................................................................................................... 84

16
1 INTRODUÇÃO

O aumento no consumo de energia elétrica indica o índice de


desenvolvimento econômico de uma sociedade [], e ainda o crescimento da
população e aumento do nível de qualidade de vida de uma sociedade. Este vetor
reflete tanto no ritmo de atividades de setores industrial, comercial e de serviços
quanto na capacidade da população para adquirir bens e serviços tecnologicamente
mais avançados.
As máquinas de indução é muito empregadas na indústria e nas residências,
porém porem segundo [] estima-se que os motores trifásicos contribuem com 32%
demanda de energia elétrica no Brasil, contudo nas diversas aplicações o que levou
a ao desenvolvimento atualmente de técnicas de controle de velocidade mais
eficientes. O desenvolvimento da eletrônica de potência possibilitou um controle
mais eficiente nas máquinas assíncronas trifásicas e monofásicas com maior
aplicação na primeira, esse controle é realizado através de um dispositivo chamado
de inversor de frequência que através de uma entrada DC de tensão, um circuito de
controle com microcontrolador e um drive com MOSFET’s convertem a tensão DC
em AC controlando a tensão que chega aos terminais do motor, assim com a
frequência e por meio de V/f controla se a velocidade da máquina, dispositivo
aplicado para controlar a relação de tensão e frequência na partida do motor
objetivando tal controle pode ainda garantir uma redução da corrente de partida na
partida e durante as possíveis inversões de sentido de rotação que é a maior
responsável pelo poderá contribuir para o racionamento de energia elétrica.

em função da maior eficiência em relação ao motor de indução monofásico


que geralmente são empregados em aplicações residenciais, no entanto sua
eficiência é baixa [], sendo alguns métodos de controle de partida e velocidade
realizados com uso de engrenagens, que são ineficientes. O uso de tecnologia é
essencial para diminuir os desperdícios e custos na produção dos produtos. Os
motores ainda são utilizados para prover o funcionamento dos eletrodomésticos
como, ar condicionado, geladeiras, maquinas de lavar e etc.
O uso dos motores elétricos em diversas aplicações nas indústrias e
residências é comum na atualidade e diversas técnicas de controle de velocidade
são utilizadas. O desenvolvimento da eletrônica de potência possibilitou um controle
mais eficiente nas máquinas assíncronas trifásicas e monofásicas com maior
aplicação na primeira, esse controle é realizado através de um dispositivo chamado
de inversor de frequência que através de uma entrada DC de tensão, um circuito de
controle com microcontrolador e um drive com MOSFET’s convertem a tensão DC
em AC controlando a tensão que chega aos terminais do motor, assim com a
frequência e por meio de V/f controla se a velocidade da máquina, dispositivo
aplicado para controlar a relação de tensão e frequência na partida do motor
objetivando tal controle pode ainda garantir uma redução da corrente de partida na
partida e durante as possíveis inversões de sentido de rotação que é a maior
responsável pelo poderá contribuir para o racionamento de energia elétrica.
Então esta pesquisa pretende desenvolver um protótipo de inversor de
frequência para demonstrar o comportamento de um sistema elétrico monofásico
com um motor de indução, com a partida sem o dispositivo de controle e com o
emprego da tecnologia do inversor. A análise do protótipo pretende demonstrar como
a aplicação de tecnologias pode aumentar a eficiência energética nas diversas
aplicações.

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas (Pnuma) o


aproveitamento racional dos recursos energéticos possui grande relevância mundial
e o investimento em pesquisas de desenvolvimento e aplicação de fontes
alternativas e renováveis de energia tem crescido no mundo e no Brasil, buscando o
aumento da eficiência e melhorias na qualidade dos processos utilizados pela
indústria e nas aplicações residenciais por exemplo, as técnicas de controle
eletrônico de motores trifásicos e monofásicos.
18

2 – TRATAMENTO DA ÁGUA

Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que


são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o
consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de
água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.
[1]

O tratamento da água pode ser realizado para atender diversos aspectos:

 Higiênicos - remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros


microorganismos, de substâncias nocivas, redução do excesso de impurezas
e dos teores elevados de compostos orgânicos;
 Estéticos - correção da cor, sabor e odor;
 Econômicos - redução de corrosão, cor, turbidez, ferro e manganês.

Os serviços públicos de abastecimento devem fornecer água sempre saudável e


de boa qualidade. Portanto, o seu tratamento apenas deverá ser adotado e realizado
depois de demonstrada sua necessidade e, sempre que for aplicado, deverá
compreender apenas os processos imprescindíveis à obtenção da qualidade da
água que se deseja.

A necessidade de tratamento e os processos exigidos deverão então, ser


determinados com base em inspeções sanitárias e nos resultados de análises
(físico-químicas e bacteriológicas) representativas do manancial a ser utilizado como
fonte de abastecimento.

Para fins didáticos, esclarecemos aqui as etapas utilizadas em uma Estação


de Tratamento de Água (ETA), tipo convencional, que engloba todas as fases
necessárias para um tratamento completo. Dependendo da qualidade da água a ser
tratada, algumas destas etapas poderão não ser necessárias para a devida
potabilização da água a ser distribuída.
19

2.1 – Processos de tratamento da água

Coagulação e Floculação - Nestas etapas, as impurezas presentes na água


são agrupadas pela ação do coagulante, em partículas maiores (flocos) que possam
ser removidas pelo processo de decantação. Os reagentes utilizados são
denominados de coagulantes, que normalmente são o Sulfato de Alumínio e o
Cloreto Férrico. Nesta etapa também poderá ser necessária a utilização de um
alcalinizante (Cal Hidratada ou Cal Virgem) que fará a necessária correção de pH
para uma atuação mais efetiva do coagulante. Na coagulação ocorre o fenômeno de
agrupamento das impurezas presentes na água e, na floculação, a produção efetiva
de flocos.

Decantação - Os flocos formados são separados da água pela ação da


gravidade em tanques normalmente de formato retangular.

Filtração - A água decantada é encaminhada às unidades filtrantes onde é


efetuado o processo de filtração. Um filtro é constituído de um meio poroso granular,
normalmente areia, de uma ou mais camadas, instalado sobre um sistema de
drenagem, capaz de reter e remover as impurezas ainda presentes na água.

Desinfecção - Para efetuar a desinfecção de águas de abastecimento utiliza-


se um agente físico ou químico (desinfetante), cuja finalidade é a destruição de
microrganismos patogênicos que possam transmitir doenças através das mesmas.
Normalmente são utilizados em abastecimento público os seguintes agentes
desinfetantes, em ordem de frequência: cloro, ozona, luz ultravioleta e íons de prata.

A maioria das companhias de saneamento utiliza como agente desinfetante o


cloro na sua forma gasosa, que é dosado na água através de equipamentos que
permitem um controle sistemático de sua aplicação.
20

Fluoretação - A fluoretação da água de abastecimento público é efetuada


através de compostos à base de flúor. A aplicação destes compostos na água de
abastecimento público contribui para a redução da incidência de cárie dentária em
até 60%, se as crianças ingerirem desde o seu nascimento quantidades adequadas
de íon fluoreto. Algumas companhias utilizam como agentes fluoretantes em suas
unidades de tratamento o fluossilicato de sódio e o ácido fluossilícico. A dosagem
média utilizada de íon fluoreto é de 0,8 mg /l (miligramas por litro) de acordo com a
temperatura local. [2]

Figura 1 – Tratamento da água

fol

Fonte: http://www.pelotas.rs.gov.br/sanep/tratamento/

Filtros de areia – Uma solução para melhoria da qualidade da água já tratada,


utilizado após o cavalete de entrada de água de residências diversas, prédios,
condomínios, escolas, bares, restaurantes, clubes, e diversos setores industriais etc.
Eficiência na retenção de partículas como o limo, lodo, grãos de areia, resíduos de
encanamento e outras impurezas em suspensão na água. Remove a turbidez
melhorando a cor e o sabor. (Parâmetros dentro dos padrões da portaria 14.908
(ClasseIV).

21
Com a utilização desses filtros pode-se reduzir a formação de incrustações
nas tubulações e chuveiros, prolongar o tempo para limpeza da caixa d’água e
oferecer água de melhor qualidade em todos os pontos de uso. [3]

Parâmetros dos filtros de areia:


 Taxa de filtração: 10 a 12 m³/m²/h
 Pressão máxima de operação: 6 kgf/cm² (60 mca)
 Pressão mínima de operação: 2 kgf/cm² (20 mca)
 Pressão ideal de operação: 3 a 4 kgf/cm² (30 a 40 mca)
 Temperatura máxima: 50°C
 Temperatura Mínima: 5°C

Tabela 1 - Escolha de filtros de areia

Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Filtro-Areia-Inox.html

22
Figura 2 – Filtros de areia

Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Filtro-Areia-Inox.html

Osmose reversa - O purificador por osmose reversa é um equipamento


compacto de ultima geração. É o top de linha no tratamento de água. Osmose
reversa é um processo de separação por alta pressão através de membranas. A
água é forçada a passar por membranas com pequenos poros com pressões entre
100 e 150psi. As moléculas maiores que os poros são descartadas no processo
juntamente com uma quantidade insignificante de água. Água tratada é coletada no
fim do processo. Através dessa membrana só passa a molécula de água H2O
retendo todas as outras formas de contaminação, tais como: metais pesados, micro-
organismos, odores, cistos, cloro e turbidez.

Normalmente o sistema age em seis estágios:

Fase1: Refil de polipropileno (5u);


Função: filtragem de componentes fisicos, como: ferrugem, lama, sedimentos, etc.

Fase 2: Refil de carvão granulado;


23

Função: retirar gostos e odores da água;


Fase 3: Refil de carvão block;
Função: retirar completamente mau cheiro e o cloro da água.

Fase 4: Membrana de alta depuração (0.001 mícron).


Função: reter germes, vírus, corpúsculo, outros produtos químicos dissolvidos na
água.

Etapa 5: Cartucho polidor final de filtragem de carvão ativado (T33).


Função: ajuste o gosto da água filtrada, mantendo a água fresca.

Fase 6: Lâmpada UV (ultra violeta). Função: a passagem final da água pela lâmpada
ultravioleta garante a pureza total da água.

Figura 3 – Purificador por osmose reversa

Fonte: Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Filtro-Areia-Inox.html

24

3 - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA UTILIZAÇÃO DA ÁGUA DE REÚSO


• 1971 - Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece efetivamente a
importância dos aspectos de saúde relacionados com a reutilização de águas
residuais em irrigação.

• 1988 - Constituição Federal Brasileira institui a Política Nacional dos


Recursos Hídricos. [4]

• Lei nº 9.433/97, trazendo a consciência de que os recursos hídricos têm fim,


e encontram-se em escassez. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria
e define a estrutura jurídico-administrativo do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos, contém vários dispositivos relativos ao reuso como alternativa
importante para a racionalização do uso da água e conservação deste recurso.
Estabelece a cobrança pelo uso dos recursos hídricos sujeitos à outorga. [5]

• Lei 7663 de 30/12/1991, que regulamenta o artigo 205 da Constituição do


Estado de São Paulo de 1989, instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos e o
Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos de domínio do Estado.
Marco inicial da legislação para a gestão das águas. [6]

• Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a


ECO 92 (Rio de Janeiro, junho de 1992), estabeleceu dois critérios básicos para a
gestão de recursos hídricos no sé- culo 21 ao considerar a água como “um recurso
finito e vulnerável, essencial para a manutenção da vida, do desenvolvimento e do
meio ambiente”; e dar um valor econômico para todos os seus usos. [7]

• Lei nº 9984 (julho de 2000); cria a Agência Nacional de Águas, a ANA. [8]

25

• A Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005, que dispõe sobre a


classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
estabelece também as condições e padrões de lançamentos de efluentes e define
padrões de qualidade da água a serem observados de acordo com os usos
preponderantes dos cursos d´água. [9]

• Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH Nº 54, de


28 de novembro de 2005, que estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais
para a prática de reuso direto não potável de água, remete para regulamentação
complementar pelos órgãos competentes as diretrizes, critérios e parâmetros
específicos para as modalidades de reuso definidas nesta resolução.

• Atualmente, o CNRH, está empenhado em criar novas resoluções


associadas ao reuso agrícola, reuso industrial, reuso para fins urbanos não potáveis
e reuso na aquicultura.

4 – REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA

A reutilização ou reuso da água ou, ainda em outra forma de expressão, o uso


de águas residuais, não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo
há muitos anos. Devemos considerar o reuso de água como parte de uma atividade
mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende
também o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de
efluentes e do consumo de água.

Dentro dessa ótica, os esgotos tratados têm um papel fundamental no


planejamento e na gestão sustentável dos recursos hídricos como um substituto
para o uso de águas destinadas a fins agrícolas e de irrigação, entre outros. Ao
liberar as fontes de água de boa qualidade para abastecimento público e outros usos
prioritários, o uso de esgotos contribui para a conservação dos recursos e
acrescenta uma dimensão econômica ao planejamento dos recursos hídricos.

26
O ”reuso” reduz a demanda sobre os mananciais de água devido à
substituição da água potável por uma água de qualidade inferior. Essa prática,
atualmente muito discutida, posta em evidência e já utilizada em alguns países é
baseada no conceito de substituição de mananciais. Tal substituição é possível em
função da qualidade requerida para um uso específico. Dessa forma, grandes
volumes de água potável podem ser poupados pelo reuso quando se utiliza água de
qualidade inferior (geralmente efluentes pós-tratados) para atendimento das
finalidades que podem prescindir desse recurso dentro dos padrões de potabilidade.
[10]

4.1 – Tipos de reuso

A reutilização de água pode ser direta ou indireta, decorrente de ações


planejadas ou não.

Reuso indireto não planejado da água: ocorre quando a água, utilizada em


alguma atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada
a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.
Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita às
ações naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).

Reuso indireto planejado da água: ocorre quando os efluentes, depois de


tratados, são descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou
subterrâneas, para serem utilizadas a jusante, de maneira controlada, no
atendimento de algum uso benéfico.

O reuso indireto planejado da água pressupõe que exista também um controle


sobre as eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo assim que
o efluente tratado estará sujeito apenas a misturas com outros efluentes que
também atendam ao requisito de qualidade do reuso objetivado.

27
Reuso direto planejado das águas: ocorre quando os efluentes, depois de
tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do
reuso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência,
destinando-se a uso em indústria ou irrigação.

4.1.1 – Aplicações da água reciclada

 Irrigação paisagística: parques, cemitérios, campos de golfe, faixas de


domínio de autoestradas, campus universitários, cinturões verdes,
gramados residenciais.

 Irrigação de campos para cultivos: plantio de forrageiras, plantas fibrosas


e de grãos, plantas alimentícias, viveiros de plantas ornamentais, proteção
contra geadas.

 Usos industriais: refrigeração, alimentação de caldeiras, água de


processamento.

 Recarga de aquíferos: recarga de aqüíferos potáveis, controle de intrusão


marinha, controle de recalques de subsolo.

 Usos urbanos não potáveis: irrigação paisagística, combate ao fogo,


descarga de vasos sanitários, sistemas de ar condicionado, lavagem de
veículos, lavagem de ruas e pontos de ônibus.

 Finalidades ambientais: aumento de vazão em cursos de água, aplicação


em pântanos, terras alagadas, indústrias de pesca.

 Usos diversos: aquicultura, construções, controle de poeira,


dessedentação de animais.

28
4.1.2 – Águas residuárias

Águas residuais ou residuárias são todas as águas descartadas que resultam


da utilização para diversos processos. Exemplos destas águas são:

Águas residuais domésticas: Provenientes de banhos, cozinhas e de lavagens de


pavimentos domésticos.

Águas residuais industriais: Resultantes de processos de fabricação.

Águas de infiltração: Resultam da infiltração nos coletores de água existente nos


terrenos.

Águas urbanas: Resultam de chuvas, lavagem de pavimentos, regas, etc.

Figura 4 – Águas Residuais

Fonte: http://pt.slideshare.net/guestb6e50c/guas-residuais

29
5 – Problemática no Brasil

No Brasil, a prática do uso de esgotos - principalmente para a irrigação de


hortaliças e de algumas culturas forrageiras - é de certa forma difundida. Entretanto,
constitui-se em um procedimento não institucionalizado e tem se desenvolvido até
agora sem nenhuma forma de planejamento ou controle. Na maioria das vezes é
totalmente inconsciente por parte do usuário, que utiliza águas altamente poluídas
de córregos e rios adjacentes para irrigação de hortaliças e outros vegetais,
ignorando que esteja exercendo uma prática danosa à saúde pública dos
consumidores e provocando impactos ambientais negativos. Em termos de reuso
industrial, a prática começa a se implementar, mas ainda associada a iniciativas
isoladas, a maioria das quais, dentro do setor privado.

A lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997, em seu Capitulo II, Artigo 20, inciso 1,
estabelece, entre os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, a
necessidade de “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária
disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos
usos”. Verificou-se, por intermédio dos Planos Diretores de Recursos Hídricos de
bacias hidrográficas - em levantamento realizado a fim de se conhecer mais
profundamente a realidade nas diversas bacias hidrográficas brasileiras - que há a
identificação de problemas relativamente à questão de saneamento básico, coleta e
tratamento de esgotos e propostas para a implementação de planos de saneamento
básico. Entretanto, não se consegue identificar atividades de reuso de água
utilizando efluentes pós-tratados per se. Isso se deve ao fato, talvez, do ainda
relativo desconhecimento dessa tecnologia e por motivos de ordem sócio-
cultural. Mesmo assim, considerando que já existe atividade de reuso de água com
fins agrícolas em certas regiões do Brasil, a qual é exercida de maneira informal e
sem as salvaguardas ambientais e de saúde pública adequadas, torna-se
necessário institucionalizar, regulamentar e promover o setor através da criação de
estruturas de gestão, preparação de legislação, disseminação de informação, e do

30
desenvolvimento de tecnologias compatíveis com as nossas condições técnicas,
culturais e socioeconômicas. [11]

É nesse sentido que a Superintendência de Cobrança e Conservação - SCC -


da Agência Nacional de Águas inova ao pretender iniciar processos de gestão a fim
de fomentar e difundir essa tecnologia e ao investigar formas de se estabelecer
bases políticas, legais e institucionais para o reuso de água em nosso país.

Segundo os dados da ONU (Organização das Nações Unidas), a quantidade


de água suficiente para atender as necessidades básicas de um indivíduo é de 110
litros. No ano de 2013, o consumo médio por pessoa calculado no Brasil era de
166,3 litros por dia, no Rio de Janeiro e Maranhão, por exemplo, esse índice excedia
os 200 litros. Conforme esses dados, é possível verificar um déficit predominante
entre a quantidade pré-estabelecida pela ONU e o real consumo médio calculado, o
que acaba propagando o uso abusivo da agua. Como por exemplo o uso da agua
para banho, um calculo feito pela NCDA - Programa Nacional de Combate ao
Desperdício de Água informa que em um banho de ducha por 15 minutos com o
registro meio aberto, consome-se 243 litros de água; caso o tempo de banho seja
reduzido para cinco minutos, com o indivíduo se precavendo e fechando a ducha ao
ensaboar-se, o consumo cai para 81 litros, o que já iria consistir em 73,63% do valor
adequado de 110 litros. Ou seja, mesmo com um consumo consciente, o valor
utilizado poderia ainda continuar ultrapassando o valor desejado. Referente ao
consumo para banho, se houvesse um meio de reutilizar a água descartada no
banho, o consumo do individuo referente ao banho reduziria a 0%, tendo a
possibilidade de utilizar esta água novamente em uma outra operação.

31
6 – METODOLOGIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO/PROTÓTIPO DE
SOLUÇÃO EM REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA

O mundo inteiro depende da água, mas a baixa disponibilidade desse bem


maior tornam cada vez mais necessária à sua preservação. Com o uso da
engenharia podemos evitar tanto o gasto excessivo quanto a degradação. A simples
economia ao reutilizar a água é uma das formas de minimizar o problema.

Apresentaremos através de um sistema totalmente automatizado os inúmeros


benefícios que a engenharia de controle e automação pode incrementar em relação
à resolução do problema de escassez de água.

Os dados teóricos deste trabalho foram obtidos através de uma revisão


bibliográfica que englobou vários aspectos relacionados à problemática da escassez
de água no Brasil e ao reuso de águas cinzas. A partir desta revisão obtivemos as
informações adequadas e necessárias para analisar o projeto hídrico e as
possibilidades para reutilização de águas cinzas em uma edificação residencial.
Este projeto apresenta dados quantitativos nos softwares Word e Excel onde
tratamos e explicitamos estatisticamente através de tabelas, planilhas e figuras a
eficácia do reuso da água.

A tabela a seguir refere-se ao custo aproximado para a execução do projeto


em uma residência contendo 5 indivíduos com a média de consumo de 25m³/mês,
tendo como base na pesquisa do ano de 2013 levantada pela ONU.

32
6.1 – Projeto residencial a ser executado

Tabela 2 - Material permanente – Projeto residencial a ser executado

Especificação Unidade de Quantidade Valor Valor total Fonte


medida unitário(R$) (R$) financiadora

Quadro Unidade 01 R$1.500,00 R$1.500,00 Cliente


elétrico
completo

Sensor de Unidade 09 R$56,00 R$504,00 Cliente


nível

Válvula Unidade 03 R$450,00 R$1,350,00 Cliente


solenoide 1”

Válvula Unidade 02 R$350,00 R$700,00 Cliente


solenoide ¾

Bomba Unidade 02 R$400,00 R$800,00 Cliente


d’água 1/4cv

Filtro Y 3/4" Unidade 02 R$70,00 R$140,00 Cliente

Filtro Y 1” Unidade 05 R$90,00 R$180,00 Cliente

Válvula de Unidade 03 R$43,00 R$129,00 Cliente


retenção 3/4"

Válvula de Unidade 02 R$57,00 R$114,00 Cliente


retenção 1"

Medidor de Unidade 02 R$900,00 R$1.800,00 Cliente


vazão 1”

33

Válvula de Unidade 02 R$57,00 R$114,00 Cliente


esfera 3/4"

Válvula de Unidade 03 R$73,00 R$146,00 Cliente


esfera 1”
Mão de obra Unidade 01 R$2.500,00 R$2.500,00 Cliente

Total R$9.977,00

As tabelas abaixo nos mostram um quantitativo gasto para a implementação do


protótipo que representará de forma física o nosso projeto de reutilização da água
através de um sistema automatizado.

6.2 – Material de consumo - Protótipo

Tabela 3 - Material de consumo - Protótipo

Especificação Unidade Quantidade Valor Valor total Fonte


de medida unitário(R$) (R$) financiadora

Papel A4 Resma 01 19,90 19,90 Robson e


Thiago

Xerox Unidade 04 27,00 108,00 Lucas

Tinta para Unidade 04 76,00 304,00 Robson e


impressora Thiago

Plastificações Unidade 04 5,00 20,00 Robson

Encadernações Unidade 05 13,00 65,00 Thiago

Total geral 516,90

34

6.3 – Material permanente - Protótipo

Tabela 4 - Material permanente - Protótipo

Especificação Unidade de Quantidade Valor Valor total Fonte


medida unitário(R$) (R$) financiadora
Reservatórios Unidade 02 15,00 30,00 Robson e
plásticos (M) Thiago

Reservatórios Unidade 02 15,00 30,00 Lucas


plásticos (G)

Fonte 24VCC Unidade 01 84,00 84,00 Robson

Spray de tinta Unidade 06 15,00 90,00 Lucas e


Thiago

Conversor Unidade 01 25,00 25,00 Lucas,


RS232 Robson e
Thiago

Canaleta Metro 03 16,50 49,50 Robson

Fio 0,5mm Metro 30 2,80 84,00 Robson

Fio 1mm Metro 04 0,90 3,60 Lucas

Cantoneira Unidade 04 8,50 34,00 Thiago


15x15

Broca chata Unidade 01 9,60 9,60 Robson e


22mm Thiago

Broca 11mm Unidade 01 17,00 17,00 Robson

35

Porcas, Unidade 25 0,72 18,00 Robson


arruelas e
parafusos

Plugue 2p Unidade 2 2,00 4,00 Robson

Prego 18x27 Kg 0,2 8,50 1,70 Robson

Resistor Unidade 9 2,00 18,00 Robson


4,7ohms 5W

Conector Unidade 1 3,00 3,00 Robson


DB9 macho

Conector Unidade 1 3,00 3,00 Robson


DB9 fêmea

Terminal Unidade 30 0,50 15,00 Robson


agulha

Chave push Unidade 04 3,50 14,00 Lucas

Capa DB9 Unidade 02 3,00 6,00 Robson

Fio manga Metro 03 3,50 10,50 Robson

Ferro de Unidade 01 37,80 37,80 Robson e


solda 40W Thiago

Solda cobix Unidade 01 27,80 27,80 Robson


250 grs

Botão sinal Unidade 08 10,00 80,00 Lucas

Sensor de Unidade 09 36,00 324,00 Lucas e


nível Thiago

36

Bomba subm Unidade 02 80,00 160,00 Robson


500

Bomba subm Unidade 02 47,00 94,00 Robson


160

Abraçadeira Unidade 15 3,20 48,00 Robson


nylon p/ tubo

Barra neutro Unidade 04 24,00 96,00 Robson

Mini disjuntor Unidade 01 14,90 14,90 Robson


6A

Silic 50grs Unidade 01 5,90 5,90 Robson

Válvula Unidade 05 55,00 275,00 Robson


solenoide

Luva ¼ Unidade 05 8,40 42,00 Robson

Conector reto Unidade 11 6,00 66,00 Robson


1/4x3/8

Cotov macho Unidade 04 7,00 28,00 Robson


1/4x3/8

Redução Unidade 04 8,00 32,00 Robson


1/4x1/8

União L 3/8 Unidade 10 8,80 88,00 Robson

União T 3/8 Unidade 05 8,80 44,00 Robson

Niple ¼ Unidade 01 10,00 10,00 Robson

37

Filtro ¼ Unidade 01 80,00 80,00 Robson

Tubo PEBD Unidade 08 2,40 19,20 Robson


3/8

Espigão Unidade 02 6,80 13,60 Robson


1/8x7mm

Canton de Unidade 01 40,00 40,00 Robson e


alum 1 1\2 Lucas

Total geral 2.176,10

6.4 – Implantação do projeto

Com base nos conhecimentos adquiridos ao longo da nossa graduação,


desenvolvemos um projeto residencial elétrico, hidráulico e arquitetônico afim de
solucionar a problemática do uso excessivo e inconsciente da água.
Conforme apêndice A, B e C a casa está dimensionada em 249m², 2 andares úteis,
uma laje e compreende os seguintes cômodos que farão parte do projeto de
reutilização:

 5 banheiros;

 1 cozinha;

 1 área de serviço;

 2 varandas;

 Área externa;

38

6.4.1 – Funcionamento

O funcionamento do abastecimento hídrico da casa se dá a partir da distribuição


de água pela companhia local. O fluxo de água será identificado por um
fluxostato/medidor de vazão que acionará uma bomba centrífuga permitindo que
essa direcione a água para a caixa d’água principal tornando possível o transporte
do fluido para todos os pontos da residência.

O sistema de reutilização da água se baseia na captação da água utilizada


nos pontos específicos que farão parte do processo, tais como: ralos, lavatórios,
torneiras e descarte de máquinas de lavar. Com a aquisição da água utilizada, será
efetuado um processo de filtração com três mecanismos de restrição de partículas
sólidas.

Essa água será armazenada num reservatório inferior em que estão instalados
sensores de nível responsáveis pela comunicação entre esse e a caixa d’água de
reuso que também possui os respectivos sensores. Através da programação em
linguagem ladder tornasse real a integração do sistema a fim de realizar uma lógica
de estado, reservatório/bomba/caixa d’água de reuso. [Apêndices D, E e F]
.
O controle deste sistema tem a finalidade de garantir que a captação e
reutilização da água sejam efetuadas da melhor maneira possível, de forma
independente e coerente, sendo assim serão utilizados sensores de nível e um
controlador. Os sensores de nível serão responsáveis pela verificação das condições
dos reservatórios, informando os níveis baixos e de transbordo, da caixa d’água
principal e dos dois reservatórios contidos no processo, fazendo com que tenha uma
condição entre ambos os reservatórios. O controlador receberá os sinais
dos níveis e conforme a lógica elaborada efetuará comandos a fim de sempre
possuir água na caixa de reuso, assim como também será responsável pelas
condições do reservatório inferior, do qual estará integrada uma bomba centrífuga,
assegurando que a mesma atue para o abastecimento do reservatório superior
39

apenas quando houver água armazenada nele. Com isto, teremos um sistema
totalmente automatizado.

A fim de não comprometer o processo e estando o reservatório inferior


completamente abastecido, uma válvula solenoide normalmente fechada receberá
uma instrução do controlador de modo que a mesma seja acionada, permanecendo
aberta enquanto o sensor de nível alto estiver com sua lógica digital 1 (sensor
ligado).

Com o processo de tratamento finalizado a água comportada na caixa de


reuso será redirecionada para os pontos pré-determinados, tais como:

 Caixas acopladas dos vasos sanitários;


 Pia (banheiro/cozinha);
 Tanque;
 Entrada de água para a máquina de lavar;
 Torneiras da área externa;
Caso não haja água na caixa de reuso e o sensor de nível baixo esteja com
seu estado lógico 0 uma nova válvula solenoide que estará interligada a
tubulação da caixa d’água principal será acionada pelo controlador
permanecendo-a aberta até que o nível lógico do sensor de nível baixo retorne
para 1. Esta etapa do processo tem por finalidade manter o sistema de
abastecimento da residência contínuo. [Apêndices G, H e I]

Por fim, o fluxostato/medidor de vazão quantificará o volume de água


fornecida e o volume reutilizado, assim, obteremos dados específicos de quanto
é possível reduzir o consumo e também diminuir o valor mensal/anual de nossas
contas de água.

40

6.5 – Implementação do protótipo

Implementamos o protótipo a fim de exemplificar um esquema físico de


reutilização de água em uma residência.

O protótipo consiste em 4 reservatórios de água; conforme abaixo:

 Cisterna;
 Caixa d’água principal;
 Reservatório de tratamento;
 Caixa d’água de reuso;

Todo o sistema foi automatizado e controlado de maneira que hardwares e


softwares específicos se tornaram indispensáveis para a criação e confecção do
mesmo.

Bombas d’água transportam e conduzem o fluido para os pontos específicos


de uso, sensores monitoram o nível dos reservatórios e o estado das válvulas
solenoides responsáveis pela abertura e/ou fechamento de pontos distintos na
tubulação. Um elemento comum em instalações hidráulicas também foi inserido
em nosso sistema; utilizamos válvulas de retenção que fazem o papel de
direcionar o fluxo de qualquer fluido em uma única direção.

A maioria dos dispositivos elétricos e eletrônicos implantados no protótipo


estão sendo lidos e executados por um hardware chamado CLP. Esta ferramenta
é essencial para que a automatização funcione perfeitamente, pois o CLP,
atualmente, é um dos equipamentos que controla todas as variáveis de qualquer
sistema automatizado.

41

Conforme tabela 4 utilizamos materiais e dispositivos específicos de modo a


tornar didática nossa explicação referente à reutilização de água em quaisquer
meios onde necessite de um sistema hídrico.

6.5.1 – Montagem e funcionamento do protótipo

Abaixo, explicaremos todo o processo de montagem e funcionamento do


protótipo do nosso sistema hídrico automatizado dentro do âmbito residencial.

Foi necessária uma estrutura para suportar todos om componentes da


automatização do sistema. Com base no peso total aproximado de todos os
componentes utilizamos um compensado vertical (eixo da coordenada ordenada)
de 100x70x2cm e um horizontal (eixo da coordenada abcissa) 120x30x2. Um foi
fixado ao outro perpendicularmente e cantoneiras foram presas a estrutura
vertical para suportar os dois reservatórios maiores (5L).

Figura 5 – Compensado 100x70x2


42

Figura 6 – Compensado 120x30x2

Figura 7 – Compensados fixados

Foram instalados sensores de nível nos reservatórios a fim de monitorar a


quantidade de água existente em qualquer espaço de tempo; bombas submersas
com o objetivo de transferir água dos reservatórios inferiores até os superiores,
pressurizar a tubulação aumentando a distância em m.c.a; e um filtro no reservatório
de tratamento (canto inferior esquerdo) para exemplificar o tratamento por
granulometria e osmose inversa ou reversa.

Figura 8 - Reservatórios

43

Barramentos de fase/positivo e neutro/negativo foram fixados na parte traseira


do compensado com o intuito de distribuir uniformemente todas as conexões
elétricas, preservando assim, a organização, segurança e o design construtivo do
protótipo.

Figura 9 – Barramentos elétricos

Os dispositivos elétricos principais foram instalados na parte frontal superior


do painel, sendo esses: Disjuntor geral, CLP, relés e sinaleiras led.
Figura 10 – Quadro geral do protótipo

44

Abaixo do quadro geral instalamos a linha de tubulação hidráulica em


miniatura com tubos de polietileno, válvulas solenoide e conexões instantâneas que
permitem a rápida montagem de uma instalação hidráulica de pequeno e médio
porte garantindo 100% de estanqueidade em todos os pontos onde ocorreram
secções.

Figura 11 – Instalação hidráulica miniatura


Tivemos alguns problemas com a pressão de trabalho na linha hidráulica que
só pôde ser sanado com a inserção de uma bomba submersa ligada diretamente na
tubulação principal com o objetivo de aumentar a pressão interna, auxiliando o
deslocamento da água. Tubos de poliuretano foram interligados aos tubos de
polietileno e fixados as bombas submersas.

Figura 12 – Tubos de ligação as bombas submersas secundárias

45

No canto superior direito inserimos três botões onde acionaremos as válvulas


posicionadas verticalmente no painel.

 Válvula representando uma torneira;

 Válvula representando um chuveiro;

 Válvula representado um vaso sanitário;

Figura 13 – Botões de acionamento

Com todas as instalações quase terminadas, fizemos uma pausa para


focarmos no sistema supervisório do protótipo e implementá-lo ao meio físico,
concluindo assim, todo o conjunto controlado e automatizado. Abaixo, apresentamos
o protótipo totalmente concluído.
Figura 14 – Protótipo completo

46

7 – ESPECIFICAÇÕES DOS SISTEMAS E DISPOSITIVOS UTILIZADOS

7.1 – Sistemas supervisórios

Historicamente, nos meados das décadas de 70 e 80, com o avanço da


eletrônica e, surgimento dos microprocessadores, o computador se tornou uma peça
chave nos diversos setores industriais. Surgiram também os primeiros sistemas
supervisórios.

Basicamente, um sistema supervisório destina-se a capturar e armazenar em


um banco de dados, informações sobre um processo de produção. As informações
vêm de sensores que capturam dados específicos (conhecidos como variáveis de
processo) da planta industrial. [12]

Figura 15 – Reutilização na tela do supervisório


Fonte: http://www.sharewater.com.br/infraestrutura.html

47

Segue abaixo, alguns sistemas supervisórios em destaque no mercado:

 Elipse da Elipse Software.


 FactoryTalk View SE da Rockwell Automation.
 iFIX da General Electric.
 InduSoft Web Studio da InduSoft.
 ProcessView da SMAR.
 ScadaBR (open source) da MCA Sistemas.
 SIMATIC Wincc da Siemens.
 Vijeo Citect da Schneider Electric.
 Wondeware inTouch da Invensys.

Com a implementação tanto do protótipo quanto do projeto iremos utilizar o


supervisório Elipse Scada, pois, o mesmo se apresenta de forma simples, eficaz e
de baixo custo para monitoramento de diversos sistemas automatizados. Abaixo
demonstramos como implementamos o supervisório no nosso protótipo e como pode
ser inserido no projeto real de uma residência ou indústria que queira reutilizar a
água que descarta.
Figura 16 – Supervisório do protótipo

48

7.2 – CLP

O Controlador Lógico Programável ou CLP é um computador que executa


funções específicas através de um programa criado por um ser humano. Podemos
dizer que é um computador com competências diferentes daquelas de um
computador comum que utilizamos no dia a dia, o qual serve para acessar a internet,
fazer impressões, gravar vídeos etc. [13]

Ao gerenciar processos de forma automatizada, precisamos de um


equipamento para controlar o nosso sistema mecânico. Em outras palavras, para
que o sistema mecânico fique inteligente, precisamos de um “cérebro”, o qual
conterá as informações necessárias para que o sistema “saiba” o que está fazendo.

O controlador utilizado no protótipo foi o FBS-14MA do fabricante ALTUS


(Anexo A), cujo funcionamento tornou real e didática toda a automatização,
utilizando a linguagem de programação ladder. Abaixo, a programação ladder
responsável pela automatização do sistema que apresentamos.

Figura 17 – Programação ladder


Para atender todas as variáveis do projeto sugerimos o modelo 07 KT 97 do
fabricante ABB (Anexo B), pois, o mesmo dispõe de 32 portas de entrada e 32
portas de saída tornando possível toda à interação entre os dispositivos do projeto
residencial.

49

Como foi dito, o CLP não é o único equipamento utilizado para esse fim, mas
sendo um dos mais conhecidos e utilizados, decidimos fazer nosso projeto com ele.

7.2.1 – Álgebra Booleana

Um processador é composto de transistores que realizam funções sob sinais


digitais. Esses transistores, montados entre eles, formam os componentes que
realizam funções muito simples. A partir desses elementos, é possível criar circuitos
realizando operações bem complexas. A álgebra booleana (do nome do matemático
inglês George Boole 1815-1864) é um meio para criar tais circuitos.

A álgebra booleana é uma álgebra que traduz os sinais em expressões


matemáticas. Para isso, é preciso definir cada sinal elementar por variáveis lógicas e
seu processamento por funções lógicas. Certos métodos (tabela da verdade)
permitem definir operações que queremos realizar e, traduzir o resultado em uma
expressão algébrica. Graças a regras chamadas "leis de composição", estas
expressões podem ser simplificadas. Isso permitirá a representação, graças a
símbolos, um circuito lógico, ou seja, um circuito que esquematiza o arranjo dos
componentes básicos (nível lógico), sem considerar a realização através dos
transistores (nível físico). [14]

Um computador só manipula dados binários, assim, chamamos variável lógica


um dado binário, ou seja, um dado com dois status possíveis: 0 ou 1.
Chamamos função lógica uma sistema que aceita diversos valores lógicos na
entrada cuja saída (pode ter várias) pode ter dois status possíveis: 0 ou 1.

Na realidade, estas funções são exercidas por componentes eletrônicos


admitindo sinais elétricos na entrada e restituindo um sinal de saída. Os sinais

50

eletrônicos podem ter um valor de cerca de 5 volts (essa é a ordem geral de


grandeza) que é representado por 1 ou 0 V, que é representado por um 0.

7.2.2 – As portas lógicas

As funções lógicas básicas são chamadas de portas lógicas. Trata-se de funções


com uma ou duas entradas e uma saída:

 A função OU (em inglês OR) coloca sua saída em 1, caso uma ou outra de
suas entradas estiver em 1.

 A função E (em inglês AND) coloca sua saída em 1, caso suas duas
entradas estiverem em 1.

 A função OU EXCLUSIVO (em inglês XOR) coloca sua saída em 1, caso


uma ou outra de suas entradas estiver em 1 mas, não ambas,
simultaneamente.

 A função NÃO (também chamada de inversor) coloca sua saída em 1, caso


sua entrada esteja em 0 e, vice-versa.
Em geral, definimos as funções NÃO OU (comumente chamada NOR ) e NÃO
E ( NAND ) como sendo a composição respectiva de um NÃO com um OU e um E.

7.2.3 – Tabela da verdade

Uma tabela da verdade é uma tabela que descreve todas as possibilidades de


saídas em função das entradas. Assim, colocamos as variáveis de entrada nas
colunas da esquerda fazendo-as variar de modo a cobrir todas as possibilidades. A
coluna (ou as colunas se a função tiver múltiplas saídas) da direita descreve a
saída.

51

Veja, por exemplo, as tabelas da verdade das portas lógicas:

Tabela 5 / Figura 18 – Tabela da verdade


Fonte: [14]

A tabela acima demonstra como é possível, através do conhecimento lógico, a


obtenção de dados reais de acionamento no meio físico sem a necessidade da
instalação de todo um sistema elétrico ou eletrônico de um determinado processo.
Com o aprendizado referente a álgebra booleana, associamos a tabela do nosso
sistema aos parâmetros da programação ladder do CLP utilizado seguindo as
variáveis lógicas que serão apresentadas na tabela seguinte.

52

Tabela 6 – Tabela da verdade - Protótipo

S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8

0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1

B1 0 1 1 1 1 0 X X X X X X X X X X

B2 X X X X X X 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0

VSA1 X X X X X X X X X X 1 0 X X X X

VSA2 X X X X X X X X 0 1 X X X X X X

A programação ladder foi executada, conforme figura 17, através da tabela


acima.

7.3 – Válvulas solenoide


A válvula solenoide é um equipamento que tem muitas utilizações, em
diversas áreas. Ela é formada por duas partes principais, que são: corpo e a bobina
solenoide; Existem válvulas para diversas aplicações: Água, Ar, Gases, GNV, GLP,
Óleo, Filtros de manga e outros fluídos.

A válvula solenoide possui uma bobina que é formada por um fio enrolado
através de um cilindro. Quando uma corrente elétrica passa por este fio, ela gera
uma força no centro da bobina solenoide, fazendo com que o êmbolo da válvula seja
acionado, criando assim o sistema de abertura e fechamento.

Outra parte que compõe a válvula é o corpo. Este, por sua vez, possui um
dispositivo que permite a passagem de um fluído ou não, quando sua haste é
acionada pela força da bobina. Esta força é que faz o pino ser puxado para o centro
da bobina, permitindo a passagem do fluido.
53

O processo de fechamento da válvula solenóide ocorre quando a bobina


perde energia, pois o pino exerce uma força através de seu peso e da mola que tem
instalado.

As válvulas solenoides podem ser classificas quanto ao seu tipo de ação, que
podem ser ação direta ou Indireta, sendo determinadas pelo tipo de operação.

Figura 19 – Válvula solenoide Simbologia

Fonte: [15]

No protótipo foi utilizada a válvula VA06 de 1/4BSP do fabricante MARCOVAL.


Não tínhamos pressão em coluna d’água para auxiliar a ação magnética
gerada pela bobina, portanto, escolhemos a válvula acima. A VA06 é uma válvula de
ação direta, sendo assim, não necessita de pressão para auxiliar a sua abertura.

Figura 20 – Válvula VA06

Fonte: http://www.marcoval.com.br/wp-content/uploads/2014/10/va06.jpg
54

No projeto residencial será necessária a utilização de uma outra com ação


indireta, pois, haverá pressão o suficiente, gerada pela bomba para que auxilie o
campo magnético em sua abertura.

Foram feitos os seguintes cálculos de vazão para implementarmos as


válvulas em nosso projeto:

Cálculo da vazão de água – Válvula 1”

Para = 2,5 BAR, = 1 g/cm3 e Kv = 9


Qv = 14,2 m3/h

OBS: Cálculo baseado na válvula de 1” indicada para o projeto a ser executado.

Figura 21 – Válvula solenoide 2036BA08


Fonte: http://www.jeffersondobrasil.com.br/pdf/General-Catalog.pdf

55

Cálculo da vazão de água – Válvula 3/4"

Para = 2,5 BAR, = 1 g/cm3 e Kv = 5,5


Qv = 8,7 m3/h

OBS: Cálculo baseado na válvula de 3/4" indicada para o projeto a ser executado.

Figura 22 – Válvula solenoide 2036BA06


Fonte: http://www.jeffersondobrasil.com.br/pdf/General-Catalog.pdf

56

7.4 – Sensores

Um sensor é um dispositivo capaz de detectar/captar ações ou estímulos


externos e responder em sequência. Estes dispositivos podem transformar as
grandezas físicas ou químicas em grandezas elétricas.

Exemplos:

 Existem sensores que se instalam nos veículos e que detectam quando


a velocidade a que se deslocam excede a velocidade permitida. Nestes
casos, emitem um som que avisa o condutor e os passageiros.
 Outro tipo de sensor muito habitual é aquele que se instala à porta de
entrada das casas e reage ao movimento. Se uma pessoa se
aproximar do sensor, este emite um sinal e acede a iluminação. A
utilização destes sensores está associada à segurança, uma vez que
evitam que alguém se aproveite da escuridão para se esconder e
introduzir-se na casa sem ser visto.

 Os termómetros também são sensores, uma vez que aproveitam a


capacidade do mercúrio para reagir à temperatura e, deste modo,
permitem detectar se uma pessoa tem febre.

Os sensores, em suma, são artefatos que permitem obter informação do meio


e interagir com o mesmo. Deste modo, como os seres humanos recorrem ao seu
sistema sensorial para esta tarefa, as máquinas e os robôs requerem sensores para
interagirem com o meio em que se encontram. [16]

No próximo parágrafo abordaremos os tipos de sensores que utilizaremos


tanto em nosso protótipo quanto em nosso projeto.

57

7.4.1 – Sensor de nível

Sensores de Nível, também conhecidos como “chave de nível” ou “bóia de


nível“, funcionam com contato reed switch e flutuador magnético. O movimento
desse flutuador abre ou fecha o contato do reed switch.

Os sensores detectam nível de líquidos em tanques e reservatórios na altura


em que forem instalados, com contato ON/OFF como saída. São considerados
sensores de baixa potência, pois não são usados diretamente para o acionamento
de bombas de água, que possuem potência e correntes altas. Os sensores de nível
mais utilizados na indústria trabalham numa potência aproximada de 20W, gerando
uma corrente suficiente para sinalizações de nível através de uma lâmpada ou aviso
sonoro, em sistemas de controles digitais (Arduínos, microcontroladores, inversores
de frequência) ou então para acionamento de relés, CLP e contatores para
ligar/desligar bombas d’água, por exemplo. [17]

Pelo fato de ficarem fixos em um ponto do reservatório, os sensores de


nível são influenciados por ondulações e vibrações no reservatório e garantem uma
melhor confiabilidade e repetibilidade se comparados a outros tipos de detectores de
nível, como as antigas chaves boia. Por serem bastante versáteis, possuem diversas
aplicações e são utilizados em controles e automações das mais variadas áreas
como, por exemplo:

 Climatizadores, nebulizadores, saunas, aquecedores: para avisar o momento


de repor a água;

 Cisternas e construção civil: automação predial;

 Saneamento e tratamento de água: automação dos reservatórios de


tratamento;

58

 Veículos: monitoramento do nível do líquido de arrefecimento para evitar


danos ao motor;

 Chocadeiras: monitoramento de água utilizada para umidade;

 Lavadoras: detecção do nível de água;

 Máquinas de gelo: controle de nível da água utilizada na fabricação do gelo;

Figura 23 – Sensores de nível


Fonte: http://www.icos.com.br/sensor-de-nivel/montagem-lateral/

59

No nosso protótipo utilizamos os sensores LA16M-40 do fabricante ICOS que


apresentam baixíssimos custos e alto desempenho de qualidade. No projeto
indicamos a utilização de bóias de nível devido a sua eficácia e durabilidade em
processos residenciais e prediais.

Figura 24 – Sensor LA16M-40 – ICOS Simbologia


Fonte: https://www.icos.com.br/sensor-de-nivel/montagem-lateral/LA16M-40/

7.5 – Medidores de vazão

Um medidor de vazão é um instrumento usado para medir a taxa de vazão,


linear ou não linear, da massa ou do volume de um líquido ou um gás. Ao escolher
um medidor de vazão, devem ser considerados fatores intangíveis como a
familiarização dos trabalhadores e sua experiência com calibração e manutenção, a
disponibilidade de peças de reposição e o intervalo médio do histórico das falhas,
entre outros, na unidade específica. Também é recomendável que o custo da
instalação seja computado apenas depois que estes passos sejam seguidos. [18]

Um dos erros mais comuns na medição de vazão é o seguinte: em vez de


escolher um sensor que capaz de operar adequadamente, tenta-se justificar o uso
de um dispositivo mais barato.

60

Figura 25 – Medidor digital de vazão

Fonte:http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/instrumentacao/techmeter/pro
dutos/instrumentacao/medidor-de-vazao-digital
Neste caso será utilizado apenas no projeto devido ao seu alto custo e a
necessidade de informação leitura do consumo no abastecimento e da água
reutilizada.

7.6 – Bomba d’água

A bomba d’água é usada para transferir água de um lugar para o outro sem o
auxílio da pressão de coluna d’água. Muitas vezes tem o objetivo de abastecer uma
casa ou propriedade. Além disso, ela pode poupar muitos danos causados pela água
quando ocorrem inundações.

Com esse dispositivo podemos transferir tanto água suja, nesse caso de
áreas inundadas, como água limpa, para abastecimento de casas, prédios,
indústrias ou mesmo pequenas irrigações. [19]

Existem inúmeros tipos e modelos de bombas d’água. Cada uma para uma tarefa
específica de transferência ou condução.
61

A seguir, temos alguns casos onde as bombas são indicadas:

7.6.1 – Bomba submersa (bomba sapo)

É o tipo ideal e de maior rendimento para poços de qualquer profundidade.


O conjunto moto-bomba é instalado dentro do poço, submerso em alguns metros
abaixo do nível dinâmico, funciona silenciosamente e requer pouquíssima
manutenção quando bem especificado e corretamente instalado.

Figura 26 – Bomba submersa (Sapo) Simbologia


Fonte:http://www.armazemautomotivo.com/produto/bomba-sapo-modelo-
150_MLB712864991

Figura 27 – Bomba submersa B500

Fonte: http://www.nigrans.com.br/bomba-b500
62

Utilizamos a bomba B500 conforme a figura 25, pois a mesma atendia aos
parâmetros necessários de vazão do nosso protótipo. São 540L/h (9L/min) em uma
coluna d’água de 80cm.

7.6.2 – Bomba injetora

É uma bomba centrífuga horizontal convencional com um dispositivo (ejetor


ou injetor) instalado nas tubulações de sucção e de retorno, submerso no poço.
Apresenta baixo rendimento e conseqüente maior custo operacional devido ao fato
de utilizar motores elétricos de maior potência do que uma bomba submersa de igual
vazão e pressão

Figura 28 – Bomba injetora Simbologia


Fonte: http://www.meritocomercial.com.br/bombas-de-agua/bombas-injetoras

7.6.3 – Bomba centrífuga

Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de


funcionamento a força centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no
interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a periferia do
conjunto girante.

63

A Bomba centrífuga é o equipamento mais utilizado para bombear líquidos no


saneamento básico, na irrigação de lavouras, nos edifícios residenciais, na indústria
em geral, transferindo líquidos de um local para outro.

Devido o motivo relatado acima, indicamos para o nosso projeto a utilização


desse tipo de bomba, pois ela capta a água até uma profundidade de 8 metros. O
que atende as dimensões do nosso reservatório de reuso.

Figura 29 – Bomba centrífuga


Fonte: http://www.campobelopiscinas.com.br/bombasdeaguahidraulicas.htm

Simbologia

64

CONCLUSÃO

Através deste estudo captamos recursos com base em nosso aprendizado


acadêmico para desenvolver mecanismos de otimização no processo de tratamento
e reuso da água.

Com base na tabela 2 (Material permanente – Projeto residencial a ser


executado – Página 32) o cliente gastou R$9.977,00 com material, infraestrutura e
execução da obra. Seu gasto anual antes da aquisição do projeto foi de R$2.550,00,
ou seja, em quatro anos ele gastou mais com conta de água (R$10.200,00) do que
com a implantação do projeto.

Tabela 7 – Planilha de custo com gasto anual de conta de água


65

Tabela 8 - Tabela de custo anual de conta de água (Sistema automatizado)

Referente as tabelas acima, o projeto representa uma economia anual de


R$1.719,00, portanto, com o presente estudo constatou-se que a implantação de um
sistema de controle e automação é totalmente eficaz para que se faça um
reaproveitamento de água que torna-se economicamente viável, pois proporcionaria
grande potencial de economia de água potável, trazendo benefícios financeiros em
médio prazo e benefícios ambientais imediatos por preservar os recursos hídricos da
região.

66

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - Sua Pesquisa. Tratamento de água. Disponível em:


<http://www.suapesquisa.com>. Acesso em: 14/05/16.

2 - CAESB. Como a água é tratada. Disponível em: <https://www.caesb.df.gov.br>.


Acesso em: 12/05/16.

3 – Naturaltec. Disponível em: <http://www.naturaltec.com.br/Filtro-Areia-Inox.html>.


Acesso em: 23/06/16.

4 - Constituição Federal Brasileira 1988. Disponível em:


<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em:
25/06/16.
5 - A Lei Nº 9433, de 08 de janeiro de 1997. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/legislacao/agua/category/116-recursos-hidricos>. Acesso
em 25/06/16.

6 - Lei 7663 de 30/12/1991. Disponível em: <http://www.saaecolina.com.br/leg-


estadual.htm>. Acesso em: 25/06/16.

7- ECO 92 (Rio de Janeiro, junho de 1992). Disponível em:


<http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/rio20/a-rio20/conferencia-rio-
92-sobre-o-meio-ambiente-do-planeta-desenvolvimento-sustentavel-dos-
paises.aspx>. Acesso em: 25/06/16.

8 - Lei nº 9984 (julho de 2000). Disponível em:


<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2000/lei-9984-17-julho-2000-360468-norma-
pl.html>. Acesso em: 25/06/16.

67

9 - Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em:
26/06/16.

10 - Artigo águas urbanas. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br>.


Acesso em: 16/05/16.

11 - Ministério do Meio Ambiente. Conama. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/port/conama/>. Acesso em 20/05/16.

12 - Mott, Anderson. O que são sistemas supervisórios?. Disponível em:


<http://www.automacaoindustrial.info>. Acesso em: 21/05/16.

13 - Silva da Rocha, Jordão. O que é o CLP. Disponível em:


<http://saladaautomacao.com.br>. Acesso em: 14/05/16.
14 – Álgebra Booleana. Disponível em: <http://br.ccm.net/faq/2995-algebra-
booleana>. Acesso em: 14/05/16.

15 - Jefferson Solenoidebras. Válvula solenoide e suas aplicações. Disponível em:


<http://www.jefferson.ind.br>. Acesso em: 27/05/16.

16 – Tutorial motores e sensores. Disponível em: <http://docplayer.com.br/11126848-


P3r3-robo-na-escola.html>. Acesso em: 27/05/16.

17 - Sensor. Disponível em: <http://conceito.de>. Acesso em: 27/05/16.

18 – OMEGA. Medidores de vazão. Disponível em:


<http://br.omega.com/prodinfo/medidores-de-vazao.html>. Acesso em: 18/10/16.

68

19 - Hidrovector. A bomba d’água... Como escolher?. Disponível em:


<http://www.fazfacil.com.br>. Acesso em: 29/05/16.

20 - Icos. Sensor de nível. Disponível em: <http://www.icos.com.br>. Acesso em:


27/05/16.
69

BIBLIOGRAFIA

Almanaque Brasil Socioambiental. Água – O risco da escassez. Disponível em:


<https://site-antigo.socioambiental.org>. Acesso em: 24/05/16.

Cichinelli, Gisele. Ecoeficiência. A Construção civil e a falta de água. Disponível em:


<https://arcoweb.com.br>. Acesso em: 07/05/16.

Leporace, Camila. Escassez de água ameaça o planeta. Disponível em:


<http://opiniaoenoticia.com.br>. Acesso em: 24/05/16.

ONU. Blog do planeta. Relatório de mudanças climáticas do IPCC ganha versão em


português. Disponível em: <http://epoca.globo.com>. Acesso em: 24/05/16.
Sensoriamento de nível de líquidos. Revista Saber Eletrônica. Tatuapé, São Paulo.
Paulo - SP. Editora Saber Ltda; Ano: 47; Número 458; Dezembro – 2011.

Tabela de cabos. Disponível em: <http://peropi.com.br/Tabelas/Tabela


%20Cabos2.html>. Acesso em: 03/10/16.

70

APÊNDICES
71

APÊNDICE A –
72

APÊNDICE B –
73

APÊNDICE C –
74

APÊNDICE D –
75

APÊNDICE E –
76

APÊNDICE F –
77

APÊNDICE G –
78

APÊNDICE H –
79

APÊNDICE I –
80

APÊNDICE J –
81

APÊNDICE L –
82

APÊNDICE M –
83

APÊNDICE N –
84

ANEXOS
85

ANEXO A – Especificações do CLP ALTUS FBS-14MA


86

87
ANEXO B – Especificações do CLP ABB 07 KT 97

88

Você também pode gostar