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Os linguistas acreditam que boa parte das línguas faladas na Europa e na Ásia

provém de uma língua original, denominada indo-europeu.


Podemos dividir as línguas indo-europeias em alguns ramos, dentre os quais o
germânico (que inclui o inglês e o alemão) e o itálico (derivado do latim, que
inclui não só o português, mas também o italiano, o francês e o espanhol).

Dica de Leitura
STÖRIG, Hans Joachim. A aventura das línguas: uma viagem através da história
dos idiomas do mundo. São Paulo: Melhoramentos. Uma viagem gostosa pela
história das línguas no mundo, incluindo a decodificação de línguas e escritas
mortas, um estudo detalhado das línguas indo-europeias e a análise de outras
famílias linguísticas.

Dica de Filme:
A Guerra do Fogo (1981), dirigido por Jean-Jacques Annaud, aborda de uma
maneira bastante interessante o tema da origem da linguagem. No filme, homens
pré-históricos emitem gritos e grunhidos, simulando o que talvez tenha sido o
cenário dos primórdios da comunicação humana.

Caetano Veloso – Língua


Língua Portuguesa
O português originou-se do latim falado pelos soldados e colonos romanos na
Península Ibérica. Após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras e
árabes, passa a se consolidar como língua distinta. Nos séculos XV e XVI, com
as navegações, a expansão do império português e o esforço da colonização
jesuíta, a língua portuguesa se irradiou pela África, Ásia, Europa e América.
Calcula-se que hoje mais de 200 milhões de pessoas falam português, a sexta
língua mais falada do mundo. O Observatório da Língua Portuguesa, entretanto,
posiciona o português como a quarta língua mais falada do mundo.

O português é o único idioma oficial do Brasil e de Portugal, e é também um dos


idiomas oficiais em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique,
São Tomé dos Príncipes e Timor-Leste, conforme o mapa abaixo. Mas é também
falado em outros países, mesmo não sendo a língua oficial.
Morfologia
As palavras da língua portuguesa distribuem-se, quanto à ideia que encerram, em
dez grandes grupos ou classes. Classes morfológicas são, pois, os diversos grupos
em que estão distribuídas as palavras do idioma segundo a ideia que indicam.
Vejamos quais são as dez classes a que pode pertencer uma palavra em língua
portuguesa:
a) Substantivos: nomeiam os seres.
b) Adjetivos: indicam atributos dos substantivos.
c) Pronomes: funcionam nas orações como substitutos dos substantivos.
d) Artigos: têm por finalidade individualizar o substantivo.
e) Verbos: indicam as ideias de ação ou paixão (que correspondem ao que
denominamos voz passiva).
f) Advérbios: modificam basicamente o verbo, o adjetivo ou outro advérbio.
g) Numerais: indicam a ideia de quantidade ou número. Atenção: meio-dia e
meia [hora], uma e meia.
h) Preposições: servem como elemento de ligação entre palavras.
i) Conjunções: servem como elemento de ligação entre orações.
j) Interjeições: servem para indicar emoção, surpresa etc.

Alguns plurais de substantivos podem causar problemas, como, por


exemplo: cidadãos e pôsteres.
Em substantivos terminados com u, acrescenta-se apenas um s para formar o
plural: chapéus, troféus, degraus etc.
Um dos principais problemas com substantivos é o plural de nomes compostos,
que não cobriremos aqui, mas fica a dica para você pesquisar.

Os seguintes gêneros dos substantivos podem gerar dúvida: o dó, o eclipse e a


alface.

Encerramos aqui o módulo introdutório do nosso curso.


Exploramos brevemente a história e os usos da língua portuguesa e mapeamos
suas classes gramaticais (ou morfológicas), apontando alguns problemas comuns
com numerais e substantivos.
A partir dos próximos módulos, focaremos em algumas classes morfológicas e
problemas comuns de escrita, para caminharmos para a construção de parágrafos
e textos.
Neste módulo, como houve uma enquete, excepcionalmente não haverá uma
avaliação.
Existem os seguintes sinais ortográficos em nossa língua, cujas regras de uso são
descritas com detalhes em gramáticas:
acento agudo: ´
acento grave: `
acento circunflexo: ^
til: ~
apóstrofo: ’ (apóstrofe significa outra coisa!)
cedilha: ç
hífen: -
Ora, mas você deve estar pensando: e os outros sinais, como aspas, parênteses,
travessão e pontos? Eles são, na verdade, sinais de pontuação, não sinais
ortográficos, pois não fazem parte das palavras e, portanto, serão estudados em
outro momento do curso.

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