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A menorah não foi uma “invenção” dos israelitas, mas foi concebida
conforme ao modelo dado a Moshe no deserto! A palavra “mostrara”
vem do termo hebraico ra´a e significa “ver, olhar, inspecionar”. Isso
nos mostra que Moshe teve uma visão da menorah com todos os seus
detalhes e o Eterno – IHVH - detalhe por detalhe; assim sendo o
material utilizado para a sua confecção teria de seu o ouro, pois este
material não se corrompe e nas Escrituras representa a divindade!
Novamente percebemos o cuidado de D-us, pois a menorah – de onde
viria a luz e a revelação – seria de ouro (ou seja, tudo isso viria do
próprio D-us para seu povo) e nada ficaria oculto ou obscuro, mas
quando a luz do Eterno se acendesse, tudo ficaria plenamente às
claras!
Havia uma condição para que esse “serviço” pudesse ser feito: Moshe
deveria tomar os levitas – não poderiam ser outros – dentre os filhos
de Israel e deveria purifica-los! A palavra “purificar” vem do termo
hebraico taher e significa “ser (estar) puro, limpo”. Em sua raiz estão
as palavras tohar, que significa “claridade” e também tehar que
significa “limpeza”. Os levitas precisavam ser e estar puros pra levar
luz e revelação ao povo de Israel e esse ato dissiparia todas as trevas,
trazendo então claridade ao povo, justamente pelo fato de eles terem
feito uma “limpeza” em suas vidas!
Celebrando Pessach
Como se isso não bastasse, a Palavra nos informa que uma outra
coisa aconteceu: “o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter
grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e
disseram: Quem nos dará carne a comer?” Novamente temos a
manifestação dos desejos físicos dos homens que desencadeiam uma
série de acontecimentos desagradáveis no acampamento dos
israelitas. Neste caso, o episódio citado teve início por causa do
“vulgo”. Esta palavra em hebraico é asâpsup e significa
“ajuntamento popular”. Já o termo “desejo” vem da palavra hebraica
ta´awâ e significa “desejo, concupiscência, vontade, avidez,
saboroso”. Ou seja, entre o povo – que certamente não deve ter
presenciado a morte daqueles que murmuraram anteriormente –
haviam pessoas que se ajuntavam para certamente lembrarem-se do
Egito e das coisas que eles ali faziam. Esse tipo de conversa fez com
que sentissem desejo pelas coisas do Egito que não estavam
disponíveis à eles naquele lugar e naquele momento! Estava
aflorando em seu ser a concupiscência, a avidez por algo saboroso,
uma vontade quase que incontrolável por carne! João nos informa
sobre algo semelhante quando diz: “Porque tudo o que há no mundo,
a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba
da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Elohim permanece
para sempre” (I Jo 2:16-17). Os israelitas estavam trazendo de volta
um padrão antigo, algo que agora pertencia ao seu passado de
escravo! Esta é a chamada “concupiscência da carne” que é o desejo
manifesto da carne para que suas necessidades sejam satisfeitas de
acordo com os pensamentos de nossa mente carnal; eles são
destituídos de qualquer sentimento que evoque os desejos do Eterno
para conosco e com o nosso corpo e viver diário!
Moshe ouve a reclamação do povo e sente que seu encargo para com
o povo está muito “pesado”. Ele então diz estas palavras: “Então
Moshe ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da
sua tenda; e a ira do IHVH grandemente se acendeu, e pareceu mal
aos olhos de Moshe. E disse Moshe ao Senhor: Por que fizeste mal a
teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, visto que
puseste sobre mim o cargo de todo este povo? Concebi eu porventura
todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu
colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a
seus pais? De onde teria eu carne para dar a todo este povo?
Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer; eu só
não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. E
se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos
teus olhos, e não me deixes ver o meu mal” (Nm 11:10-15). Estas
palavras fizeram com que o Eterno então tomasse a seguinte atitude
para com Moshe e conseqüentemente para com o povo: “E disse o
IHVH a Moshe: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que
sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a
tenda da congregação, e ali estejam contigo. Então eu descerei e ali
falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre
eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves
sozinho, e dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e comereis
carne; porquanto chorastes aos ouvidos do Se IHVH nhor, dizendo:
Quem nos dará carne a comer? Pois íamos bem no Egito; por isso o
Senhor vos dará carne, e comereis” (Nm 11:16-18). Uma coisa que é
notável neste texto é que o Senhor disse que “desceria” e ali falaria
com Moshe aos olhos de todo o povo! A palavra “descer” em hebraico
é yarad e significa “descer, ir para baixo, baixar, marchar abaixo”.
Em sua raiz está a palavra Iardem (Jordão) que significa “aquele que
desce”! Isso nos dá a dimensão que de o Eterno literalmente desceria
em meio ao acampamento dos israelitas e neste momento falaria
com Moshe aos olhos do povo retirando dele parte da unção que
havia e dando-a aos anciãos escolhidos para ajudarem na condução
do povo! A palavra “espírito” em hebraico é ruach e significa “vento,
sopro, espírito”! Moshe havia recebido uma unção e o Eterno
simplesmente dividiria esta unção – que sairia de Moshe para eles!
Então podemos dizer que a unção de uma pessoa é transferível para
outra! E isso pode depender de vários aspectos, mas um deles é o
auxílio no mesmo ministério – serviço – que o outro presta no Corpo
do Messias!