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Prof.

ª Luciana Spínpolo Campos

Objetivo da disciplina
O objetivo desta disciplina é fornecer ao aluno um
panorama evolutivo da economia brasileira,
tornando-o capaz de entender e discutir as
questões econômicas recentes, sobretudo as que
afetam a atuação de um profissional de
Administração.

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Conteúdo Programático

Parte 1 – Abordagem histórica da Economia Brasileira


Revisão dos conceitos de Economia
Economia agroexportadora
Processo de Substituição de Importações
A crise dos anos 60
O Milagre Econômico
A crise da dívida externa (anos 80)
Os planos de estabilização monetária
O Plano Real
Parte 2 – Aspectos conjunturais da Economia
Brasileira
Políticas econômicas
Inflação
Setor externo
Desenvolvimento econômico e distribuição de renda
O mercado de trabalho e a questão do desemprego

Revisão: Conceitos Fundamentais em


Economia
Origem Etimológica:

- Termos Gregos oikos (casa) e nomos (norma,


Lei).

“ ADMINISTRAÇÃO DA CASA ”

- ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS E ESCASSOS

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Escassez
Limitação de Recursos (em quantidade)
disponível para utilização imediata.

A sociedade precisa gerenciar bem seus


recursos

E por que administrar recursos ?


Tentativa de garantir a satisfação de
necessidades individuais e coletivas dos
indivíduos de uma sociedade.

Tais como :
- ALIMENTAÇÃO
- TRANSPORTE
- EDUCAÇÃO
- SAÚDE
- BENS E SERVIÇOS EM GERAL

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Bens e Serviços
PRODUÇÃO ECONÔMICA

Terra
Capital
FATORES DE
Trabalho PRODUÇÃO

Fatores de Produção
TRABALHO – É a contribuição do ser Humano, na
produção, em forma de atividade física ou mental;
CAPITAL – É o conjunto de equipamentos,
ferramentas e máquinas, produzidos pelo homem,
que não se destinam à satisfação das necessidades
através do consumo, mas concorrem para a produção
de bens e serviços, aumentando a eficiência do
trabalho humano.
TERRA - São os elementos da natureza utilizados
pelo homem com a finalidade de criar bens.

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BENS E
TRABALHO CAPITAL TERRA
+ + = SERVIÇOS

- Podemos então definir de certo modo a ECONOMIA


como sendo o processo que combina fatores de
produção para criar bens e serviços.

Compreendem os elementos que participam do processo


econômico.

EMPRESAS - São os agentes encarregados de produzir e


comercializar bens e serviços.

FAMÍLIA – Inclui todos os indivíduos e unidades familiares da


economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais
diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de
suas necessidades.

GOVERNO – Inclui todas as organizações que, direta ou


indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas tarefas
federais, estaduais ou municipais.

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Tipos de bens
Bens de consumo não duráveis: devem ser renovados
freqüentemente, esgotam-se ou desgastam-se rapidamente
Bens de consumo duráveis: podem ser consumidos durante um
tempo maior e não precisam ser renovados com freqüência.
Bens intermediários: resultam de um primeiro processamento
industrial, mas não servem para o consumo. Voltam ao processo
produtivo
Bens de capital: são bens finais, mas não se destinam ao
consumo das famílias e sim das empresas.

Serviços
Não têm existência física: um ônibus é físico (portanto, é
um bem), mas o transporte que ele realiza (deslocamento
de pessoas entre locais distintos) não é algo físico, não pode
ser tocado, sentido ou visto em termos de forma ou cor.

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Os Fluxos do Sistema Econômico
Fluxo real ou produto : é a totalidade dos bens e serviços
finais produzidos pelas unidades produtoras. Constitui a
OFERTA da economia.

Fluxo nominal ou monetário, ou renda : é a totalidade da


remuneração dos fatores de produção empregados pelas
unidades produtoras. Constitui a demanda ou procura da
economia.

Mercado: é formado pelos fluxos real e monetário,


respectivamente, a oferta e a demanda da economia.

Sistema de Concorrência ou Fluxo Circular da Renda

Mercado de Bens
e Serviços
(formação do
preço dos bens) Oferta de bens e Serviços
Demanda de bens e Serviços

FAMÍLIAS Poupança Privada Mercado EMPRESAS


Consumidores de bens e serviços Financeiro Vendedores de bens e
serviços
GOVERNO
Fundos para
financiamentode
deficit público

Demandante e Investimentos
Proprietários de fatores de produção Ofertante de bens Consumidores de fatores
e serviços de produção

Oferta de Serviços dos Fatores de Mercado de Demanda de Serviços dos


Produção Fatores de Fatores de Produção
Produção
(formação do
preço dos fatores)

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Problemas econômicos fundamentais ou as três grandes
perguntas de toda economia.
O que e quanto produzir? Ou seja, quais bens e serviços
serão priorizados e em que quantidade deverão ser
colocados à disposição dos consumidores;

Como produzir? Isto é, quais técnicas serão utilizadas, que


proporção de cada fator de produção;

Para quem produzir? Quer dizer, ao final de tudo, quem


irá adquirir e consumir os bens e serviços produzidos – esta
questão relaciona-se com a distribuição de renda na
sociedade.

Economia agroexportadora

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Processo de Substituição de Importações
como Modelo de Desenvolvimento na América
Latina
Antigo modelo (exportador)
Países Centrais
Setor externo desempenhava o mesmo papel que nas
economias periféricas, mas não cabia a este a
responsabilidade do crescimento econômico.
Variável exógena junto com a endógena (investimento
autônomo e inovações tecnológicas)

Modelo Exportador
Países Periféricos:
Setor externo era um dos responsáveis pela economia
brasileira.
As exportações são variáveis exógenas, responsável pela
geração de uma boa parcela da Renda Nacional e pelo seu
crescimento.
Importações atendiam parte da demanda interna.
A exportação era em sua maioria de produtos primários ou com
baixo indicie de produtividade (tecidos, calçados vestuários,
moveis etc.).
Reduzida produção industrial e setor agrícola de subsistência –
não era suficiente para o dinamismo econômico.
Crescimento econômico dependia da demanda externa.

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Países Periféricos
Centro do problema deste tipo de modelo está na
divisão internacional do trabalho (divisão das
atividades entre os inúmeros países do mundo).
Separação muito nítida dos setores: externo e
interno.
Produtos de exportação eram primários e gerava
bastante renda para poucos exportadores.
Gerou distribuição de renda desigual.

Passagem do Modelo Tradicional para o PSI


1914 a 1945- as economias periféricas foram abaladas pelas
crises do setor externo (guerras e depressão)
redução de 50% na capacidade de importar
governos adotavam medidas de proteção ao mercado
interno para escapar da crise externa:
restrições e controle de importações,
elevação da taxa de câmbio,
compra de excedentes de produção,
financiamento de estoques.
incentivou-se a produção interna substitutiva de bens.
utilizou-se a capacidade de importar disponível para
comprar bens de capital e matérias-primas indispensáveis
para a instalação de novas unidades produtivas.

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Caráter parcial e fechado do processo
Preservou-se uma base exportadora precária (produtos
primários)
Mudança parcial do sistema econômico (mudança parcial do
mecanismo de exportação e importação não gerou grandes
diferenças no sistema)
Novos setores dinâmicos (indústrias) aparecem e se
expandem apenas no mercado interno, ou seja, fechado
Sem alteração da Divisão internacional do trabalho
O PSI procurou repetir a experiência da industrialização dos
países industrializados, mas sem as condições históricas.

Setor Externo
Após a 2° guerra, surgem novos bens duráveis e uma
reorientação da produção industrial;

A industrialização interna passa a produzir novos bens e


importar insumos (mudança nas características dos
produtos importados);

O setor externo torna-se quantitativamente menos


dependente do exterior e muda qualitativamente a natureza
desta dependência.

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Um breve histórico

JK – Plano de Metas (1956-


(1956-1960)
50 anos em 5
31 metas, incluindo a construção de Brasília
Grupos executivos que influenciavam
Privilégios ao K estrangeiro
Análise setorial e diagnósticos elaborados pelo grupo BNDE-CEPAL
(Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe)
Resultados: aceleração inflacionaria, déficit fiscal e pressão sobre o
Balanço de Pagamentos
Com a persistência da inflação, o crescimento diminuiu.

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Plano de Metas
Associado ao PSI
Dividido em três pontos principais:
Investimento estatais em infra-estrutura
Estimulo ao aumento da produção de bens intermediários
Incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de
capital

Jânio Quadros e João Goulart


Curto período de tempo:
Renúncia do presidente gerou instabilidade política.
Neste período houve depreciação cambial de 100%, com
objetivo de diminuir a pressão dos subsídios cambiais sobre
o déficit público.
Vice-presidente assume.

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Crise de 1962 – 1967, o PAEG e as
bases do milagre econômico
Primeiro Presidente Militar
1962: como consequência das ações do governo anterior,
houve uma queda de crescimento econômico.
1963: recessão
1964: interrupção do período democrático – instaurou a
Ditadura Militar
1964: inflação em 90% a.a.

PAEG (Plano de Ação Econômica do


Governo)
Modelo econômico elaborado pelo Ministério do
Planejamento e da Coordenação Econômica.
Pautado no capital estrangeiro e indústria do Plano de Metas
(PSI)
Retração econômica – renda per capita baixa demais para
absorver a produção.
Reformas bancárias e tributárias – estimulo a oligopolização
(graças ao autoritarismo)

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PAEG (Plano de Ação Econômica do
Governo)
Controle inflacionário e normalização das relações com
organizações financeiras internacionais
Aplicação de Política Monetária Restritiva
Criação do Banco Central, do BNH e do SFH.
Redução da inflação para 30% em 1967.
Algumas reformas trabalhistas: criação do FGTS, PIS e
PASEP, além de mudanças no INPS.
Em 1967 assume General Costa e Silva, ministro Antonio
Delfim Neto.

Milagre Econômico (1968 – 1973)


Intenso crescimento do PIB e da produção industrial

Crescimento externo contribuiu para o crescimento interno

Aumento da abertura comercial e financeira

Predominância dos setores produtores de bens duráveis e de


capital (Plano de Metas)

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Milagre Econômico (1968 – 1973)
Após os ajustes do PAEG (ajustes de contas públicas, salários
controlados), a inflação passou a apresentar um forte componente de
custos, porque a capacidade ociosa de produção estava muito alta,
além dos custos financeiros.
A solução para manter a queda da inflação seria a retomada do
crescimento.
Adoção de uma política monetária expansiva, aumentando o crédito ao
setor privado.
Para a expansão do crescimento econômico, o país optou fazer
empréstimos no exterior.

Resultados do Milagre Econômico

Crescimento ou Desenvolvimento Econômico?


Poder real de compra dos assalariados?
Crescimento para quais classes sociais?

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Resultados do Milagre Econômico
Em 1973 o PIB atingiu 14%
Aumento de importação de bens para produção interna
Recuperação de salários a partir de 1973, devido ao aumento de
demanda por trabalhadores.
Redução da produção para o comércio interno.
Pressão inflacionária.

O II Plano Nacional de Desenvolvimento –


PND e o Governo Ernesto Geisel
Cenário em 1973:
Crescimento econômico, início de inflação
1° Choque do Petróleo (preço do barril subiu de aproximadamente
– US$ 2,80 para US$ 11,00 em apenas uma semana)

Geisel assumiu a presidência em 1974 (1974-1979).


II PND, elaborado por João Paulo dos Reis Velloso, Ministro do
Planejamento.
A prioridade eram as indústrias de bens de capital e intermediários
(etapa final do PSI)
Financiado pelo capital externo – empréstimos
O país precisa tornar-se independente do setor externo -
importação de bens de capital, petróleo, produtos químicos,
fertilizantes etc.

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II PND
A previsão feita pelo ministro era de que a crise externa e os
transtornos da economia mundial eram passageiras, foram
efetuados empréstimos, aumentando a dívida externa e os déficits
comerciais
O objetivo era aumentar a produção de petróleo, energia elétrica e
nuclear, apoiando-se nas empresas estatais como produtoras e
como grande mercado para indústrias do setor privado.
O BNDE foi usado como transferidor de fundos públicos para o
financiamento de indústrias de bens de capital do setor privado e
nacional.

Governo Figueiredo (1979-


(1979-1984)

Choques externos:
2° choque do Petróleo (1979)
Crise da dívida do México (1982)
Elevação da taxa internacional de juros
Política adotada:
Controle de juros
Indexação de salários (semestralidade)
Maxidesvalorização cambial (30%)
O impulso restante do II PND gerou um crescimento do PIB de
9,1% em 1980
Inflação passou de 77,2% a.a. em 1979 para 110,2% em 1980.
1981: forte reajuste externo com retração da demanda interna
A partir de 1982, o Brasil passou a negociar ajuda com o FMI.

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Planos de Crescimento e de
Desenvolvimento no Brasil
1980-1985
Profundas transformações no cenário internacional
Deterioração das contas públicas e desequilíbrio externo
Mudança de governo – em 1984 passeata pelas Diretas Já

Planos de Crescimento e de
Desenvolvimento no Brasil
Estímulo à captação externa
Prefixação da correção cambial em 50%- à aceleração
inflacionária para 100%a.a.
Crise de Liquidez e entrada do FMI
Recessão diminuía a arrecadação – efeito Oliveira-Tanzi
Expansão da base monetária ou a emissão de títulos públicos;
Especulação financeira;
Valor da moeda se deteriora, enquanto os juros e a garantia de
correção monetária aumentam a demanda por ativos financeiros,
deprimindo as atividades produtivas;
Proposta: cortes nos gastos;
Extinção da correção monetária e o congelamento geral e
indiscriminado dos preços.
Criação da SEST – Serviço Social de Transporte

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A crise na América Latina. Algumas
variáveis
Macroeconômicas nos anos 80

Fonte: Comissão Económica para a América Latina das Nações Unidas – CEPAL (1990)

Planos de Estabilização
1986-1990 – Tem início a série de planos de estabilização
monetária no país.
Passa-se ao regime democrático depois de 22 anos de
autoritarismo.
Novo texto constitucional é elaborado.

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Plano Cruzado I

1986
Fev.1986 com mudança de referência monetária
Congelamento de preços
Preços desalinhados
Choque de juros internacionais
Reajuste de salários em 8% e 16% para o SM.
Gatilho salarial
Câmbio fixado em 27 de fevereiro
Uso de tablita para as prestações
Fiscais do Sarney
"Cada brasileira ou brasileiro será um
fiscal dos preços em qualquer lugar do
mundo. Ninguém poderá, a partir de
hoje, praticar a industria da
remarcação. O estabelecimento que o
fizer poderá ser fechado, e esta prática
ensejará a prisão dos representantes"

Plano Cruzado II

21/11
Controle do déficit público
Ponderação do gatilho de preços e tarifas
Falências
Anúncio da moratória
Em abril a inflação superou os 20%a.m.

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Plano Bresser (1987)
Principais medidas:
Congelamento de preços e salários por 3 meses. Resíduo
inflacionário a ser pago em 6 parcelas a partir de setembro.
Desvalorização cambial em 9,5% e desvalorização diárias
Aluguéis congelados sem compensação

Plano Verão (1988/1989)


Inflação de mais de 20% a.m.
Não houve ajuste fiscal
Descontrole das contas públicas

Plano Collor I (1990)

Reforma monetária com o confisco de 70% do M4 da Economia


e de 80% dos fundos de curto prazo e 1/3 da poupança.
Confisco da Liquidez
Reforma Administrativa através de congelamento de salários
do servidor público
Programa de Privatização, desestatização e desregulamentação
Programa de abertura da economia
Em 1991 lança o COLLOR II: venda de títulos e posterior
desindexação, remuneração pela TR (taxa referencial)

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Crise Política na década de 90

Impeachment
Criação do IPMF
Lançamento do P.A.I, que visava a redução das despesas
governamentais
Aparato legal para a privatização
Trabalho de resgate de confiança da sociedade para o Plano
Real

Novo Governo

Competitividade e Produtividade
Plano Real com âncora monetária e posteriormente cambial
Apreciação do câmbio

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Dados Estatísticos

1992-1994
PIB =5,9%
INPC = de 2.489% para 929%
Dívida total/PIB=38,6%
Dívida Interna/PIB= 23%
Dívida Externa/PIB=16,8%
Reserva de U$24bi para U$39bi
Serviço da Dívida=de U$16bi para U$56bi

Governo Fernando Henrique Cardoso


1994-1998
Privatização dos ativos da Economia
COPOM
Inserção internacional com dependência.
Reeleição com base na âncora cambial (em 1998)
Perda de U$40 bilhões de reserva
Não houve desestruturação do setor privado com a mudança
de regime, evitando falências e crise financeira
Renegociação I da dívida dos Estados

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Governo Fernando Henrique Cardoso

1998-2002
Renegociação II das dívidas dos estados
IPMF passa a ser CPMF
Lei de Responsabilidade Fiscal
Empréstimo de U$40bi junto ao FMI
R$4,00/U$1.00
Inflação volta aos dois dígitos.
Esvaziamento do governo e eleição do representante da
oposição.

Governo Lula
Manutenção da austeridade monetária
Autonomia do BACEN
Pagamento pesado do serviço da dívida externa
Programa de pagamento para dívida interna
Carga tributária passa de 34%para 36,8%
Reforma parcial Administrativa
Reforma da Previdência
Tentativa da Reforma Tributária
Adoção da Bolsa-Família
Criação de 10 milhões de empregos
Crescimento da base de consumidores
Geração de superávits comerciais

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Governo Lula

2006-2010
Redução do déficit primário
Redução da taxa de inflação
Crescimento econômico
Formalização de empregos
Elaboração do PAC= Programa de Aceleração do Crescimento
Crises políticas e blindagem presidencial
Queda do Risco Brasil, que chegou a 2700 pontos
Novo mercado de capitais e de empregos
Queda da cotação do dólar

Referências Bibliográficas
GREMAUD, A.M.; VASCONCELLOS, M.A.S.; TONETO JÚNIOR, R.
Economia Brasileira Contemporânea. 6.ed. São Paulo: Atlas,
2007.
LACERDA, A.C. et al.. Economia Brasileira. São Paulo: Saraiva,
2000.
LANZANA, Antônio Evaristo Teixeira. Economia brasileira:
fundamentos e atualidade. São Paulo: Atlas, 2001.
SIMONSEN, Mário Henrique. A nova economia brasileira. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1974.

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CENAS DOS
PRÓXIMOS CAPÍTULOS

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