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* RIBEIRO,Magna Keyth.
** REIS, Simone Rocha
*** SANTOS, Felipe Alan Souza.
RESUMO
A estagnação da ciência para Bacon era resultado do método utilizado até o momento que
barrava o progresso da ciência.. Este trabalho objetivou-se em refletir sobre a idéia de ciência
e progresso na filosofia baconiana e a importância desse método para o desenvolvimento do
progresso do conhecimento técnico e científico da sociedade moderna. A metodologia usada
foi o levantamento teórico nas principais obras de Bacon e em alguns artigos especializados.
Para ocorre o domínio da natureza pelo homem é necessário que estes sejam mestres do
mundo, exercendo poder sobre as coisas e transformando os objetos para que eles nós sirvam,
porém para que isto aconteça o homem deve conhecê-la e suas leis, para que o homem possa
submeter ela aos domínios das técnicas, Bacon irá retratar está sociedade do conhecimento e
da técnica através da historia utópica denominada “nova Atlântida”.
Palavras-chaves: Ciência, dominação, progresso.
ABSTRACT
The stagnation of science to Bacon was the result of the method used to date that barred the progress
of science .. This work is aimed at reflecting on the idea of science and progress in the Baconian
philosophy and the importance of this method to develop the progress of scientific and technical
knowledge of modern society. The methodology used was the theoretical research in major works of
Bacon and some specialty items. For there is the domination of nature by man is necessary that they
are masters of the world, exerting power over things and making the objects so that they serve us, but
for this to happen man must know it and its laws, so that the man can bring it to the fields of technical,
Bacon will portray the company's knowledge and skills through the utopian story called "New
Atlantis".
Desde sedo Bacon dedica-se a sua grande obra, a Instauration Magma Scientiarum
(Grande instauração das ciências), que deveria ser produzida em seis partes, porém o mesmo
morre antes de terminá-la. Apenas duas foram concluídas a De dignitude et Augmentis
Scientiarum ( Da dignidade e do crescimento das ciências) e o segundo foi inscrito três anos
antes da primeira publicação em 1620, que confrontava o Órganum produzido por Aristóteles,
chamado por Bacon de o Novum Órganum ou indicação verdadeiras acerca da interpretação
da natureza (Japiassu, 1995), cujo este trabalho pretende explicitar a explicação do método
baconiano para o progresso da ciência.
O trabalho foi subdividido em três partes, a primeira trás uma explanação sobre o
método ou ciência do conhecimento em Francis Bacon, discutido o novo método e
conseqüentemente o progresso exposto por Bacon e o atraso da ciência sobre o silogismo
escolástico herdados de Aristóteles. A segunda parte relata o progresso alcançada pela ciência
através da descrição e da emergência científica laçando pelo método dedutivo, que conduzia o
pensamento científico ao progresso do conhecimento para o aperfeiçoamento da ciência e
para o aperfeiçoamento da ordem social. A última trás a conclusão obtida através das leituras
realizadas nesta pesquisa para compreender o significado da filosofia teórica descrita por
Francis Bacon.
No Novum Órganum Bacon propõe o método indutivo que deve substituir o método
aristotélico dedutivo tradicional, na primeira parte do livro, dividido em aforismo Bacon
escreve as causas que dificultavam o progresso das ciências, aborda como estes entraves o
abuso do silogismo, criticando arduamente o método aristotélico como detestável sofista e
sutil (Novum Organum, 1992, Japiassu, 1995).
Em um mundo que quer achar e andar por novos caminhos para nada serve o
silogismo, resulta na esterilidade por se incapaz de descobrir novas
verdades... A alternativa é clara: continuar na neblina de um pseudo-
conhecimento acumulado por tradição e encontrado por acaso, ou buscar o
caminho que nos assegure o descobrimento progressivo dos segredos da
natureza (NOVUM ORGANUM; significado y contenido del Novum
Organum por Rosieri Frondizi, 1949).
Na segunda parte da obra Bacon apresenta as direções para o novo método, que será
aprofundado nas próximas laudas deste trabalho. Bacon dedicou-se à conhecer a natureza, e
assim, melhor dominá-la. É para Bacon, compreender e conhecer a natureza, é necessária uma
nova concepção da razão e da experiência.
Para que ocorra este domínio da natureza pelo homem é necessário que estes sejam
mestres do mundo, exercendo poder sobre as coisas e transformando os objetos para que eles
nus sirvam, porém para que isto aconteça o homem deve conhecê-la e suas leis, para que o
homem possa submeter ela aos domínios das técnicas, Bacon irá retratar esta sociedade do
conhecimento e da técnica através da historia utópica denominada A Nova Atlântida.
A estagnação da ciência para Bacon era resultado do método utilizado até o momento
que barrava o progresso da ciência. Pois o mesmo não partia da experimentação, do teste e
dos sentidos, mas da tradição, de idéias e de procedimentos que negavam as explicações
práticas. As ciências devem buscar as causas das formas e dos fenômenos para poder dispor
dos efeitos. O estado de estagnação das ciências resulta da utilização de maus métodos. Por
isso, Bacon preconiza a necessidade de um método que nos faça descobrir as causas naturais
dos fatos (Japiassu, 1995).
A investigação das formas assim procede: sobre uma natureza dada deve-se
em primeiro lugar fazer uma citação perante o intelecto de todas as
instâncias conhecidas que concordam com uma mesma natureza, mesmo que
se encontrem em matérias semelhantes. E essa coleção deve ser feita
historicamente, sem especulações prematuras ou requinte demasiado.
(NOVUM ORGANUM, livro II, aforismo XI).
O primeiro passo do método indutivo é recolher e coletar o mais variados fatos. Esses por
sua vez devem ser observados, organizados e sistematizados através das questões que foram
colocados a natureza, ou seja, realizar experiências, contando ainda com o senso investigativo
do sábio (pesquisador).
Esse momento corresponde à repartição dos fatos através dos levantamentos das
taboas de investigação, cuja qual, contemplam os resultados das experiências.
Portanto, o método de Bacon propõe que sejam recolhidos todos os fatos possíveis,
que sejam feitas todas as observações possíveis e que sejam realizadas todas as
experimentações praticáveis. Com isso, nota-se que a indução consiste em extrair dos fatos
uma forma, e essa forma são o princípio e essência das coisas naturais, para compreender a
natureza é fundamental conhecer suas formas e suas manifestações através das ocorrências
dos fenômenos.
Para diminuir erros, Bacon propõe ainda a analise das instâncias prerrogativas, que são
recursos auxiliares do entendimento da natureza da forma. Bacon expõe 27 instâncias, porém
neste trabalho iremos comentar duas instâncias que foram escolhidas ao acaso.
Essa instância relata os aspectos específicos para a origem de uma determinada forma
corpo na natureza, aborda que cada matéria (forma), apresenta uma característica singular
para sua origem, então o ferro necessitou de algumas características particulares existente em
um determinado período de tempo, temperatura, tipo de rocha, pressão, dentre outros.
Tais instâncias não são úteis apenas se juntas a proposições fixas, mas também por si
mesmas e em suas próprias propriedades. Bacon relata o seguinte exemplo para demonstrar a
aplicabilidade desta instância: o caso do ouro em relação ao peso; do ferro em relação à
dureza, da baleia em relação ao tamanho dos outros animais, do cão em relação ao seu olfato
apurado, da inflamação da pólvora em relação à explosão violenta, e coisas semelhantes.
“Pelo pecado o homem perdeu a inocência e o domínio das criaturas. Ambas as perdas
podem ser reparadas, mesmo que parte, ainda nesta vida; a primeira com a religião e com a fé,
a segunda com as artes e com as ciências”. (NOVUM ORGANUM, Livro II, Aforismo LII).
Bacon, portanto expõe que ainda há tempo para o homem abandonar o atraso do
conhecimento estagnado pela ciência aristotélica, e pode progredir através do novo método o
conhecimento sobre a natureza, que deve ser conquistada através do trabalho e do novo
conhecimento, possibilitando a esses sonhar em conquistar uma qualidade de vida,
proveniente da técnica.
Francis Bacon constrói uma histórica utópica para explicar o modo que a técnica e o
novo conhecimento poderiam melhorar a qualidade de vida da humanidade. A Nova Atlântida
não foi terminada e descrevia uma sociedade técnica e passava pelo progresso tanto do
conhecimento intelectual como dos benefícios prática para a vida humana, Bacon expõe nessa
fábula, que o saber deve ser uma ciência progressiva, feita por resultados obtidos por
pesquisadores que trabalham de modo cooperativo. Ele está convencido de que a verdade é
filha do tempo e não da autoridade. O saber que nasce da colaboração entre pesquisadores é
um saber que exige novas instituições que incentivem novos saberes, essa descrição de uma
sociedade ideal pode ser resumida pela citação abaixo:
Toda a obra de Francis Bacon segundo Rossi (1989) se destina a substituir uma cultura de
tipo retórico-literário por uma de tipo técnica-científica. Com objetivo intrínseco de aplicar o
conhecimento científico e tecnológico nas atividades de produção industriais, a serviço do
progresso.
Para conhecer tais fenômenos Bacon segue a tendência ao método experimental, muito
bem descrita por Souza (2008):
Rossi (1989), afirma que Bacon atribui a algumas categorias um valor universal, desta
forma descrita: a colaboração a progressividade, a perfectibilidade e a invenção, serviriam
para classificar todo o campo do saber humano e assim adotar um modelo mecanicista para o
progresso do conhecimento, que uma vez iniciada, funcionaria sozinha. A verdadeira filosofia
não guarda intacto na memória o material fornecido pela história natural e pelas artes mecânicas, mas
conserva-o transformado e digerido no intelecto (BACON, 1992).
Exemplo disto é a diferença existente nos países dito desenvolvidos que apresenta um
índice de socioeconômico bem mais elevado que os países subdesenvolvidos, isto se dá em
partes ao fato de os países periféricos não terem conseguido acompanhar a intensa aceleração
nos avanços tecnológicos alcançados pelas nações mais ricas.
Para Bacon, o conhecimento não deveria ser dominado por poucos, mais deveria ser
geograficamente distribuído por todas as nações do globo (Nova Atlântida, 1992), porém isso
não ocorreu na construção histórica da formação social, cultural e econômica dos países
subdesenvolvidos e nem ocorre na atualidade, resultando em atrasos econômicos e sociais de
algumas nações. Esse atraso tecnológico dificulta o desenvolvimento dos países, ao gerar uma
grande desigualdade no comércio internacional, com vantagens para os países desenvolvidos,
e desvantagens para a periferia se podem notar tais aspectos até mesmo na Divisão
Internacional do Trabalho (VESENTINI, 2004).
De um lado estão os países subdesenvolvidos, menos avançados tecnologicamente e
que, em sua maioria, continuam dependentes de produtos de ponta, em outro ponto continua a
produzir os bens mais baratos existentes no mercado internacional que são gêneros agrícolas e
recursos minerais. No lado oposto estão os países desenvolvidos exportadores de produtos
mais avançados tecnologicamente, cujos preços valorizam-se cada vez mais, frente a suas
importações de materiais primários.
Bacon escreveu seu pensamento há três séculos, mas suas inquietações podem ser
bastante discutidas na atualidade, Como na idéia de que quanto maior é o investimento de um
país em tecnologia e educação, maior é seu desenvolvimento e acesso aos bens produzidos,
portanto, menor serão as desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais presentes em
sua população, como escreveu Francis Bacon em sua Utópica estória Nova Atlântica,
mostrando seu ideal de progresso e ciência.
CONCLUSÃO
Propõe uma instauração do saber, para que o conhecimento seja algo importante,
é necessário se criar um novo saber, por tanto critica o Órganum inscrito por
Aristóteles a cerca de mais de dois mil que barrava o progresso da ciência.
Bacon fornece um passo à introdução a ciência moderna.
É o primeiro a se preocupar com o método, progresso e técnica.
Bacon lutava contra o mundo medieval, e que a ciência estava estagnada na
Igreja.
Descreve que o homem deve saber viver e conseqüentemente usar a natureza para
progredir nas suas relações sociais em busca da melhor qualidade de vida.
Francis Bacon aumenta o degrau que separa homem e natureza.
REFERÊNCIAS