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PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA OPERAÇÃO DE EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS

1. OBJETIVO
Esta norma determina as condições de segurança adotadas pelo Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho da
DESMAQ SERVIÇOS E DESMONTE LTDA, para o desempenho das atividades no ambiente de trabalho, relacionado na
operação de uso de explosivos e acessórios.

2. DEFINIÇÕES
2.1 - Ordem de Serviço de Higiene Segurança e Medicina do Trabalho - OSHSMT
A fim de contemplar as disposições regulamentares contidas no item 1.7 b, NR-01, Portaria 3214/78 – Lei 6514 de 22.12.77
– Capítulo V do titulo II da CLT – MTE segue instruções com objetivo básico de prevenir acidentes, instruir para disciplinar
seu cumprimento, alertar para punição na sua desobediência, e complementar as práticas de controle dos riscos
ocupacionais.
2.2 - Equipamento de Proteção Individual - EPI
Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, podendo este
somente ser utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
Os EPI´s necessário são:
-Capacete de proteção com jugular, Protetor auricular, Óculos de proteção, Máscara contra gases tóxicos, Luva de couro de
raspa, Luva de látex nitrílica, Luva de vaqueta, Luva de algodão pigmentada, Calçado de segurança com biqueira de aço,
Uniforme e Colete de sinalização.

3. REQUISITOS PARA EXECUÇÃO DA TAREFA


3.1 - Somente os funcionários qualificados com conhecimento e treinamento satisfatório estão autorizados a manusear
explosivos e acessórios de detonação.

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA


4.1 - Todo esforço deve ser feito para evitar a exposição de material explosivo a choque, calor ou atrito. Não fumar ou
permitir qualquer fogo ou chama durante o manuseio de explosivos e acessórios.
4.2 - A área de detonação deve estar isolada, somente sendo permitido o seu acesso por pessoas envolvidas no
carregamento.
4.3 - Deve ser transportada somente a quantidade necessária de explosivos e acessórios para a área de detonação.
4.4 - Explosivos e espoletas devem ser mantidos separadamente um do outro até o momento do carregamento.
4.5 - Horário de detonação: As detonações devem ser realizadas preferencialmente ao meio dia (horário mais quente), e
nunca à noite ou sem visibilidade.
4.6 - Não permitir que explosivos e acessórios fiquem sem supervisão na área de detonação, para evitar o manuseio por
pessoas não habitadas.

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4.7 - Assegurar que todos os explosivos e acessórios excedentes, que foram utilizados na operação, sejam imediatamente
recolhidos aos paióis.

5. ESTOCAGEM E ARMAZENAGEM
5.1 - O prazo de validade impresso nas embalagens somente será válido se forem obedecidas às condições de
armazenagem constantes neste procedimento, complementadas pelo R-105 (Regulamento para Fiscalização de Produtos
Controlados do Ministério do Exército).
5.2 - Instalações usadas para armazenar materiais explosivos não devem ser usadas para outro propósito. Devem ser
mantidas limpas, secas e bem ventiladas.
5.3 - Utilize, como altura máxima das pilhas 2,0 metros, mantendo-as afastadas das paredes o suficiente para permitir a
entrada e saída das caixas com segurança.
5.4 - As caixas de explosivos e acessórios devem ser colocadas sobre estrados de madeira, para isolá-las do piso.
5.5 - Espoletas devem ser estocadas fisicamente separadas de qualquer explosivo, evitando-se que a iniciação acidental de
uma espoleta possa ser transmitida ao explosivo.

6. PREPARANDO-SE ESCOVAS
6.1 - Qualquer que seja o método de iniciação usado, a confecção de escovas deve ser feita cuidadosamente.
6.2 - O mínimo de força deve ser usada na preparação das escovas. Os furos devem ser pré formados (com estiletes de
bronze ou madeira) nos cartuchos, para permitir a fácil inserção da espoleta ou do cordel.
6.3 - A espoleta deve adentrar centralizada e em todo o seu comprimento no cartucho escova.

7. CARREGAMENTO / TAMPONAMENTO
7.1 - A operação de carregamento deve ser feita sob supervisão do cabo de fogo (Blaster).
7.2 - Os furos devem ser conferidos e desobstruídos antes do carregamento ser iniciado.
7.3 - O diâmetro do furo deve manter uma folga em relação aos cartuchos de explosivos, o suficiente para que não se
requeira uma força indevida durante a operação de carregamento. Um cuidado especial deve ser tomado no momento de
introduzir o cartucho.
7.4 - Nunca jogar um cartucho de explosivo diretamente sobre a escova.
7.5 - Nunca tamponar usando o atracador com violência.
7.6 - O invólucro do cartucho de explosivo nunca deve ser retirado.
7.7 - Observar sempre um comprimento de segurança para o tampão, utilizando um material apropriado para obter o
melhor desempenho.

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8. PREPARAÇÃO PARA DETONAÇÃO


8.1 - Detonações devem ser mantidas sob a supervisão de um cabo de fogo (Blaster).
8.2 - A ligação só deverá ser feita após a remoção todos os equipamentos desnecessários.
8.3 - As ligações devem ser previamente planejadas, incluído os layouts, sendo realizadas preferencialmente do fim para o
início.
8.4 - A iniciação deverá ser feita sempre por duas pessoas.

9. USANDO O SISTEMA EXEL


9.1 - O sistema Exel não pode ser conferido por instrumentos. É imprescindível que as conexões sejam feitas tão
precisamente quando possível, de forma que um eficiente controle visual possa ser realizado.
9.2 - O sistema de ligação na superfície deve ser feito tão curto quando possível, esticado mas sem tracionamento indevido.
9.3 - Certificar-se de que a amarração foi corretamente feita e se todos os detonadores foram ligados.
9.4 - Manter o comprimento dos “shock tubes” nas conexões tão curtos quanto possível, mantendo porém um
comprimento de no mínimo 0,80m entre estas e a respectiva espoleta.
9.5 - Caso uma espoleta elétrica seja usada para iniciar um Exel, deverá ser conectada somente quando toda a amarração
estiver completa e pronta para ser iniciada.
9.6 - Nunca puxar bruscamente até esticar ou romper os (Snap & Shoot), ou desconectar e causar falhas.
9.7 - Não permitir que o “shock tube” possa ser preso ou esticado por equipamentos ou veículos.

10. USANDO ESPOLETAS ELÉTRICAS


10.1 - Todas as espoletas usadas em uma detonação devem estar com a mesma sensibilidade elétrica e devem ser do
mesmo fabricante.
10.2 - Máquinas de detonação e equipamentos de teste devem ser regulamente aferidos, para a garantia de um bom
desempenho.
10.3 - Somente instrumentos apropriados devem ser usados no local da detonação, para a verificação do circuito.
10.4 - A resistência do circuito de detonação deve ser medida e o resultado deve estar em conformidade com os valores
calculados de acordo com o número e tipo de espoletas.
10.5 - Manter “shuntados” (em curto-circuito) os fios condutores até o momento de sua ligação.
10.6 - Ao segurar na espoleta, certifique-se que os fios condutores não estejam tocando o solo, mesmo
“shuntados”.
10.7 - Nunca manuseie ou utilize espoletas elétricas quando:
 Correntes parasitas estiverem presentes;
 Durante tempestades;
 Se houver eletricidade estática presente.

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11. USANDO CORDEL DETONANTE


11.1 - Todas as conexões entre as linhas de Cordel devem ser feitas de forma a manter o seu núcleo de Nitropenta seco.
Onde isto não for possível, e caso as pontas do cordel tenham sido expostas à umidade, as conexões devem ficar no
mínimo a 50 cm destas.
11.2 - O ângulo entre as linhas secundárias e as linhas tronco que conduzem as ondas de detonação deve ser de 90º.
11.3 - As linhas de Cordel, acima de 10 g/m, devem ser mantidas pelo menos 20 cm distantes entre si, esticadas, porém
sem tensão excessiva.
11.4 - É importante que a espoleta de iniciação esteja firmemente ligada à linha do Cordel, com carga de detonação
dirigida no sentido da detonação.

12. USANDO O CONJUNTO ESTOPIM / ESPOLETA


12.1 - O comprimento do estopim deve ser suficientemente longo para que o cabo de fogo (Blaster) tenha tempo de
alcançar um lugar seguro antes da detonação.
12.2 - Não tentar ascender mais do que pode ser feito com segurança.

13. RECURSOS / EQUIPAMENTOS


13.1 - Para realizar um desmonte de bancada são necessários:
 Veículos leves e pesados;
 Máquinas e Equipamentos;
 Cone, tambor, fita zebrada e sinalização de advertência;
 Sirene, bloqueio, cancela, corrente e cadeado;
 Ferramentas manuais;
 Outros.

14. CUIDADOS ANTES E DEPOIS DA DETONAÇÃO


14.1 - Quando uma detonação estiver pronta para ser iniciada, o cabo de fogo (Blaster) deverá observar o seguinte:
 Delimitar a área de perigo “Com bloqueio / cancela”;
 Toda a vizinhança da detonação deve estar efetivamente protegida, assim como proibida a entrada de qualquer
pessoa não autorizada “Proibida ultrapassar os bloqueios”;
 Um adequado e claro aviso ou sinal sonoro deve ser dado “Permanecer ligada às sirenes da extração e da
manutenção durante o desmonte”;
 Todas as pessoas devem estar em local seguro “Permanecer no ponto de encontro, próximo da portaria principal”;
 A comunicação de área livre seja sem a presença dos trabalhadores, inicio da detonação e liberação de acesso,
deverá ser executada através de comunicação via radio entre os Técnicos em Segurança no Trabalho e Blaster “Cabo
de Fogo”

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 Durante o processo de desmonte o monitoramento da área de risco é realizada pelos Técnicos em Segurança no
Trabalho, Segurança Patrimonial e Supervisor de Lavra da contratante com auxílio de rádio de comunicação.

15. OBSERVAÇÃO
Os casos omissos serão tratados pela Gerência Geral.

Jaime da Costa Marangão


empregador

Diego Macedo Cabral


Técnico de Segurança do trabalho

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