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MENINAS DO BRASIL
“THÉO PEDE ZENILDA EM CASAMENTO”
UMA NOVELA DE
RAMON FERNANDES
IDEIA ORIGINAL
RYNALDO NASCIMENTO
ESCRITA POR
Ramon Fernandes
DIREÇÃO DE
Teresa Lampreia e Carlo Milani
DIREÇÃO GERAL
DENISE SARACENI
Atenção
“Este texto é de propriedade intelectual exclusiva da TV DESTINO LTDA. e por conter informações
confidenciais, não poderá ser copiado, cedido, vendido ou divulgado de qualquer forma e por qualquer
meio, sem o prévio e expresso consentimento da mesma. No caso de violação do sigilo, a parte infratora
estará sujeita às penalidades previstas em lei e/ou contrato.”
MENINAS DO BRASIL CAPÍTULO 02 PÁG.: 2
IRENE — Oras menina. Você sabe que eu não vivo sem uma boa
festa, o Sales também sabia. Tenho certeza que ele ficaria
orgulhoso vendo minha atitude. Não me deixando abater,
ficando triste. Garanto que ele não gostaria de me ver triste.
MARINA — O papai era louco pela senhora. É claro que ele não ia
reprimir uma atitude odiosa como essa.
IRENE — O Sales fazia tudo por mim. Ele ficaria triste me vendo
triste também, minha filha. Por isso a festa.
MARINA BALANÇA A CABEÇA NEGATIVAMENTE. ENTRA SONOPLASTIA
TRISTE. IRENE NEM LIGA. SAI DE CENA. MARINA VAI ATÉ A ESTANTE QUE
ESTÁ NO CANTO E NELA HÁ UM PORTA-RETRATO DO PAI. ELA O PEGA
PARA SI, SENTA-SE NO SOFÁ E O ACARINHA LEVEMENTE. DEIXA CAIR
UMA LÁGRIMA NA FOTO. MATILDE ENTRA NA SALA E AVISTA A MENINA
DE LONGE. MARINA DÁ UM SORRISO TRISTE PARA MATILDE. A
EMPREGADA VAI SE SENTAR COM A MENINA. PASSA A MÃOS PELOS SEUS
CABELOS. ROBERTA ENTRA NA SALA E SE JUNTA À ELAS. MATILDE
ABRAÇA UMA DE CADA LADO. MARINA TRISTE, MAS É FORTE, NÃO
CHORA.
CORTA PARA:
ROBERTA — Isso mesmo, Marina. A sua mãe não faz isso por mal. Ela
gosta de se divertir.
MARINA — Não adianta vocês me dizerem o contrário.
MARINA COLOCA O RETRATO DO PAI EM SEU LUGAR.
MARINA — Ela nunca amou o meu pai e não é agora depois dele
morto que ela vai aprender a amar ou respeitar o coitado.
(pausa) Mas eu não quero um futuro igual pra mim, Matilde.
Você pode ter certeza disso, eu vou ter um futuro diferente do
dela. Eu vou estudar Sociologia quando eu crescer.
ROBERTA — (impressionada) Puxa! Que importante!
MATILDE — (ri) Ocê é só uma criança, minha menina. Vai ver que a
vida não é tão complicada como você imagina.
ROBERTA — Será mãe?
MATILDE OLHA PARA ROBERTA. EM MARINA AINDA INCONFORMADA.
CORTA PARA:
1º INTERVALO COMERCIAL
CORTA PARA:
MATILDE — Porque a Roberta disse que ia sair com ela e até agora não
voltou.
ZENILDA — Matilde, eu e a Clarice acabamos de discutir mais uma
vez, mas eu acho que elas estavam juntas sim, fazendo
aquelas obras de caridade.
MATILDE — Entendo. Bom, vou esperar né, coisa ruim não deve de ter
acontecido. Notícia ruim chega rápido.
ZENILDA — Sim, não deve ter acontecido nada com a Roberta não, fica
tranquila. O que me incomoda nessa história toda são os atos
delas, principalmente o da Clarice. Ela ficou assim rebelde
sem causa desde que o Alberto fugiu para a maldita França.
Eu sei que no fundo é ele o culpado disso tudo. Da rebeldia
da minha filha.
MATILDE — Será, Zenilda?
ZENILDA — Tenho certeza que sim.
MATILDE — Bom, o papo está muito bom, mas eu tenho que ir. As
festas da dona Irene me tomam um tempo danado... Cê vai,
não vai?
ZENILDA — Vou sim. A Irene sempre me convida e eu sempre declino
do convite, hoje resolvi aceitar. Quem sabe não acontece algo
de bom comigo nessa festa.
ZENILDA RI.
CORTA PARA:
2º INTERVALO COMERCIAL
FIM DO CAPÍTULO 02