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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA (UNIPÊ)

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA (PROAC)


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PHILIPE VASCONCELOS AIRES

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS ORÇAMENTÁRIOS: Estudo de


caso da nova sede do Tribunal Regional do Trabalho (Fórum Maximiano de Figueiredo).

JOÃO PESSOA
2017
PHILIPE VASCONCELOS AIRES

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS ORÇAMENTÁRIOS: Estudo de caso da


nova sede do Tribunal Regional do Trabalho (Fórum Maximiano de Figueiredo).

Projeto de Pesquisa apresentado a Disciplina TCC I no


curso de Graduação em Engenharia Civil do Centro
Universitário de João Pessoa, como requisito para
conclusão da mesma.

Orientador(a): Profª Me. Ana Maria N.


((Henriques e Silva

JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO....................................................................................................................1

2.OBJETIVOS.........................................................................................................................2
2.1. Objetivo Geral................................................................................................................... 2
2.2. Objetivos Específicos.........................................................................................................2
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................3
3.1 Tipos de Orçamento............................................................................................................3
3.1.1. Estimativa de Custos.......................................................................................................4
3.1.2. Orçamento Preliminar.....................................................................................................4
3.1.3. Orçamento Analítico ......................................................................................................5
4. PERCURSO METODOLÓGICO.....................................................................................6
4.1. Caracterização da Pesquisa............................................................................................6
4.2 Campo da Pesquisa...........................................................................................................6
4.3. Instrumento de Coleta de Dados....................................................................................6
4.4.Análise dos Dados.............................................................................................................7
5. CRONOGRAMA................................................................................................................8
6. REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS............................................................................9

TABELAS

Tabela 1 – Cronograma............................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO

Diante do mercado em recessão nos últimos anos, o cenário da construção civil brasileira tem
alterado, visando o aumento da produção, otimizando cada vez mais os custos por meios
tecnológicos como forma de refinar estudos preliminares, garantindo uma maior exatidão em
quantitativos, viabilidade de preços e até mesmo gerenciamento de obras. O dinamismo em que
este aperfeiçoamento ocorre é constante, visto que o surgimento de novas ferramentas e técnicas
são aprimoradas com o passar dos dias. O diferencial do setor construtivo está no fluxo de
recursos e gerenciamento de informações, sendo assim um produto fixo com uma produção
móvel, sendo alterado de acordo com a necessidade imposta no devido momento. Sendo assim,
o crescimento da produtividade sempre está ligado ao gerenciamento meticuloso, analisando
todas as problemáticas no decorrer da execução, chegando sempre a um resultado mais
favorável possível.
Um estudo preliminar de orçamento e planejamento visa minimizar as problemáticas futuras,
tendo assim uma melhor visão de custos que estas podem gerar e como solucioná-las em tempo
hábil, satisfazendo deste modo cronogramas e acarretando em redução de custos
desnecessários, prevendo informações importantes para a empresa. Geralmente por ainda
utilizar de práticas manuais, os quantitativos muitas vezes são equivocados, gradativamente o
erro pode ser propagado, gerando assim, um problema relacionado a orçamentação final,
execução de serviços não previstos, dentre outros. Considerando assim a importância desta
etapa, compreendemos a real necessidade de estarmos prontificados a melhorar o processo
orçamentário.
Com a tecnologia adentrando cada vez mais neste mercado, o BIM (Building Information
Modeling) torna-se um aliado essencial graças ao seu modelo de apresentação, no qual envolve
todas as situações possíveis, modelando assim diversas áreas e etapas do projeto em uma única
estrutura, sendo passível de diversas análises e simulações.
Utilizando métodos comparativos, pretende-se por meio deste, apresentar dados quantitativos e
qualitativos para opções orçamentárias, tais como em metodologia tradicional, utilizando
desenhos de plataforma CAD 2D e planilhas e modelo extraído a partir de software BIM (Revit)
para uma obra pública, tendo em vista que estas são mais suscetíveis a divergências
orçamentárias.
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é a elaboração de um levantamento quantitativo e de um orçamento


de um prédio público de 5 pavimentos, semienterrado e subsolo. O empreendimento está
localizado no bairro João Agripino, na cidade de João Pessoa/PB.

2.2. Objetivos Específicos

 Apresentar o custo dos insumos e mão de obra;


 Comparar custos orçados nas diversas modalidades de levantamento;
 Elaborar uma curva ABC de serviços.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Sabemos que orçamento para obras de construção civil é o levantamento da quantidade de


serviços, seus respectivos preços unitários e o preço global do investimento. Devendo portando,
ser bem apresentado e em uma planilha incluir-se: definição dos serviços com relativas
unidades de medidas e quantidades, compor dos custos unitários, abrangendo mão de obra e
material, preço unitário de cada serviço e preferencialmente o preço total por item e, finalmente
o preço global da obra (COÊLHO, 2006).
Orçamento não se confunde com orçamentação. Orçamento é o produto e orçamentação é o
processo de determinação. (LEONARDI,2016)
Já que a obtenção de resultados lucrativos é um dos fatores primordiais para o sucesso do
construtor, segundo Mattos (2007), a orçamentação eficiente é fundamental. Quando a
estimativa é malfeita, de maneira inevitável ocorrem imperfeições e presumíveis frustações de
Cotação e tempo determinado.
Para Coelho (2006) a orçamentação é, sem sombra de dúvidas, uma das etapas mais importantes
na área de planejamento e controle de um empreendimento. O acompanhamento dos custos
deve ser preferencialmente a cada mês, tendo como base o planejamento físico da obra, assim
como o orçamento que deverá ser atualizado constantemente. Na realidade, o orçamento de
uma obra, dá todas as informações que o investidor precisa conhecer ao analisar um projeto. O
presente capítulo abordará os diferentes níveis de detalhamento de um orçamento, bem como
suas etapas de elaboração para obtenção do custo global de um projeto.

3.1 TIPOS DE ORÇAMENTO

Num mercado como o da construção civil, onde o nível de competição entre as empresas é
extremamente acirrado, a elaboração de um projeto para um determinado empreendimento
precisa ser rápida e dinâmica.
Na maioria das vezes, para a elaboração de um orçamento para um novo empreendimento, não
se possui projetos detalhados. As empresas de construção na etapa inicial da concepção de um
projeto, ainda estão analisando a viabilidade econômica do mesmo para a compra do terreno.
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Em linhas gerais, segundo Mattos (2007), um orçamento pode ser classificado como:

a) estimativa de custos – avaliação expedita com base em custos históricos e


comparação com projetos similares;
b) orçamento Preliminar – mais detalhado do que a estimativa de custos
pressupõe o levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais
insumos e serviços;
c) orçamento analítico ou detalhado – elaborado com composição de custos e
extensa pesquisa de preços dos insumos, procura chegar a um valor bem mais próximo
do custo “real”.

3.1.1. Estimativa de Custos

Utilizada normalmente na fase inicial do projeto, a estimativa de custos é elaborada de duas


formas:
a) a partir de indicadores formados pelos próprios projetos semelhantes já
realizados pela empresa;
b) utilizando Custo Unitário Básico (CUB), indicador muito usado pelas
empresas construtoras quando não possui um banco de dados com obras semelhantes.

A opção por utilizar o banco de dados de obras realizadas, e não o indicador CUB, vem do fato
de que os resultados obtidos com a utilização dos próprios indicadores da empresa refletem em
resultados mais próximos da realidade.
Para as empresas que utilizam o CUB como indicador para a elaboração de estimativas de
custos, devem utilizar os quadros elaborados pelos sindicatos de cada estado (Sinduscon),
conforme coeficientes constantes na NBR 12.721.

3.1.2. Orçamento Preliminar

Orçamento preliminar também conhecido como orçamento de anteprojeto, segundo Xavier


(2008), é o orçamento onde se detalha um pouco mais que a estimativa de custo, levantando
quantidades e atribuindo custos a alguns serviços. Com base em alguns indicadores úteis
podem-se levantar quantitativos que ficam mais próximos de um orçamento analítico. Por
exemplo:
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a) No volume de concreto, o indicador é a espessura média do concreto caso


este fosse distribuído regularmente pela área do pavimento.
b) Estruturas abaixo de 10 pavimentos têm entre 12 a 16 cm, estruturas acima
de 10 pavimentos têm entre 16 a 20 cm; b) no peso da armação, verificasse
que em construções prediais a taxa de aço média fica numa faixa: estruturas
abaixo de 10 pavimentos têm entre 83 a 88 kg por m³ de concreto, estruturas
acima de 10 pavimentos têm entre 88 a 100 kg por m³ de concreto; c) no
cálculo na área de fôrma para moldagem de um pilar, viga e laje, verifica-se
que de concreto a utilização média de fôrma recai numa determinada faixa
entre 12 a 14 m² por m³.

3.1.3. Orçamento Analítico

Composto de um orçamento bem detalhado, fundamentado em custos que absorvem todas as


previsões de despesas do investimento. Cada obra possui características próprias e, por isso
mesmo, deve ser orçada segundo os projetos executivos, memoriais descritivos e especificações
técnicas (COÊLHO, 2006).
Para Mattos (2007), o orçamento analítico vale-se de uma composição de custos unitários para
cada serviço da obra. Além do custo dos serviços (custo direto), são computados também os
custos de manutenção do canteiro de obras, equipes técnicas, administrativa e de suporte da
obra, taxas e emolumentos, etc. (custo indireto).
Na maioria dos casos a empresa não chega a realizar um orçamento totalmente analítico,
baseado apenas em projetos executivos. Os orçamentos mais detalhados realizados pela
empresa poderiam ser classificados como intermediários entre orçamento preliminar e
orçamento analítico, pois, muitos projetos já estão em fase executiva como são os casos dos
projetos arquitetônicos, estruturais e paisagismo. Entretanto, ainda existem anteprojetos como
os de instalações hidráulicas e instalações elétricas que não foram totalmente detalhados,
impossibilitando assim a realização de um orçamento totalmente analítico.
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4. PERCURSO METODOLÓGICO

A metodologia a ser adotada será o desenvolvimento de um estudo de caso real, onde estaremos
analisando todo o planejamento orçamentário de uma estrutura com múltiplos pavimentos,
sendo comparado três modalidades orçamentárias, com e sem o auxílio de software para gerar
os resultados.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa será caracterizada como explicativa, sempre aproximando o conhecimento da


realidade, tendo assim como procedimento para o desenvolver, o uso de pesquisas
bibliográficas e experimentais.

4.2 INSTUMENTO OU COLETA DE DADOS

Para o desenvolvimento da pesquisa serão utilizados softwares, livros técnicos e normas


brasileiras. Os softwares utilizados serão:

 Autodesk AutoCAD 2018


(Equalização, análise e compatibilização dos projetos)

 Revit Architecture 2015


(Equalização, compatibilização de projetos, análise, quadro quantitativo de materiais)

 Microsoft Excel 2010


(Quadros-resumos e criação de tabelas em geral)
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4.3 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Para nortear os objetivos desta pesquisa, tomaremos o seguinte procedimento metodológico:

 Levantamento de estudos teóricos que compreende a pesquisa bibliografia de artigos,


publicações, revistas e congressos científicos.
 Levantamento de documentações gráficas.
 Análise orçamentária.
 Criação de tabelas comparativas entre os modelos utilizados para análise.

4.4 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados e emitidos neste trabalho serão analisados conforme a “NBR


16633/2017 - Elaboração de orçamentos e formação de preços de empreendimentos de
infraestrutura” quando já aplicados a ferramentas computacionais e a partir dos resultados
obtidos verificar a idealização aos critérios de norma.
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5 CRONOGRAMA

2017.2
ATIVIDADE Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Escolha do Tema X
Revisão Bibliográfica X X X X X
Elaboração do Projeto X
Entrega e Apresentação do Projeto X
Elaboração de Instrumentos de coleta de X
dados
Aplicação dos Instrumentos X
Elaboração do TCC X X
Correção de Textos X X X X X X
Análise dos Resultados X
Entrega do TCC X
Defesa do TCC X

Tabela 1 – Cronograma
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em: 10 de novembro de 2017.

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10

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composição de tijolos de solo-cimento. Disponível em: < http://www.proceedings.
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