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Lagoas e Lagunas
A presença de lagunas é uma característica marcante
da Região Hidrográfica V. Muitas vezes confundidas
com lagoas, as lagunas são depressões localizadas na
borda litorânea que contêm água salobra ou salgada.
Na área da Supbg, uma das mais conhecidas é a Lagoa
Rodrigo de Freitas, famoso cartão postal do Rio de
Janeiro.
Formada pelos rios Cabeças, Macacos e Rainha, a
Lagoa Rodrigo de Freitas liga-se ao mar pelo canal
artificial do Jardim de Alah, responsável por seu regime
e equilíbrio biológico. Além disso, está cercada de uma
exuberante paisagem e integrada a uma bacia
hidrográfica com cerca de 30 km² de extensão.
As lagunas da região formam ainda o Complexo
Lagunar de Jacarepaguá, o Complexo Lagunar de
Maricá e o Sistema das Lagoas de Piratininga e Itaipu.
O Complexo de Jacarepaguá, formado pelas lagoas da
Tijuca, Camorim, Jacarepaguá, Marapendi e Lagoinha,
é impróprio para banho, porém, em alguns pontos,
reúne condições para a prática náutica. Com vegetação
predominantemente de mangue, abriga diversas
espécies nativas, mas vem sendo ameaçado pelo
lançamento clandestino de esgoto sem tratamento.
No Complexo Lagunar Maricá, formado pelas lagoas de
Maricá, da Barra (6,52 km²), Padre e Guarapina, há
diversos pontos liberados para banho, pesca e prática
de esportes. Como em Jacarepaguá, a ocupação
desordenada próximo às margens e o despejo de
esgoto sem tratamento constituem as principais
ameaças às lagoas locais.
As lagoas de Itaipu e Piratininga, por sua vez, estão
interligadas pelo Canal de Camboatá e ligadas ao mar
pelo canal existente entre as praias de Itaipu e
Camboinhas e pelo túnel submerso que liga a Lagoa de
Piratininga ao oceano, junto ao costão rochoso.
Unidades de Conservação da Natureza (UCs) são
áreas com relevantes características naturais
delimitadas e protegidas por lei, como as áreas de
proteção ambiental (APAs):
• Estação Ecológica Estadual do Paraíso - Guapimirim,
Cachoeiras de Macacu e Teresópolis;
• Parque Estadual da Chacrinha - Rio de Janeiro
(administrada pela prefeitura);
• Parque Estadual do Grajaú - Rio de Janeiro
(administrada pela prefeitura);
• Parque Estadual da Pedra Branca - Rio de Janeiro;
• Parque Estadual da Serra da Tiririca - Niterói e Maricá;
• Parque Estadual dos Três Picos - Cachoeiras de
Macacu, Nova Friburgo, Teresópolis, Guapimirim e
Silva Jardim;*
• APA da Bacia do Rio Macacu - Cachoeiras de
Macacu, Itaboraí e Guapimirim;
• APA Gericinó-Mendanha - Nova Iguaçu, Mesquita e
Rio de Janeiro;*
• APA do Alto Iguaçu - Duque de Caxias, Nova Iguaçu e
Belford Roxo;
• APA de Maricá - Maricá.
Principais Impactos
Nessa região, é possível visitar e observar os golfinhos, presentes no brasão do Rio de Janeiro, o
jacaré-do-papo-amarelo, pequenos mamíferos, centenas de aves e uma variedade de peixes e
crustáceos.
Todos podem – e devem – visitar e conhecer a beleza desse lugar. O ICMBio tem uma equipe de
profissionais que desenvolvem atividades e recebem visitantes, pesquisadores, voluntários e
estudantes, nesta e em outras Unidades de Conservação.
Tirar os alunos do tradicional espaço escolar para vivenciar experiências como essa é um modelo
que deveria ser replicado – uma estratégia para estimular “novas consciências” e, quem sabe, futuros
ativistas para a causa ambiental. Aproveitar o período de férias escolares para promover um passeio
como esse, em família, também é uma grande oportunidade.
Há muitos parques com paisagens magníficas, uma variedade de atividades ao ar livre para todas as
idades e estrutura para receber também pessoas com deficiência, tal como nos Parques Nacionais de
Itatiaia, da Tijuca, do Iguaçu, ou na estrutura recém-inaugurada no Parque Nacional de Fernando de
Noronha. Tudo isso para facilitar o acesso de visitantes e turistas e para que todos possam usufruir e
ter contato com a natureza.
Um amigo viajante me disse que não podemos perder os “olhos de criança”, ou seja, “os olhos de
quem é capaz de se emocionar com aquilo que encontra pela primeira vez”. Só com conhecimento,
engajamento e envolvimento é que mudaremos realidades.
Torço para que a visitação aos parques nacionais seja rotina dos brasileiros, que seja feito com mais
frequência, contribuindo também para o desenvolvimento local. Assim, estimulados pelas belezas
naturais e atividades de lazer, todos se sintam mais motivados a conhecer e desvendar novos lugares
e culturas, aqui e em outras localidades. Sempre, com olhos de criança!
O bairro da Ilha do Governador tem um grande valor histórico e ambiental
para a cidade do Rio de Janeiro. Suas histórias se entrelaçam tanto com as
do Rio de Janeiro e como em parte com a do Brasil. O bairro também
conserva áreas de Floresta Atlântica e um dos mais bem preservados
manguezais da Baia da Guanabara, o Manguezal do Jequiá.
A Floresta ou Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade
das Américas. Possui um conjunto de ecossistemas diversificados, entre
eles o manguezal. Os manguezais são ecossistemas costeiros de transição
entre os ambientes terrestre e marinho, têm sua localização restrita à faixa
entre marés (situada entre o ponto mais alto da maré alta e o ponto mais
baixo da maré baixa). É um ambiente diverso em espécies que incluem
microorganismos associados às raízes das espécies arbóreas,
invertebrados marinhos, peixes e aves que utilizam o manguezal como
ninhal. Sua riqueza biológica faz com que essas áreas sejam os grandes
"berçários" naturais, tanto para as espécies características desses
ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas
costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
Os manguezais exercem funções benéficas ou serviços gratuitos à
comunidade, como: proteção das áreas de terra firme contra tempestades
e ações erosivas das marés; retenção de poluentes; retenção de
sedimentos finos carreados pelas águas; manutenção e conservação de
estoques pesqueiros do estuário, garantindo a piscosidade na região;
recreação e lazer.
A proteção e a conservação dos manguezais são muito importante tanto
para a preservação de sua estrutura vegetal, animal e ecológica como para
a produção pesqueira. O manguezal é um dos ecossistemas mais
produtivos e também o mais vulnerável aos efeitos do desenvolvimento
econômico e do crescimento desordenado das populações humanas.
O Manguezal do Jequiá por ser uma região ambientalmente tão rica que se
impôs a necessidade de ser preservada e conservada. Para isso o município
do Rio de Janeiro criou, em 1993, a Área de Proteção Ambiental e
Recuperação Urbana (APARU). A APARU do Jequiá possui uma área de 147
ha. que inclui além do manguezal, remanescente de Floresta Atlântica,
Morro do Matoso, sambaquis e ecossistemas associados como o Costão
Rochoso. Em sua área vive a comunidade da Colônia de Pesca Z-10,
a primeira a ser criada no Brasil. O CEA-Jequiá (Centro de Educação
Ambiental) da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAC) localizado
ali, deve servir como referência para estudos sobre o ecossistema
manguezal, em especial, o Manguezal do Jequiá.