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Professores: Erick Alves, Gabriel Borges, Gabriel Rabelo, Giovanni Pacelli, Heber Carvalho,
Herbert Almeida, Jetro Coutinho, Luciano Rosa, Nádia Carolina, Renan Araujo, Ricardo Vale,
Rodrigo Fontenelle, Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes, Victor Dalton
Discursivas Técnicas e Temas para AUFC TCU 2015
COM CORREÇÃO INDIVIDUAL
Aula Extra Equipe de professores
Equipe Estratégia
Tema I Inédito/2015
Por fim, as contas podem ser aprovadas, aprovadas com ressalva ou rejeitadas. Na
hipótese de as contas evidenciarem atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal, especialmente contra a probidade da administração e a lei orçamentária,
o resultado do julgamento poderá, inclusive, embasar a abertura de um processo de
impeachment.
Tema II Inédito/2015
Ademais, uma das novidades do RDC foi o regime de contratação integrada, que
compreende a elaboração dos projetos básico e executivo em conjunto com a realização da
obra e serviço de engenharia, além de todas as demais operações necessárias e suficientes
para a entrega final do objeto. Esse regime poderá ser adotado quando for técnica e
economicamente justificado e o seu objeto envolva, no mínimo, uma das seguintes condições:
(a) inovação tecnológica ou técnica; (b) possibilidade de execução com diferentes
metodologias; ou (c) possibilidade de utilização de tecnologias de domínio restrito no mercado.
Com efeito, o orçamento, no RDC, deverá ser mantido em sigilo, devendo ser tornado
público após o encerramento da licitação. Por fim, o Regime admite o critério de julgamento de
técnica e preço, mas o fator de ponderação das propostas técnica e de preço não poderá
ultrapassar os 70%. Portanto, o valor de 75% de ponderação da proposta de preço é ilegal.
Para elaborar a sua resposta, considere que não foi identificado dano ao erário e
que, se for o caso, já foi realizada a audiência dos responsáveis e interessados.
Quanto à operação junto ao Banco Nacional, ressalte-se que, conforme a LRF, é possível
a União tomar empréstimos para atender insuficiência de caixa, configurando a realização de
uma antecipação de receita orçamentária (ARO). Por ser uma espécie de receita
extraorçamentária, a ARO não precisa integrar o orçamento; contudo, deve ser liquidada até o
dia dez de dezembro de cada ano, de modo que o empréstimo realizado, com prazo de
liquidação de dois anos, é ilegal.
Do exposto, propõe-se ao TCU, nos termos da legislação aplicável: (i) alertar aos Poderes
e ao Ministério Público sobre a necessidade de limitação de empenho e movimentação
financeira, diante da frustação da receita estimada na LDO; (ii) aplicar, ao agente responsável,
a multa prevista na Lei de Crimes Fiscais, em decorrência da prática de ato de limitação de
empenho e movimentação financeira fora dos casos e condições estabelecidos em lei; (iii)
assinar prazo para que o Poder Executivo Federal adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei relativamente ao empréstimo tomado junto ao Banco Nacional, sob pena
de sustação dos atos impugnados, em caso de não atendimento.
b) legalidade da nomeação dos servidores dentro dos 180 dias do final do mandato do
Presidente do Tribunal X, consoante entendimento do TCU sobre o tema [valor: 5
pontos];
Para elaborar a sua resposta, considere que as despesas com pessoal do Poder Judiciário
federal devem ser apuradas de forma consolidada, sendo que eventuais medidas do TCU
devem ser encaminhadas diretamente ao responsável desse Poder.
No mérito, verifica-se que o aumento da despesa com pessoal ocorreu de acordo com as
normas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Com efeito, a LRF exige que, para realizar o aumento de despesa com pessoal, o ato
deverá estar acompanhado: (a) de estimativa do impacto orçamentário-financeiro para o
exercício que entrar em vigor e os dois subsequentes; (b) de declaração do ordenador de
despesas de que o aumento da despesa tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e é compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias; (c) de demonstração dos recursos para o custeio das despesas; e (d) de
comprovação de que o aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo de metas fiscais.
Ainda como exigência para o aumento da despesa com pessoal, a Constituição Federal
(CF) veda: (a) que a despesa com pessoal exceda os limites estabelecidos na LRF; (b) a
contratação de pessoal pelos órgãos ou entidades da administração sem dotação orçamentária
suficiente para atender os gastos; (c) a contratação de pessoal sem autorização na lei de
diretrizes orçamentárias, salvo no caso de empresa pública e sociedade de economia mista.
Por fim, a CF também veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias
para o efeito de remuneração de pessoal.
respectivo Poder ou órgão, o TCU possui entendimento de que tal vedação não se aplica à
nomeação de candidatos no Poder Judiciário, ministérios públicos e tribunais de contas, uma
vez que tal vedação representaria limitação desnecessária da continuidade administrativa
desses órgãos. Assim, é legal a nomeação se forem atendidas as demais exigências da LRF.
Além disso, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite para despesa com
pessoal no Poder Judiciário federal é de 6% da receita corrente líquida, sendo vedado o
provimento de cargo quando for alcançado 95% (limite prudencial) ou mais desse limite.
Dessa forma, considerando os limites apurados, a nomeação dos servidores ocorreu de forma
legal, uma vez que a vedação para o provimento ocorrerá a partir dos 5,7%, ao passo que o
percentual apurado no quadrimestre anterior à nomeação foi de 5,39%.
Do exposto, propõe-se ao TCU, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, que alerte o
responsável do Poder Judiciário federal que o órgão ultrapassou o limite de alerta (90% do
limite) para despesas com pessoal.