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Luz
Onda (interferência – final do século XIX) versus partícula (efeito fotoelétrico –
virada do século XIX para XX)
Possui caráter dual
sob determinadas condições sua característica ondulatória deve ser considerada;
sob outras condições seu comportamento corpuscular deve ser considerado
Matéria
Também deve apresentar caráter dual!
Louis de Broglie (1924)
característica dual onda/partícula para a matéria
caráter ondulatório dos elétrons – prêmio Nobel em 1929
acompanhando os elétrons deve existir uma onda que guia, ou pilota cada elétron através do espaço
“Por um lado, a teoria quântica da luz não pode ser considerada satisfatória, pois ela define a
energia do corpúsculo de luz pela equação E = h, que contém a frequência . Dessa forma, uma teoria
puramente corpuscular nada contém que nos possibilite definir a frequência ; somos compelidos, no
caso da luz, a introduzir simultaneamente a idéia de corpúsculo e de periodicidade.
Por outro lado, a determinação do movimento estável dos elétrons no átomo introduz o conceito de
inteiros, e, até o momento, os únicos fenômenos envolvendo inteiros na física são a interferência e os
modos normais de vibração.
Tal fato sugeriu-me a idéia de que também os elétrons não podem ser considerados apenas como
corpúsculos, mas que uma periodicidade deve ser associada a eles.”
SIMETRIA DA NATUREZA
𝑚𝑐 2 𝐸 𝜈 ⇒
𝑝 = 𝑚𝑐 = = = = 𝜆=
𝑐 𝑐 𝑐 𝜆 𝑝
𝜆= = ⇒ 𝜆= relação de de Broglie
𝑝 𝑚𝑣 𝑚𝑣
Matéria e radiação
Energia: 𝐸 = 𝜈
Momento: 𝑝 = /𝜆
Exemplo
Bola de beisebol
m = 1 kg ⇒ = 6,6 .10-25 Å
v = 10 m/s
Elétron
E = 100 eV ⇒ = 1,2 Å
raios das possíveis órbitas eletrônicas estáveis do elétron são dados pela equação de quantização
𝐿 = 𝑚𝑣𝑟 = 𝑛 = 𝑛ℏ (postulado de Bohr)
2𝜋
portanto
2𝜋𝑟 = 𝑛
𝑚𝑣
2𝜋𝑟 = 𝑛𝜆
ou seja, em um átomo somente serão permitidas as trajetórias eletrônicas estáveis cujo perímetro for
um múltiplo do comprimento de onda associado ao elétron
𝜆=
𝑝
cátodo (filamento incandescente)
ânodo
Montagem experimental
detector móvel
feixe de elétrons
= 0°
= 90° (°)
44 V 48 V 54 V 64 V 68 V 0 25 50 75
𝜆𝑑𝐵 = = ⇒ = 1,67 Å
𝑝 2𝑚𝐾
portanto, se estiver ocorrendo o fenômeno de difração por elétrons, o comprimento de onda associado ao
élétron vale = 1,67 Å
Física clássica
entes são partículas ou ondas
Início do século XX
teoria ondulatória de Maxwell à radiação + descoberta de partículas elementares de matéria (nêutron,
pósitron)
⇓
dualidade onda-partícula: modelo ondulatório versus modelo corpuscular
apenas um modelo se aplica, dependendo das circunstâncias: ente pode atuar como partícula
(localizada) ou como onda (não localizada), mas não como ambos simultaneamente
Princípio da Complementariedade
Ondulatório
1 2 : campo elétrico
𝐼= 𝜀
𝜇0 𝑐 I : intensidade da radiação; energia radiante contida em uma
unidade de volume (valor médio do vetor de Poynting)
Corpuscular
N : número médio de fótons por unidade de tempo que cruzam uma
𝐼 = 𝑁𝜈 unidade de área perpendicular à direção de propagação
I : intensidade da radiação
Albert Einstein (1905) ⇒ sugere pela primeira vez (ef. fotoelétrico) que
1 2
𝐼= 𝜀 = 𝑁𝜈 ⇒ 𝜀2 = 𝑁
𝜇0 𝑐
Comparando radiação e matéria
𝑥
Onda de radiação 𝜀 𝑥, 𝑡 = 𝐴 sin 𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 = 𝐴 sin 2𝜋 − 𝜈𝑡
𝜆
onda de radiação associada a um f óton: satisf az a equação da onda de Maxwell
Ondas podem se sobrepor de f orma a se cancelarem (f ora de f ase; interf erência destrutiva)
Partículas não podem se combinar de f orma a se cancelarem
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝐴0 sin 𝑘1 𝑥 − 𝜔1 𝑡 + sin 𝑘2 𝑥 − 𝜔2 𝑡
𝑘1 + 𝑘 2 𝑘1 − 𝑘 2
chamando 𝑘= Δ𝑘 = ⟹ 𝑘1 = 𝑘 + Δ𝑘
2 2
𝑘 2 = 𝑘 − Δ𝑘
𝜔1 + 𝜔2 𝜔1 − 𝜔2
𝜔= Δ𝜔 = ⟹ 𝜔1 = 𝜔 + Δ𝜔
2 2
𝜔2 = 𝜔 − Δ𝜔
A1 A0sin
A2 2A0cos
A1 +A2 2A0sin.cos
2 ondas infinitas ondas
3 ondas
Pacote de infinitas ondas – 1 pacote localizado
𝑘 0 +Δ𝑘 𝑘 0 +Δ𝑘
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝜓𝑘 𝑥, 𝑡 𝑑𝑘 = 𝑎𝑒 𝑖 𝑘𝑥 −𝜔𝑡
𝑑𝑘
𝑘 0 −Δ𝑘 𝑘 0 −Δ𝑘
𝑝2 ℏ2 𝑘 2 ℏ 2
e k são dependentes: 𝐸= ⟹ ℏ𝜔 = ⟹ 𝜔= 𝑘
2𝑚 2𝑚 2𝑚
𝑑𝜔
Expandindo em Série de Taylor, em torno de k k0 : 𝜔 = 𝜔0 + 𝑘 − 𝑘0 + ⋯
𝑑𝑘 𝑘0
𝑘 0 +Δ𝑘
𝑑𝜔
𝑖 𝑘𝑥 −𝜔 0 𝑡− 𝑘−𝑘 0 𝑡
𝑑𝑘 𝑘 0
Substituindo na equação: 𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝑎𝑒 𝑑𝑘
𝑘 0 −Δ𝑘
𝑒 𝑖𝜃 + 𝑒 −𝑖𝜃
Lembrando que: = cos 𝜃
2
𝑒 𝑖𝜃 − 𝑒 −𝑖𝜃
= sin 𝜃
2𝑖
𝑒 𝑖𝜃 = cos 𝜃 + 𝑖 sin 𝜃
a integral f ica:
+Δ𝑘 +Δ𝑘
𝑑𝜔 𝑑𝜔
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝑎 cos 𝑘0 𝑥 − 𝜔0 𝑡 + 𝑖 sin 𝑘0 𝑥 − 𝜔0 𝑡 cos 𝜁 𝑥 − 𝑡 𝑑𝜁 + 𝑖 sin 𝜁 𝑥 − 𝑡 𝑑𝜁
𝑑𝑘 𝑘0 𝑑𝑘 𝑘0
−Δ𝑘 −Δ𝑘
Δ𝑘
𝑑𝜔
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡 + 𝑖 sin 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡 cos 𝜁 𝑥 − 𝑡 𝑑𝜁
𝑑𝑘 𝑘0
0
𝑑𝜔
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡 + 𝑖 sin 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘0
𝑑𝜔
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘0
sin 𝜙
Onda senoidal Modulação – f unção sinc 𝜙 =
𝜙
𝑑𝜔
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘0
Simetria das variáveis x e t: pacotes de infinitas ondas
(i) Pacote com inf initas ondas de números de onda desde 𝑘0 − Δ𝑘 até 𝑘0 + Δ𝑘 ( 𝑘0 − Δ𝑘 ≤ 𝑘 ≤ 𝑘0 + Δ𝑘 )
𝑘 0 +Δ𝑘 𝑘 0 +Δ𝑘
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝜓𝑘 𝑥, 𝑡 𝑑𝑘 = 𝑎𝑒 𝑖 𝑘𝑥 −𝜔𝑡
𝑑𝑘
𝑘 0 −Δ𝑘 𝑘 0 −Δ𝑘
Solução 𝑑𝜔
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘0
(ii) Pacote com inf initas ondas de f requência angular desde 𝜔0 − Δ𝜔 até 𝜔0 + Δ𝜔 ( 𝜔0 − Δ𝜔 ≤ 𝜔 ≤ 𝜔0 + Δ𝜔 )
𝜔 0+Δ𝜔 𝜔 0+Δ𝜔
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝜓𝜔 𝑥, 𝑡 𝑑𝜔 = 𝑎𝑒𝑖 𝑘𝑥−𝜔𝑡 𝑑𝜔
𝜔 0−Δ𝜔 𝜔 0 −Δ𝜔
Solução
𝑑𝑘
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝜔
𝑑𝜔 𝜔 0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝑘
𝑥− 𝑡
𝑑𝜔 𝜔 0
Resumindo
𝜓 𝑥, 𝑡 = 𝐴 sin 𝑘𝑥 − 𝜔𝑡
𝑑𝜔
sin 𝑥−
𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘 0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘0
𝑑𝑘
sin 𝑥 − 𝑡 Δ𝜔
𝑑𝜔 𝜔0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘 0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝑘
𝑥 −𝑡
𝑑𝜔 𝜔 0
Velocidade da partícula e da onda de matéria a ela associada
𝑑𝜔 vf
sin 𝑥 − 𝑡 Δ𝑘
𝑑𝑘 𝑘 0
𝜓 𝑥, 𝑡 = 2𝑎 cos 𝑘0 𝑥 − 𝜔0 𝑡
𝑑𝜔
𝑥− 𝑡
𝑑𝑘 𝑘 0
vg
𝑑𝜔
O máximo da onda moduladora se move à velocidade de grupo 𝑣𝑔 =
𝑑𝑘 𝑘0
ℏ 2 𝑑𝜔 ℏ𝑘0
Lembrando que 𝜔= 𝑘 ⟹ =
2𝑚 𝑑𝑘 𝑘0 𝑚
ℏ𝑘 0
a velocidade de grupo será 𝑣𝑔 =
𝑚
e portanto a velocidade da partícula está relacionada à velocidade de grupo da onda a ela associada
𝑑𝜔
𝑣partícula = 𝑣grupo =
𝑑𝑘 𝑘0
𝜔0
O máximo da onda modulada se move à velocidade de fase 𝑣𝑓 =
𝑘0
ℏ 2 𝜔0 ℏ𝑘 0 𝑣𝑔
Novamente, lembrando que 𝜔= 𝑘 ⟹ = =
2𝑚 𝑘0 2𝑚 2
𝑣𝑔
a velocidade de fase será 𝑣𝑓 =
2
e portanto a velocidade da partícula está relacionada à velocidade de fase da onda a ela associada
𝜔0
𝑣partícula = 2𝑣fase = 2
𝑘0
A onda de de Broglie (pacote de infinitas ondas) descreve muito bem uma partícula
é localizada
sua velocidade de grupo é idêntica à velocidade da partícula
Podemos, então, descrever o movimento de uma partícula através de um pacote de ondas? NÃO!!!
𝑑𝜔
𝑥𝑒 − 𝑡 Δ𝑘 = −𝜋
𝑑𝜔 𝑥 𝑒 = sin −𝜋 𝑑𝑘 𝑘 0
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝑘 = 0
𝑑𝑘 𝑘0 𝑥 𝑑 = sin +𝜋 𝑑𝜔
𝑥𝑑 − 𝑡 Δ𝑘 = +𝜋
𝑑𝑘 𝑘 0
2𝜋
A distância entre os dois zeros será, portanto, Δ𝑥𝑚𝑖𝑛 = 𝑥 𝑑 − 𝑥 𝑒 =
Δ𝑘
2𝜋
de f orma que a precisão é Δ𝑥 ≥ Δ𝑥 𝑚𝑖𝑛 ⟹ Δ𝑥 ≥ Δ𝑝 = ℏΔ𝑘
Δ𝑘
𝑑𝑘
𝑥 − 𝑡𝑒 Δ𝜔 = −𝜋
𝑑𝑘 𝑡𝑒 = sin −𝜋 𝑑𝜔 𝜔0
sin 𝑥− 𝑡 Δ𝜔 = 0
𝑑𝜔 𝜔0 𝑡𝑑 = sin +𝜋 𝑑𝑘
𝑥 − 𝑡𝑑 Δ𝜔 = +𝜋
𝑑𝜔 𝜔0
2𝜋
A distância entre os dois zeros será, portanto, Δ𝑡𝑚𝑖𝑛 = 𝑡𝑑 − 𝑡𝑒 =
Δ𝜔
2𝜋
de f orma que a precisão é Δ𝑡 ≥ Δ𝑡𝑚𝑖𝑛 ⟹ Δ𝑡 ≥
Δ𝜔
Δ𝑥. Δ𝑝 ≥ 𝜋ℏ
Δ𝑡. Δ𝐸 ≥ 𝜋ℏ
𝑥 ≫ Δ𝑥
𝑝 ≫ Δ𝑝
𝑡 ≫ Δ𝑡
𝐸 ≫ Δ𝐸
x
primeiro mínimo
y
máximo da
d difração
px
elétron py
py
fenda
primeiro mínimo
anteparo