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VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLÓGICA
NOTAS DE AULA

IMS-UERJ
FUNSACO - 2009
30 DE JUNHO DE 2009... DEU NO
GLOBO...
CASOS DA NOVA GRIPE NO MUNDO

7775
2771

8279

1488
ÓBITOS PELA NOVA GRIPE NO MUNDO
– 30/06/2009

23
Casos da Nova Gripe no Brasil –
30/06/2009

66
308

85
COMO CHEGAMOS A
ISSO???

Cronologia de uma epidemia....


CRONOLOGIA DA EPIDEMIA PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1
CRONOLOGIA DA EPIDEMIA PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1
CRONOLOGIA DA EPIDEMIA PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1
CRONOLOGIA DA EPIDEMIA PELO VÍRUS INFLUENZA A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1

OMS informa ...


A gripe A (H1N1) é uma doença respiratória causada
por um vírus influenza tipo A cujos
"ancestrais" causam regularmente crises de gripe em
porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira
entre espécies e afeta humanos.
O vírus da gripe suína clássica foi isolado pela
primeira vez em 1930 e, desde então, sofreu novas
recombinações e se tornou mais capaz de
infectar pessoas.
O novo subtipo do vírus é transmitido de pessoa a
pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e
de contato com secreções respiratórias de pessoas
infectadas.
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1

BRASIL
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1

BRASIL
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1
Cronologia da Epidemia pelo Vírus Influenza A H1N1

Pandemia se refere ao grau de espalhamento


da doença ao redor do mundo -- transmissão
sustentada /contínua do vírus, em vários
continentes.
Pandemia não significa que todos os que
adquirem a infecção morrem.
Segundo os últimos dados da Organização
Mundial da Saúde, menos de 0,5% das
pessoas com infecção confirmada pela nova
forma de H1N1 foram a óbito.
COMO SABEMOS DISSO
TUDO???
O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA EM 28/06/2009,
15H29
| 1. CASOS NO BRASIL
| 1.1 – O Ministério da Saúde confirmou hoje (28) a primeira morte relacionada ao
vírus Influenza A (H1N1) no país. Trata-se de uma pessoa adulta do RS, que
esteve na Argentina por 7 dias. Sintomas no dia 15 de junho, ainda durante a
estadia no país vizinho. No dia 19, voltou ao Brasil e foi internado em hospital de
referência; em 20 de junho, onde teve o diagnóstico positivo, com confirmação
laboratorial, de influenza A (H1N1); No dia 23, o paciente teve piora do quadro
respiratório, que evoluiu para insuficiência respiratória. Mesmo devidamente
assistido com todos os cuidados intensivos, o paciente faleceu hoje pela manhã.
| 1.2 – O Ministério da Saúde informa também que foram confirmados 36 NOVOS
CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1), nos estados de SP(14), RJ (6),
RS (5), DF(5), PE (3), GO (2) e TO (1).
| 1.3 – Com os novos casos, o total de confirmados no país chega a 627. Esse
número inclui os casos informados ao Ministério da Saúde pelos três laboratórios
de referência para o diagnóstico da influenza (FIOCRUZ/RJ, Instituto Evandro
Chagas/PA e Instituto Adolf Lutz/SP) e/ou pelas Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN).
| 1.4 – PARA TODOS OS CASOS, estão sendo realizados busca ativa e
monitoramento de todas que estabeleceram contato próximo com os pacientes
O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA EM 28/06/2009,
15H29
| 1.7 - Até 25 de junho, os casos registrados exclusivamente no SINAN (sem incluir as
informações dos laboratórios de referência) somavam 448 confirmados. Destes, 295
(65,8%) foram de pessoas que se infectaram no exterior e 117 (26,1%), de transmissão
autóctone (ocorrida dentro do território nacional). Outros 36 casos permaneciam em
investigação.
| 1.8 – Até 25 de junho, MS acompanhava 477 CASOS SUSPEITOS no país. As amostras
de secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 782
casos foram DESCARTADOS.
| 1.9 – As definições de caso suspeito, confirmado e descartado estão disponíveis e
atualizadas no Protocolo de Procedimentos e Manejo de Casos e Contatos de Influenza A
(H1N1), no link
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/influenza_protocolo_versao405062009.pdf

| 1.10 – Todos os casos autóctones têm vínculos epidemiológicos com pacientes


procedentes do exterior.
| 2. EVOLUÇÃO DE CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
| 2.1 – Até o momento, 114 países têm casos confirmados, de acordo com OMS.
| 2.2 - Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile, Argentina e Reino Unido são
considerados países com transmissão sustentada.

| Total de casos no mundo 71.320, Óbitos 320, Letalidade (0,46%)


RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO AOS
SERVIÇOS DE SAÚDE
| Uma vez atendida a definição de caso suspeito, encaminhar para o
hospital de referência para manejo clínico e coleta de amostra,
conforme estabelecido no “Protocolo de Procedimentos para o
Manejo de Casos e Contatos de Influenza A(H1N1)”.
y SVS:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/protocolo_procedimentos_vers
ao403062009.pdf
y Anvisa: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/influenza/orientacao.htm

| Notificar imediatamente os casos suspeitos (conforme Portaria


SVS/MS No.05/2006) à Secretaria de Saúde Municipal e/ou
Estadual
| A Secretaria Estadual de Saúde executará notificação
eletrônica ao Ministério da Saúde via SINAN Influenza A
(H1N1) por meio do link :
http://portalweb04.saude.gov.br/influenza/default.asp .
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

| Conceito composto, oriundo de dois elementos: vigilância e


epidemiologia

EPIDEMIOLOGIA
| É o estudo da distribuição, da freqüência e dos determinantes
dos problemas de saúde e doenças nas populações humanas.
| Seu objetivo é obter, interpretar e utilizar as informações de
saúde com a finalidade de promover a saúde e reduzir os agravos
ou doenças

VIGILÂNCIA
y Escrutínio contínuo dos fatores que determinam a ocorrência e
distribuição das doenças e das condições de saúde numa dada
população → Sistema Rotineiro de Informação em Saúde
y Sistema especial de registro para um problema de saúde ou
doença, limitado no tempo e no espaço.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Parte da epidemiologia voltada à COLETA,
ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO e DIVULGAÇÃO
DE DADOS objetivando suprir o sistema de
saúde de INFORMAÇÕES para o
PLANEJAMENTO, GESTÃO e AVALIAÇÃO
DAS ATIVIDADES requeridas para promover a
saúde e para prevenir e controlar as doenças.
Lei Orgânica da Saúde de 1990 (Lei 8.080):

"um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças e agravos".
USOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

| Identificação de surtos e epidemias


| Auxiliar o planejamento de ações de saúde
| Definição de prioridades
| Identificação de grupos e áreas de alto
risco
| Monitorar a implementação e efetividade de
ações de controle de doenças
| Monitoramento do modo e da dinâmica de
transmissão de doenças (vetores,
reservatórios animais, etc.)
O QUE VIGIAR

| Doenças transmissíveis
| Doenças crônico-degenerativas
| Estado nutricional e desnutrição
| Reservatórios animais e vetores de doenças
| Poluição ambiental (pp. água)
| Eventos adversos
| Eventos demográficos (nascimentos e
mortes)
| Agravos importantes – notificação de maus
tratos na infância e adolescência– ECA
NOTIFICAÇÃO
|Comunicação da ocorrência de determinada doença ou
agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por
profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins
de adoção das medidas de intervenção pertinentes.
|Destina-se, em primeira instância, ao serviço local de
saúde incumbido de controlar a ocorrência.
|Reunião e sistematização - sistemas de informações
próprios - acompanhamento da distribuição e
tendências do fenômeno.
|Notificação compulsória: situação em que a norma
legal obriga aos profissionais de saúde e pessoas da
comunidade a comunicar a autoridade sanitária a
ocorrência de doença ou agravo que estão sob vigilância
epidemiológica
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

| Lista mínima de agravos e doenças de notificação


obrigatória para todo o país, selecionadas através de
critérios técnico-científicos e operacionais.
|Devido a diversidade e dimensão continental do país,
Estados e municípios elaboram listas complementares
- problemas de saúde de acordo com a realidade de cada
área.
| Lista Dinâmica - alterada de acordo com as mudanças
no perfil epidemiológico ou aperfeiçoamento do
instrumental de detecção de situações inusitadas
(conhecimento de novas doenças ou reemergência de
outras) - revisões periódicas
LISTA NACIONAL DE DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA
Botulismo Influenza humana (pandêmico)
Carbúnculo ou Antraz Leishmaniose Tegumentar Americana
Cólera Leishmaniose Visceral
Coqueluche Leptospirose
Dengue Malária
Difteria Meningite por Haemophilus influenzae
Peste
D. Creutzfeldt – Jacob (Vaca Louca)
Poliomielite
Doenças de Chagas (casos agudos)
Paralisia Flácida Aguda
Doença Meningocócica e Meningites Raiva Humana
Esquistossomose (área não Rubéola e síndrome da Rubéola Congênita
endêmica)
Sarampo
Eventos Adversos Pós-Vacinação
Sífilis Congênita
Febre Amarela Sífilis em gestante
Febre do Nilo Ocidental AIDS
Febre Maculosa Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda
Febre Tifóide Síndrome Respiratória Aguda Grave
Hanseníase Tétano e tétano neonatal
Hantavirose Tularemia
Notificação em 24h
Hepatites Virais Tuberculose
• Caso suspeito
Infecção pelo HIV em gestantes e Varíola
• Caso confirmado
crianças -risco de transmissão vertical
Sistema de Vigilância Epidemiológica
Detecção
Detecçãode
Detecção deCasos
de CasosNovos
Casos Novos
Novos
Serviços de Saúde
Comunidade
Nível
Nível Local
Local Outros M eios

Planejamento Coleta de Informações


Planejamento ee
Desenvolvimento
Desenvolvimentode
de Ações
Ações
Implementação de M udanças
Análise e Apresentação

Agregação, Nível Regional Secretarias M unicipais


Análise, Secretarias Estaduais
Relato e
Divulgação
da Informação Nível
NívelCentral
Central M
Ministério
inistério da
da Saúde
Saúde
FONTES DE INFORMAÇÃO

| Serviços de Saúde
| Declarações de Óbitos
| Laboratórios
| Farmácias
| Comunidade
| Buscas Especiais
| Investigações de Surtos
| Levantamentos ou Inquéritos
ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA
| Coleta de Dados
| Consolidação e Análise de Dados
y Tabelas e gráficos de freqüência
y Mapas Sinópticos
y Relatórios Especiais
| Estudos Epidemiológicos
y Inquéritos amostrais periódicos
y Normatização da coleta de dados para permitir a
análise e comparabilidade dos achados.
| Recomendações e Implementação de ações
de controle de acordo com situação
epidemiológica diagnosticada
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

| Suspeita da existência de um evento


sanitário → Investigação para determinar
causa, riscos presentes ou potenciais para
outros indivíduos, visando orientar as
medidas de controle pertinentes
| Finalidadede detectar fontes de infecção,
permitindo o desencadeamento das medidas
profiláticas adequadas.
| Podeser utilizada para investigação de casos,
óbitos e surtos
INVESTIGAÇÃO DE CASOS
| Detectar a introdução de novos casos numa região ou
comunidade e avaliar a extensão do problema
y De quem foi contraída a infecção? (fonte de
contágio)
y Qual a via de disseminação da infeção da fonte ao
doente?
y Que outras pessoas podem ter sido infectadas pela
mesma fonte de contágio?
y Quais as pessoas a quem o caso pode haver
transmitido a doença?
y A quem o caso ainda pode transmitir a doença?

| Confirmar diagnóstico clínico-epidemiológico →


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