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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ – UEAP

LICENCIATURA EM PEGAGOGIA
4° SEMESTRE

ATIVIDADE DO TEXTO 6.4


LETRAMENTO E LETRAMENTOS: UMA INTRODUÇÃO

DISCIPLINA: FTM – Língua Portuguesa.


PROFESSORA: Sonia Sacramento
ACADÊMICA: Michelle Norena
TURMA: LPE 2016.1

Conceitos de letramentos na atualidade e cite alguns conceitos.

Ao contrário do tradicional conceito de alfabetização, em que os alunos deveriam


dominar as habilidades de leitura e escrita de forma mecânica, sem a preocupação com a
capacidade de interpretar, compreender, criticar; o Letramento apresenta-se como um
processo em que o ensino da leitura e da escrita acontece dentro de um contexto social e
que essa aprendizagem faça parte da vida dos alunos efetivamente. As habilidades
adquiridas na escola devem fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos.

De acordo com Magda Soares, o conceito de letramento surgiu devido à necessidade de


uma palavra que nomeasse as práticas de leitura e escrita, de acordo com o contexto
social em que vivia o cidadão. Que é sem duvida alguma, um direito humano absoluto,
independentemente das condições econômicas e sociais em que um dado grupo esteja
inserido.

Para Paulo Freire, letramento é uma questão de leitura de mundo, ele defendia a
alfabetização como meio de conscientização e de apropriação social da leitura e da
escrita pelo alfabetizado. O letramento é um uso social da leitura e da escrita que é que é
assumida pelo individuo alfabetizado.

Segundo Mortatti, reforça a necessidade de fazer bom uso da leitura e da escrita de


acordo com as continuas mudanças e exigências sociais, um conceito que vai além da
noção restrita da alfabetização. Ele explica que a alfabetização não é pré-requisito para
o letramento, mas ambos estão relacionados com as práticas de leitura e escrita: o
letramento envolve seu uso social, não se distanciando da prática educativa e de
escolarização, mas ocorre em situações diversas dentro ou fora do universo escolar.

A autora Leda Tfouni, lembra que alfabetização é algo pessoal e individual, que esta
ligado a educação formal e a escolarização, e o letramento é voltado para os aspectos
sociais e históricos da aquisição da escrita. O letramento centraliza no social de maneira
ampla, desligando-se do individual e pessoal.

Já o autor Rildo Cosson, ele pesquisou o chamado LETRAMENTO LITERARIO, esse


voltado para a literatura dentro de sala de aula. O autor propõe um trabalho que leve o
aluno a se tornar letrado, que se se apropria da leitura de literaturas na sala de aula. Ele
diz em seu livro que [...] Esse aprendizado crítico da leitura literária [...] não se faz sem
o encontro pessoal com o texto [...] (COSSON, 2006, P. 120).

As autoras Ana Lucia Souza, Ana Paula Corti e Marcia Mendonça, no livro
LETRAMENTO NO ENSINO MÉDIO, relatam o exemplo curioso de um estudante
que assume que não gosta de ler e escrever, no entanto, ele escreve letras de musicas e
fica a maior parte do seu tempo no computador, justamente lendo. Com isso elas
perceberam que, as escolas acham que a leitura só está nos textos dados em salas de
aulas, é que na verdade no dia-a-dia o aluno pratica a leitura e escrita de acordo com a
sua realidade, adquirindo familiaridade com a pratica de letramento variadas e que têm
significado distinto na constituição de sua identidade como cidadãos.

Com o autor Roxane Rojo, o letramento sugere e propõe o termo


MULTILETRAMENTO, remete à capacidade que tem o indivíduo tem de dominar a
leitura e a escrita relacionadas às mídias contemporâneas. Ou seja, os alunos de hoje
habituados a lidar com as novas mídias, para a realização de diversas tarefas, desde
produções de trabalho até conversas de amigos em redes sociais, por meio dessas
atitudes, este aluno já está em contato com direto com as praticas de leitura e escrita,
atitude está que não pode ignorado pela escola.

Já o autor Francisco Júnior, defender uma nova prática de letramento, tem um conceito
de apropriação e uso social para a leitura que transcende o entendimento do alfabetizado
funcional e concebe a educação como um processo. Ele acredita que a pratica de leitura
e escrita de forma positiva e critica deve partir do interior do individuo, deve ser
exteriorizado, exercitado a leitura e escrita de forma autônoma e voluntária.

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