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EXM°. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

(5 linhas)
PARTIDO POLÍTICO ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n°.. e no TSE
sob o n°...,por seu Diretório Nacional, com sede em ..., com fundamento no art. 102, I, “a” da
CRFB/88, e nos dispositivos pertinentes da Lei n° 9868/99, por seu advogado infra-assinado..., com
escritório...,
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC vem propor a presente AÇÃO
DECLARATÓRIA DE CONS- TITUCIONALIDADE
em defesa da Lei Federal n° 11.340/06, elaborada pelo Congresso Nacional e pelo Presidente da
República, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor.

I - DO OBJETO DA AÇÃO
Diante da preocupação internacional com a violência doméstica e familiar contra a mulher, e tendo
em vista os diversos tratados internacionais ratificados, foi sancionada a lei ordinária federal
11.340/06 (Lei Maria da Penha).

Infelizmente, após a realização de uma pesquisa, constatou-se percentual significativo de decisões


judiciais que entendem pela não aplicação da referida lei, sob o argumento principal de que a norma
supostamente violaria o princípio da isonomia previsto no art. 5°, I, da CRFB/88, por isso se faz
necessária a confirmação de sua constituci- onalidade.

II - DA LEGITIMIDADE ATIVA
O autor é legitimado ativo para a propositura da ação, de acordo com o art. 103, VIII da CRFB/88 e
não precisa comprovar a pertinência temática diante da sua importância para o regime democrático,
na forma do art. 17, da CRFB/88.

Além disso, possui representação no Congresso Nacional e foi criado de acordo com a Lei 9096/95,
estando, portanto, plenamente habilitado para o ajuizamento da presente ADC.

III - DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL


Conforme já relatado, após a realização de uma pesquisa, constatou-se percentual significativo de
decisões judiciais que entendem pela não aplicação da referida lei, sob o argumento principal de
que a norma supostamente atingiria o princípio da isonomia previsto no art. 5°, I da CRFB/88, o que
comprova a relevante controvérsia judicial, requisito para a propositura da presente, segundo prevê
o art. 14, III, da Lei 9868/99.

IV - DA TUTELA DE URGÊNCIA
A possibilidade de concessão de medida de urgência em sede de ADC se encontra no art. 21, da
Lei n° 9868/99 e possui natureza cautelar.

O fumus boni iuris se justifica pelos argumentos apresentados ao longo da petição e pela
documentação anexa.
Já o periculum in mora é comprovado pela existência de inúmeras decisões controvertidas sobre a
aplicação da norma objeto da ação, o que pode causar dano irreparável para as mulheres vítimas de
violência.

V - DOS FUNDAMENTOS
A Ação Declaratória de Constitucionalidade tem sede no art. 102, I, a, da CRFB/88 e também na Lei
9868/99.
O seu objetivo é o de confirmar a constitucionalidade de uma norma federal, cuja compatibilidade
com a Constituição esteja sendo alvo de controvérsia judicial relevante, como é o caso da Lei n°
11.340/06.
Importante destacar que a referida norma configura um grande avanço na defesa da mulher, que
ainda é vítima de violência doméstica no Brasil e no mundo.

Ademais, a lei reforça o compromisso firmado pela Constituição de 1988, que no seu art. 226, §8°,
dispõe que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
VI - DOS PEDIDOS
Pelas razões acima expostas, o Partido requer:
a) que seja concedida cautelar para o fim de determinar que os juízes e Tribunais suspendam o
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da Lei Federal n° 11.340/06 e que seja ao final
declarada a constitucionalidade da norma;
b) a juntada de documentos;
c) que sejam solicitadas informações do Congresso Nacional e do Presidente da República;
d) a oitiva do Procurador Geral da República.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais.

Ou:
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15.

Ou:
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15.

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Advogado...
OAB n.° ...

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