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“ SOBRE O TÓTIL “ (sua natureza e génese)

O verdadeiro e mais profundo significado do Tótil não pode ser expresso nem
transmitido, porque assim Deus o quis. É por isso que na sua expressão mais
vulgarizada ele tende para o absoluto.
O Tótil é a ambiguidade subtil que paira sempre ao rés das coisas e lhes confere
aquele aspecto dúbio de que todas se revestem.
Numa expressão mais corrente ainda, este Tótil é empregue para denominar a
substancia, geralmente a positiva, de tudo. Contudo o Tótil é o espelho de ambas, as
faces positiva e negativa da substancia da vida. E é-o também da 3ª face, a neutra, a
menos notada, a menos falada, a menos conhecida de todas.
E ele é também a ponte que as liga e simultaneamente a luz que as revela.
O Tótil é a substancia compósita de tudo e de todas as realidades que acontecem
paralelas, perpétua e simultaneamente. É a invisibilidade cósmica que se transporta e
uiva nos corações e ao mesmo tempo a voracidade alucinante do real e do formal e
também do conceptual e do que lhes está por fora e a roda também.
É tudo o que está dentro e é também tudo o que está fora.
E é ainda todas as coisas simples, as menos simples, as complicadas, as
confusas, as difíceis e todas as outras que se podem desejar, recear ou apontar com o
dedo.
O Tótil é a exaltação da vida. É a excelência da arte. O seu esplendor impoluto.
O Tótil é o que cada um traz na alma, o que ressalta permanentemente de um ser
para todos os outros e vices - versa. O que vem luzindo directamente das estrelas para a
cabeça e o coração dos homens e das mulheres e das criancinhas e é também o que cada
um traz escrito na cara, nas rugas que o sulcam e nos trejeitos que o vincam, obrigam e
absorvem, ou paradoxalmente, podem também traze-lo escondido nos bolsos, ao Tótil e
consumi-lo lentamente, como um raro e precioso tesouro, no anonimato obscuro das
esquinas.
O Tótil é a Mãe, que é o Tótil de todas as simbologias. E simultaneamente é o
Pai e a Filha e porque não, também o Filho Unigénito, por incoerente que possa
parecê-lo. É a quadratura celeste. A linha invisivelmente recta que parte das estrelas e do
profundo Mistério do cosmos, directamente para a cabeça e o coração de todos os
homens, conforme já se disse mais atrás. O Tótil é a árdua lição a aprender, a sede
insaciável de ir bebendo os dias e as noites, desfiando o rumo a vida.
É a necessidade imperiosa e assustadora de oscilar sempre entre a passividade e
o caos. É a violência cega que os abraça e abrasa. É o reactor incandescente, a rubra
chama que vibra toda uma vida algures dentro do crânio dos homens e do seu coração e
no seu sangue. É a pilha dinâmica, a coisa viva, essa coisa incognoscível e maravilhosa
que serve de elo entre o latir animalesco da carne e o fremir divinizado do espírito,
dentro de um homem, uma mulher e mais tarde também, quando crescem, nas crianças.
O Tótil é vida, respiração, desembaraço, ordem, equilíbrio, alegria, mas é também
chama, caos, transição, aparências de acaso, bramido, cosmo, véu. É o sonho e tudo o
que está antes e atrás do sonho. É ao mesmo tempo substancia e fluído, peso e sua
própria ausência, mas mesmo quando ausente, o Tótil está sempre presente. O Tótil
corre no sangue, explode nos nervos, circula no espaço e nas ondas, encarna e morre,
desliza pelos átomos, rege os arquétipos das formas, participa da evolução das coisas e
espécies, é causa e consequência, força actuante e passiva, equilíbrio, excesso,
paradoxo, divisão.
É a região inexplorada e por outro lado, é mais ainda e sempre, a região
explorada. E é o raro sabor da conquista e é a força de quem luta e é a meta para quem
luta e é também o sustento do lutador.
E para ser claro e definitivo, é o tudo e depois o nada que abraça o tudo e
esmiuçando um pouco mais a questão é o pormenor de cada caso e é o aglomerado de
todos os casos e é também aquilo que não é caso nenhum e é o não e é o sim, é o alto e
o baixo, o bom e o mau, o macho e a fêmea, o estático e o dinâmico, porque eles no
fundo são iguais e recíprocos, e é o que eu tenho aqui comigo e é também o que eu não
tenho aqui comigo e é também aquilo que há por todo o lado e contudo especifica e
ambiguamente só existe em lugares muito privilegiados de cada planeta.
E por fim, a verdadeira e mais profunda face do Tótil é inabarcável e permanece
oculta ao olhar e a intuição e a ciência dos homens, não sendo nós mais que meros
detentores parciais e ocasionais dessa chama que ele induz em tudo e em todos e em
nadas também, eternamente, para além da curva do tempo e do espaço, da memória dos
homens e da própria história do mundo.
E fundamentalmente o Tótil, é Tótil e isto no fundo, diz tudo.

Faro / 1979

Beltrano Maningue

2) Incluir texto em colaboração c/o poeta Emílio Luciano, sobre o contexto histórico
filosófico na génese do projecto da “ Revista do Tótil “ original.(referencias ao convite
da revista espanhola p/nossa colaboração/episódios relativos a formação original, etc. /
(texto sobre as manas Jardim - ver casa-)

“ESCLARECIMENTO”
p/Sublimis (um numero do Tótil)

De há muito já, que nós cá pelo sul, moços sem instrução, montanheiros e pés
descalços, nos vínhamos apercebendo de que os marialvas da capital, sempre que
vinham ao Algarve de férias, todos os verões, se apropriavam das nossas mais lídimas
expressões populares e as lançavam de moda, como coisa sua, na rentrée.
As mais das vezes adulterando-as parcial, quando não completamente, por
ignorância ou falta de referências quanto ao contexto, dando-lhes contudo um
tratamento de certa nobreza, pois serviam-se delas, as mais das vezes, pela sua
originalidade e bizarria, como títulos de programas de radio ou TV, muitos deles de
projecção nacional, a exemplo do conhecido programa matinal, de radio “ Renhau
Nhau, Passarinhos ao Ninho ” do não menos célebre comediante Herman José. Não sei
se por ignorância, se por economia, adulterou-a pois a expressão popular original, é “
Renhau Nhau Nhau Bicho Mau, Taran Tan Tan Passarinhos ao Ninho ”, querendo
significar como que uma espécie de reticências, num assunto sobejamente conhecido,
ou ainda um mais prosaico – e tal... Não foi a única, mas tornou-se a mais conhecida.
Houve também a não menos corrente de “ Vai dar Banho ao Cão “ ou o “ Tá a Água à
Borda da Chata “ ,entre outras.
Este fenómeno nunca nos incomodou por aí além, embora não passe de plágio
puro e duro, mas na realidade era uma apropriação, conquanto indevida por aculturação,
de simples linguagem popular, mais propriamente de calão, o que não era motivo de
queixa na Sociedade de Autores, nem de demarches judiciais.
Já no que concerne ao TÓTIL, conceito também ele aproveitado como título de
um programa matinal de TV por cabo, na Sic Radical (ver nome do programa), a coisa
aí fia mais fino, pelos motivos que passo a expor:
1) Porque, ao contrário das expressões acima referidas, este Tótil, não é uma
expressão tradicional de mera cultura popular e sim uma criação intelectual específica,
com um projecto e toda uma filosofia, por trás.
2) Porque o Tótil, como conceito é um fenómeno muito mais lato, profundo e
abrangente, do que o mero sentido lúdico com que tem sido aproveitado e exposto, na
sua expressão mais corrente, como poderão verificar na rubrica junta “ Surfando na
Mayonese “ ( pag. desta revista ).
3) Porque ao tempo da sua criação (1979), serviu como pano de fundo e mola
propulsora, de uma espécie de movimento filosófico literário, que foi apanágio e
bandeira de uma geração de artistas criativos, dando mesmo origem a uma revista
literária ( Revista do Tótil ), que por razões que não vem agora à colação, não chegou
infelizmente a ver a luz do dia, ou mais propriamente, o negrito da prensa. O espírito
contudo, mantém-se bem como todos os materiais específicos, gráfico e literário, que a
compunham, assim como os próprios fotolitos originais, pelo que esta revista passará a
integrar oportunamente e com regularidade, uma coluna ( coluna do Tótil ), onde se
exporão atempadamente, não só alguns desses textos, como desenvolverá novo e
original trabalho no campo do ensaio e ( acertar c/Jaques ).
PROCLAMAÇÃO

A ÁGUIA

Custa-me a crer que seja preciso fustigar a alma com os dardos de sempre
imbuídos de algum suco que sabemos pertencer ao passado mas que também
desconfiamos pertencer ao futuro como uma dessas desconfianças que se têm a
propósito de se ter perdido a chave de casa ou de quem chega atrasado ao emprego e
desconfia do relógio do capataz apenas por descargo de consciência.
Eu presentemente não estou certificado de nada do que posso contar e nem
sequer estou certo do que posso ver com os olhos da minha paixão e com os olhos da
cara sem vergonha nem anseio alguns de que os seus olhos olhem e de que quando
olham vejam aquilo que está às claras mesmo para ser visto pelos que olham para ver e
encoberto aos que procuram discernir para depois poderem afirmar.
Quando por algum tempo deixa de existir o suporte do real é que é vê-los a
afirmar e depois durante algum tempo já não se pode afirmar e então é que é bom
afirmar porque aquele que afirma só afirma o que já foi por ele afirmado ou foi
afirmado por outro que também é ele embora não saiba. A tragédia da afirmação nunca
ocorre embora a sua preponderância seja permanente e a ideia da tragédia seja ilusória
como ilusória é a noção da sua dimensão. Os que a aumentam dão-se mal porque vivem
tristes e os que a atrofiam também se dão mal por outras razões que no fundo são as
mesmas.
Os que procuram afirmar com plena consciência são os mais grosseiros e
lamentável é a sua sina ridícula pois o que afirmam com tanta consciência parece pouco
depois palha seca na fogueira endiabrada da inconsciência comum e prova cabal da
grande inconsciência.
Antes o homem fosse como a águia que nunca afirma nada mas cuja presença é
bastante afirmativa. Antes o homem tivesse penas a cobri-lo em vez de ter vergonha
como tem em vez das penas que lhe escapam ou que por uma outra razão entende mal.
Se ao menos não entendesse nada já não era mau ou pelo menos não era tão mau como
entendê-las mal que é tê-las cravadas na carne e com grande desgosto e grande dor
arrancá-las para não ser como a águia superior e afirmativa e ser apenas um animal nu e
flácido encolhido com temor da própria grandeza precariamente equilibrada no mal
entendido da sua superioridade.

EMÍLIO LUCIANO
4) Invocação

Ó morte sem nome


Ó coisa informe e uniforme
Ó Manitu
Obediência cega martírio
Intuito
Raiva trança agonia

Ó doce fluir da vida


Ó coisa sensível sem nome
Ó Manitu
Respiração desembaraço alegria
Sangue canção travessia
J.H.

Metáfora

Toda a ave um dia na vida


Comete um descuido
E abandona os seus filhos no ninho
À ânsia voraz da águia rapace

A águia rapace
Porque voa e paira mais alto
Tem a paciência e a discrição
De esperar até esse dia...
J.H.

Epílogo( à laia de requiem )

Eu cá
Hei de acabar comó Camões
Numa enxerga desmazelada
Todo enregelado
Barba crescida
Um olho vazado

Mas não hei de ter comó Camões


Um escravo dedicado
Para nas ruas pedir por mim
Uma caridade pró Camões

Josel Hespano / 79
( in Revista do Tótil )
“ A DAMA QUE RENEGOU O PRINCIPE “

( dedicado ao poeta AL MUTHAMID )

Estando confortavelmente prometida à mesa e


Ao leito do Príncipe
Sem oração nem esforço
Não como despojo de guerra, ou prenda outra diversa
Mas antes, na invejada situação de favorita
Pois assim lhe pousara as vistas por sobre
Tão logo o monarca suspirara,
De paixão
E desde então, absorto e longe vogava
Na plásmica contemplação de seus olhos pardos
Na presteza irradiante do seu sorriso
Na macieza adivinhada dos seus quartos de poldra

Ela contudo não emanava satisfação...

Tão ausente se mostrava já o Príncipe


Tão displicente e louco já
Arredado de seus deveres,
Ordenações e responsabilidades
Que toda a corte murmurava aflita
Todos temiam silenciadamente
O pavor de uma tal situação

Será feitiço, maldição ou lúbrico amor


Tam somente ?

Perguntavam-se a medo pelos cantos


Nobres, servos, damas,
Todos os preteridos de agora
Belos preferidos de antanho
Porque essa dama apeara já
De seus claustros, peanhas e plintos
Muitos dos poderosos do reino

_ Quem é esta estrangeira ?


_ Que estranho encanto lançou

sobre o nosso pai, prince e amigo ?


E o Príncipe álgido penava
Tam de si mesmo ensombrado
E por entre gemidos, cantava :

_ Maior dano, amiga


Me causam teus lânguidos olhos
Maiores feridas me abrem
Na alma

Que o fero aço inimigo


Em impiedoso campo de batalha...

Ditoso era este Príncipe


Tam de seu povo, amado e simples
Pois sabiam-no justo, generoso e firme
Herdeiro da mais fina elite da península
Seu avô fora poeta e grande, na nobreza
E na loucura
Seu pai cuidara e bem, as finanças do Califa
E dele sabia-se
Que quem chorasse teria apoio de seu braço firme
Quem gemesse receberia dele cálido abraço

Havia também quem lhe arremedasse a sorte


Pois inveja, maldade e morte
Sempre campearam à solta
Nestes reinos

Mas tudo correria prestes e bom


Não fora esta torpe estrangeira
Baralhar o norte
Ao nosso tam amado Príncipe

O povo andava triste e rasco


O próprio tempo estagnava feio
No pardo céu de entardares sombrios
Quando soou bruta notícia no meio :

_ Que a moça estendia os olhos ao moço de estrebeiro...


_ Que o beijava nas trevas, entre degraus e lances
fugaz e às pressas, pelos cantes, dizia-se a medo
entre murmúrios e sortes

O Príncipe nos seus devaneios e sonhos e preces


Nada ligou a estas invejosas vozes
Deixou bordejar o pano...
Era um Príncipe navegante, pois...
_ Que doida mulher é esta
Que ao leito de finas sedas do Príncipe
Prefere rudes mãos calosas e fedor de estrebeiros ?

_ Que o beija às esconsas nos pátios


Dão-se as mãos, sorrisos e lábios
Tão logo o monarca vira as costas,
Dá de dorso e sai de portas...

_ Que torpe traição é esta ?

_ Que trágico lance se prepara nas trevas ?

Oh mundo, maldade e treva

E o Príncipe, andará de veras cego ?

Isto, toda a gente teme, murmura e reza


Que ele, coitado o não merece
Sempre tam terno, tam justo e recto

Mas o destino mostra-se circunspecto


Não se abre o chão hiante
A morder raivoso de fúria tais vilões
Não se apaga o sol vergonhoso
De iluminar tam fartas e vis traições
Não! Tudo passa pressuroso e belo e leve
Como que sob os auspícios de gran festa e farra

Talvez, pra calar as vozes,


Silenciar os medos, remendar las cruces
Mostra-se o Príncipe invulgarmente magnânimo
Prenda o moço com serviço e banho
De prata, barata
Prenda-a a ela, a bela com gran carta de alforria
Assinada e em branco passada
Rara prenda( seu maior erro, tardio )
Tudo de mão beijada
Mas em linda cantoria
Como cego ao trágico destino
Que a lira canta,
Como sob um mágico sólio
Falaz encantamento
Passa-lhes sorrindo para as sujas mãos
Faca, gume e pedra de amolar
Com que hão de cuidar
Feri-lo mais e bem, no fundo, depois
E depois sorrindo inda mais
Abre a camisa e de costas deita-se a descansar
O peito aberto à ferida infame
A alma nua exposta ao pérfido e venenoso gume
Que o há de vir a retalhar

Que infame e desprezivo se mostra as vezes o destino


Este que agora sorri, à cega sorte aberto, confiante
Em breve o veremos de bruços chorando
Sofrendo lancinante e lacrimoso, a vomitar
Alma, dor, pulmão e bílis, fígado
Enquanto estes dois outros, pela calada
Apressam mentirosa e célere a fuga
Desta feita já à larga, confiada
Noite adentro, pela calada
Após trocarem a alforriada carta
Por bela e sonante prata
Deixando vagos os cofres do reino
E tristemente inconsolado
O coração do monarca...

E se mais tarde o moço acabou enforcado


Endoidado, entre trapos, indigentes e pobres outros
No hospital primeiro e depois em muda campa rasa
E ela duramente palmilhando descalça a estrada
Por entre lágrimas, ranho e repesa amald’çoando a vida
Não são já contas deste rosário

São prantos pra outras fadas...

JOSEL HESPANO / 2OOO


AS SESSÕES DA COMPOTA

JAM SESSION # 1 - “ FUGA “

Devia ser por volta de 1962 ou 63, sei que eram anos difíceis, um país
desgastado por mordaças, censuras, mentiras e pobreza.
A sala estava cheia de fumo, o som era o Jazz e a melodia vinha de um saxofone.
Mesmo à minha frente dois pés grandes batiam o tempo e o contratempo, ao lado uma
garrafa de tinto quase vazia ajudava o blues a tornar-se lânguido e arrastado, estava tão
absorto que de repente uma voz grave e rouca veio tirar-me, qual breack de Baby Doods
_ “ Hey kid, can you find another bottle of wine “. Aí apercebi-me que o saxo já não
estava a tocar. Tinha sede !
Já fui ao Mandarim, que era o M. T. Da zona, em Coimbra, buscar uma Bairrada
e voltei à sala onde a música continuava, abri-lhe a garrafa, deu um gole e o saxo
recomeçou a tocar, pontuando o fim do improviso do piano. Seguiu-se uns “ quatros “
de bateria que me fizeram compreender que servem para relançar o tema inicial, depois
foi a partida Lisboa, adormecer na viagem e acordar à porta do R.C.P. ( Rádio Clube
Português ), assistir a uma entrevista, almoçar no restaurante e à tarde, dormir um
bocado no hotel. À noite, mais uma “jam “ no Hot. Aí confessei-lhe que também tocava
bateria ...
_ “ So, do you know what the blues is ? “
Eu respondi-lhe que sabia o que era estar triste, mas não sabia se era blues.
_ “ So, the best to learn is play, the set is there “ ...
Tocámos St. Louis Blues, no fim bateu com a mão direita na minha direita e
disse : _ “ Yeah man, you got the blues “.

Nunca mais deixei de tocar blues, senti-me escolhido sabendo que sempre tiraria
pouco proveito material dessa minha benção, mas sei que o proveito espiritual foi a
razão da minha vida em todos os projectos nos quais tomei parte e a imagem daquele
bom homem acompanhou-me sempre.
Depois veio o exílio e outras “ jams “. Estava em Bruxelas em 72 quando a rádio
anunciou a sua morte : “ Aujourd’hui est decedé a l’age de 70 ans `a Amsterdam un des
plus grands saxophonistes de jazz, neé à la Nouvelle Orleans “...

SIUL / 2003-03-13

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