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Quem

foi ele?
São Paulo - Jesus Cristo é um nome que desperta a curiosidade de todos. E, no mundo
da ciência, não poderia ser diferente. Em busca dos vestígios deixados por esse homem,
diversos pesquisadores já fizeram descobertas interessantes. Reunimos aqui algumas
delas.


Existência
A ciência confirma: Jesus realmente existiu. Em entrevista a VEJA.com, o historiador
André Chevitarese explicou que diversos autores (que nunca se conheceram) relataram
fatos semelhantes de sua vida, inclusive autores não-cristãos, como o historiador judeu
Flávio Josefo, do século I.

Nome
Por que o nome de Jesus é Jesus? Segundo Paula Fredriksen, historiadora da
universidade americana de Boston, a escolha tem uma explicação. Em entrevista à
revista Superinteressante, a pesquisadora afirmou que o nome "recordava o homem que
teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito".
Cidade
Responda rápido: Jesus nasceu em Belém ou Nazaré? Para John Crossan e outros
historiadores, a segunda opção é a mais correta. Segundo a Bíblia, Jesus teria nascido
durante uma viagem de seus pais até Belém por conta de um censo. Porém, registros
romanos indicam que não houve recenseamentos naquela época e que, quando
aconteciam, eles não exigiam o deslocamento dos cidadãos.

Aniversário
Então, gente: Jesus não nasceu no Natal. Adotado no século IV, o dia 25 de dezembro
foi escolhido em função da Natalis Solis Invicti, festa romana que comemorava o dia
mais curto do ano. "No início, o cristianismo não tinha uma data exata para o
nascimento de Jesus", afirmou o teólogo da PUCRS Irineu Rabuke em entrevista à
Superinteressante.

Analfabeto?
É muito provável que Jesus não soubesse ler. Em entrevista a VEJA.com, o historiador
André Chevitarese afirmou que os analfabetos eram cerca de 95% da população da
região onde vivia Jesus. Além disso, trechos bíblicos que relatam Jesus lendo ou
escrevendo são alvo de discussão entre pesquisadores.
Fisionomia
Richard Neave é um pesquisador britânico especializado em ciência forense. Com base
em crânios do século I e softwares de modelagem 3D, ele reconstituiu o rosto de um
adulto típico do tempo de Jesus. E o resultado foi um homem moreno e de cabelo curto,
bem diferente das representações mais conhecidas de Jesus.
Pedreiro
Jesus pode ter trabalhado como... pedreiro. Quem afirma isso é o historiador John
Crossan. "Em Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, Jesus é chamado de tekton, que
no grego do século 1 designava um trabalhador do tipo pedreiro, não necessariamente
carpinteiro", afirmou ele em entrevista à Superinteressante.

Casado?
Um fragmento que indica que Jesus teria tido uma esposa teve sua veracidade
confirmada por Karen King, historiadora da Havard Divinity School. De acordo com os
pesquisadores, a tinta e a linguagem registradas no papiro indicam que ele deve ter sido
escrito no século IX.

Embora não sirva como prova de que Jesus teve uma esposa, a descoberta aponta que
cristãos daquela época tinham uma visão diferente da mulher.
Torrada
Por que algumas pessoas enxergam o rosto de Jesus em... torradas? A pergunta foi
respondida por um estudo de neurocientas canadenses da universidade de Toronto em
parceria com pesquisadores chineses.

Segundo os cientistas, trata-se de um tipo de pareidolia, fenômeno psicológico no qual


nosso cérebro enxerga faces humanas e outras figuras conhecidas nos objetos.
Julgamento
Após 15 anos de escavações, o arqueólogo Amit Re’em e sua equipe localizaram o
palácio de Herodes. Situado na parte ocidental de Jerusalém, o palácio é apontado como
palco do julgamento de Jesus por historiadores.

Segundo eles, o local foi ponto de partida da Via Dolorosa até a mudança do percurso,
no século XIII.
Cruz
A cruz de Jesus foi uma árvore. É o que defende o arqueólogo Joe Zias, da Universidade
Hebraica de Jerusalém. Após pesquisas, ele descobriu que, naquela época, os romanos
costumavam pendurar suas vítimas em árvores - pregando ao tronco uma tábua de
madeira para prender os braços do condenado.

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