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A influência da Motivação

É crescente o número de empresas que estão investindo no comportamento


motivacional no trabalho, propondo melhorar a auto-estima do empregado
através da valorização da pessoa como do profissional.

O fracasso da maioria das empresas muitas vezes não está na falta de


conhecimento técnico, mas sim, na maneira de lidar com as pessoas. É
costume o administrador achar que os trabalhadores não produzem com
qualidade apenas por falta de conhecimento técnico. Na realidade, isso está
ocorrendo devido á maneira como são tratados pela direção das empresas.

Normalmente as empresas se preocupam em capacitar seus empregados e


esquece de investigar se estão satisfeitos com as condições de trabalho, com o
salário, com as horas trabalhadas, ou seja, o administrador passa por cima de
valores importantes dentro da empresa que são os seus empregados.

Outro aspecto importante é a própria concorrência do mercado, onde se


exige mais e as condições mínimas. Essa fatura de mão-de-obra no mercado
deixa os administradores com certa vantagem, pois caso o empregado esteja
insatisfeito poderá ser substituído rapidamente. Esta realidade é mais para os
trabalhos mais comuns, sem muitas exigências de qualificações. Já no caso de
trabalhos que requer um conhecimento mais específico, os administradores
agem com mais cautela, procurando ouvir mais o empregado. Os
administradores agem com mais cautela, procurando ouvir mais o empregado.

Segundo Bergamini (1997): “Por mais que se tenha conseguido


aperfeiçoar as técnicas e os procedimentos de escolha,
desenvolvimento e compensação das pessoas no trabalho pela
gerência de Recursos Humanos, as empresas parecem continuar
enfrentando os mesmos e antigos problemas”.
Isso permite suspeitar que as dificuldades não tenham, nesse caso, sido
originado simplesmente pela qualidade das técnicas utilizadas nas diferentes
áreas especializadas em gerir pessoas. As raízes desses problemas são mais
profundas do que se possa imaginar e estão menos evidentes do que gostaria
de desejar.

Dentro da realidade, acredita-se na importância dos recursos humanos em


trabalhar as questões motivacionais dentro da empresa, como uma forma de
produzir satisfação nos empregados na hora do trabalho. Proporcionar este
clima de satisfação é alvo maior dos recursos humanos da empresa, motivar o
empregado a produzir mais é um desafio que deve ser encarado de frente, sem
mascarar ou banalizar os problemas dos empregados, pois o que diferencia-o
da máquina são seus sentimentos, vontades, valores que devem ser
respeitados.

Como se pode perceber as empresas também se vêem diante do desafio de


utilizar o potencial produtivo e criativo existente dentro de cada pessoa,
transformando-o em comportamento naturalmente espontâneo, oportunamente
construtivo, além de eficaz e inovador.

É quando a empresa oferece certa autonomia para que o empregado possa


desenvolver com certa liberdade o seu trabalho, sem que isso comprometa a
produção. Esse desafio torna-se para muitas empresas uma oportunidade de
crescimento, pois impulsiona o empregado a estudar e crescer no campo
profissional.

“O verbo motivar não pode existir sem complemento. Os


responsáveis por empresas cometem o erro de solicitar pessoal
“motivado” dentro do espírito, como se isso significasse uma
qualidade permanente e distribuída de forma homogênea: não existe
o pequeno gênio da motivação que transforma cada um de nós em
trabalhador zeloso ou nos condena a ser o pior dos preguiçosos. Em
realidade, desmotivação ao é nem um defeito de uma geração, nem
uma qualidade pessoal, pois ela está ligada a situações específicas.
Um indivíduo motivado aqui será diferente em outro lugar” (Levy-
leboyer, 1994, p.43)
O que Levy-leboier quis dizer é que as pessoas quando estão sendo
motivadas elas passam a ter uma atenção voltada mais para o desempenho de
uma atividade específica, ou seja, buscam atingir um determinado fim, dentro
de uma contingência particular. Neste caso a empresa é quem vai dar os
estímulos para que o empregado possa desenvolver o seu trabalho, abrindo
oportunidades que antes estavam fechadas.
Nos dias de hoje saber utilizar da psicologia motivacional é o grande
segredo para solucionar grande parte dos problemas existentes dentro da
empresa, pois caso não seja tomada uma atitude certa, poderá acarretar danos
maiores para a empresa. Às vezes a praticidade de demissão de empregados
não resolve o problema, pois ela pode estar na organização da empresa e isso
cabe aos administradores e os recursos humanos repararem esse erro.
Por isso percebemos a necessidade de entendermos melhor todo esse
processo que envolve a organização da empresa, os recursos humanos, as
pessoas empregadas, a motivação pelo trabalho e o resultado final que são os
lucros. Coordenar estes setores para que vivam em harmonia é o maior desafio
para quem esta a frente de uma empresa.

2.1 Motivação na Estrutura Organizacional

O ser humano é movido por desafios e está sempre disposto a ser


provocado por uma aventura. É desta forma que ele busca sentido para tudo
que o cerca, e contra a sua determinação praticamente não há limites. É dentro
de uma curiosidade de aprender que passa a ser o principal combustível de
qualquer profissional que almeja crescer dentro das organizações.
A estrutura organizacional é a interconexão entre a gestão da empresa e os
seus funcionários. É através dessa arrumação que a organização desempenha
as suas tarefas no sentido do cumprimento da sua missão institucional e do
alcance dos seus objetivos estratégicos. Para que isso ocorra é necessário que
aja freqüentes mudanças, cada vez mais radicais, passa a se tornar um
contraponto para a questão da identificação dos funcionários com a empresa.
Quando as mudanças impostas na organização são excessivamente
freqüentes, a codificação das experiências extraídas de sua história não ocorre,
o que impede que a instituição as internalize de forma adequada à sua
continuidade.
Há muita pressão nos dias de hoje. Se alguém estiver desempregado,
enfrenta pressão em casa, na família, recebe uma carga de estresse muito
grande, aumenta o medo e aí a tendência é piorar. Se estiver em plena carga
de trabalho, cobra mais resultado de si mesmo ou recebe esta carga dos
superiores e o próprio medo dos bons ventos irem embora. É preciso mesmo
muito cuidado para não se deixar levar pela desmotivação e olhe que o
passatempo nacional é falar de coisas que não dão certo, do momento político
difícil, da descrença nas autoridades, da violência urbana, de tudo e aí, adeus
sucesso.
Pode-se dizer que os fatores que contribuem para a desmotivação do
indivíduo com a empresa onde trabalha, podem estar presentes nos seguintes
aspectos: a desorganização da empresa, a falta de valorização e
reconhecimento, as poucas perspectivas de ascensão profissional, as injustiças
que acontecem e não têm reparo, as reformulações provocadas pelas
freqüentes mudanças de estrutura e a vinculação da empresa, que faz com que
a missão da empresa não se concretize e termine por frustrar os empregados
mais antigos.
É comum a desmotivação atingir grande parte dos funcionários com mais
tempo de casa. Isto é frustração pela falta de perspectiva do que propriamente
uma desmotivação por não ver as coisas serem resolvidas. A desmotivação
tem como efeito imediato a paralisia, a perda das forças para continuar, o
conformismo com a situação e a entrada em um compasso de espera que
nunca termina: a acomodação e a falta de comprometimento de boa parte das
pessoas que estão envolvidas no grupo.
Outro ponto importante é a influência da política na instituição que também
exerce um papel de destaque no processo de frustração dos funcionários para
com a empresa. Visto como um mal das empresas, principalmente as públicas,
o uso político da instituição dá origem a indicações pessoais para o
preenchimento de boa parte dos cargos estratégicos da empresa, em
detrimento ao uso de critérios de merecimentos que levem em conta o
desempenho e a dedicação profissional dos escolhidos.
Todo esse processo implica muitas vezes numa sensação de falta de
perspectiva de ascensão na carreira para o profissional, que passa a se sentir
sub-utilizado profissionalmente, ainda mais quando chefiado por pessoas que
não são devidamente qualificadas para o exercício da função, seja
administrativa ou tecnicamente.
A combinação de todos esses fatores acaba fazendo com que a desilusão
dos funcionários seja jogada diretamente sobre a atuação da área de Recursos
Humanos da empresa. O próprio processo se retro-alimenta, já que, na visão
do funcionário, o DRH não é priorizado como estratégico pelas administrações
sucessivas das empresas públicas, se transformando num setor desintegrado
do resto da empresa, passando a só existir um Departamento de Pessoal
(benefícios, eficiência, regularidade, etc.) e distante em termos do
desenvolvimento real das pessoas. Ou seja, a área de RH passa a ser vista
como uma articulação faltante na relação empregado-empresa.
Outro aspecto importante que deve ser levado em conta é o aumento de
profissionais com problemas de depressão, ou seja, a falta de perspectiva
dentro da empresa faz com que o profissional adoeça emocionalmente e
fisicamente.
Empresas que sobrecarregam os profissionais e não se preocupam com a
qualidade de vida dos empregados são as grandes responsáveis pelos altos
níveis de depressão. É importante lembrar que o estilo de vida da pessoa
também contribuiu para a instalação do quadro. É preciso evitar o
sedentarismo, a alimentação inadequada e o desequilíbrio entre a vida pessoal
e profissional. Cada pessoa também deve procurar desenvolver mecanismos
que lhe permitam lidar melhor com os agentes causadores de estresse.

2.2 Queda na produtividade pela falta de motivação

A motivação nas empresas sempre foi alvo de estudos. O que é que leva
realmente as pessoas a estarem motivadas e mais produtivas: a grande parte
dos gestores tenta encontrar resposta para esta questão. Só depois de se
conhecerem as fontes de motivação dos trabalhadores é que se pode esperar
ganhos adicionais, efetuando, ao mesmo tempo, uma eficaz gestão de
recursos humanos.
Atualmente, o dinheiro já não é o principal fator de motivação dos
empregados. Os trabalhadores já não são meros assalariados, vivendo em
função do salário que chega no fim do mês. Os trabalhadores são pessoas com
sentimentos, desejos e ambições. Ninguém pode negar que luta por uma
estabilidade econômica e financeira, mas as pessoas também se esforçam
para conseguir realizações profissionais. Mais importante que o pagamento no
final do mês, e a satisfação que se pode levar para casa, ao final de cada dia,
sabendo que desempenhou bem as funções que estavam atribuídas, e que
esse desempenho irá ser reconhecido.
Idealmente, a remuneração deveria acompanhar o bom desempenho, como
forma de recompensa e reconhecimento. Mas mesmo que tal não aconteça, o
trabalhador tem consciência das suas capacidades e habilitações, o que faz
com que não desanime, pois tem sempre a possibilidade de oferecer os seus
serviços
A outras organizações que se disponham a valorizar as suas capacidades.
Com as empresas casa vez mais exigindo maior e melhor participação dos
seus colaboradores a fim de facilitar os processos de mudanças, torna-se
imprescindível um ambiente motivador para promover o comprometimento das
pessoas para com a organização. No entanto, conseguir o envolvimento,
identificação, apego, o empenho em favorecer a empresa pode não ser tão
fácil. As pessoas diferem quanto ao seu impulso motivacional básico e o
mesmo indivíduo pode ter diferentes níveis de motivação que variam ao longo
do tempo. O nível de motivação pode variar entre as pessoas e numa mesma
pessoa através do tempo que podem alterar seu comportamento e
comprometimento para com a organização.
No caso do bom gestor é aquele que consegue gerir as aptidões e
competências que se movem na empresa, mantendo continuamente a
motivação. Se o gestor adaptar os seus métodos de gestão as capacidades e
talentos revelados pelos seus colaboradores, haverá uma resposta muito mais
positiva por parte dos mesmos. Convém não esquecer que trabalhadores
motivados e reconhecidos, aumentam o nível de qualidade e quantidade de
desempenho, e conseqüentemente, aumenta a produção.
O trabalho em um ambiente que pode proporcionar condições para as
pessoas dividir com a empresa objetivos comuns, conciliar interesses
das pessoas com os da empresa, para que ambos sejam bem-
sucedidos pode ser um clima propício para mudar comportamentos,
pois existe o interesse mútuo em mudar. (REZENDE e ABREU, 2003,
p.40)

Normalmente dentro das empresas se formam equipes com a finalidade de


potencializar mais os conhecimentos e a experiência dentro do grupo,
melhorando significativamente a produtividade.
Um fator importante é de que as equipes podem ter um maior envolvimento
para com a implantação da nova tecnologia da informação devido a sua
participação nas decisões empresariais. E, o envolvimento dos usuários para
alinhar o sistema com as funções prioritárias da empresa, acelera o comando e
a posse por parte daqueles que estão diretamente envolvidos e pode
incrementar o suporte de toda a comunidade usuária.
Este novo ambiente e formas de interação podem facilitar e melhorar as
tarefas conjuntas, a produtividade e a qualidade dos serviços, pois os membros
da equipe relacionam-se com simpatia, afeto e harmonia. Assim o ambiente
produtivo pode ter maiores condições para um clima motivador mais duradouro
e promover assim o comprometimento entre os membros da equipe.
As equipes, no ambiente produtivo, podem ser uma ferramenta, para
promoção de um clima motivador necessário, pois,

Segundo Parker (1995), as equipes podem estar prontas para agir


com rapidez e flexibilidade de modo a se adaptarem às necessidades
do mutável cenário dos negócios.

Seria então como exemplo, a necessidade de se adaptar a uma mudança


de tecnologia em informação. As equipes podem auxiliar no sentido de
desenvolver novos valores, novas atitudes, novas formas de atuação e
interação, dando assim, condições elementares para o sucesso de um
processo de mudança.
O trabalho de solidez que as equipes realizam dentro de uma empresa pode
permitir um crescimento constante, mesmo nos tempos de crise, podendo
diminuir a produção, mas nunca parar. A motivação de estar sempre
produzindo algo novo é o que alimenta o sonho de milhares de profissionais
que buscam alcançar um cargo melhor dentro da empresa. Produzir idéias,
somadas à força de trabalho, faz com que qualquer barreira seja superada.
É importante ainda ressaltar que a comunicação entre os membros da
equipe deve ser verdadeira, pois opiniões divergentes são estimuladas, a
confiança é grande, as habilidades possibilitam alcançar resultados, o respeito
e a cooperação são elevados e a equipe investe constantemente em seu
próprio crescimento e produtividade dentro da empresa.

2.3 Estar Motivado na Liderança

Um líder formal é alguém que foi oficialmente investido de autoridade e


poder organizacional e geralmente recebe o título de gerente, diretor ou
supervisor. A quantidade de poder é teoricamente determinada pela posição
ocupada dentro da organização. As políticas de promoção organizacional são
feitas para garantir que as pessoas com habilidades técnicas e de liderança
ocupem posições de poder.
Um líder informal não terá o mesmo título de liderança oficial, mas exercerá
uma função de liderança. Esse indivíduo, sem autoridade formal, designação
de poder, posição ou até mesmo responsabilidade, pode pelo mérito de um
atributo pessoal ou desempenho superior influenciar outros a exercer a função
de liderança. Neste aglomerado de teorias relacionadas à liderança surgem
algumas conclusões de ordem prática para o administrador dirigir as pessoas.

Na concepção de Dessler (1996) propõem quatro tipos de liderança:


Líder apoiador: é aquele que se preocupa com os assuntos, bem-
estar e necessidades dos subordinados; líder diretivo: é aquele que
conta aos subordinados exatamente o que pretende fazer; líder
participativo: é aquele que consulta os subordinados a respeito das
decisões, encorajando-os a participar delas e utilizar as idéias dos
liderados; líder orientado para metas ou resultados: é aquele que
formula objetivos claros e desafiadores para os subordinados e os
motiva a alcançá-los.
A liderança passa a ser na vida de um profissional a sua meta dentro das
organizações, buscando exercer altas funções, além de respeitar a uma
hierarquia que funciona de forma rigorosa, no sentido de manter todas as
unidades da empresa unidas e coesas no ideal maior que é o seu próprio
crescimento.
Hoje as organizações querem seus funcionários motivados, mas não sabem
como motivá-los. Daí contratarem profissionais para o RH, no sentido de
trabalhar a auto-estima do profissional dentro da empresa.
A busca de suprir a necessidade significa uma carência interna da pessoa e
que cria um estado de tensão no organismo. Daí o ciclo motivacional. As
teorias de conteúdo da motivação procuram dar uma visão geral das
necessidades. Dentre elas, a teoria da hierarquia das necessidades aponta
para necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto-
realização.
A liderança é um processo chave em todas as organizações. O
administrador deveria ser um líder para lidar com as pessoas que trabalham
com ele. A liderança é um forma de influência. A influência é uma transação
interpessoal em que uma pessoa age para modificar ou provocar o
comportamento de outra pessoa, de maneira intencional.

Dessler (1996) afirma existir três diferentes abordagens teóricas a


respeito da liderança. São elas: Teoria de traços de personalidade:
sintetizam as características de personalidade possuídas pelo líder,
tais como: inteligência, otimismo, empatia, flexibilidade,
comunicabilidade, perspicácia, entusiasmo, criatividade, etc.; Teoria
sobre estilos de liderança: são as maneiras e estilos de se comportar
adotados pelo líder: autocracia, liberalismo e democracia; Teorias
situacionais de liderança: é o modo de como adequar o
comportamento do líder às circunstâncias da situação.

A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das


necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias,
que podem ser chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou
motivos. Certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira
pela qual fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter
satisfação.

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