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Regulamento Interno

Para lar de Idosos

CAPITULO I
Artigo 3º
DA NATUREZA/FINS E ÂMBITO Os objectivos da Valência de Lar
DE são os seguintes:
APLICAÇÃO
Artigo Iº 1. Assegurar a satisfação das
necessidades básicas da pessoa -
O Lar da Associação Humanitária de alojamento, alimentação, saúde,
Salreu é uma Instituição Particular de higiene, conforto e ocupação/lazer;
Solidariedade Social, cujos estatutos se
encontram registados na Direcção Geral 2. Promover a continuidade ou o
de Acção Social sob o nº 52/94, folhas 4 restabelecimento das relações familiares
no Livro 6 em 92/10/22. e de vizinhança;
Artigo 2º 3. Garantir e respeitar a independência,
a individualidade, a privacidade e a
1 A Valência de Lar destina-se a livre expressão de opinião;
acolher pessoas idosas desinseridas do
meio familiar e/ou social não 4. Assegurar o tratamento e
autónomas na satisfação das suas acompanhamento psicossocial;
necessidades básicas e que expressem
livremente a sua vontade em serem 5. Favorecer os sentimentos interacção,
admitidas. auto-estima e segurança;
2. Em situação de incapacidade na 6. Contribuir para a estabilização e o
expressão livre dessa vontade, o pedido retardamento do processo de
de admissão deverá ser formulado por envelhecimento.
um parente que assuma a
responsabilidade pelo internamento. CAPÍTULO II
3. Com os seus serviços prestados e DA ADMISSÃO DOS UTENTES
actividades desenvolvidas pretende
contribuir para a estabilização e Artigo 4º
retardamento dos factores involutivos São condições de admissão
associados ao processo de
envelhecimento. A admissão é feita pela Mesa da
Direcção com base em proposta feita Instituição.
pela Técnica de Serviço Social e
obedece aos seguintes critérios: A prioridade de cada admissão será
encontrada pela conjugação de vários
1. Possuir idade igualou superior a 65 itens e só em caso de empate funcionará
anos, salvaguardando no entanto com a data de inscrição.
carácter excepcional a admissão de
candidatos com menos idade cuja Artigo 6º
situação sócio/económica/saúde o Processo de admissão
justifique.
1. O pedido de admissão deverá ser
2. Não sofrer de doença infecto formulado por escrito pelo idoso ou por
contagiosa e não apresentar perturbação parente que se responsabilize pelo
mental grave que ponha em risco a internamento
integridade física dos outros utentes ou
perturbe o normal funcionamento do lar. 2. O pedido é registado na instituição
em livro próprio;
3. Manifeste vontade em ser admitido
nos termos apontados no artigo nº 2. 3. Após a entrada do pedido é
preenchida uma ficha de inscrição
Artigos 5º fornecida pela instituição.
Critérios de admissão
4. A pós a entrada da ficha de inscrição
1. Residente ou natural na freguesia de é efectuada visita domiciliária pelo
Salreu, ou no Concelho de Estarreja; Técnico Superior de Serviço Social da
Instituição que elabora parecer técnico
2. Situação de dependência relativa com vista à tomada de decisão por parte
(pela sua condição física ou psíquica da Direcção.
percam a sua autonomia);
5. Havendo vaga a admissão é feita
3. Situação de carência económica, que imediatamente após a decisão da
não garantam a sua subsistência Direcção. Não havendo vaga, no
imediato, fica o idoso inscrito em lista
4. Falta de apoio familiar ou outro; de espera registada em livro ou ficheiro
próprio.
5. Isolamento social ou geográfico;
Artigo 7º
6. Vontade expressa do utente em Processo Individual do Utente
frequentar o Lar de Idosos;

7. Insuficiência de condições O Processo Individual deve conter os


habitacionais que impossibilitem a seguintes documentos:
permanência no domicílio, mesmo com
apoio domiciliário;
1. Bilhete de Identidade ou Certidão de
8. Idoso que tenha outros parentes, Nascimento.
nomeadamente cônjuge já internado na
2. Cartão de U tente. CAPITULO III
DA DIRECÇÃO TÉCNICA
3. Cartão de Beneficiário/Pensionista.
Artigo 9º
4. Cartão de Contribuinte.
Ao Director Técnico cabe a
5. Declaração Médica comprovativa da responsabilidade de dirigir o
inexistência de doença infecto- estabelecimento, sendo responsável,
contagiosa ou perturbação mental grave, perante a Direcção, pelo funcionamento
com resumo do processo clínico. da mesmo.
O Director Técnico deve ser substituído,
6. Declaração de rendimentos, com nas suas ausências por um dos
fotocópia de documento comprovativo. elementos do quadro de pessoal, por si
indicado.
7. Contrato de prestação de serviço
celebrado entre o utente/familiar e a O Director Técnico deve ser licenciado
Instituição. na área das Ciências Sociais e
Humanas.
Artigo 8º
Artigo IOº
Admissão
Funções do Director Técnico
1. A admissão d.everá ter sempre
carácter experimental por um período 1. No âmbito da Gestão:
de 60 dias, como forma de atestar a
capacidade de integração do idoso, a) Dirigir o funcionamento do
findo o qual passa a definitiva após estabelecimento dentro das regras
avaliação e proposta do Director definidas pela Direcção da Instituição,
Técnico e/ou Técnico de Serviço Social. coordenando e supervisionando as
actividades do restante pessoal;
2. Em situações de grande urgência, a
admissão será sempre a título provisório
b) Cabe ao Director Técnico criar
com parecer e autorização do Director
condições que garantam um clima de
Técnico e/ ou Técnico de Serviço
bem estar aos utentes, no respeito pela
Social, sujeita a confirmação posterior
da Direcção, tendo o processo sua privacidade, autonomia e
tramitação idêntica às restantes participação dentro dos limites das suas
situações. capacidades físicas e cognitivas;
A grande urgência será analisada
casuísticamente em função da situação c) Providenciar para que a alimentação
concreta que resultará de um conjunto seja confeccionada e servida nas
de ocorrências excepcionais e melhores condições, elaborando
imprevisíveis. semanalmente as ementas em
articulação com o sector da cozinha, do
economato, dos serviços clínicos de
apoio ao Estabelecimento, procedendo à
sua afixação nos termos da legislação
em vigor; funcionamento do estabelecimento, bem
como a realização de obras de
d) Administrar o Fundo de Maneio que conservação e reparação sempre que se
lhe seja estabelecido para pequenas tornem indispensáveis;
aquisições de carácter urgente,
devidamente justificadas, através da m) Colaborar na definição de critérios
prestação de contas; justos e objectivos para a avaliação
periódica da prestação de serviço do
e) Solicitar aos serviços competentes, pessoal, com vista à sua promoção;
nomeadamente à Segurança Social, seu
interlocutor privilegiado, n) Elaborar o mapa de férias e folgas do
esclarecimentos de natureza técnica pessoal
inerentes ao funcionamento, tendo em
vista a sua melhoria; 2. No âmbito do Serviço Social:

o) Estudar a situação sócio - económica


f) Promover reuniões de trabalho com
e familiar dos candidatos à admissão,
os utentes e com o pessoal, dispensando
recorrendo, obrigatoriamente, à visita
especial atenção à questão do
domiciliária;
relacionamento (inter-pessoal)
prevenindo a conflitualidade e
p) Estudar e propor a comparticipação
reforçando a auto-estima de todos os
do utente de acordo dom os critérios
intervenientes na vida do
Estabelecimento; definidos;

q) Proceder ao acolhimento dos utentes


g) Auscultar o pessoal no que respeita à
com vista a facilitar a sua integração;
sua formação e propor Acções de
acordo com as necessidades e interesse r) Organizar e manter actualizado o
manifestado(s); processo individual de cada utente,
fazendo parte do mesmo, para além das
h) Fomentar a participação dos idosos peças já referidas, toda a documentação
na vida diária do estabelecimento. de carácter confidencial. Apenas o
pessoal técnico deverá ter acesso a este
i) Elaborar o horário de trabalho do ficheiro.
pessoal;
s) Fomentar e reforçar as relações entre
j) Propor a admissão de pessoal, sempre os utentes, os familiares, os amigos e a
que o bom funcionamento do serviço o comunidade em geral;
exija;
t) Tomar conhecimento da saída dos
k) Propor a contratação eventual de utentes.
pessoal, na situação de faltas
3. No âmbito Animação/Ocupação:
prolongadas de pessoal efectivo;
u) Elaborar o plano anual de actividades
1) Propor à Direcção a aquisição de com a participação de outros técnicos e
equipamentos necessários ao
dos próprios utentes; Incumbe ao Pessoal Administrativo:

v) Incentivar a organização de 1. Executar as funções de:


actividades abertas à comunidade, - Contabilidade e Tesouraria -
fomentando a interacção entre as Expediente
diversas instituições sobretudo ao nível - Arquivo
do concelho; - Dactilografia

w) Fomentar a participação dos idosos 2. Proceder ao levantamento das


na vida diária do Estabelecimento. pensões dos utentes(sempre que
necessário);
CAPÍTULO IV 3. Proceder ao pagamento remunerações
do pessoal;
DO RESTANTE PESSOAL
4. Organizar e manter actualizados os
Artigo 11º
Do economato processos do pessoal;

Proceder a todas as aquisições, 5. Controlar a assiduidade pontualidade


incluindo produtos alimentares sob a do restante do pessoal;
orientação e supervisão do Director
Técnico. 6. Colaborar na preparação dos planos
de férias, folgas e horário do pessoal.
Artigo 12º
Do Ajudante de Lar Artigo 14º
Do Pessoal de Cozinha
Incumbe ao Ajudante:
Incumbe ao Pessoal de Cozinha:
1. Executar os cuidados de higiene e
conforto aos utentes;
1. Do Cozinheiro:
2. Distribuir as refeições aos utentes;
3. Responsabilizar-se pelo arranjo dos - Preparar e confeccionar as seguintes
quartos; refeições:
4. Colaborar nas actividades de Pequeno almoço
animação/ocupação dos utentes; Almoço
5. Distribuir e arrumar as roupas dos
utentes; Lanche
6. Acompanhar os utentes a consultas Jantar
ou deslocações ao exterior;
7. Desempenhar outras tarefas - Distribuir as refeições(por
atribuídas pelo Director Técnico. travessas);
- Responsabilizar-se pela limpeza
da cozinha e anexos com a
Artigo 13º colaboração do ajudante de
Do Pessoal Administrativo cozinha;
- Colaborar na elaboração de
ementas; - Lavagem e tratamento de roupas;
- Administrar a despensa e - Animação/ Ocupação/Lazer;
requisitar os géneros necessários - Apoio em deslocações ao exterior;
- Promoção da sociabilidade e das
à confecção das refeições;
relações intergeracionais
2. Do Ajudante de Cozinheiro: Artigo 17º
Regras Gerais de Funcionamento
- Apoiar a preparação e confecção
das refeições; Distribuir as
refeições; 1. Os horários das refeições e das visitas
- Proceder à limpeza da cozinha e devem constar de documento escrito e
anexos; exposto em local adequado;
- Dar apoio ao serviço de
refeitório; 2. As dietas dos utentes, sempre que
- Substituir a cozinheira nas suas prescritas pelo médico, são de
cumprimento obrigat6rio;
faltas e impedimentos.
3. Os utentes devem comunicar ao
Artigo 15º Director sempre que pretendam
Pessoal Auxiliar ausentar-se do
estabelecimento;
Incumbe ao Trabalhador Auxiliar:

1.Proceder. à lavagem tratamento de 4. A passagem de serviço de turno para


roupas; turno deve ser feita, por escrito, em
livro próprio - Livro de Ocorrências
2.Proceder à limpeza, higiene,
arrumação de todo o edifício e de outras 5- A Fixação e pagamento das
tarefas inerentes à sua função; comparticipações financeiras dos
utentes/famílias (mensalidades) devem
3. Colaborar no apoio ao refeitório e na reger-se pelas normas em vigor, não
distribuição de alimentação nos quartos devendo o Subsídio de Férias e de Natal
quando necessário. entrar para o cálculo da mensalidade;

CAPÍTULO V 6. A prestação de serviços deve ser


reduzida a contrato escrito entre a
DOS SERVIÇOS PRESTADOS E
FUNCIONAMENTO Instituição e o utente/ família;

Artigo 16º 7. Deve o Director, autorizado pela


Dos Serviços Prestados Direcção, estabelecer as parcerias locais
possíveis, por forma a rentabilizar os
Lar de Idosos: recursos existentes, abrindo a
- Alojamento; Instituição à comunidade, introduzindo
- Alimentação (pequeno almoço, a flexibilidade necessária e adequando
almoço, lanche, jantar e reforço as respostas às suas reais necessidades.
alimentar ao deitar),
- Cuidados de higiene e conforto; Artigo 18º
- Cuidados médicos e de enfermagem; Direitos e Deveres, da Instituição e do
Utente e seus Familiares
utilização de equipamentos;
Da Instituição:
7. Orgranizar o processo individual para
1.A Instituição reserva o direito de
cada utente ou
exigir o bom estado do edifício e dos candidato a utente da
seus equipamentos, sob pena de solicitar
à família ou responsável pelo Utente a Instituição.
devida reparação do dano;
Do Utente e/ou familiar/responsável:
2. Tem a Instituição o direito de todos
1. o utente tem o direito de usufruir de
os meses e até ao dia 10 de cada mês,
todas as vertentes que se situem no
exigir à família ou responsável o
âmbito das actividades do Lar de
respectivo pagamento da mensalidade,
Idosos;
que estará dentro das regras pré-
estabelecidas na Orientação Normativa
2. Participar nas actividades, de acordo
que rege a definição das mensalidades
com os seus interesses e possibilidades;
para as IPSS's.
3. Exigir respeito pela sua identidade,
3. Na eventualidade do Nome da personalidade e privacidade.
Instituição poder ser denegrido por
injúria ou calúnia, por parte dos seus 4. o utente tem o dever de cumprir as
Utentes e/ou familiares/ responsáveis, regras expressas no Regulamento
procederá esta Instituição, através dos Interno.
seus Órgãos Directivos, ao apuramento
de responsabilidades, podendo 5. Comparticipar nos custos dos
inclusivamente recorrer à via judicial. serviços prestados, de acordo como
estabelecido.
4. A Instituição tem o dever de garantir
o bom funcionamento da resposta social Artigo 19º
e assegurar o bem estar dos Utentes e o Contacto com Familiar ou Pessoa
respeito pela sua dignidade humana, Responsável pelo Utente
promovendo a participação dos mesmos
1. Os familiares ou pessoas mais
na vida da Instituição.
próximas dos idosos, serão contactados
5. Definir critérios que presidem a quando se justificar: por motivos de
admissão dos utentes e atribuir inadaptação, por manifestação dp
prioridade às pessoas utente, por problemas de saúde ou
social e economicamente mais falecimento, etc.
desfavorecidas ou desprovidas de 2. Se o idoso viver só e não tiver
estruturas familiares de apoio; familiares ou alguém que se interesse
por ele, e no caso de surgir qualquer
6. Estabelecer os princípios e complicação, do foro da saúde
regras atinentes à fixação das (internamento em centro hospitalar,
comparticipações financeiras dos exames médicos, etc.), ou falecimento,
utentes ou de suas famílias, devidas a responsabilidade de proceder às
pelas prestações de serviços ou medidas necessárias será assumida pela
IPSS.
Artigo 20º
Comparticipação Financeira

A mensalidade a pagar pela frequência


do Lar de Idosos consta em tabela
anexa, sendo determinada em função
dos serviços prestados e rendimentos do
utente baseado sempre na
Orientação Normativa Circular nº3, de
97/05/ 02, emitida pela Direcção Geral
de Acção Social do Ministério da
Solidariedade e Segurança Social.

Artigo 21º
Nota Final

Todas as omissões deste regulamento,


desde que não legisladas pela Entidade
da Tutela, serão levados pela Direcção
Técnica à Mesa de Direcção, sendo
emitida uma Ordem de Serviço.
O presente regulamento é válido para o
ano 2006/2007 e será revisto sempre
que se considere oportuno

Regulamentado Aprovado pela


Direcção, no dia ____/____/____

Tomado conhecimento e aceite as suas


condições em ____/____/____

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