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2.2. CÁRATER IMANENTE DO DIREITO DE 2.7. Teorias Ecléticas. Tentam unir as duas
AÇÃO. Para essa escola a ação seria uma qualidade de concepções. A ação conteria também um direito subjetivo
todo direito, ou o próprio direito reagindo a uma violação. (Pekelis). Ela é autônoma do direito material, mas ela
Daí decorriam três conseqüências: não há ação sem própria seria um direito material.
direito; não há direito sem ação; a ação segue a
natureza do direito. Defensores: Savigny e João Monteiro 2.8. LIEBMAN. AÇÃO É UM DIREITO
(no Brasil). SUBJETIVO INSTRUMENTAL, QUE ESTÁ A
SERVIÇO DO DIREITO MATERIAL. E mais que
2.3. A POLÊMICA WINDSHEID – MUTHER. isso, seria um PODER da parte de sujeitar e impor a sua
Muther distinguiu o direito lesado e a ação. Da ação, disse, pretensão material à outra parte. A jurisdição somente
nascem dois direitos: o direito do ofendido à tutela jurídica do existiria se houvesse a apreciação do mérito da demanda.
Estado; e o direito do Estado à eliminação da controvérsia ou da Põe, portanto, relevo às condições da ação.
lesão. Windsheid não fazia tal distinção, sendo que para ele
a ação era uma simples decorrência da lesão ao direito 2.9. É enfim, direito subjetivo, existindo no caso
material. direito da parte autora e dever do Estado de prestar a
jurisdição.
2.4. AÇÃO COMO DIREITO AUTÔNOMO.
Teoria que desenvolveu a autonomia do direito de ação em 2.10. NATUREZA JURÍDICA. Direito Subjetivo,
relação ao direito substancial. A ação seria outro direito, que implica numa prestação positiva por parte do Estado:
distinto do direito material violado. É direito público a prestação jurisdicional. Tem natureza constitucional (Art.
subjetivo. Gerou duas teorias: a do direito concreto à 5.). É de natureza abstrata, pois demanda apenas um
tutela jurídica; e a do direito abstrato de agir. provimento jurisdicional, que pode ser procedente ou
improcedente. É autônoma, mas também instrumental,
2.5. AÇÃO COMO DIREITO AUTÔNOMO E por visar dar solução a uma pretensão de direito material.
CONCRETO. Elaborada por WACH na Alemanha. A
ação é um direito autônomo, não pressupondo 2.11. AÇÃO PENAL. Em relação à ação cível, muda
necessariamente o direito subjetivo material violado (ações apenas o conteúdo, que é o direito de exigir a tutela do
declaratórias). Entretanto, só existiria quando a sentença Estado a uma pretensão de natureza punitiva.
fosse favorável ao autor. Portanto a ação seria um direito
público e concreto. Um direito existente nos casos
concretos em que existisse o direito subjetivo. A
existência da ação estava condicionada ao 2.12. CONDIÇÕES DA AÇÃO.
reconhecimento da existência do direito subjetivo do
autor na sentença. 2.12.1. São as condições exigidas para que se possa,
legitimamente, exigir o provimento jurisdicional.
2.5.1. Chiovenda dizia que a ação é um poder sem
dever, ou seja, pertence a quem tem razão contra quem
não tem razão. Somente que detém o direito subjetivo
2.12.2. Para uns, a existência das condições são
requisitos para a própria ação; para outros, condições para 2.17. Pedido: é a medida, o provimento jurisdicional
o exercício da ação. almejado pelo autor. Refere-se sempre a determinado
objeto, bem da vida, e pode ser cautelar, executiva,
2.12.3. Proc. Penal – possui outras condições, como a conhecimento ou mandamental.
representação e requisição do Ministro da Justiça, em
alguns casos. 2.18. Podem caracterizar a coisa julgada e a
litispendência.
2.12.4. Possibilidade jurídica do Pedido – o
ordenamento jurídico já excluiu a priori o pedido do
demandante. Ex: Divórcio(onde não há), dívidas de jogo.
Mérito do ato administrativo seria outro caso, mas que
atualmente é mitigado pela jurisprudência. No processo 3. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
penal, seria a ausência de tipicidade (o crime não é previsto
na lei penal), mas alguns acham que tal análise já é mérito 3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES. Baseia-se
da demanda. primordialmente na natureza do provimento jurisdicional.
Os provimentos pedidos são variados, e as ações também
2.12.5. Interesse de Agir – Da atividade estatal tem se classificariam de acordo com a natureza do provimento
que brotar um resultado útil. É utilidade das decisões almejado.
judiciais. A prestação judicial tem que ser necessária e
adequada, além de útil. 3.2. Pela teoria abstrata, seriam incovenientes tais
classificações, pois tomam por base o direito material
2.12.6. A necessidade está na impossibilidade de invocado pela parte, que é o provimento. E ação seria um
obter a satisfação do direito alegado sem a participação do direito abstrato, e não um procedimento ou rito específico,
Estado. decorrente do provimento jurisdicional.
5. AÇÕES TRABALHISTAS.
10º PONTO - LITISCONSÓRCIO
5.1. Individual.
5.2. Coletiva. Visam a direitos de classes, grupos ou
categorias. 1. CONCEITO – É caso de que existem vários litigantes
5.2.1. Sentença Normativa=ato jurisdicional na ação, seja no pólo ativo, seja no pólo passivo.
legislativo ou puramente jurisdicional? Jurisdicional, possui
efeito ultra partes, por se tratar de ação coletiva. 2. CLASSIFICAÇÕES:
5.2.2. Sindicados: Substituto processual.
Pela posição: ativo ou passivo, ou misto;
5.2.3. Dissídios coletivos primários e
secundários. Pelo critério cronológico: originário ou ulterior.
1.3. PROCEDIMENTO. Seqüência de atos que 1.6.1. Complexidade – é a soma de uma séria de
exteriorizam, dessa ou daquela maneira, a relação jurídica posições jurídica;
processual. É o rito seguido pelas partes e juiz na
condução do processo. É a forma com que se desenvolve, 1.6.2. Progressividade (continuidade,
na prática, o processo. É o ordenamento seqüenciado dos dinamismo) – a mudança continua de posição jurídica no
atos e termos processuais. Ex: Contrato - conjunto de decorrer do processo, que não se esgota com a prática de
direitos e obrigações assumidos voluntariamente pelas um só ato pelas partes.
partes; realização ou procedimento: pode variar de um
contrato para o outro: verbal, escrito, com assinatura de 1.6.3. UNIDADE – todos os atos do processo, e
termo contratual, em juízo (mandato), por escritura pública todas as posições jurídicas tem um fim comum, a
em cartório (imóveis). jurisdição. O fim comum une todas as partes do processo.
1.4. Os AUTOS – É a documentação do processo, 1.6.4. Caráter tríplice – três sujeitos, ou três pólos
com a reunião em um ou mais volumes de documentos emanadores de vontade jurídica.
que representam todos os atos processuais praticados no
mesmo. 1.6.5. NATUREZA PÚBLICA – É relação de
Direito Público, pois envolve uma das funções do Estado.
1.5. NATUREZA JURÍDICA.
1.7. AUTONOMIA DA REL. PROCESSUAL. partes, bem como de bom relacionamento com o juiz,
Independe da relação jurídica material para ter existência. evitando-se o caos no processo.
Possuí requisitos próprios.
1.5. instrumentalidade das formas – as formas
1.8. INÍCIO E FIM DO PROCESSO. Início no procedimentais deve guardar respeitos a princípios
primeiro ato praticado, em geral, com o despacho ou racionais, não sendo um fim em si mesmas.
distribuição da petição inicial. O fim do processo ocorre
com o proferimento de um provimento jurisdicional 1.6. Sistemas rígido e flexível – O primeiro prima
invocado pela parte, com ou sem julgamento do mérito. pela obediência a cânones rigorosos; o segundo, há maior
liberdade nas formas, não havendo tanto rigor na
1.9. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS. obediência às regras de procedimento. Existe, no segundo,
CONHECIMENTO, EXECUÇÃO E CAUTELAR. E O certa “discricionariedade” do juiz, que possui maior
mandamental. Executiva Latu sensu (despejo, demolição). liberdade para fixar prazos e determinar a prática de alguns
atos. brasileiro é do tipo rígido. Nas pequenas causas, e
1.9.1. Conhecimento: declaratório, constitutivo, na justiça do trabalho, parece haver predominância do
condenatório, mandamental e executivo latu sensu. esquema “flexível”.
1.9.2. Efeitos da sentença e coisa julgada. Ex
tunc-retroatividade (declaratórias e condenatórias); Ex- 1.7. Circunstâncias determinantes da forma: a) de
nunc – futuro (constitutivas). lugar; b) de tempo; c) de modo.
1.9.1. Coisa Julgada. Limites objetivos e Subjetivos. 1.8. De lugar: Sede do Juízo, com exceção de alguns
atos que devem ser praticados em outros lugares, como
1.10. Processo de Execução. Visa efetivar o citação, intimação.
provimento jurisdicional, materializando a condenação.
1.9. de tempo. é considerado sob dois aspectos: a) o
1.11. Processo Cautelar. Visa garantir que ao final da da época da prática do ato; b) o dos prazos para a execução
ação o vencedor possa auferir o bem jurídico que postula do ato.
no processo de conhecimento ou de execução.
1.10. Termos (prazos): São a distância temporal entre
os atos do processo.