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Nome Científico: Morinda citrifolia

Nome Popular: Noni (da língua havaiana), nono (no Taiti), aal (na língua
hindi)

Família Botânica: Rubiaceae

Características Ggerais: Pequena árvore originária do sudeste asiático,


difundida pelo homem através da Ásia meridional, das ilhas do Oceano Pacífico,
da Polinésia Francesa, de Porto Rico e, mais recentemente, da República
Dominicana. O Taiti continua sendo o local de maior cultivo.

O noni cresce tanto em florestas tropicais, como em terrenos rochosos, ou


arenosos. É tolerante a solos salinos e certas condições de seca. É, portanto,
encontrado numa grande variedade de habitats: terrenos vulcânicos, ou mesmo
em solo calcário. Pode alcançar 9 m de altura e tem folhas finas simples, de
coloração verde clara, com veias vincadas. A planta dá flores e frutos
durante todo o ano. As flores são pequenas e brancas. A fruta contém muitas
sementes e tem um forte odor quando colhida, daí ser denominada “fruta de
queijo” ou “fruta de vômito”. O fruto é oval e atinge de 4 a 7 cm . Quando
surge, apresenta cor verde, mudando para amarela e por fim, quase branca,
quando o fruto é colhido. Apesar do seu cheiro desagradável, o fruto é
consumido em muitas localidades cru ou cozido. Habitantes do sudoeste da
Ásia e os aborígenes da Austrália o consomem com sal ou cozido com
especiarias. As sementes do fruto também são consumidas depois de assadas.

Usos: Conquanto a comunidade científica ainda não se tenha pronunciado


oficialmente sobre a matéria, atribuem-se popularmente ao fruto e aos seus
componentes variadas virtudes medicinais e terapêuticas, em razão de seus
usos seculares e até milenares. Na China, no Japão e no Taiti, várias partes da
árvore (folhas, flores, frutos e tronco) são utilizados para baixar a febre e no
tratamento de problemas dos olhos e da pele, da gengivite, da constipação
intestinal, de dores de estômago e dificuldades respiratórias. Na Malásia,
acredita-se que as flores aquecidas aplicadas no peito, curam a tosse, náuseas
e cólicas. Nas Filipinas, o suco extraído das folhas é utilizado no tratamento da
artrite.

O tronco desta árvore produz uma cera castanho-púrpura, chamada de cera-


batik, aplicada em pintura sobre tecido, normalmente seda (pintura sobre
seda). Conhecida por ser produzida com esta finalidade na ilha de Java, na
Indonésia.

No Havaí é extraída uma tintura amarelada da raiz, usada para tingir tecidos.
No Suriname, assim como em outros países, a árvore serve como para-vento,
suporte para videiras, e também árvores de sombra para arbustos de café. A
fruta é também usada como xampu, no Brasil e na Malásia, onde se acredita
que ajuda no combate aos piolhos.
Na Indochina, o fruto aplica-se no tratamento da asma e disenteria. Para uso
externo, o fruto é descascado, esmagado, misturado com sal e depois aplicado
em fraturas de ossos. No Havaí, o fruto maduro é aplicado em furúnculos para
extrair o pus. O extrato de fruta também pode regular a menstruação ou
dificuldades urinárias.

Nos Estados Unidos e Canadá, noni é anunciado como produto dietético.

Os fabricantes de seus produtos reivindicam que a xeronina (patenteado nos


Estados Unidos sob o nº 4.543.212) é o princípio biológico ativo. Segundo o
alegado descobridor desse princípio ativo, Ralphe Heinicke, este diz que a
xeronina é “um novo alcaloide, útil em medicina, alimentação, e em campos
industriais.”; “A composição, caracterização, o modo de ação e a utilidade do
novo alcalóide, a xeronina (isolado de um grande número de substâncias
naturais), podem ser conseguidos por meio de determinadas técnicas e
precauções.”

No entanto, até ao ano de 2006, 20 anos após o primeiro anúncio da


descoberta da xeronina, não foi lançado nenhum artigo numa publicação
científica sobre este. A estrutura química do xeronina ainda hoje é
desconhecida.

Observação: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a


fabricação de quaisquer produtos à base de noni, bem como a comercialização
da fruta ou de seus derivados no território nacional. Alega que, apesar de ainda
não serem conclusivas, pesquisas apontaram que a fruta pode causar danos ao
fígado e aos rins.

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