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O esquema de oclusão mutuamente protegida foi usada devido ao alto grau de

aceitação para realização do profissional e o grande grau de sucesso na dentística


restauradora. Este esquema compreende uma máxima intercuspidação dos dentes com
a mandibula na posição mais posterior, mediana e superior possível. O stop oclusal
devem estar o mais igualmente distribuído nas cúspides cêntrica dos dentes posteriores.
Os dentes anteriores não se contactam.
Em movimentos protrusivos, os seis dentes anteriores superiores articulam a
desoclusão dos dentes posteriores. Em movimentos de lateralidade, central, lateral e
caninos superiores, juntamente com os respectivos dentes inferiores) realizam a
desoclusão dos posteriores. Roth

RC/MIH:
A posição articular ortopedicamente estável (Relação Cêntrica) é aquela na
qual os côndilos estão em sua posições mais ântero-superiores na fossa
mandibular, apoiados nas vertentes posteriores das eminências articulares
com os discos articulares adequadamente interpostos. Quando o fechamento
mandibular na relação cêntrica cria uma condição oclusal instável, o sistema
neuromuscular inicia uma ação muscular para localizar uma posição
mandibular na qual ocorra uma oclusão estável (Máxima Intercuspidação
Habitual). Livro: Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. Jeffrey
P. Okeson 4a ediçao - 2000 artes médicas – divisão odontológica. 500 p
MIH é também chamada de Oclusão Adaptativa. (Meu Livro de oclusão, josé dos
santos.) Estabilidade ortopédica existe quando a posição estável de
intercuspidação dos dentes (MIH) está em harmonia com a posição estável
musculo-esquelética dos côndilos nas fossas articulares (RC). Quando existe
uma discrepância entre essas duas posições, um dos côndilos, ou os dois, não
se situam em uma posição estável em relação ao disco articular e a cavidade
glenóide, aumentando o risco de alterações articulares (Palacios CGF, Casado AC,
Trigo AF, Pérez-Varela JC. La oclusión como factor etiopatológico en los Trastornos
Temporomandibulares. RCOE. 2007; 12: 37-47.).
1) a coincidência estrutural e espacial entre a posição musculo-esquelética estável
(RC) e a máxima intercuspidação é uma situação desejável e excelente para a
dinâmica articular. Pode acontecer que, por vezes, o caminho da mandíbula para
a oclusão cêntrica é interrompida por uma interferência que impede o caminho
correto do côndilo na cavidade glenóide. Isto implica em microtraumatismo
contínuo cuja gravidade dependerá do grau de interferência e a resposta dos
tecidos articulares.
2) Discrepância RC/MIH: a situação biomecânica mais ideal é quando a máxima
intercuspidação dos dentes e com estabilidade ortopédica coincide com a
posição músculo-esquelética mais estável.8 Pode existir um excesso de
movimento mandibular da posição de relação cêntrica e a MIH que pode chegar
até 5 mm. Um indivíduo pode aparentar uma oclusão perfeita em Cl I e sem
alterações aparentes, uma vez montado as arcadas em RC, pode-se observar
uma grande discrepância entra a sua máxima intercuspidação, podendo até
apresentar uma mordida aberta ou uns contatos cúspide-cúspide entre molares.
A aparição da patologia dependerá da combinação com outros fatores
coadjuvantes e o grau da discrepância entre as posições.
(Palacios CGF, Casado AC, Trigo AF, Pérez-Varela JC. La oclusión como factor
etiopatológico en los Trastornos Temporomandibulares. RCOE. 2007; 12: 37-47.).
1) Característica do deslize em cêntrica: o desvio anterior da mandibula a partir
do eixo terminal de rotação (RC) para a oclusão cêntrica adquirida (MIH)
pode gerar desvio no arco de fechamento para frente e/ou lateral;
2) Leitura do pino incisal: a diferença da posição do pino incisal entre a RC
(primeiro contato prematuro) e a MIH dá uma idéia da quantidade de
subluxação dos côndilos necessário para efetuar o total fechamento. Este
deve ser um fator predisponente para a síndrome da disfunção; Roth
Tanto a DTM como todos os registros do teste de K-P são influenciados pelo
contato prematuro e suas consequências (deslize de RC para MIH anterior
maior que 1mm e deslize lateral). Hernandez
Deslocamento mandibular foi significativamente associado com estalos na
ATM, sensibilidade muscular e dores articulares TILANDER

GUIA CANINA:
1) Interferência em protrusão: as interferências em protrusão normalmente
ocorrem nas vertentes mesiais dos posteriores inferiores e as vertentes distais
dos posteriores superiores. Normalmente as interferências entre molares é a
mais danosa ao sistema estomatognático, e normalmente ocorre em dentes
extrusionados e espaços edêntulos. Também podem ocorrer com os 3os molares,
má posição dentária e mordidas cruzadas. Esta interferência estabelece uma
área de fulcro na mandíbula que pode provocar uma subluxação da ATM no lado
afetado, ou o paciente tende a desviar a mandíbula em distintas direções com o
propósito de evitar esta interferência, realizando um esforço e estiramento dos
músculos e ligamentos.
2) Interferência em trabalho: não são tão lesivas quanto as interferências em
balanceio, mas pode geral um estiramento dos ligamentos e músculos e
deslocamento condilar, assim como microtraumatismos e desgastes dentários
devido às forças oclusais horizontais. Geralmente ocorrem nas cúspides
vestibulares dos superiores e as vertentes vestibulares das cúspides de
contenção Centrica inferior.
3) Interferência em balanceio: do ponto de vista fisiopatológico, produz-se um
movimento condilar anômalo com possível desvio mandibular. Os vetores de
forças se modificam e o fulcro gerado no lado de trabalho pelo bolo alimentar é
acompanhado por um fulcro no lado de balanceio representado pela
interferência, alterando todo sistema proprioceptivo e neuromuscular do
sistema estomatognático.
(Palacios CGF, Casado AC, Trigo AF, Pérez-Varela JC. La oclusión como factor
etiopatológico en los Trastornos Temporomandibulares. RCOE. 2007; 12: 37-
47.).
1) Todos os indivíduos do grupo experimental possuíam interferências no lado
de balanceio;
Nenhum do grupo controle possuíam interferências no balanceio ou no
movimento protrusivo; Roth
Ocorrências de DTM foram relacionadas com a guia em grupo, opostamente
relacionado com guia protetora canina.
Contatos no lado de balanceio causa estiramento do ligamento colateral do menisco,
oque leva à DTM, 11 esta correlação foi confirmada neste estudo.Al Hadi
É inquestionável o papel das interferências oclusais nos movimentos
mandibulares contactantes, as mais danosas são durante a lateralidade no lado de
balanceio, as protrusivas e as de lado de trabalho em lateralidade. Hernandez
Interferência no lado de balanceio foi observado em 37,4% da amostra e foi associada à
estalos na ATM e sensibilidade muscular. THILANDER
De acordo com as variáveis oclusais, pacientes com DTM apresentavam mais ausencia
de guia canina lateral em comparação com o grupo controle SELAIMEN
O tratamento consistiu na aquisição de liberdade mandibular nos movimentos
excursivos através de equilíbrio oclusal usando os princípios preconizados por Schuyler.
10 Porém, nenhuma tentativa de remover a discrepância entre RC e MIH foi realizada. O

objetivo do tratamento foi remover as interferências em balanceio e trabalho para


desenvolvimento de guias anteriores.
Imediatamente após a finalização da primeira consulta. Todos pacientes reportaram
facilidade na movimentação mandibular e muitos reportaram uma diminuição imediata,
porém incompleta, do stress facial.
Redução dos sintomas geralmente ocorreu entre 5 a 7 dias após o estabelecimento das
guias anteriores independentemente da duração das dores crônicas, concordando com
estudo realizado previamente KERSTEIN

DVO:
1) Diminuição da DVO: diminuição da altura da coroa clínica, perda de suporte
posterior devido à ausência dental ou rotação/deslocamento de molares são
causas da diminuição da DVO. Esta alteração pode repercurtir no estado
neuromuscular, propioceptivo e postural 9, que dependendo da capacidade de
adaptação de cada indivíduo reportará em graus diferentes de danos. A
modificação de forças craniais pode derivar de uma intrusão e compressão
condilar no espaço retrodiscal e resultar em dor ao paciente. Esta pressão/dor
articular pode ser revertida após o aumento da DVO do paciente. 10 Como dano
colateral, os dentes anteriores superiores podem atuar como stop oclusal no
fechamento mandibular, podendo gerar uma migração dental anterior.
2) Aumento da DVO: é uma situação que se produz geralmente de maneira
iatrogênica, como um registro alterado da DVO em próteses que obriga o
paciente a manter uma posição de semiabertura e uma separação das estruturas
articulares. Outra situação que pode desencadear este processo é o mau uso e
abuso de placas e férulas oclusais. O processo histológico iatrogênico é uma
remodelação das superfícies articulares com aumento do volume cartilaginoso e
a formação de uma estrutura pré-condoblástica de mesênquima indiferenciado
como mecanismo de compensação para preservar a íntima relação entre as
superfícies que estão espacialmente alteradas. 11 Este quadro também pode
alterar o estado neuromuscular e propioceptivo do indivíduo.
(Palacios CGF, Casado AC, Trigo AF, Pérez-Varela JC. La oclusión como factor
etiopatológico en los Trastornos Temporomandibulares. RCOE. 2007; 12: 37-
47.).
ESTABILIDADE OCLUSAL:
preferência de lado de mastigação está associado com DTM, uma provável causa é a
contínua hiperfunção/hiperatividade muscular, seguido por miospasmo que induz
outros sintomas. AL HADI
A estabilidade ortopédica existe quando a a posição estável de intercuspidação dos
dentes esta em harmonia com a posição estável musculo-esquelética dos côndilos nas
fossas articulares (PALACIOS)

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