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XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção


Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

MODELO DE GERENCIAMENTO DE
RISCOS PARA EMPREENDIMENTOS
INDUSTRIAIS
Henrique Diniz Santos Silva (PMD)
h.diniz@outlook.com
Luciana Hazin Alencar (UFPE)
lhazin@ufpe.br

O gerenciamento de risco apresenta uma importância cada vez maior no cenário dos
empreendimentos industriais, na medida em que aumentam as incertezas que
circundam as organizações. Entretanto, a gestão de riscos tem sido muito discutida
no ambiente de empreendimentos de grande porte, quando se busca avaliar os riscos
associados a um projeto de capital. No contexto deste trabalho, o objetivo é
desenvolver uma proposta para a governança em gerenciamento de riscos, a qual
visa sistematizar a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos
riscos na implementação de empreendimentos industriais na construção civil. O
monitoramento e controle é a etapa que merece destaque, devido a ser o processo
baseado na interface de gestão de riscos e gestão de valor, o qual oferece a
oportunidade de melhorar o controle do projeto, bem como fornecer ao gestor do
projeto informações confiáveis que garanta o sucesso do empreendimento.

Palavras-chave: Gerenciamento de risco, empreendimentos industriais, construção


civil.
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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

1. Introdução

O gerenciamento de riscos em projetos pode ser utilizado por qualquer empresa pública,
privada ou comunitária, associação, grupo ou indivíduo e para qualquer tipo de projeto,
independentemente de complexidade, tamanho e duração norma 16337(ABNT,2014).
Verifica-se um crescimento no interesse das empresas orientadas para projetos e envolvidas
em grandes empreendimentos para a implementação de uma cultura voltada para o
gerenciamento de risco de acordo com Farhad (2012). Pode-se observar, de acordo com a
Figura 1, uma integração entre as normas de gerenciamento de projetos, gerenciamento de
riscos e os principais princípios para gerenciar riscos em projetos.

Neste aspecto para os projetos de construção, o Construction Extension to the PMBOK


Guide (PMI,2007) considera os empreendimentos nos quais a implantação de instalações e de
estruturas físicas possui um papel primordial, o que constitui, na maior parte dos casos, a
principal entrega do projeto. A estratégia de gerenciamento do projeto dependerá da estrutura
organizacional e da identificação das oportunidades da empresa. As oportunidades que serão
avaliadas e forem selecionadas serão desenvolvidas em business case ou outros documentos
similares, e podem resultar em um ou mais projetos, a depender da estratégia organizacional.

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A estratégica organizacional se dá por intermédio de fatores como a governança de risco,


esta estrutura de governança será responsável pelas diretrizes de como a organização será
dirigida e controlada e estas ações são especificamente relacionadas às atividades do projeto
NBR ISO 21500(ABNT,2012). A governança do projeto pode incluir mas não está limitada
às, áreas de governança organizacional que são especificamente relacionadas às atividades de
projeto NBR 16337(ABNT,2014):

a) estrutura do gerenciamento;

b) políticas, processos e metodologias a serem usados;

c) responsabilidades e limites de autoridade para tomada de decisão;

d) transparência e prestação de contas às partes interessadas;

e) interações como reportar e escalonar questões ou riscos;

f) critérios para descontinuação ou suspensão de projetos em andamento.

Consideram-se os fatores apresentados como preponderantes. Com isso, detectou-se a


necessidade de como esse tema se insere nas práticas de governança corporativa e seus
impactos na gestão dos empreendimentos tendo como foco a gestão da continuidade dos
negócios(GCN). A GCN é a capacidade estratégica e tática de a organização se planejar e
responder a incidentes e interrupções nos negócios, para conseguir continuar suas operações
em um nível aceitável previamente definido e estabelecendo uma estrutura estratégica e
operacional adequada conforme NBR 15999-1(ABNT,2007).

Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta para um modelo
de gerenciamento de risco para os empreendimentos industriais de construção, sistematizando
a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos riscos na implementação de
empreendimentos industriais, maximizando os eventos positivos e minimizando os eventos
adversos aos objetivos do empreendimento

2. Gerenciamento de risco e os principais modelos aplicados

2.1 O Gerenciamento de riscos de acordo com a NBR ISO 31000

A gestão de riscos consta de atividades coordenadas para dirigir e controlar uma


organização no que se refere a riscos. A Figura 2 ilustra o relacionamento entre os princípios

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para gerenciar os riscos, a estrutura na qual ocorre e o processo de gestão de riscos descritos
na NBR ISO 31000 (2009).

A norma NBR ISO 31000 (2009), descreve a sistemática e a lógica no processo de


gerenciamento de riscos e propõe que esse gerenciamento seja aplicado a todos os níveis de
uma organização, quer em atividades de rotina, quer em projetos.

Figura2–Princípios da gestão de riscos, estrutura e processo

FONTE: NBR ISO 31000 (2009)

Nesse sentido, a NBR ISO 31000 (2009) tem uma abrangência e aplicabilidade
potencialmente maiores que o conteúdo equivalente proposto no PMI (2008). Em sua
abordagem para o gerenciamento de riscos, a NBR ISO 31000 (2009) adota seguinte
concepção:

 Princípios;
 Estrutura para o Gerenciamento de Riscos;
 Processos para o Gerenciamento de Riscos.

2.2 O Gerenciamento de Risco de acordo com o PMBOK

A abordagem adotada pelo PMI (2008) para o gerenciamento de riscos inclui os


processos que tratam da realização, análise, resposta, monitoramento e controle e

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planejamento de riscos em um projeto, tendo como objetivo principal aumentar a


probabilidade e o impacto dos eventos positivos, bem como diminuir a probabilidade e o
impacto dos eventos negativos. A Figura 3 mostra a visão geral do gerenciamento de riscos
do projeto, segundo o PMBOK(2008).Os Processos do Gerenciamento de Riscos estão
definidos da seguinte forma:

 Planejar o gerenciamento de riscos - Processo de definição de como conduzir


as atividades de gerenciamento de riscos de um projeto;

 Identificar os riscos - Processo de determinação dos riscos que podem afetar


o projeto e a documentação de suas características;

 Realizar a análise qualitativa dos riscos - Processo de priorização dos riscos


para a análise ou ação adicional mediante a avaliação e a combinação da sua
probabilidade de ocorrência e impacto;

Figura 3– Processo de gestão de risco


Plano de Gerenciamento de risco

•Adaptar o processo de
gestão de risco
•limites de risco
•funções no processo
•plano de gerenciamento
de risco

Identificação de risco

•Lista de risco
•proprietários dos risco

Realizar a análise qualitativa de


risco
•Probabilidade
•Impacto
•Causa raiz
•Influência
•Lista de prioridade

Realizar a análise quantitativa de


risco
•Modelos numéricos
•Combinação de
resultados
•Limites de confiança
•Análise de sensibilidade
•Atualização da lista de
prioridades

Plano de resposta de risco

•Estratégia
•Ações
•Proprietários das ações
•Tempo de resposta
•Atualização do Plano do
projeto

Monitoramento e controle de
risco
•Status e tendência
•informações
•Tendência de exposição
ao risco

Fonte: PMI 2010

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 Realizar análise quantitativa dos riscos - Processo para a analisar


numericamente o efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do
projeto;

 Planejar as respostas aos riscos - Processo de desenvolvimento de opções e


ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do
projeto;

 Monitorar e controlar os riscos - Processo de implementação de planos de


respostas aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados,
monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação
da eficácia dos processos de tratamento dos riscos durante todo o projeto.

2.3 O Gerenciamento de Riscos de acordo com o PRINCE2 baseado no Guia de


Princípios de Gerenciamento de Risco ( M_o_R)

O guia M_o_R(2010) destina-se a ajudar as empresas a implementarem um


quadro eficaz para a tomada de decisões ao ser informadas sobre os riscos que afetam os
seus objetivos de desempenho em todas as atividades organizacionais, sejam elas
estratégicas, programa, projeto, ou operacionais. O framework M_o_R é baseado em
quatro conceitos básicos:

• Princípios M_o_R - Os princípios foram reformuladas para alinhá-los com os


descritos na ISO 31000, e para serem mais consistentes com os princípios das melhores
práticas de outros guias de gestão .• Abordagem M_o_R- Este capítulo descreve a
documentação necessária para o gerenciamento de risco, bem como orientações especificas
sobre a gestão de riscos para o capítulo do processo e agora explica as relações entre esses
documentos

• Processo M_o_R - Descreve as entradas, saídas e atividades envolvidas em


assegurar que os riscos são identificados, avaliados e controlados.

• Incorporação e revisão M_o_R - Colocar em prática esses princípios, abordagens e


processos, para que elas sejam eficazes em uma organização. É preciso garantir que sejam
aplicadas de forma consistente em toda a organização e que a sua aplicação passe por uma
melhoria contínua.

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O PRINCE2(2011) recomenda um procedimento para o gerenciamento de risco. A


Figura 4 mostra os elementos do procedimento de gerenciamento de risco, o qual consiste
nas seguintes etapas:

 Identificar (contexto e risco);

 Avaliar (ou seja, estimar e avaliar);

 Planejar;

 Implementar;

 Comunicar.

Figura 4– Procedimento de gerenciamento de risco


Fonte: PRINCE2 (2011)
As quatro principais etapas são sequenciais, com a etapa ‗comunicar‘ em paralelo,
porque pode ser necessário comunicar as descobertas de qualquer das outras etapas antes
da conclusão do processo geral. Todas as etapas são interativas por natureza, porque,
quando informações adicionais ficam disponíveis, com frequência é necessário revisar as
etapas anteriores e realizá-las novamente para alcançar um resultado mais eficaz.

3. Gerenciamento de risco no cenário de empreendimentos industriais

Para que a execução do empreendimento se dê conforme foi previsto na época da


aprovação, são fundamentais a monitoração e a medição regular do progresso do projeto ao
longo da fase de excussão, bem como a atualização do Sistema de Gestão de Mudanças do
Projeto, que registra e autoriza as alterações ocorridas. Os processos de Monitoramento e
de Controle do Projeto, nessa fase, visam identificar desvios no plano aprovado, assim
como implementar ações preventivas e/ou corretivas para sua manutenção.

Dessa forma, o gerenciamento dos riscos começa no projeto, por meio da


identificação dos possíveis desvios de processos. Assim é justificada a utilização das

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diversas técnicas de análise de riscos nas diversas fases do empreendimento, que possui o
seu ciclo de vida, que é o tempo considerado desde a geração da ideia do projeto até a sua
entrada em operação e por fim sua desmobilização. A tabela 1 representa a maneira como
esses processos são aplicados ao longo das diversas fases.

Tabela 1- Aplicação do gerenciamento de risco na metodologia FEL

Fonte: Adaptado de Domingues (2010).

Na fase I, a análise de risco privilegia o alinhamento com o planejamento estratégico


da organização, a viabilidade técnico-econômica do negócio e as premissas e restrições do
empreendimento. A partir da Fase II, já com a composição da Equipe de Projeto, inicia-se
uma transição gradativa de enfoque, dos riscos do negócio para os riscos do projeto. A fase
III marca um estágio de grande definição do projeto. Os riscos identificados nessa fase
podem gerar impactos importantes e crescentes na execução. Na fase IV, a ênfase deve
estar nos riscos associados à execução e nas respostas aos riscos, como ressalta Domingues
(2010).

3.1 Riscos envolvidos na preparação da Execução

A metodologia Front End Loading (FEL) utiliza técnicas de Agregação de Valor, do


Inglês VIP (Value Improving Practices): são estudos realizados de forma sistemática para
melhorar principalmente a realização do FEL, com relação à definição e à otimização do
escopo, custos, cronogramas e confiabilidade. O governo do Reino Unido disponibiliza
gratuitamente o conjunto das 11(onze) melhores práticas que são chamadas ―Atingindo a
Excelência em Construção‖ ( Achieving Excellence in Construction). O IPA que forma as
iniciais do ―Independent Project Analysis‖ é uma empresa sediada nos Estados Unidos,
cuja razão de ser é comparar e analisar ―Projetos‖(Empreendimentos) realizados em todo o
mundo e elenca 12 (doze) VIPs para o sucesso do empreendimento. Nesse mesmo

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contexto, o CII (Construction Industry Institute) estabelece práticas que identificam os


benefícios da implementação para melhorar o desempenho de projetos. Esas VIP‘s são
usados intensamente nos empreendimentos de capital em todo o mundo, inclusive no
Brasil, empregadas no desenvolvimento de projetos orientados para os setores industriais
de mineração, petróleo e gás .A Tabela 2 compara as VIPs do OGC , IPA e CII.

Por muitos anos o CII realizou um agressivo programa de benchmarking de


desempenho com a finalidade de melhorar a compreensão nos aspectos de 1) como a
indústria está realizando, 2) em que medida a indústria está avançando, e 3) que fatores -
ou melhores práticas - estão influenciando no desempenho do projeto. A implementação da
construtibilidade tem sido uma das práticas rastreadas no programa CII Benchmarking com
destaque. Do ponto de vista dos empreiteiros, para todos os setores e para o setor da
indústria pesada, a implementação da construtibilidade ocupa o segundo lugar no impacto
de redução do cronograma, perdendo apenas para a prática de gestão de materiais. Assim,
os gerentes de projeto devem implementar de forma agressiva um programa de
construtibilidade em projetos que tenham uma programação e um cronograma crítico.Para
os mesmos grupos de empreiteiros de todo os setores e indústria pesada, a implementação
da construtibilidade ocupa a terceira posição em termos de impacto de custos, perdendo

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apenas para as melhores práticas de Gerenciamento de Mudança de Projetos e Técnicas de


acidente zero.

Entre as VIPs identificadas pelo IPA como as melhores práticas utilizadas pelas
empresas nessa fase, a que ocasionará mais impactos devido a algumas barreiras de
conhecimento para a fase de execução é a construtibilidade. O GRE com base no CII
considera "barreiras" para a construtibilidade qualquer inibidor significativo que impeça a
implementação eficaz do programa de construtibilidade. Devido a tal aspecto, o CII
realizou uma pesquisa em 62 empresas que foram convidadas a identificar as cinco
principais barreiras à construtibilidade, que elas acreditavam prevalecer em sua empresa
ou em projetos com os quais estava envolvida. A partir da lista inicial de 42 barreiras, 18
foram consistentemente identificadas pelos participantes como sendo significativas. Essas
barreiras são mostradas na Tabela 3.

As barreiras à construtibilidade devem ser identificados e removidas para a


implementação do empreendimentos. A identificação das barreiras ocorre durante as fases
de FEL, para avaliar a existência das 18 barreiras comuns identificadas, identificando onde
ocorrem, e listar os sintomas identificados pelas barreiras como está demostrado na Tabela
4. Barreiras de construtibilidade são evidentes em todas as organizações, em todos os
níveis, tanto dentro das organizações como em empresas de projetos.

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Na etapa anterior de preparação para a execução, elabora-se um plano inicial, lógico


e racional, com base nos dados relativos ao projeto, o qual deve andar em parceria com as
atividades de suprimento, engenharia, construção e comissionamento, em que se torne
indispensável o desenvolvimento e a dinâmica de um plano de execução do projeto, cujo

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intuito seja cumprir o escopo dentro do prazo, do custo, da qualidade e com riscos
predefinidos, chamado Plano de Construtibilidade, cuja consolidação se dá
aproximadamente com 25% a 30% do projeto executado.

De acordo com Limmer (1997), a elaboração do plano de construtibilidade


supõe um conjunto de hipóteses, entendimentos e interpretações dos fatores externos e
internos que influem no desenvolvimento do projeto. Assim, a qualidade das informações e
uma boa definição do projeto proporcionam uma menor probabilidade de risco na sua
execução, conforme apresenta a Figura 6.

Para a NBR ISO 31000 (2009), convém que o monitoramento e a análise crítica
sejam planejados como parte do processo de gestão de riscos, o que supõe uma checagem
ou vigilância regular. Podem ser periódicos ou acontecer em resposta a um fato específico.
Os processos de monitoramento e de análise crítica da organização devem abranger todos
os aspectos do processo da gestão de riscos, com a finalidade de:

 garantir que os controles sejam eficazes e eficientes no projeto e na operação;

 obter informações adicionais para melhorar o processo de avaliação dos


riscos;

 analisar eventos (incluindo os ―quase incidentes‖), mudanças, tendências,


sucessos e fracassos e aprender com eles;

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 detectar mudanças nos contextos externo e interno, incluindo alterações nos


critérios de risco e no próprio risco;

 rever os tratamentos dos riscos e suas prioridades, e

 identificar os riscos emergentes.

4. Ferramentas e técnicas para o processo de avaliação de riscos

Diferentemente do PMI(2008), a NBR ISO 31000 (2009) não define no seu texto as
ferramentas e as técnicas utilizadas para a identificação dos riscos. Para especificar as
ferramentas de tratamento de riscos, foi publicada a norma complementar NBR ISO
31010(2012), que detalha as técnicas a serem utilizadas. Nessa norma, são classificadas as
ferramentas e técnicas quanto à sua aplicabilidade em cada fase, definindo também uma
classificação dessas ferramentas quanto a alguns atributos, tais como: grau de incerteza,
complexidade, e se a mesma pode prover uma saída quantitativa.

Tabela 5– Comparação entre padrões de riscos

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FERRAMENTAS & TÉCNICAS PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS


Técnicas NBR ISO 31010 Identificação do Risco Análises de Riscos Avaliação do Risco Tratamento do Risco Revisão e Monitorament
Técnicas PMBOK Planejamento Identificação Análise Qualitativo Análise Quantitativo Planejamento de Resposta Monitoramento e Contro
Técnicas M_O_R (OGC) Identificação do Risco Avaliar Planejamento de Resposta Implementar Comunica
Análise e reuniões de Planejamento PMBOK
Análises das Premissas PMBOK
Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA/FMECA) ISO/PMBOK ISO ISO/PMBOK ISO ISO/PMBOK ISO/PMBOK
Análise de Árvore de Decisões ISO ISO/PMBOK ISO/ PMBOK / M_O_R ISO ISO
Análise de Causa-Raiz (RCA) PMBOK ISO/PMBOK ISO ISO/PMBOK ISO ISO
Análise de SWOT PMBOK / M_O_R
Análise de Cenários ISO ISO ISO ISO/PMBOK ISO
Análise das Reservas PMBOK PMBOK
Análises das Variações PMBOK PMBOK
Análises das Tendências PMBOK PMBOK
Análise da Gravata Borboleta (Bow-Tie Analysis) ISO ISO ISO ISO
Análise de Markov ISO ISO
Análise de Árvore de Eventos (ETA) ISO ISO ISO ISO
Analisar Stakeholder M_O_R
Análise PESTLE M_O_R
Análise de restrição M_O_R
Brainstorming ISO/ PMBOK / M_O_R PMBOK
Estatística Bayesiana e Redes de Bayes ISO ISO
Curvas F-N ISO ISO ISO ISO ISO
Check lists ISO/PMBOK PMBOK
Benchmarketing PMBOK PMBOK
Corrente Critica PMBOK PMBOK PMBOK
Análise de Causa-e-Efeito ISO/ PMBOK / M_O_R ISO
Diagrama de Influência ISO
Diagrama de Sistemas ou Fluxogramas PMBOK PMBOK
Estimativa da Reserva de Contingência PMBOK
Entrevistas Estruturadas ou Semi-Estruturadas ISO/ PMBOK / M_O_R PMBOK
Técnica Estruturada de What-If? (SWIFT) ISO ISO ISO ISO ISO
Estrutura Analítica de Risco(EAR) PMBOK
Explorar o Horizonte M_O_R
Grupo Técnico PMBOK PMBOK
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP) ISO ISO ISO
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP) ISO ISO ISO ISO ISO
Análise de Confiabilidade Humana (HRA) ISO ISO ISO ISO ISO
Análise de Camadas de Proteção (LOPA) ISO ISO ISO ISO
Lições Aprendidas PMBOK PMBOK PMBOK PMBOK
Lista de Verificação PMBOK / M_O_R
Matriz de Probabilidade e Impacto ISO / M_O_R ISO/PMBOK ISO ISO ISO
Plano de Contingência PMBOK
Processo Analítico Hierárquico ISO/PMBOK
Questionário PMBOK
Revisão de Documentos ISO/PMBOK
Revisão da EAR PMBOK
Reanálise dos Riscos(PDCA) PMBOK
Reuniões de Andamento PMBOK
Análise de Circuitos Ocultos (Sneak Circuit Analysis) ISO
Simulação de Monte Carlo ISO/PMBOK
Análise de Decisão por Multicritérios (MCDA) ISO ISO ISO ISO/PMBOK ISO
Técnicas de estimativas ISO/PMBOK
Técnica de Delphi ISO/ PMBOK / M_O_R
Análise Preliminar de Perigos (APP) ISO
Avaliação de Riscos Ambientais ISO ISO ISO ISO ISO
Análise de Impactos no Negócio (BIA) ISO ISO ISO ISO ISO
Análise de Árvore de Falhas (FTA) ISO ISO ISO ISO
Análise de Causa & Conseqüência ISO ISO ISO ISO ISO
Manutenção Centrada em Confiabilidade (RCM) ISO ISO ISO ISO ISO
Análise de Custo-Benefício (CBA) ISO ISO ISO / M_O_R ISO ISO / M_O_R

FONTE: o autor

Como mostra a Tabela 5, as ferramentas e técnicas selecionadas foram o resultado de


uma análise em que se estabeleceu um consenso entre o PMBOK(2008), a NBR ISO
30010(2012) e o Guia M_O_R. Cada ferramenta se aplica melhor dentro da necessidade do
empreendimento ou da maturidade da organização, ou seja, como se faz para identificar o
risco, e pode-se trabalhar com um simples questionário (check-list) ou até com um
brainstorming ou uma análise PESTLE( Politica, Econômica, Social, Tecnológica, Legal e
meio ambiente).

Quem decide a aplicação é a empresa, influenciada por fatores como disponibilidade de


recursos, natureza e grau de incerteza nos dados e informações disponíveis, bem como a
complexidade da aplicação.

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5. Modelo de gerenciamento de risco para empreendimentos – GRE

O Método possui como premissa o desenvolvimento de projetos mediante o uso da


metodologia Front End Loading (FEL), alinhada com a NBR ISO 31000(2009), além da
aplicação das VIP´s. Os elementos principais do processo estão integrados no ciclo do P
(Plan), D (Do) ,C (Check) e A (Action). Com base na revisão teórica, na comparação das
ferramentas e técnicas realizada com os principais padrões de gerenciamento de risco, foi
elaborado um modelo para Gerenciamento de Riscos em empreendimentos industriais.

Figura 7– Gerenciamento de Risco para empreendimentos – GRE


2.Estabelecer o Contexto
2.1 Contexto Interno e externo
2.2 Estrutura organizacional
2.3 Critérios
2.4 Planejamento do gerenciamento

3. Processo de avaliação de riscos

3.1 Identificação dos riscos 3.3.Avaliação de risco


3.1.1 Descrição dos riscos 3.3.1 Avaliar os riscos
3.1.2 Lista dos riscos 3.3.2 Classificação riscos
3.1.3 Caracterização dos risco 3.3.3 Definição do grau desejado de
3.1.4 Identificação do FSC e KPI risco no empreendimento
3.3.4 Alinhamento dos graus de risco

3.2.Análise de risco

3.2.2 Probabilidades e
3.2.1 Priorização dos risco
consequências

3.2.3 Nível de risco

1. Comunicação e
consolidação 5.Monitoramento e
1.1 Gestão da Análise de
informação progresso
1.2Controle da
comunicação Não
Risco aceitável?

Sim

4.Tratamento de riscos – Plano de ação

4.1 Risco avaliado e classificado


4.1.1 identificar as ações estratégicas
4.1.2 Análise e avaliação das opções de tratamento
4.1.3 Estruturar os planos de ação
4.1.4 Implementar os planos de ação
4.1.5 Analisar e avaliar os riscos residuais

Mitigar
Transferir total ou
Reduzir a Reduzir Evitar
pacialmente
probabilidade Impacto

Não
Risco aceitável?

Sim

Fonte: O autor
Em geral, a finalidade da gestão de risco é aumentar a probabilidade dos objetivos do
empreendimento, por meio da identificação, avaliação e planejamento de resposta do

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empreendimento aos riscos. Ao melhorar o desempenho e alcançar os seguintes elementos


de gestão de riscos, há:

 Boa definição do projeto e tomada de decisão;

 Maximização da confiança em custo, qualidade e cronograma;

 Minimização do tempo gasto pelos gestores e equipe que lidam com perdas
inesperadas e, assim, gasta-se menos tempo em questões importantes;

 Maximização do tempo gasto pelos gestores e equipe sobre as oportunidades;

 Prevenção de um impacto negativo sobre a reputação do negócio e da perda


de clientes;

Evitar o Desequilíbrio dos fluxos de caixa, crescimento e rentabilidade devido à não


identificação de custos ( reserva gerencial e reserva de contigência) para os riscos.

Descrição dos elementos principais do GRE

1ª Etapa – Comunicação e Consolidação

A comunicação e a consolidação consistem no processo de como as informações do


empreendimento são identificadas, coletadas e comunicadas de forma coerente e no prazo
às partes interessadas, a fim de permitir que as equipes cumpram com suas
responsabilidades. Os dados gerados internamente e as informações de fontes externas
possibilitam dessa forma, esclarecimentos para o gerenciamento de riscos e para as
tomadas de decisão baseadas em dados relacionados com os objetivos do empreendimento.

A comunicação e a consolidação têm como finalidade:

 Melhorar o entendimento que a equipe têm sobre os riscos e processo de


gerenciamento de risco;

 Garantir que as diversas visões das partes interessadas sejam analisadas para
o sucesso do empreendimento;

 Garantir que todas as equipes estejam efetivamente engajadas com seus


papeis e responsabilidades.

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2ª Etapa - Estabelecer o contexto

Definição dos parâmetros externos e internos que possam trazer consequências


negativas ou positivas para a continuidade do empreendimento . Nessa fase é realizada
uma análise da construtibilidade do empreendimento para:

 estabelecer os objetivos do empreendimento;

 identificar o ambiente para se alcançam os objetivos;

 estabelecer a estratégia, o contexto organizacional e o gerenciamento de risco


no qual o empreendimento estará;

 estabelecer o escopo principal e os objetivos para a gestão de risco, as


condições limitativas e os resultados necessários;

 definir os critérios de risco nos quais os riscos serão mensurados.

3ª Etapa - Avaliação dos riscos

Esta terceira etapa possui três objetivos: identificar, analisar e avaliar os riscos.

Identificação dos riscos: identificar os riscos a serem gerenciados e os que


envolvem um processo bem estruturado e sistemático:

 O que pode acontecer?

 Como e por que isso pode acontecer?

 Ferramentas e técnicas: por exemplo, listas de verificação, julgamentos


baseados na experiência e registros, o fluxo de gráficos, brainstorming, entre
outros.

Análise dos risco: os objetivos da análise dos riscos é promover o entendimento do


nível do risco e de sua natureza, a fim de fornecer dados que auxiliem na avaliação e no
tratamento do risco. Avaliar o contexto dos controles existentes e depois combinar as
consequências e probabilidades de se produzir um nível de risco. O grau de refinamento
pode depender do risco de informação e dos dados disponíveis. A análise pode ser
qualitativa, semi-quantitativa ou quantitativa.

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Avaliar os riscos: envolve comparar o nível de risco encontrado durante o processo


de análise com os critérios de risco anteriormente estabelecidos. A saída da avaliação de
risco é uma lista priorizada de riscos para outras ações. Se os riscos estão divididos em
categorias de baixo risco, ou aceitável, podem ser aceites com um tratamento adicional
mínimo.

4ª Etapa – Tratamento dos riscos – Plano de ação

A organização deverá identificar e avaliar as estratégias e opções para a elaboração


de planos de tratamento de riscos, e a implementação das ações de tratamento deve ser
identificada bem como e sua ordem de prioridade, em que cada tratamento deverá ser
implementado.

5ª Etapa – Monitoramento e avaliação

Monitorar os riscos, a eficácia do plano de tratamento de riscos, revisão em curso


para garantir que o plano de gestão continue a ser relevante.

6. Considerações finais

O objetivo proposto para este trabalho foi estruturar um modelo de Gestão de Riscos,
que visa sistematizar a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos riscos na
implementação de empreendimentos industriais, maximizando os eventos positivos e
minimizando os eventos adversos aos objetivos do empreendimento.

Uma descrição dos padrões de gerenciamento de riscos utilizados em projetos foi


realizada. Posteriormente, realizou-se uma análise entre esses padrões e verificou-se cada
ferramenta que se aplica melhor dentro da necessidade do empreendimento ou da maturidade
da organização. Diante dessa análise, seguiu-se para a proposição do modelo.

Diante dos fatos apresentados, a conclusão é que a pesquisa desenvolvida atingiu de


maneira geral seus objetivos, podendo contribuir para os estudos acadêmicos sobre Gestão de
Riscos Corporativos, servindo como uma nova metodologia para as empresas que

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desenvolvem empreendimentos industriais e complementando estudos já existentes no setor


de construção e montagem industrial. .

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