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TN STP 213 264 27023
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MODELO DE GERENCIAMENTO DE
RISCOS PARA EMPREENDIMENTOS
INDUSTRIAIS
Henrique Diniz Santos Silva (PMD)
h.diniz@outlook.com
Luciana Hazin Alencar (UFPE)
lhazin@ufpe.br
O gerenciamento de risco apresenta uma importância cada vez maior no cenário dos
empreendimentos industriais, na medida em que aumentam as incertezas que
circundam as organizações. Entretanto, a gestão de riscos tem sido muito discutida
no ambiente de empreendimentos de grande porte, quando se busca avaliar os riscos
associados a um projeto de capital. No contexto deste trabalho, o objetivo é
desenvolver uma proposta para a governança em gerenciamento de riscos, a qual
visa sistematizar a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos
riscos na implementação de empreendimentos industriais na construção civil. O
monitoramento e controle é a etapa que merece destaque, devido a ser o processo
baseado na interface de gestão de riscos e gestão de valor, o qual oferece a
oportunidade de melhorar o controle do projeto, bem como fornecer ao gestor do
projeto informações confiáveis que garanta o sucesso do empreendimento.
1. Introdução
O gerenciamento de riscos em projetos pode ser utilizado por qualquer empresa pública,
privada ou comunitária, associação, grupo ou indivíduo e para qualquer tipo de projeto,
independentemente de complexidade, tamanho e duração norma 16337(ABNT,2014).
Verifica-se um crescimento no interesse das empresas orientadas para projetos e envolvidas
em grandes empreendimentos para a implementação de uma cultura voltada para o
gerenciamento de risco de acordo com Farhad (2012). Pode-se observar, de acordo com a
Figura 1, uma integração entre as normas de gerenciamento de projetos, gerenciamento de
riscos e os principais princípios para gerenciar riscos em projetos.
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a) estrutura do gerenciamento;
Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta para um modelo
de gerenciamento de risco para os empreendimentos industriais de construção, sistematizando
a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos riscos na implementação de
empreendimentos industriais, maximizando os eventos positivos e minimizando os eventos
adversos aos objetivos do empreendimento
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para gerenciar os riscos, a estrutura na qual ocorre e o processo de gestão de riscos descritos
na NBR ISO 31000 (2009).
Nesse sentido, a NBR ISO 31000 (2009) tem uma abrangência e aplicabilidade
potencialmente maiores que o conteúdo equivalente proposto no PMI (2008). Em sua
abordagem para o gerenciamento de riscos, a NBR ISO 31000 (2009) adota seguinte
concepção:
Princípios;
Estrutura para o Gerenciamento de Riscos;
Processos para o Gerenciamento de Riscos.
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•Adaptar o processo de
gestão de risco
•limites de risco
•funções no processo
•plano de gerenciamento
de risco
Identificação de risco
•Lista de risco
•proprietários dos risco
•Estratégia
•Ações
•Proprietários das ações
•Tempo de resposta
•Atualização do Plano do
projeto
Monitoramento e controle de
risco
•Status e tendência
•informações
•Tendência de exposição
ao risco
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Planejar;
Implementar;
Comunicar.
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diversas técnicas de análise de riscos nas diversas fases do empreendimento, que possui o
seu ciclo de vida, que é o tempo considerado desde a geração da ideia do projeto até a sua
entrada em operação e por fim sua desmobilização. A tabela 1 representa a maneira como
esses processos são aplicados ao longo das diversas fases.
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Entre as VIPs identificadas pelo IPA como as melhores práticas utilizadas pelas
empresas nessa fase, a que ocasionará mais impactos devido a algumas barreiras de
conhecimento para a fase de execução é a construtibilidade. O GRE com base no CII
considera "barreiras" para a construtibilidade qualquer inibidor significativo que impeça a
implementação eficaz do programa de construtibilidade. Devido a tal aspecto, o CII
realizou uma pesquisa em 62 empresas que foram convidadas a identificar as cinco
principais barreiras à construtibilidade, que elas acreditavam prevalecer em sua empresa
ou em projetos com os quais estava envolvida. A partir da lista inicial de 42 barreiras, 18
foram consistentemente identificadas pelos participantes como sendo significativas. Essas
barreiras são mostradas na Tabela 3.
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intuito seja cumprir o escopo dentro do prazo, do custo, da qualidade e com riscos
predefinidos, chamado Plano de Construtibilidade, cuja consolidação se dá
aproximadamente com 25% a 30% do projeto executado.
Para a NBR ISO 31000 (2009), convém que o monitoramento e a análise crítica
sejam planejados como parte do processo de gestão de riscos, o que supõe uma checagem
ou vigilância regular. Podem ser periódicos ou acontecer em resposta a um fato específico.
Os processos de monitoramento e de análise crítica da organização devem abranger todos
os aspectos do processo da gestão de riscos, com a finalidade de:
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Diferentemente do PMI(2008), a NBR ISO 31000 (2009) não define no seu texto as
ferramentas e as técnicas utilizadas para a identificação dos riscos. Para especificar as
ferramentas de tratamento de riscos, foi publicada a norma complementar NBR ISO
31010(2012), que detalha as técnicas a serem utilizadas. Nessa norma, são classificadas as
ferramentas e técnicas quanto à sua aplicabilidade em cada fase, definindo também uma
classificação dessas ferramentas quanto a alguns atributos, tais como: grau de incerteza,
complexidade, e se a mesma pode prover uma saída quantitativa.
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FONTE: o autor
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3.2.Análise de risco
3.2.2 Probabilidades e
3.2.1 Priorização dos risco
consequências
1. Comunicação e
consolidação 5.Monitoramento e
1.1 Gestão da Análise de
informação progresso
1.2Controle da
comunicação Não
Risco aceitável?
Sim
Mitigar
Transferir total ou
Reduzir a Reduzir Evitar
pacialmente
probabilidade Impacto
Não
Risco aceitável?
Sim
Fonte: O autor
Em geral, a finalidade da gestão de risco é aumentar a probabilidade dos objetivos do
empreendimento, por meio da identificação, avaliação e planejamento de resposta do
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Minimização do tempo gasto pelos gestores e equipe que lidam com perdas
inesperadas e, assim, gasta-se menos tempo em questões importantes;
Garantir que as diversas visões das partes interessadas sejam analisadas para
o sucesso do empreendimento;
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Esta terceira etapa possui três objetivos: identificar, analisar e avaliar os riscos.
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6. Considerações finais
O objetivo proposto para este trabalho foi estruturar um modelo de Gestão de Riscos,
que visa sistematizar a identificação, análise, resposta, monitoramento e controle dos riscos na
implementação de empreendimentos industriais, maximizando os eventos positivos e
minimizando os eventos adversos aos objetivos do empreendimento.
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