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ETE de Taquarituba-SP – Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza-CEETPS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA


Escola Técnica Estadual de Avaré
CURSO DE TÉCNICO EM INFORMÁTICA
NÚCLEO PROGRAMAÇÃO

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Componente Curricular
Análise e Projeto de Sistemas I

Professor Luiz Angelo


e-mail: profluiz.angelo@gmail.com

Curso de Técnico em Informática


Coordenador de Área: Prof. Ronaldo Alves da Silva
Diretor da Etec Avaré: Profª. Denise Alves Ferreira da Silva
www.eteavare.com.br

Cidade de Avaré - SP – 1º Semestre/2008

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EVENTOS de um Sistema
Com relação aos sistemas artificiais, temos alguns itens a destacar, a saber:
Eventos de um sistema:

EVENTOS de um Sistema
Com relação aos sistemas artificiais, temos alguns itens a destacar, a saber:
Eventos de um sistema:
o Importação: seleção de elementos que serão inseridos no sistema. Por
exemplo, nos sistemas de catraca automática de controle de acesso de
pessoas (escolas, ônibus, metrô, empresas), somente com a “leitura OK” do
cartão/ficha a catraca é liberada para acesso. Outro fator importante é a
necessidade de os elementos importados estarem em uma determinada
ordem, a isto chamamos de classificação de elementos (sistema de
vestibular, processo seletivo, entre outros).
o Exportação: são os dados importados, que uma vez estando inseridos no
sistema, são parte deste. Quando a informação/dado é exportada para fora do
sistema, claro, é parte do objetivo declarado do sistema, que é armazenar,
processar e alterar os dados, ou ainda, resíduos decorrentes do processo para
se atingir o objetivo. É importante ressaltar que as saídas servem para
avaliação total ou parcial do desempenho do sistema. Quanto mais próximos
os dados de saída com as necessidades do usuário-final, melhor é avaliado o
sistema.
o Feedback: trata-se de um evento dos sistemas que caracteriza-se por ser uma
resposta ou retorno decorrente de uma avaliação. O objetivo é um controle a
partir de um critério. Submete-se algo no sistema a uma monitoração de
acordo com um padrão preestabelecido. O feedback também é conhecido
como retroação, retroalimentação, retro informação, servomecanismo ou
realimentação. A importância do feedback num sistema é que este impõe
correções ao próprio sistema, permitindo o seu equilíbrio (homeostasia).
Portanto, o equilíbrio ou bom funcionamento é dinâmico, obtido através da
auto-regulação ou autocontrole.
Morfogênese: características dos sistemas que podem mudar a si próprios, em algum
aspecto básico do qual é composto. Nos sistemas de informação pode-se
exemplificar os programas de vírus mutante.
Entropia: vem do grego entrope (sig. Transformação), trata-se da 2ª Lei da
termodinâmica, que se refere à distribuição desigual de energia. Perceba que, para
um sistema informatizado, a entropia pode dar-se em maio ou menor grau, já que
está diretamente relacionada com a ausência ou presença de energia necessária ao
sistema.
Redundância: vários sistemas apresentam entidades redundantes na sua estrutura.
Tal característica traz certa segurança na busca de atingir seus objetivos. Nos
sistemas de informação a redundância também está presente. O backup, por
exemplo, é uma redundância (primordial e obrigatória, diga-se).

NATUREZA de um Sistema
Existem diversos tipos de sistemas, entre os “naturais” (os existentes no mundo real) e os
criados pelo homem, ou “artificiais”. Em ambos os sistemas aplica-se a abordagem
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sistêmica.
Encontramos grupo de sistemas artificiais classificados, por sua natureza, em sistemas de
informação exatamente porque seu maior objetivo é fornecer, controlar, prover, pesquisar,
analisar e processar informações.
Esses sistemas são criados dentro ou para organizações sociais (empresas), considerando
dois aspectos: os componentes da empresa e o nível de decisão na empresa.
Os componentes da empresa correspondem aos diversos setores que executam as
diferentes funções necessárias ao seu funcionamento.
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Vendas Produção Financeiro Marketing Recursos


Humanos

Os níveis de decisão obedecem à hierarquia existente na empresa e são conhecidos como:


nível estratégico, tático e operacional.
As decisões estratégicas se dão nos altos escalões da empresa e geram conseqüências
duradouras e difíceis de inverter, além é claro de se propagarem para todos que pertencem à
estrutura organizacional da empresa. As decisões estratégicas são tomadas com vistas a um
planejamento de longo prazo. [DIRETORIA].
As decisões táticas se dão nos escalões intermediários da empresa e geram atos de efeito
mais curto tendo, porém, menor impacto no funcionamento da organização. Normalmente,
elas visam gerenciar a por em prática decisões estratégicas. [GERENTES].
As decisões operacionais são aquelas que visam dar resposta imediata aos problemas do dia
a dia, seguindo as orientações táticas ou gerenciais. [SUPERVISORES].
É visível que o tipo da decisão que é tomada em cada nível requer um diferente grau de
agregação da informação, bem como uma melhor capacitação e conhecimento técnico,
administrativo e organizacional da empresa e acesso à informação necessária para a tomada
de decisões. Por exemplo, para uma decisão tática não é necessário que um sistema
produza um relatório de faturamento individualizado cliente por cliente, mas somente um
resumo do faturamento. Os diferentes níveis de decisão requerem diferentes tipos de
relatórios, com diferentes graus de agregação da informação.
Assim, analisando a 1ª pirâmide que ilustrava os setores, e “mesclando” a E.T.O.
(Estratégico, Tático e Operacional) temos:

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ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

ESTRATÉGICO
TÁTICO
OPERACIONAL

Vendas Produção Financeiro Marketing Recursos


Humanos

O ideal é que um sistema propicie recursos para cobrir os três níveis de decisões na
empresa, bem como permita elos de integração entre os departamentos.

A ANÁLISE de um Sistema
O processo de informatização (criação de sistemas de informação) dentro de uma empresa
ou qualquer outro tipo de organização traz inúmeras implicações, que vão desde mudanças
na rotina de trabalho até reestruturações organizacionais, com toda problemática que daí,
invariavelmente, decorre.
A tarefa de construir estes sistemas de informação é uma das mais complexas, e, em última
análise, é um processo de solução de problemas.
Com o emprego do computador no processamento de dados, o homem abriu para si novos
campos de atuação profissional. Nesta trajetória, sempre houve a necessidade de um
profissional que definisse o que, de que forma e para que, algo devesse ser feito pelo
computador. Como colocar o computador para solucionar os nossos problemas, ou até
mesmo tomar decisões.
Ao conjunto de necessidades a serem atendidas, usualmente, chama-se de requisitos do
sistema. O grande problema é que, de certa forma, torna o profissional que atua neste
campo um artista, é que ninguém sabe exatamente o que um sistema desejado deverá fazer,
nem mesmo quem solicitou sua construção. Portanto, descobrir os requisitos do sistema é
uma tarefa de investigação e de muita criatividade.
Portanto, faz parte do objetivo da análise e captura de todos os requisitos para o software que
será desenvolvido:
A análise de sistemas consiste nos métodos e técnicas de investigação e especificação da solução de problemas,
a partir dos requisitos levantados, para criação e implementação de software em algum meio que o suporte.
Ao elaborar a análise do sistema, uma lista de requisitos é necessária, mas, jamais se
encontra alguém que venha que venham a possuir todos eles (cada usuário tem uma
necessidade específica, ou requisito, que tem que ser atendido pelo sistema).
Mesmo assim, esta abordagem não pode ser esquecida, e conciliá-la o máximo possível a
presença destes requisitos é importantíssima na análise do sistema.
Numa abordagem geral, destacamos requisitos que você tem que ter para analisar um
sistema com a melhor preparação possível objetivando um sistema de boa confiabilidade
técnica e organizacional: concentração, persuasão, autoconfiança, ação conciliadora, espírito
de grupo, sensibilidade, persistência, determinação, flexibilidade, percepção, clareza de
raciocínio, simplicidade, comunicativo, iniciativa e criatividade.
Algumas diretrizes de conduta também são destacadas:

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Procure ser aceito profissionalmente, do nível mais alto ao mais baixo da empresa;
Tente entender o que o usuário “quer dizer” e não o que “você pensa” que ele quer
dizer;
Escute muito primeiro, fale muito pouco depois!
Esteja sempre familiarizado com os últimos progressos da tecnologia da informação e
compreenda como aplicá-los na sua empresa;
Seja capaz de explicar conceitos complexos em termos simplificados;
Não se esconda em jargão de informática; fale a linguagem da empresa;
Conheça a área de negócio para a qual desenvolverá sistemas, passando boa parte
de seu tempo com o usuário;
Sugira soluções inovadoras aos requisitos de informação e desenvolva com clareza,
analisando sempre a relação custo X benefício, utilizando alternativas viáveis.

Análise Essencial
Existem diversos tipos de sistemas, entre os “naturais” (os existentes no mundo real) e os
criados pelo homem, ou “artificiais”. Em ambos os sistemas aplica-se a abordagem
sistêmica.
O principal argumento utilizado na “codificação e implantação imediata” do sistema é o
prazo, fazendo com que a correta análise e planejamento não ocorram na etapa de
desenvolvimento do sistema, acarretando numa sistêmica e constante manutenção e
adaptação do sistema informatizado às necessidades da empresa. A análise visa especular,
estudar, levantar dados e informações, pesquisar e planejar a codificação de forma que o
sistema, pronto, atenda às necessidades da empresa, recorrendo o mínimo possível a
ajustes e adaptações. É importante ressaltar os aspectos positivos da correta análise
aplicada ao desenvolvimento de um sistema informatizado:
O correto planejamento prevê futuras expansões do sistema, integrações de módulos
(internos e externos) e uma visão corporativa do sistema. Estes itens são visualizados
diretamente nas decisões estratégicas da empresa;
O conhecimento do sistema não fica preso com um “dono do sistema”. O trabalho em
equipe é priorizado na análise, permitindo a atuação de diversos profissionais, não
sobrecarregando “este” ou “aquele” funcionário;
Com o crescimento natural do sistema (adaptações, alterações de funcionalidade,
novos módulos, expansão e migração do sistema) não há comprometimento em sua
funcionalidade, nem nas pessoas responsáveis pelas ações respectivas;
Não há problemas na questão de manutenções contínuas e paralelas no sistema;
A documentação técnica, corretamente desenvolvida e registrada, permitirá o estudo
de funcionalidades do sistema a níveis estruturais e organizacionais, possibilitando
uma maior “tomada de decisões” por parte de administradores e outros profissionais
que não são do campo da Informática

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Bibliografia

DeMarco, Tom - “Análise Estruturada e Especificação de Sistemas”.


Gane, Chris/Sarson, Trish - “Análise Estruturada de Sistemas.
Guimarães, Ângelo de M. / Lages, Newton A.C. - “Algoritmos e Estruturas de Dados”.
King, David - “Criação de Software”.
Yourdon, Edward - “Análise Estruturada Moderna”
Certificação Digital n.º 0115465/CA PUC-Rio, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro [Apostila na íntegra]

Sites Pesquisados

http://www.digeratti.com.br
http://www.intel.com.br
http://www.ibm.com.br
http://www.microsoft.com.br
http://www.apostilasonline.com.br
http://www.superdownloads.com.br
TTT

http://w3.ualg.pt/~jovolivei/ep/ep.html (apostila Dicionário de Dados, na íntegra)

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Componente Curricular:
Análise e Projeto de
Sistemas I. Apostila
Técnicas de Análise de
Sistemas 2. Apostila 2 de 3.
09 páginas. Autor: Prof. Luiz
Angelo de Oliveira, docente
APS I, Curso Técnico em
Informática, Etec de Avaré-
SP. Curso de Informática,
Coordenador de Área Prof.
Ronaldo Alves da Silva. Etec
de Avaré, Diretora, Profª.
Denise Alves Ferreira da
Silva.

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