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ALMANAK LITTBRARIO © SSTATISTICN bo RIO GRANDE DO SUL 4 PARA 1902 COM O ESTUDO B/GGRAPHICO DO GRANDE PATRIOTA emincos José pe Pp LMEIDA ae ? MINISTRO DA REPUBLICA RIO-GRANDENSE Enriquecido com muitos retratos e biographias de brazileires illustres ° @ varias materias dg utilidade . publica 4 ORGANISADO POR ALFREDO FEBREIRA RODRIGUES a ato Historico e Geogrs @ reographico pftico e Historico da Banta ‘ dade de Goographia de Lishioa > Do Insti do Instituto archeol Ge eda S Brae te PINTOS & Cx BIBLIOTECA RIO cape ENSE) B em [bb ou Grube 6 Pa ® ‘© . . * Nasceu Domingos José de Almeida a 9 de Julho de _ ©, em wm sitio nay abas do Sumidouro, entre o van do “rio “alas Pedvas'e S: Gongalo, districto de Dismamtina,. em : Minas’ Geraes. » : * £ De condigio humilde e -filho de pacs pauperrimos, eriado num logarejéinsignificante e sem recursos, potica -ou “nenhuma. instruegio pode. receber 0 menino, que, no-eméanto; a + quasi 86. @-a “custo de~ im trabalho. imihenso, ‘conseguin * < aprender’’a ler e a escrever: a : Potado de ‘uma Panscvetanba sem pas e sentindo em 8 «€ nib esfoXgo, tornou-sé en hele tio adeantado, quae nis, “° horad vagas gme. lhe ‘deixava’ o modesto emprego em que * comegara e .ganhar’ w."vida,. principiow . a’ “ensinar. aos irindios _ mais Poqiienos e-poucd que sabia. - -o. ««. Utiv-rizo negociante do. Rio de, Janeiro, que questies de interessétinham: chamado .a Milas G6%aes, pasando pelo * Sumidouto,” viu . Dominos, ji mocinho, na casa em que estava > Sempregado e de qian eva aig ©. principal fornecedor. Viu-o * e adtnirow-lhe-a “vivacidade, © amor ao: trabalho ©, 0. earinho : “coin que, ikestre..désirmios, thes abria- os. olhos: & luz da. verdade. ‘Antes de "yetirar-se, propo? levalee comsigo, promettey. . . ‘do-lhe emprego em sua casa. Domingos, comquanto. deslum- 3 ‘Mas a proprio amor ie filho'e de irmio lhe aconse- waa separacio e elle acceitou 0 generoso offerecimento; _ partindo para o Rio de Janeiro, onde, em breve, adquirindoa Sonfianga do patrio e bemfeitor, grangeou prospera posigho. « Com que alegria, santa © ineffavel alegria de uma alma despida de egoismo, nao fez elle a remessi de parte do -primeiro ordenado ganho 4 sua pobre thie distante ! Com que ibilo, jubilo santo de mfie agradecida | nfo foi recebida essa primeira quantia, a que se seguiram ouvtras. na preoccupacao de tudo sacrificar para prover ao bem estar dos seus. > ‘Tendo juntado um pequeno capital, reso nde a2,casd em que se empregara tinha*avultadas transaceées, Era sen intento fazer tropas de mulas e Jeval-as a Nesse empenho, internou-se pela campanha da provincia e da Cisplatina, entio dominada’ por Artigas. : ‘Nas repetidasiviagens que fez~ao interior, teve oveasiao * | de demorar-se na pequena e. recente villa ‘de S. Francisco de Paula, hoje a opulenta cidade de Pelotas, e que entao jé comecava a ser o centro de todo o movimento commercial das campanha, *: Relacionado rapidamente ahi e seduzido pela situagio, da praga, osistin, deseu primitivo projecto de se fazer tro- -peiro, mandando’ a seu destino a primeira tropa,*cuja venda. deixara tratada. . ’ : ee. “Associou-se numa loja de fazendas', estabelecendo mais ‘tarde, d>sociedade com @OaORMermeirammaes, uffia casa. para ta exportacio de xarque e ‘outros productos do paiz, : Nesse fempo chegou 4 provi a noticia da revolugio: de 24 de agosto de 1820, na cidade do Porto, que foi recebida © €m S. Francisco de Paula’¢om : mansion nde ‘plauss por Sei apenas qfie'era o sogro do oye A}, Tenoke 0 nome do seu so; mingos Toss" de. eae ‘ es 3 am eric a svarriatas: em ne Doni José ‘ade ane se distingbia pelo. seu .enthusiasmo e influencia, . Essa revolucio.. dsvia. wsene 0 prenunciy d8 outra de mais Jargos_horisontes, que, libertori o Brazil da tutela de~ Portugal, constituindo-o em nagio livre ¢ independente. ” ~ Dontingos José de Almeida, que previa: esse det lace, fol um fervoroso partidario da independenci ~ nadd.com 0 brigadeiro: Manoel Marques’ de Souza’. _ coroneis GMI oncalves da Silva e José Ro bosa-&. outros officiaes* de patente, e certo de suas disposi- @pes, assim como de todo 8 regimento 21: de mifi jas, trata =, fle fazer-a popnlagio de’S. Francisco de Pauit prestar apsioe® . 20 moVinfento, festejando enthisiasticamente 0 brado do e Ypiranga, logo que chegou a. noticia, dostacontatimentos. a5 “© commendador Joio Rodrigues Ribas, questi ‘ ‘Rio de Janeiro commissionado. para fiver proclamar a. deneia no Rio, Grande “do Sul,” assistiv’ a ‘essa feSta.-e | : “a noticia della para Porto Alegre, onde se apresentou ao govertio., provisorio da_ provineia, que, movido. de“ ignaes:sentimentos de patriotismo. e animado por esse Gromplo, amber. adHeriu - independencia 5 - No dia 15 de Outnbe’o de 1822, foi a independencia ~_ festejada.em S. Francisco de Paula com soletmnidadee Fooiua, y ahi nunea vistas até-entiao: Nessa mAniféstacio de -publico “PegOSIjO, ‘Domingos José ode ‘Almeida, dando, désafogo aos “seus sentimentos de -patriota, despénden-de seu bolso’ para’ ¢inia’ de’ 1 000000, quasi » concorrendo om a: totalidad® das despezas feifas. " ° .- - * Domici ado» em .S. “Francisco: de Paula. e tendo ahi. “constituido familia, procuron prestar 4. localidade todos, 98 - servigos® que. spodia. Assim 6 que, 4 sua custa, com avulta- das: despezas.e luctande com. grande opposigad,, fez” are jsmarcar as quadr: ase pragas’da villa@agsim= como prefixar o prec das esquinase centro: das quadras, para, cohter’ as < * exageradas pretengies dos” donos de terrenos? o ate facilitoa -@ animow a construcgio de predios. © = De idéas avangadas, saindo fora da retina, em’ torno 2) 2 do nome, Pac do Conde'de Porto Alegre. ee Ce Pelotas,. procuroa® melhor: da quar grayitavam os espiritos acanhados’ da epoca, quiz “dotar a sua terra de um grande melhoramento,, iniciando a entre aquella villa e a do Rio Grande. ‘A empreza era audaciosa para a epoca, porem nada o fez desistir della. Asseciado a Antonio José Gongalves GH -@@S, rico Xarqueddor e um dos homens maisinstruidos e empre- hendedores de sen tempo, a José Vie “Vianfl-e ‘Bernar-* dino José Magques Canarim, mandou, vir dos Estados Unidos “uma machina a vapor, adaptando-a »a uma barca, construida na villa mesmo, nos estaleiros do arroio” Santa Barbara. Para ultimar a empreza,-pelo Abandono* de parte’ ‘dos © Accionistas, foi elle que eoncorreu com o capital preciso, vindo apenas-a receber 2:000$, ‘muito depois da pacificagao da provineia.. > : ‘ A barca, que receben o nome de @aiMena e foi meira que navegow os rios da. provincia, ini¢ gens-em-7 de Qutubro de 1832. Muitos outros seryggos prestou 4 villa’ de S. Francis de. Paula, efevada a categoria de cidade em-17 de Junho com o nome de Pelotas, @URNSMGNDROpOSt, cm substitwigio ao antigo, na Assembléa Provincial. Entre outros, a medi¢ao dag datas da Costa de Pelotas e fazenda do Monte Bonito, feita quasi que a sua custa, ficeando as ‘Sdbras*para logradouro da cidadé ; 0 levantamento da planta da cidade pela, engenheiro Eduardo Kreschmar; a creacio de uma praca, ‘no porto, sobre o S. Gongalo; a edificagdo da cadeia: © Jevantamento da planta da ponte sobre o Piratiny, ete. Estabelec'do com ‘xarqueada na margem do arroio desenvolve. a industria, introduzindo 0 processo do com grande . economia de -bracos e de tempo e sensivel augmento de “ produegio,, no que .foi logo imitado por outros xarquea- : dores. * ; Outro emprehendimento-sifais. vasto e de tnais fecundos resultados para-Pelotas, acariciavam Almeida*e Chaves,—a desobstrucgio dos baixios que entorpeciam “2 navegacho, do s, Gages, diffidultando 0 accesso do_porto da cidade. fesse intivito forneceu Almeida ao efigenheiro Bduardo e ° .+ s amigos: e companheitos politicos, uma sub > * | powncos sos ve afea ey, _ Kreschmar’ tres'hiates, com pessoal, para sondagens. e levan- tamento. da planta das obras. Infelizmentelimitdram-se a. isso os trabalhos da associagio que chegou .a -constituir-se, em Margo “de 1833, com 0 capital de 40:000$000, sendo inter- rompidos pouco depois pela reyolugio. - ‘Longe. do. bergo natal, nao o-podia esqyuecer no emtanto » 9 preclard cidadio. -Assolado 0, districto de Diamantina em 1834 por ‘terrivel secca ¢ flagellados os seus Habitantes pela fome, Doriingos José: de. -ATmeidet promoveu em S. Francisco de Paula teem @utras localidades do Rio Grande, vecorrendo n peo em favor dos seus patridios uecessitados. A sua iniciativa teve feliz restitado pa elle coube a grata, satisfaeia de concorger para, ininorar os sofirimentos de seus irnifios. s ‘ it eR © imovitiento liberal de 7 de Abril-de 1831 teve de Domingos José de Almeida o mais. expontaned e¢ decidido soneurse, sendo um dos -primeires a defendel-o ua provincia um dos primeiros a sé alistar ua Sociedade Defensora,” fun- “dada ia-villa de S. Francisco de Paula, como filial 4 grande, © associagid patriotica do mesmo nome creada no Rio de Janeiro + © que: tio ‘rapidamente, se ramificou'e alastrou~ por. todo o imperio.. . . ‘ Membro ‘proeminente da Sociedade. Deferisora,, & qual” preston inestimayeis servicos, moyimentando toda a sua acgio politica e*promovendo pelo eXemplo a actividade das outras -corporagées congenmeres creadas na provincia, tornou-se em, breve Domingos José de Almeida um homem- de prestigio, uma vérdadeira influencia politica, na expre e pittbtesca phrase popular ea ° Eleito major de um batalhio de guardas pacionaes, reventemente* organisada na provincia, salientou-se logo pelo . Zelo. com que procurou animar os seus GOmmandados de sen- tinientos patrioticos. ‘ $ = Adquirindo’ rapidamente grande popularidade, que os seus servicos 4 causa publica Haviam creado e- cimentado, foi, na ‘éleigio do Conselho Geral da Provincia; aque sé procedeu Noeaans de 1835, quando se tratou da eleigao de ae a ce foi de novo, le ‘ado 0's sen nome & urna, sendo eleito deputado pela ¢ opposi Ae primgira reunio dessa” Assembléa_prende- Be 0 ini, do -hiovimento. _revolucionar io de. 20 de ‘Setembro de 1835. id. € “frouxidéo do. presidente ‘da provincia “ Dr. Antonio Rodrigues, Fernandes Braga; denunciando, a © _existéncidl de uma Couspiragao..cont o iftuite’ de désmembrar 0 Rio Grande. do. império, ¢ depois retractando-se ante a: Assem- bléay as investidas audazes ¢ attrabiliarias de Pedro Chaves, de que bastavd vim aceno para mover todo Ao poupave aos adversarios os martis querendd paler as pete, beni do Rio. ae em um. cenaculo de* conspiradores, © pinho de aguias,que, filteando. 0 vdo, haviam dé-assombrar o~ + mundo, escrevendo compo sangue dos J as paginas “de ama fas ms Se epoptas da historia. de. ne avis is etic” deviam - folucaa : da Silya,. 0 ditiva emagnanima da Republica ; 0 vir- garfo. apostolico e ministro, que, no para assumir outra vez um no poder fazer, por ~ yelho. age “dessa phalange martyr da causa que. generosamente esposar ie Aas ae Rapobligg & Saabs “+ -pensante da_ révolucio. : A-Assembléa encerra’ Md Seus fgabalbos em “20 de 08 José DR ALMEIDA ees ¢ ‘Junho e pode-so dizer que-os deputados liberaes separaram-se, e _. levando cada: um comsigo. a eohviceaio de que-era hecessario. — um movimento’ de reaegio contra o centro e ~seus delegados ~ “na provincia,” A semente quatro ventos, devia frictificar em-toda parte. O terreno estava ~ a Preparads ;<0 animo do povo, profundamente desgostoso e desil- Iudido do. obter” alguma’ cousa pelos meios brandos,. agitavasse bastaria -o mais pequeno sopro para atear:o dncendio. O desfecho da: situagio anormal da ‘provincia foi 0 mo-* vimento de 20 @e Setembroy que; apparentando “qlerer.apenas a retirada do presidente Fernandes. Braga, trazia.em séu bojo intuitos mais vastos, de uma reforma fectiida:e radical, 2 : ee 2 oe = «De posse 0s ‘farroupithas de’ Porto Alegre’ em: 20 de’. ~ Setembro de 1835, ‘pela’ irrapgio.’ das forgas ao mando: de Onofre Pires e José Gomes.de Vaseoncellos Ja ‘dim, refu- giou-se o presidente Fernandes Braga na @scunia de\guérra’ Rio-Gréndense, cor alguns sequazes, fazendo-se de yela para’. @ stl, acompanhado da 19 de Outubro.) ge Chegado a Pelotas,:ahi sé demorou ‘apenas: 0 tempo * shecessario para incitar. os “seus “/partidarios a prepararem 2%} “resistencia, emquanto élle seguia para o Rio Grande, oude id estabelecer. a-sede do governo, no-firme proposito de veunir tropas: para fazer face 4 revolugao: Aqui chegowa 2 de Outubro, dispondo logo. tudo para’ aducta, na esperaniga «de que o marechal Sebastii Barreto ‘esmagaria’ 0. uidvimento nad campanha, ¢ avimado’ majs qué tuddpelo, apoio das. espadas. yalentes do major Mancel Mar- ques de Souza -e «do coronel Jodo da Silva Navares, que se “haviam desembainhado en defeza da-legalidade. QE , Dias depois, indo a: Pelotas, corre o presidente@serio © visco de ‘ser aprisionado pela officialidade do batalhao de guai~ da nacidnges, que, abragara a causa dos liberyes. Gmmensa. diffivuldade teve’ Domingos José-de Almeida em: disstadir os. seus’ commandados* dessa violencia,’ que,.na situagio eni Qué se achayam, longe de “forgas que os podessem apoiar, mais * prejudicaria, do .que aproveitaria 4 reyolugio,. De nada lhe ¥aleu essa inoderagio, . pois’ que a intriga tramaya perdel-o, € S “ ALMANAK DO RIO GRANDE DO SUL ore “nas trevas, acciisends,o de promover um leyante da escravatura aad eoratendas: Z Na_noite? de 4 de Outubro, quando estaya em frente a sua casa, na Costa de Pelotas, meia legua longe da gidade, foi preso 4 falsa fé por uma’ escelta de caramurtis, que o arrastaram para a cadeia. No dia seguinte,, foi Tevade para ‘o para um navio de guerra, pois que nio lhe consentiriam o§ toda a sorte de tormentos vexames, impedido de .subir ao convés e de communicar-se com seus amigos e es até ‘de. ser envenenado. ‘De sua prisio podia, no” e:ntanto, avonipanhar ay mar- cha: dos acontecimentos’ pelo inovimento desusado da «idade, ~ adivinhando pelas manifestagdes. de regosijo da populaga ds. desastres soffridos pelos’ sens -amigas. Assim foi que teve noticia da derrota do capitio. Manel. Antunes da Por ciuncula, ~ no Arroio Grande, no dia 14, pela: de regosijo durante toda a noite. > Dias depois, porem, sabendo® Braga huidosas manifestagdes “da dispersio des. ©, mesina gente vietoriosa fio Arroio Grande © receiando a appro- ° ximagio. das forgas ao mando do coronel Bento Goncalves, + que a,marchas forgadas se encaminhaya para o Rio Grande, pandonou.a cidade, retivanidd-se com’os navios de guerra. para Barra. © » Ahi@steve Domingos José de Almeida tres dias, de pri- yitoes dobradas, tendo-se-The até negado papel e tinta. No dia - 21, porem, tendo Bento Goncalves entradg na cidade, a camara municipal, por indicacdo-delle, exigin do commandapte datorga + naval a soltura do-prisioneiro, que voltow em tr jumipho para o Rio Grande e dahi para Pelotas.. -Fernandes Braga saiu~barra fora e, esperaido ainda uma #eacgio, crizouscom sua flotilha alguns dias emir ente a “Parra, seguindo. finalmente rnmo do’ Rig de*Janeir¢ a *® Comquafito: filiado .ao -partitlo liberal ‘ou exaltado, par- -tidario extremado-Go"7 de Abril, Domingos José de Alineida nao quéria a guérra civil ¢ 0 desmenibramento do Rio’ Grande Rio Grande. na barea dé vapor Iiberal, e della transterido _ asseclas’ do presidente 0. de mbarque-na cidade, Ahi soffreu. . nea ke __ DOMINGOS JOSE DE ALWEND' do ‘Sul do resto. do imperio. Entrando na revolugio, “nio cogitaya da republica, como nio cogitavam della nem Bento Gongalves, nem-Antonio Netto, nem Domingos Crescencio, * que deviam depois’ ser os bragos robustos que a ampararam. ~ ‘Bille .mesmo 0. diz nas palavras com que termina a - exposi¢gio dirigida' seus compatriotas, datada de Pelotas ent 29. ae baits de 1835, distribuida ponco depois em Porto Alegre em folhetos : * * . . ©. Rio-grandeiseg ! Com minha soltura mais pm trium- pho.alcangastes dos inimigos da patria, mas nio pensais reali- sados vossos nobres trabalhos, sem que um total esquetimento passado © um generoso perdio aos illudidos conduza 0 carro da revolugio aos fins a que se propoz, Nio mancheis, Pols, ax obra mais perfeita de vossas mios, com intrigas ¢ dissensdes odiosas. Abracemo-nos todos os habitantes do conti- nente ea um sé alvo, qual o bem da patria, dirijamos firmes 08 nossos esforcos.» Annos-depois, em 1861, em um artigo publicado no Echo do Sul, do Rio Grande, accentuou mais nitidamente a sua posigio nessa epoca : “«Empurrado a essa _revolucio pelo que individual e traigoeiramente. me fizeram, pondo-se-me preso incommunica- vel eta uma canhoneira de guerra, em compensaco de nio consentir unr insulto que se tentava fazer ao Eximo. Sr. conse- Iheiro Antonio Rodrigues Fernandes Braga, quando indefeso eth ‘casa de Joio Rodrigues Ribas, e por dever resignar-me bea ou ma sorte de meus amigos, a ella hypothequei servi¢-* fortuna, familia e vidas * Como si frageis os designios dos homens!. Foi esse mesmo: Domingos Jos? de Almeida, que queria a concordia e abominava a. guerra civil, que, alliando as luzes de sua pode- rosa “mentalidade ao masculo esforgo de Lima e Silva, devia implantar’ a republica. e fazer triumphar o movimente revo- Tucionario. ° Quando Lima e Silva,.ferido no 2° combate do Passo dos Negros (2 de Junho de 1836), se recolhen a Pelctas, 8) Péssuo um raseunho deste artigo, escripto pelo proprio punho de Almeida, impossibilitado de acompanhar as forgas que haviam transposto 0S. Gongalo*no intuito de atacar o Rio Grande, Almeida lospedou-o em sua casa. : fee Da convivencia desses dois homens, de ideaes oppostos, as _sentindo ambos 0 mesmo amor da patria, devia nascer a Republica Rio-Grandense. 0 ousado e impetuoso Lima e Silva devia sobrelevar ao pensador e moderado Almeida, arastando:o comsigo e fazendo delle o mais poderoso sustentaculo da @onstrucgio que ia erguer em meio das ruinas da guerra civil. * De mios dadas e agssente a idéa da separagio do Rio Grande, que Joaquim Pedro e Manoel Lucas deviam fazer 0 general Netto aceeitar e proclamar 4 tropa victoriosa ne Seival, trataram os dois de crear ao noyo estado elementos “de vida, organisando marinha, exercito, trem de guerra, fhe- souraria etc. e procurando conseguir auxilio nas républicas do Prata. ad O desastre do Fanfa e a prisio de Bento Goncalves (4 de Outubro) vieram cortar-lhes as ultimas hesitagdes. Sé tinham dois caminhos a seguir: a lucta a todo o transe pela independencia ou a submissio. Nao havia tempg a perder. Urgia uma aceio vigorosa para conjurar a crise e de Joio Manoel foi que partiu o impulso necessario e efficaz. ~ — Resolveu, de accordo com Almeida, installar o quanto antes 0 governo ee escolhendo Piratiny para séde delle, como ponto* central e a coberto dos ataques dos impe- viaes. Para ld se dirigiram immediatamente, abandonando Pe- Jotas em 20 de Outubro. A’ pequena villa foram chegando, de differentes pontos, os principaes chefes militares e os homens mais eminentes da revolugio, que ali convergiam a convite de Joio Manoel. No dia 5 de Novembro, reuniu-se a cémara municipal da villa, prodlamando a fepublica com a clausula de poder © novo estado ligar-se pelos lagos da federacio dy outras provincias do Brazil que adoptassem o mesmo governo. No dia.seguinte se procedeu i eleicio e installagio do govern) republicano. O escothido para presidente foi o goronel Bento Gongalves da Silva. Como este se achasse ausente e “da. fazenda em poder dos imperiaes, foi eleito para substituil-o 6 cidadso José Gomes ‘de Vasconcellos: Jardim, Para vice-presidentes, a agsembléa escolheu os cidadios Antonio Paulo «da Fontoura, José Mariano de Mattos, Domingos José de. Almeida & Tgna- cio José de. Oliveira Guimarae No mesmo dia, “Jardim. foi epee do cargo,..for- mando 0 seu primeiro ministerio, composto de Domingos “José. de Almeida, uiinistro. dos negocios do interior e interinamente* interinamente da martinha ; José Pinheiro de Ulhoa Cintra, dos negogios da’ justiga e interinamente dés extrangeiros. " Os ministerios da Republica nunca estiveram completos, agcumulando os winistros duas e ds vezes tres pastas, e re- compondo-se seguidaiente. De quasi todas essas recomposi- goes fezparte Domingos José de Almeida, que se tornou logo a cabega dirigente da Republica, que .a elle’ mais do que'a ninguem deve a longa vida que teve, pela organisagio de suas finangas. Ministro dos negocios do interior e interino e» pouco de- pois effectivodos da fazenda, posto em que se conseryou até Setembro de 1841, accumulando quasi seguidamente outras pastas, os seus servigos ao Hstado, Rio-Grandense sio db tal natureza, tao. grandes e desinteressados, que poucos © The ~ “podem ser equiparados nessa epoca de tao -raro devota-. mento 4 causa publica, e Ao novo estado faltavam todos os recursos; como es- casseavam meéios, de levantar e arrecadar regularmente impos-. tos, Almeida teye de crear tudo, ¢ de prover a tudo, sabdividin- do-se para attender «4 agiio .e manutengio~ do “exercito, 4 negociacio de tratados, 4 répresentacio da Republica no exte- vior e 4 sua administi-agio interna em todos os detalhes.. Péde-se dizer que todo esse collossal .trabatho, da fundagio e organisagio de um estado, que teve vida regular no-meio da agitagio ininterrupta da guerra, e de vicissitudes de toda a sorte,” fei obra sua, pois que a,passagem transitoria de outros homens pelo ministerio,em pouco o podia-auxiliar. “Entre os servigos préstados por elle’ 4 "Republica Ri Grandense, deve-se citar, a adopeio da legislagio do imperio, José Mariano de Mattés, ministro da guerra é e ALMANAK DO R10 GRANDR DO SUL com “as. necessarias_restriccdes decorrentes da forma de governo,.o que estabeleceu a normalidade da adminis- racio, dando MO governo um caracter de legalidade, até He. se “reunisse 2 Constituinto .e decretasse a lei fanda- ~~ mental da Republica.» : : Bee A conversio da moeda de cobre, operagio financeira - realisada com feliz eXito num periodo. de agitagio, e que os. « - estadistas.’ do perio pio poderam fazer em epocas mais Fe aspneee tranquillas ; a ereagio. do tope nacional -e do 2 cestanaarte repablicayo; a lei de nacionalisagio dos extran- © geiros, com residencia no paiz © servigos & causa publica ; as medidas regulaudo a exportacio do gado ; 0. estabelecimento ‘de escolas de ittstruccio primaria; a arrecadacao e° adminis- * © tragio ‘por. arrendamento dos bens abandonados pelos lega-* ~ listas'; «0» deereto declarando a Republica irresponsayel’ pelas dividas do imperio ; a. distribuigho ragzoayel de ® impostos e a creacio de collectorias ; a animagio dispensada ~~ ds “industrias -existentes .e a outras’ noyas,. como a do- fabrico de arreios e'cortume ; 0 estabélecimento” de cdlonias na egiio do Uruguay, como ponto mais weoberto das incur. * sdes dos-imperiags ; a “mudanga da @apital de Piratiny para Cagapava, praca mais central e mais naturalmente defensavel ; “a creagio “emi Cagapava: de wm gabinete de leitura, installado: com cerca-de 800golumes ; a administragio e distribuigio de » dustiga; a garantia da instituigo da familia, sob os princi- ' pios da religiio, cém a creagio do cargo de vigario apos |” tolico, para superintender todos: 6 negocios ectlesiasticos ; a “Regociagdo de. tratados com o Estado Oriéntal e Corrientes, 08 quaesp se no promoveu directamente, auxilion e enca. minhou a todos ; a. missio, diplomatica junto ao governo do? “Papaguay-e'a projectada enviatura (termo textual) 4 corte #@ de Luiz Philippe, rei os’ francezes, propordo-lhe allianga “ contrgras pretencdes de’ Rosas; a? organisagio das’ financas, 0 ~ Jevantamento. de emprestimos internds, a cunhagem’ de moeda de. « cobre* © a emissiio’ de moeda papel: (conhecientos); -# %, 4) Comquanto mais de uma ven” Otetibaniy Groyem de gue foram _ , “tenhin ‘onvido falar em oncas da he. encommendados para a Kuropa ho- =< publica, -creio ‘poder affirmar que .o” toes de metal, tendo om igen ok eo uroupliha “niinea cunhou dizeres. Republica Mioctrondemeetute moeda,de ouro. mos com uma espada sustentando eo elle prestou ao Rio Grande ¢ 4 Republica. x DOMINGOS 08% DE ALMEMD Ay direccio da imprensa official; a fundacio da hoje’ cidade { de »Uruguayana ; o estabelecimento de um ‘servico regular” de Gorreios ; 0. projecto. de constitui¢do em que collaborou, se> € que niio teve a parte principal, sio servigos inapreciaveis que ° ~ Para se avaliar as difficildades dom quélteve de luctar, * € os sacrificios que se impoz, ‘basta citar dois factos, que 4 mostram 4 énfibratura de seu animo e jnanidade das: accusagées-_ que Ihe fizeram. Pe Se Wm consequéncia de desordem -énr Bas os ramos. da administrag&o nos . prifiéiros-annos da Republica, o Thesouro se via em serio’ apuros para: poder attender®a seus compro~ -issos. Succedia ds vezes. que 0 governo fazia compras, con- tando poder pagal-as*¢om as. rendas. das .collectorias ...¢ 0 producto da venda de couros, e.que .esses recursos lhe falha- ~ vam, por haverem os-vommandantes de forgas levaritado. esses ~~ mesmos valores para: vestirem e -municiarem’ sua’ gente. @ O' integro mizistro da ‘fazenda, nio tendo como attender ~ | *. a pagathentos urgentes e io podendo por si: sé ‘reprimir taes abusos, langou mio, para salvar 0: eredito do: governo, a de sua fortuna pessoal, vendendo ‘os pnucos bens que a revo- - * Jugio Ihe deixara, no extrangeiro,-onds os tinha a coberto de - toda a eventualidade. Assim’ que, encarregado da “compra® * de cavallos no Estado. Oriental, ¢ nao tendo como“pagal-os, * > vendeu © 35 escrayos. ‘seus, ‘desobrigando:se da’ divida’-do.- ¢ governo com o producto da venda, s " Pouco- depois, para attender ao pagamento da“ typos * Sraphia. do governo, de papel, remedios, etc.,.mandow yender® em Montevideo 17 escravos: carneddores que Id possuia, e de - cujos jornaes se tinha sustentado até entio.e a sua-faniilia, ficando sem recursos proprios. (13. Fey: 1839.) : _ Este sentiment de houra’que ia até ao sacrifivio, este ” desprendimento que ia até a abnegacio, sto tragos caracteris- uifi barrete phrfgio, comopara ser- — terem.as ongas, que diversas pessoas virem de ornato ‘is guaiaéas (cinto -...me disseram haver visto, os dois cu~ de couro para dinheira) ¢ aos peito- nhos iguaes, é ries” dos "cavallos. Depois, alguns Sef mais que que’ esses botdes ourives, tirando 0 mode desses bo- foram encommendados por interme- tes; fundiram speoas de ouro, que diddeuma antiga casa do Rio Gran- talvez circulassem como; dinhéiro, de, de que 6 suceessora hoje a firma ‘Hxplica-seassim a sihgularidade de “Fraeb, Nieckole & C. 3 dos homeng daquella epoca extracrdinaria. Antonio Vicente daFontoura, quando ministro da fazenda, teve identico proce- © dimento. Bento @ncalves da Silva, no fim da Republica, garan- iu com sen oredito e:sua palavra, que fortuna pessoal jd nao = a finha, 0s ultimos fornecimentos féitos ac exercito, e _ Alwneida propor @ntio (Margo de 1839) severas medi- © das de repressio ‘para cortan esse “abusos que jam condu- Dan ae —zindo ‘a Republica 4 ruina, determinande que os chefes de forcas nic poderiamr, sob. prétexto algum,,lancar mao dos ren- < Gimentos das eoflectorFis. 0” general Bento: Gongalves, pre- eee da Republica, deu-Jhe todo o apoio moral e material -de que dispunha, sendo secundado pelo ministro; da guerra e “. pelo general Netto, commandante chefe do exercito. = ~.., Baldado: empenho o de rolar até o cume da. montanha a rocha de Sysipho | Bm vao quiz o ministro oppor-se 4 des- organisagio, conséguindo apenas passageiro remedio a um wal que estava na naturez2 das cousas. As fore®s, sem SSonpas e sem municées, continuaram a vestir-se e a prov rem-se dé tudo, ‘com os dinheiros tirados ss collectorias. ~ *. -Can¢ado, -exhausto na lucta sem par que trazia _ vada com, os"proprios companheiros, 0 ministro teve de confes- -sar-se vencido. Para, substituil-o, como horlem capaz de —arcar -@oila sitiiagdo, lembron-se de um patriota’ illustre, o seu amigo Antonio. \Bicenf da Tontoura, chamando-o em Setem- bro de 1841 para tomar o sen logar no ministerio.® = * _ 5) Nas cartas de Almeida a Fon- E Ais devtis em outra carta toura ha trechos dienos de serem re- qintiedos, pols plntan p-desaspero jo Inetador, vencido, esifiauado pelo peso das ciroumstanciag, ‘e obrigado aconfessar-se inpotente para prose- guirzna lucts : . <0 promattide:é devido : vena ‘jquattto antes alliviar-me desta carga. Pols qué j& nao tenho Forgas: par Aturar a Protos de especie human =. stow convencido que V. 8. DF avaliar nossa posicko actual ¢ por, isso commetters wm crimes se” nd tomar 0 posto. que. eu ja nao “se resinta, pots, como disse,.jé no posso’ cgnformar yom tanta ‘pstalidade: e ingratiddes por aqueltes - © mesmos. que tenho ajudado a ele ar-se.* ne . ~“peito aos districtos posso occupar, embora o. meh futuro’. -constancia mais auster ~ Dividido 0 estado em caricatos soberanos, 0 governo 86 governa no pequeno reeinto ds Bage, mas a elle ¢ pedem todos 08 reeursos de"bocea, dinheiro ¢ xuerra, éstando as repar- tigdes fiseaes. as fazendas arrenda- das, os hens de propriedade_inimiza fi @isposiga dos pachis, “gue no consentem a, gerencia do governo geral em cousa alguma qua diga tes- que Ihe foram doados. sees «Isto, meu amigo, fere de morte ‘© nosso “futuro e faz arrefecer & ent ae aqui dizer-lhe qué agora & tening-de cumprir com o que me prometteu,-vindo com brévidade alli- viav-me de uma carga que cada dia se torna mals pesada." ae © 5 Cabs . “Tnfeltzmente, pouco depois Almeida e Fontoura coxta- DOMINGOS Josh DE ALMEIDA” ~ A ee ram relagées,'e por um motivo de honra tornaram-se inimi- gos irreconciliaveis, inimizade que. devia rebentar no ‘seio da ~ Constituinte, acarretando o -descredito.e a ruina do governo republicano. © noyo ministro inicion .grandes reformas, consegnindo a principié por um pouco de ~ cao, para depois abandonar 0 cai * * -ordem no chaos da administra- go, por nid poder mais luctar. * eee * A Constituinte “foi installada na tidade do Alegrete, ~entio de 184) ‘Wssa_assembléa, capital da Republica, no dia 1° de . Dezembro em que tantas ésperangas se funda- vam e que tao tardiamente se reunia, para votar a lei das leis, a constituicio do Estado, dividiu os revolucionarios em foi origem da discordia, que dois campos. Desde as primeiras sessoes surgiram dois partidos : o da maioria, de que eva chefé Domingos José de Almeida, e o da minoria, capitaneado pelo ministro da fazenda Fon- toura. Os animos se irritaram em discussdes estereis e Almeida, com uma carta, de certo precipitada e imconsiderada, que foi ter ds maos de Fontoura, provocou um rompimento de funestas consequencias. us Nessa carta, divigida ao capitao Pereira, de Bageé, Almeida queixaya-se de Fontoura, chegando a accusal-o de premeditar o assassinato do’ presidente da republica e de algtns deputados, para se assenhorear do poder. Em 10 de Janeiro, Fontoura, que nesta delicada Conjun- tura andou com circymspeccio, enviou copia da. carta 4 Assembléa, protestahdo contra ella e dizendo que se retirava, _. deixandy de compayecer as sessdes, para nie aggvavar a ¢ situagio, ja, de si- tao melindrosa. . « , « 6) Bis a parte da cartade Almei- dareferente ao caso: s Oxcomportamento do ministro da fizenda na Assembléa e de sens companhejros nella e fora della, ia nio.€ enigma ¢ pois, a néo sero pri » meiro demittido, westa hora estaria _ Assassinado o Actual presidente, al- «© guis deputados e outros deportados © que se sabe pelos conyites de ante- mao feites a alguns officiaes, desar- mamento dos operarios do Trem,com quem. nfo contava, chave do depe- sito do armamento, polyorae ¢ tuchame em seu poder, e tactica d envolvida por elle-e sua inepta mino- ria na camara, hostil 20 govern que ditigia aquelle proprio ministro, e que Nemo retraimento de _/__AIMANAK po RIO GRANDE po Sut Fontoura e de seus amigos, nem a magnanimidade de Bento Congalves, que se oppoz & violencia por parte de sets partidarios e que devia levar a ‘abnegagiio’ ao ponto de *resignar mais tarde 0 poder e o commando do exercito, nada, péde ¢onjurar a crise. A. discor- dia eva prefandae os dias da Republica estayan contados, o Um acontecimento.de todo o ponto alheio ds intrigas que dividiam os animos;:mas “que foi attribuido politica, 9 agsassinato de Antonio Paulino, vice-prosidente da. Republica “ e inspirador da minoria,? veio aindagi&gravar a situagio. - : * Como. conseqifencia’ disto, um anno depois batiam-se em di Bento» Gongalvés da Silva ¢ Onofre Pires, que velo a morrer em consequencia da gangrena-sbrevinda ao feri- mento recebido., * * por isso surprebendia a todos que assistiam as discuss6es, nao iniciados nos seus mysterios ete’ etc, » Para V.S fazer idéa desta tra- ma, eu 4presento a minoria do minis. “#0 e a maioria que, sincera e de hoa #8, ha dedica lo seus servivos ao bem do paiz ;analyse e aquelles: a quem esta mostrar o8 precedentes de ins © dé outros, e ateribua qualoalvo a due se proporiam. » Minoria — Fontolura, ministrd; aire Chagas, idam ; Pedros, idem | 'ranga, Martins Coelho, Silveira Le: mos, Onofre Pires, Vicente Lucas -$ » Matoria Padre Hildgkrando,Sil- vano, Sa Brito,-Alencast#a; Mattos, Ribeiro Barreto Wihoa Cintra, Almei da, Amaral, José Carlos Pinto, Hrado Vima, José’ Maria Pereira, Jacques, Modesto Franco, José Alves de Mo! “raes—15 See » A tudo isto acerescente que, Propondo o Sr. Martins Coelhogo cha: mamento dos supplenges existentes na capital para reforgat ogeit lado, “endo tendo passa tal: ‘proposta, por contraria a Iei, que manduchamar= 08 mais votadas, elle. Lucas, Fon- toura, Onofte e Pedroso, deixaram de vir 4 Camara, pelo que no tem hayido segsio 7 dite utei > 5, Ehifim eu estou. conyieto qué alguns deputados: da’ minocia” se acham nella de oa fé; mas, confron- tando 0 procedimenco della com os factos que indiquei, revellados depots da queda de Fontoura, e'com os re- teirados avisos do Rio, Porto Alegre € Montevidéo, de que'o governo do Brazil ‘pretende vencer-nos pela se- ducgAo, a illagao atirar-se 6 obvia e por isso, sendo de urzencia redobra- tem de estorgos os patriotas, podio mew amigo dirtgit-Ihes copia 'da pre- sente para que se previnam contra intrigantes, calumniadores e seducto- reg, afim de evitarem o lago que nos armam para nos eseravisarem. Asora o trecho do officio deFon- toura & mesa da Assembléa? “A copia que ajanto de uma carta do deputado Almeida de 18 de De- zombry pp. dirizida ao capitiio Perei- ta, de Bagé, ¢ cuja leitura vos rogo de fager, para qne se veja claro até onde pode chegar o espirito de in- triga ede calumnia, me deixa con. vencido de que nao 's6 tenho obrado com prudencia dejxandé. de assistir AS sesa0es, comovile que nao devo comparecer emquanto a experiencia nio mostrar que o espirito de justi G4 ¢ as vistas ao bem publica diri- gem 0 Jado predominante da. casa. » EB, para que saibam meus cons- tituintes que o bem da sazrada causa. da.Republica é que me priva de cum- prir* meus deveres como deputado, Peco-yos gife assim 6 communiquels fi Assembiéa.* . 7), Este assassthato tol attribuide @wna-vinganca politigg,| quande. fot determinado por motivos particula- res. Antonio Paulino tinha. ‘relagdes miitma mulher casada, cujo marido, endo, de. gua deshonra, vingou-se matande ow indandO-matar 0 se- ductor. . : DOMINGOS JOSH DE ALMEIDA 019 Ao mesmo tempo que a Republica marchava para”a “ynina, que os *desatinos e as paixdes dos homens haviam cayado ante seus proprios passos, 0 exercitd imperial,-'sob 0 > commando de um general experimentado ¢ habil, se prepa- raya para levar-lhe a guerra sem treguas, nio jd nas imme-. diagdes da capital da provincia, porem nos ae mais’ afas- tados. da » campanha. : © governo republicano; tendo de abandonar asua capital € obrigado a acompanhar o exercito de acampamenta».em acampamento, ‘tonduzinds o seu archivo em warrétas, dissol- vey A Republica entraya no. periodo da desorganisagio. Findara a acgio befftfica de seus legisladorés, dos homens que haviam dado corpo ao. ideal sonhado. de um estado livre e independente. Ficava apenas ‘de. pé o elemento. militar, que devia luctar nohremente até o ultimo extremo, defen- dendo palmo a palmo o territorio da Republica, para s6'depor armas ante uma conciliagio. honrosa, e nao. rendido, esmagado pelo inimigo véncedor. Domingos José de Almeida pouco mais teve que fazer. res . Em 18 de Marco de 1844, tendo ido a. Bagé cuiidar de négocios, foi Domingos José de “Almeida preso pelo tenente- coronel Francisco Pedro: de abren, que ‘entrara de eo na povoagao. Elle mesmo, em officio dirigido ao. ministro. Mawel Lucas, fag sentir’ a differengd entre o tratamento. que recebera quando preso por dam do presidente Fernandes Braga, € a benevolencia.com que o tratou Chico Pedro, acolhendo-o com urbanidade, ‘dando-lhe permissio para artanjar ee escrever& quem The conyiesse, uo que os offitiaes o- imitaram de, tal forma %que parecia.terem: encontrado um antigo companbeiro, depois de longa ausencia.» ‘* * Apezar disso, nio se descuidou de aproveitar a pri- metra occasiio que se The offereceu para escapar 4 prisio, 0 que® _ fee_na, noite de. 15, no’ passo real do Candiota. Aproveitando- sé do soinno de seus guardas, fugiu ém~ dirévgio’ a um §matto .Broximd, sendo recebido em» casa de André Sampaio com 2 > 720 ALMANAK DO 10 GRANDE DO SUL favores taes «que jamais se riscariam de sua memoria agradecida.» Dahi, informado da victoria de Antonio Manoel do _Amaral, no Cerro de Palma,’seguiu’a reunir-se a forea de _ Sen commando. Chegado ao exercito, procurou desobrigar-se . Ga divida de gratidao pelo bom trato*recebido dos imperiaes, encarregando-se dos prisionciros féridos,« fazendo — removel-os para logar onde podessem serestratados , e ¢aliviando-os em suas dores com os seus cuidados, com 6 seu. pouce dinheiro e com as suas consolagdes.» ey Quando. pouco depois s paz, Almeida foi ardente partidario dellx, usando de toda ae sua influencia junto doxgengnal. Netto. para.o converter. da hecessidade urgente de’ uma e inieiaram as negociagdes * da coneiliagio honrosa, pois era *preferivel a paz entre irmios ’ eyentualidade de uma unido com as republicas do Prata, ou quigd 4 absorpcio pela politica tenebrosa de Rosas.’ fe eA paz fez-se emfim, depondo. os rio-grandenses as armas, para. voltqrem aos labores da vida, sem odios e sem * paixées, entoando todos 9 mesmo cantico. do trabalho, para fazerem ‘renascer dentre as 1 uinas. da gyerra civil a grandeza * da patria, mais nobre e mais. feliz pelo exemplo da con- » Cordia, do que orguthosa pelas faganhas guerreiras que haviam illustrado seus. annaé: * * oo + ~ Domingos José ‘de “Almeida foi a primetra persopa- lidade ‘civil da revolugao. Pomeos podem hombrear com elle em servigos.e em merecimentos. No emtanto, 0 sninistro * 8) sTendo, porintrigas de opterd? mos a uniéo com um fag anhey: ue Vol- insistentemente a solicitava, tarmes para 08 nosaos, nao tre} amos em abragawestes. Hasteands eu esta bandeira, quiz experimentar x * sincbridade do dietadar Rosas, diri- indo, em nome ao coronel Antonio joer do Amaral, um pedido de 2 caixotes de cartuchamie de adarme” 11 e de 400 cavallos a» general Urqui- 8a, entaéio com a forca de seu mando em Cerro Largo: tido fol por elie a a . da fazenda, 0 organisador desse protuptamente.fornecido_e immedia- mente empregado no_destrogo: ida forga ao mundo do Bardo. de Jacuhy,: als de Margo de 84, no Cerro ide Palma, circumstancia que, pondo-me vacillagte agerca dasintengoes “d+ alyumis individuos,me enviow cidade de Pelotas logo depois para confe- renciarecom antigos amigos,.mo 182 voltar ao exeésito republicano, e"logo depois regressar 4 -minha easa“sem amhistia de ning tiem." 2 DOMINGOS JOSH DE ALMEIDA complicado mechanismo qual a administragio de win estado’ independente, nao tinha preparo scientifico, cursos academicos, disciplina philosophica,e nem. niesmo os estndos fundainentaes ihdispengayeis para 0. desempenho de cua. missio, O que sabia aprendera comsigo, sem 4 frequentia. de uma simples escola primaria, tendo depois illustrado 0 seu espi- rito-pelo convivio dos homens e pelo compulsar dos bons livros. ___‘binha apenas a pratica’ do mundo, “a experiencia dos Gesenganos.*¢_o traquejo das transacgdes commerciaes. FE baston istd para fazer delle um hdwem uotayel.mo meio em que exercitou. a sna atcio, adipiravel, attendenda aos recursos de qite dispunha, verdadcivamente .extraordinario pelo, que planejou e executou, se o compararmos acs. estadistas do imperio, com maior preparo, poem, muites cont mehos. capa dade do que elle. ‘Alem’ de tudo, imbuido de principids. philosophicos um tanto nebulosos, filiado & escola politica da Joven Italia, que era uma aspir formulada e que nio devia dar io & liberdade, porem ainda indistincta e mal fructos sazonados na. Burtopa, por incompleta e imperfeita, Almeida nio poderia, fazer mais do que fez e assombra mesmo “que. tivesse conseguido tanto. _ Asua poderosa mentalidade,’ 9 sew grande senso pratico. suppriram a defi¢iencia de luzes. Deum estylo pesado, ds vezes confuse, . incorrecto na expressio, tinha no emtanto facilidade de ‘escrever, tratando todos os assumptos com discernimento, com a unica orientagio de seu grande senso. pratico# e em. sua collecgio podenr colher dados. muito curiosos para aquilatar’ da_capaei- fade e estudaro caracter deste homem extraordinario. “De genio violento, espirito irrequieto-e batalhador,. nen sempre .sabia. guardar a compostdra.que a sua posigio lhe Impunha, descendo ad discnssao. . 9) B. distd um exeriplo a Tespos- “ta que dewa um officio do contador weral do thesouro, Manoel. Martins Barroso. a proposito de uma questio ode: peunchs: dmpportancia’e que come- ca pelas palavras seguintes : ‘»Arhitrarios despotico. illegal, miscravel e chocante, se nfo crfini: em. ternios ferinos.” noso, foi o procedimento do suppl cante.“ ‘Em 1843, em uma questdéo pela imprensa que teve com Antonio de Paula Couto. Cuma procurador da Camara. Municipal de Pelotas, de quem, ¢ra_vereador, manifestou a mesma violencia c serimonia. “@> desapparecer aos olhos da posteridade. . eae ALMANAK DO RIO GRANDE DO SUL = — Isto porem era uma pequena falha na sua armadura, falha que as suas grandes qualidades disfargavam, e fazem = *, owe + “Depois que se retirou do exercito republicano-e yoltou a Pelotas a tratar de seus negocios, abandonados desde -o comego da revolugio, foi um dos.seus primeird® cuidados con- vocar 03 @RWG#ED que tinha na_ praca. eos ~, * Bxpondo-lhes ‘a situagio‘desesperada em que se achayva, quasi sein recursos © carregado. de ‘familia, entregoulhes 0s jivros de sua escripta, ein que enumerara os* potftos bens ~ que Ihe--restavam, em’ cuja ere estavam incluidos. até objectos. de uso pessoal. OF a ~~ —Batrego-lhes 0 que tenho, podem. tomar conta, de- tudo. -Guardo “para mim a mulher e. os filhos, que — sid“os bens que mais prezo e.os unicos que. reseryo para mim. : Os ofedores,' conhecéndo a sua honorabilidade, conce- deram-Ihe Nesse prazo, Almeida - resgatou suas dividas, -rehabilitando.se. @ C100 | cD, vines be dot do¥ “negocios publics, continuando’ a prestar valiosos ervigos d cidade ‘de. Pelotas, de cujas admimigtragio municipal fez parte mais: de utha yez. : a Em Margo . de 1858; /fundou 0 Brado “do ‘Sul, jornal que sastentow com -enormes sacrificios e- cuja redaccao entre- gou a Carlos von Koseritz, entao quasi desconhecido e modesto professor dé instrucgio secundaria...” sf No. Brado, Almeida defenden os. interesses de seus dom panheiros da revolugio, a quem, tom manifesto falseamento dos principios do direito: se. la ee © pposicio a cmvengio de paz.e ds promessas Centidas nas proclamagées do Bario de aCaxing, era. negadaga restituigio das fazendas » sequestradas. 2 = . ae . Em Outubro desse anno, Koseritz “empenhou-se-em iva polemica “om o Noticiador, de qué era redactor 0. pro- fessor de francez Isidoro Paulo de* Oliveira, tems pretenciosa. A questio.descambou para o terreno pessoal, de ©} ° * de policia.o recusou, por nao ter ©. DOMINGOS José DE ALMEIDA 28 um modo violento e brutal. Isidoro tia a‘ sen Jado.as influén cias politicas’ do partido dominante e, no dia +de Novembro, o délegado de policia Vieente José da Maia intimou o Brado ‘a apresentar, dentro de 24 horas, um editor responsavel, sob “pena de ser: obrigado a fechar as portas. WNio tendo’ quem assumisse a responsabilidade @.nao - : © podendo fazer como extrangeiro, Koseritz suspendeu “@ publicagio. do jornal, indo a0 Rio Grande convidar para: seu editor o festa de ferro Bernardino Theodoro deSenna, 0 Cuicas, ‘um pobre diabo; que se alugava pata esse degradante mister, de que fizera profissio miseravel. < © Gnicas acceitou e seguin para Pelotas, onde. delegado- “comsigo os papeis: exigidos pela lei: Segunda vez, apezar de trazer entio: os documentos em ordem, foi 0 Cuicas recusado pela Camara- Municipal, em Asde Dezembro. : Na tarde de -11- desse mez, foi Carlos. von \Koseritz atacado na rua por tres homens a cavalo, que.o esbordoaram a parbaramente, .quebrando-lhe a cabeca. Ante tio violenta aggressio-e na presenca de uma perseguigio systematica, yevoltou-sé o animd de Almeida, -. ‘Em fins de Fevereiro seguinte, com grande espanto de todos, appareceu na imprensa local, uma declaragao sua, dizen- do constituir-se editor responsavel.de todo qualquer’ jornal escripto por Carlos von Koseritz 9, annunciando 0 proximo reapparecimento do Brado do Sul: é 5 Facil 6 imaginar 6 escandal6 que isto _produziu em um ~ meio acanhado ¢ imbuido de-preconcsitds: Até. entao sé -haviam “dizendo’ porem rio acreditarem que elle tivesse servido de editores responsaveis testas Ue. ferro. individuos vestigmatisados pelo desprezo. ‘social, Bra“ facto: virgem no jornalistho daeproyincia ir assumir essa posigio considerada hhumilhante um individuo da posigao da envergadura moral de Domingos José de Alvieida. Os seus proprios inimigos, Tevindo «0 ,caso a ridiculo, rag en fader o que dizia. No dia 15. 48 Margo reappareceu.o Brado, do Sul e Almeida foi & camara ‘assignar 0 termo de responsabilidado ¥ < GO” Note - 2° Bio-Granden, exigido pela lei, dignificando aviltado, acceitando nelle um ALMANAK DO RIV analte DO SUL assim um logar’ que a ignominia social havia enyilecido, que os proprios homens da lei haviam quasi analphabeto e um irres- © ponsavel, atraz do qual Se agachava um foliculario immoral » para *cuspir os mais negros insultos 4 facé da sociedade. ~*~. .seu exemplo foi nobre e, respeitando o impulso po © Em- Ab il desse anno, brevementé in EI _© dignificador’ a que elle obedecera, funca ninguem o ‘incom- arg ee ae modou ‘para exigir reparagio ds ex pressdes do Brado do Sul. * * noticioa 0 Brado do Sul que ria a publicagiogda Historia da Republica estripta por Domingos José de Almeida: | <4 inacreditavel. a -grita que tal- noticia despertou. tador, combaten’ tenazmente .a idéa, julgando inoppor- tuna. e perigosa a publicagdo, _ gutros jornaes.-da, provincia 6 secundaram ness: O. Diario do _Rio Grande opiniiiio, num sentimento de. aviltante subserviencia e indigna bajulacio ao ® imperio. Os amigos pessoaes“de: Almeida tentaram. dissuadil-o disso, mostrando-lhe- os perigos que anteyiani. Almeida -res- ‘pondéu-lhes,, firme em sua’ resolucio :—Hei de. publical-a, porque quero le Iucio, Nesse_proposito, escrevew aos principaes dhiefes da’revo- pedindo-lhes dociméntos e o'seu testemunho minados factos, chegandd a reunir-um material enorife, bre deter- : ‘Em 28 ede Junho de 1859:comecou a. publicagio’ de 10) Um correspondente. do Dicrio de Rio Grande, na cegueira de espi- rito em que vivia, chegou a esorever, estacarta ridicula, attestado apenas de servitismo : O Sr. Domingos José de. Al- meida, cego no proposito de querer revolucionar a Rossa cara provizi¢ia, dew hontem comeco 4 publicagao dos documentos officiaes que fario parte da historia por elle aprezoada Historja da Republica Rio-Grandense, €, nao contente com essas “publica: Ges, apresentcn um artigo no sew. alguns documentos. A. opposigio- de seus adversarios recresceu e amiudaram-se as instancias e pedidos dé seus amigos.!° Bradodo Sul, de. 22 do. corrente, que ¢.a maior ajfrouta que’ se pode diri- gir 4 coroa é@3pessoa de alguns dos Sts. ministros, em yrejuizo da paz publica ¢ da ‘prosporidade. da pro- Yineia do Rio. Grande. Bste procedgr do y Almeida 6 reprovado pelo ge- ral Wos. habitantes desta. cidade e gremos _mesino. inteira, que ‘preci: de especulagoes. ‘Assim, pois, Sr, wedactor, Beco. a publicacdo déstas limhas: atm de ver seo Exmo. Sr. presidente da pro- que pela provincia depazé n&o vive DOMINGOS JOS DE ALMEIDA 25 Afinal Almeida desistiu da publicagio, movido pelas palavras do’ Dr. ARGEORMGSCNAVILOMAISHVeiE, seu amigo, @ ~ apezar de adversario politico, concordando em que escre- veria a Historia da Republica, porem deixando para publical-a fnais tarde. Infelizmente nao o fez. * co _ A sua-saude, rudemente abalada no periodo revolucio- nario, devia resentir-se profundamente de todas estas luctas e dissabores. ALAND OO) ects em 8 de Fevereiro seguinte, quando se 1a er a inaugura- Gio da Sociedade Litteraria, cuja sessio foi por esse motivo suspensa. Soegorrido pelo Dr. Migue:’ © odrigues Barcellos, que estava presente e que, segundo as prescripgies da sciencia de entio, sangrou-o promptamente, foi levado para casa.. Desde logo esses ataques, que foram’ diagnosticados como manifestagies de epillgpsig, veproduziram-se a principio de longe em longe, porem depois mais amiudados. Uma questio de-posse ou desappropriagio de terrenos Sobre o Santa Barbara, em que se envolveu, irritowo e desgostou-6 de tal modo que determinou a continnidade das crises, que acabaram por enfraquecer-lhe as faculdades mentaes. .Depois de longos annos de soffrimentos, exhalou 0 ultimo suspiro'o grande patriota em GygdeWMniondemtS eb, 4 : © xe Como. uma homenagem ao grande batalhador’ da liber- dade, o partido republicano de Pelotas, por iniciativa do Dr. - ‘Alvaro Chaves, erigiu em {7 de Abril de 1885, no povoado do’ Areal; na Costa de Pelotas, onde residiu 0 cidadéo Almeida,” Geama singella golumna de~8 metros de altura, que tem gra- yada nutha placa de bronze a inscripgio + ineia toma alguma deliberagto con- _ mingos’ José do Almeida e do extran: tra a violencia de wna tal imprensa, © geiro Carlos de Koseritz,seu socio.” © Ja que‘o nosso Dr promotor approve Bo Diario chamou de facto a vom seu silencio’o, proceder feri- _,attencdo do presidente da provincia. eso ¢ anticonstitucfonal do Sr. Do- Pobros de espirito ! 26 __ALMANAK 00 RIO GRANDE DO SUD _ « Os republicanos de Pelotas recommendam aos vian- dantes a memoria de Domingos José de Almeida.—20 de Setembro de 1884. » 5 Z Em sua simplicidade é este o unico monumento comme- morativo que existe no estado do Rio Grande do Sul da -grande epopéa da Reyolugio. Como é doloroso dizel-o ! Felizmente a intendencia do Rio Grande tomou a si 6 - patriotico encargo de erguer um monumento a Bento Goncalves, symbolisando todo o extraordinario esforgo da geracao de heroes que sonhou 0 Rio Grande do Sul livre e independente. O bronze ha de fundir-se nas formas masculas de uma estatua e os nossos filhos hio de se descobrir respeitosos ante o vulto gigante de Bento Goncalves e’ ante a effigie de seus companheiros de jornada, qi ‘io foram homens, n Ss, como tudo o que de mais caro, de mais puro e 0 témn esta patria muito amada. Rio Grande, 11 de Junho de.1901. Aurrepo F. Ropriévss te &

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