Você está na página 1de 14

OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME

Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional
• Apresentação
• 1 Estrutura do Curso Direito Internacional Público e Direito
• Dois encontros: Direito Internacional Internacional Privado
Público e Privado.
D. I. Público D. I. Privado

• 2 Redes sociais Sujeitos: Estados e Sujeitos: pessoa


Organizações física/jurídica
• Facebook: Professor Bruno Viana
Internacionais
• Twitter: @ProfBrunoViana
Relações públicas Relações privadas. Conflito
• Instagram: @ProfBrunoViana de leis no espaço
Aplicação de normas Aplicação de normas
• 3 Banca internacionais nacionais
• XV EOU – FGV
Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

2 Fundamentos do Direito Internacional


I Teoria voluntarista
Fundamenta a existência do Direito
Direito Internacional Internacional na vontade dos Estados.

Público II Teoria objetivista


O Direito Internacional tem suas próprias
regras, princípios e costumes que são
independentes da vontade dos Estados.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional


1 Aspectos conceituais 3 Características da ordem jurídica Internacional
Todo o sistema de regras, costumes e princípios Descentralização:
internacionais que regem as relações entre os
sujeitos de Direito Internacional dentro da sociedade
internacional.
Na ordem jurídica internacional , não existe
REGRAS um órgão central que concentre todas as
normas e poderes decisórios.
PRINCÍPIOS
COSTUMES INTERNACIONAL

SUJEITO DO
Cada Estado é uma ordem autônoma com sua
DIREITO
INTERNACIONAL
própria soberania.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

1
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Horizontalidade: Humanização do direito internacional:

Relação de igualdade formal entre os sujeitos Coloca o ser humano como figura central de
do Direito Internacional Público. proteção nos compromissos internacionais.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Coordenação: Diversidade de atores:

Deve haver uma cooperação entre os Estados Não é só o Estado o único ator do Direito
para cuidar dos problemas internacionais. Internacional Público. Ex. Organizações
Internacionais.

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Proibição do uso de força: 4 Fontes do Direito Internacional Público


(Estatuto da Corte Internacional de Justiça de
1945 – Art. 38)
É usado como último recurso. Quando todos  I Primárias
os métodos se esgotam, o uso da força entra
em ação. • Tratados internacionais
• Costumes
A legítima defesa, como meio lícito de uso da • Princípios gerais de direito
força (Art. 51 da Carta da ONU) - efetivo
ataque armado.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

2
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

 II Auxiliares

• Doutrina e Jurisprudência
• Equidade
• Resoluções de Organizações
Internacionais* Tratados internacionais
• Atos jurídicos Unilaterais*

* Fontes do Direito Internacional Público não


elencadas no Art. 38, ECIJ.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Tratados Internacionais
I Convenção de Viena sobre Direito dos
Tratados de 1969 (ratificada em 14/12/2009).
II Convenção de Viena sobre Direito dos
O Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional Tratados entre Estados e Organizações
de Justiça de 1945 foi criado para servir de Internacionais ou entre Organizações
roteiro dos seus trabalhos. Um artigo de Internacionais de 1986.
conteúdo exemplificado e não exaustivo.

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Terminologia livre e indiscriminada

Convenção Pacto
Carta Tratado
O Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional Protocolo
de Justiça de 1945 não estabelece nenhum tipo Acordo...
de hierarquia. Ou seja, não existe uma Ata
hierarquia entre tratados internacionais,
Ato
costumes internacionais ou pricípios
internacionais do direito.
Professor Bruno Viana
Professor Bruno Viana

3
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Princípios norteadores c) Considerandos: indicam as intenções,


- Livre consentimento; vinculações e motivos das Partes em relação a
celebração do acordo.
- Boa-fé;
d) Articulado: principal elemento do
- Pacta sunt servanda. instrumento convencional, composto por uma
sequência de numerados, onde se
Convenção de Viena de 1969 sobre o Direito dos estabelecem todas as cláusulas de
Tratados: Art. 26 – todo tratado em vigor obriga as operatividade do acordo.
partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional


e) Fecho: especifica o local e a data da
Estrutura dos tratados celebração do tratado, o idioma em que o
mesmo será redigido e o número de
a) Título exemplares originais.
b) Preâmbulo ou exórdio
c) Considerandos f) Assinatura: Chefe de Estado, Ministro das
d) Articulado Relações Exteriores, ou de outra autoridade
e) Fecho que represente o Presidente da República na
f) Assinatura celebração do instrumento.
g) Anexos ou apêndices
g) Anexos ou apêndices: instrumentos com
Professor Bruno Viana natureza de norma jurídica convencional.
Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

a) Título: indica a matéria tratada pelo acordo


Requisitos de validade
ou, mais amplamente, o assunto nele
versado; a) Capacidade das partes

b) Preâmbulo ou exórdio: indica as partes b) Habilitação dos agentes signatários


contratantes, é dizer, os sujeitos de Direito
Internacional Público que concluem o tratado; c) Consentimento mútuo

d) Objeto lícito e possível

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

4
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Capacidade das Partes: Objeto lícito e possível

A Parte que quer celebrar o tratado deve ser Deve versar sobre objeto lícito e possivel .
capaz – Sujeito de Direito Internacional Público

Exemplos :

Estados e organizações internacionais


Professor Bruno Viana
Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Habilitação dos agentes signatários: Classificação dos tratados

1 Quanto ao número de partes


Aquela Parte está representada por um agente
hábil ? a) Bilaterais (ou particulares)

- Agente plenipotenciário: Ministro das b) Multilaterais (coletivos, gerais ou


Relações Exteriores. plurilaterais)

- Carta de Plenos Poderes


Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

2 Quanto ao tipo de procedimento utilizado para a sua


Consentimento mútuo: conclusão

a) Tratados stricto sensu (bifásico)


Primeira: inicia-se com as negociações e culmina com
As partes devem concordar sobre a celebração a assinatura de seu texto.
do acordo, não pode haver coação. Segunda: vai desde a assinatura à ratificação.
Os tratados são livres e de espontânea b) Tratados de forma simplificada (unifásicos)
vontade. Única fase que consiste na assinatura do acordo,
momento em que as Partes já se obrigam
definitivamente.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

5
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

3 Quanto à execução no tempo b) Tratados-contrato


Busca estabelecer uma prestação e
a) Transitórios
contraprestação individual com fim comum
Perduram no tempo, porém tem sua execução exaurida
de forma imediata no instante exato da sua conclusão (igualam-se aos contratos de direito interno). O
(estabelecimento de fronteiras, transmissão definitiva tratado se exaure com o cumprimento da
de bens). obrigação.

b) Permanentes
Tratados cuja execução se prolongam por prazo
indeterminado no tempo (Comércio, aliança,
extradição, cooperação).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

4 Quanto à estrutura da execução 6 Quanto à possibilidade de adesão posterior


a) Mutalizáveis
O descumprimento parcial de alguma ou a) Abertos: permite a adesão posterior de
algumas das Partes não tem o condão de Sujeitos que não figuraram como
comprometer a execução do acordo como um signatários originais.
todo.
Pode ser: limitada e Ilimitada; condicionada e
b) Não-mutalizáveis incondicionada.
Não permitem divisão na sua execução.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

5 Quanto à natureza jurídica b) Fechados: não permite a adesão posterior


de Sujeitos que não figuraram como
a) Tratado lei (tratado normativo) signatários originais.
Geralmente celebrado por grande número de
Estados e têm por objetivo fixar normas gerais
e abstratas de Direito Internacional. Regras
válidas para as Partes contratantes, podendo
ser comparadas a verdadeiras leis.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

6
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Processualística de incorporação dos II Fase (âmbito interno). Referendo parlamentar


Competência: Congresso Nacional (Art. 49, I,
tratados internacionais no Direito
da CF/88). Decreto Legislativo (Art. 59, VI,
brasileiro CF/88).
Fase Externa : Presidente assina e CR/88. Art. 49. É da competência exclusiva do
negocia o tratado Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados,
Fase Interna : Referendo Parlamentar acordos ou atos internacionais que acarretem
e Ratificação do encargos ou compromissos gravosos ao
Executivo patrimônio nacional;
Professor Bruno Viana
Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

I Fase (âmbito internacional). Negociação e CR/88. Art. 59. O processo legislativo


assinatura compreende a elaboração de:
VI - decretos legislativos;
a) Requisitos de validade do tratado
(capacidade das Partes, habilitação dos
agentes signatários; consentimento mútuo e
objeto lícito e possível).
Dica quente! O Congresso não ratifica o
tratado, ele o referenda (aprova) ou rejeita.
Quem ratifica é o Presidente da República.
Professor Bruno Viana
Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

b) Competência: privativa do Presidente da República III Fase (âmbito internacional). Ratificação e


(Art. 84, VIII da CR/88). Adesão
CR/88, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente
da República: a) Ratificação: Estado estabelece no plano
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacional formalmente a sua anuência em
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
relação ao acordo que foi negociado.

Dica quente! As Convenções Internacionais do b) Adesão: no caso de acordo já em vigor, os


Trabalho, concluídas no âmbito da OIT, obrigam a sua Estados realizarão a adesão.
submissão à aprovação parlamentar.

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

7
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Exceções
IV Fase (âmbito interno). Promulgação e
Publicação I Código Tributário Nacional (Art. 98)
Promulgação: o Presidente da República Os tratados e as convenções internacionais
promulga por meio de um Decreto Presidencial revogam ou modificam a legislação tributária
(exigência do Supremo Tribunal Federal). interna, e serão observados pela que lhes
sobrevenha.
Publicação: uma vez publicado o Tratado, a
todos é dado conhecimento de seus termos e
do início de sua vigência.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

I Doutrina tributarista defende a aplicação


V Fase (âmbito internacional). Entrada em vigor moderada desse dispositivo legal.
(Convenção de Viena (1969), art. 24, 1 e 2).
II Doutrina internacionalista defende a
aplicação na íntegra do presente dispositivo.
VI Fase (âmbito internacional). Registro e
Publicação (Carta das Nações Unidas, art. 102,
1).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

A hierarquia dos tratados internacionais dentro Segunda e terceira exceções – Direitos


do ordenamento jurídico brasileiro Humanos

II. Emenda Constitucional 45/2004 – Reforma


Regra geral
do Judiciário (Art. 5, 3, CF/88).
Paridade normativa segundo o STF. Os
Tratados internacionais tem status de lei
ordinária federal.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

8
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

CR/88 – Art. 5º Extinção dos tratados


3º Os tratados e convenções internacionais
sobre direitos humanos que forem aprovados, Convenção de Viena de 1969, Art. 54.
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos Execução integral; Término do prazo de
respectivos membros, serão equivalentes às vigência; Consentimento mútuo; Denúncia;
emendas constitucionais. (Emenda Inviabilidade de execução; ...
Constitucional 45/2004).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

III. Norma supralegal (abaixo da Constituição, Denúncia :


porém acima de toda legislação
infraconstitucional).

Pacto de São José da Costa Rica (Convenção É a decisão unilateral do Estado de não fazer
Interamericana de Direitos Humanos, 1969). mais parte do tratado.
Trata da proibição da prisão do depositário
infiel (Art. 5, LXVII, CF/88).

Súmula Vinculante 25.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Constituição
Costume

Norma Supralegal
Fonte mais antiga do Direito Internacional.

Legislação Trata-se de uma prática geral aceita como


infraconstitucional sendo direito.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

9
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Ex. vedação ao uso da força no plano Não há um número mínimo e máximo de


internacional. Os Estados em regra não participantes, assim como o tempo de prática.
recorrem ao uso da força armada contra
outros. Quanto a extensão geográfica da prática
costumeira, pode-se dar nos seguintes
Aquele que o invoca tem que prová-lo. contextos:
- Universal (Costume Internacional Universal);
Costume internacional = Elemento Objetivo + - Regional (Costume Internacional Particular);
Elemento Subjetivo - Local (Costume Internacional Particular).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Elemento Objetivo: Extinção do costume

a) tratado mais recente que o codifica ou


revoga
É a repetição daquela ação.
b) quando deixa de ser aplicado

c) por um novo costume

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Elemento Subjetivo:
Princípios gerais de direito

Art. 53 da Convenção de Viena (1969).


Existe uma consciência prévia dos sujeitos
sobre a obrigatoriedade daquele Princípio da boa-fé; não agressão; da solução
comportamento. pacífica de controvérsia; etc.

Professor Bruno Viana


Professor Bruno Viana

10
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Analogia: fazer valer para determinada situação


Fontes secundárias
de fato, a norma jurídica concebida para
aplicar-se a uma situação semelhante, na falta
1 Atos Unilaterais de regra que se ajuste ao exato contorno do
caso posto ante o intérprete.
Manifestação volitiva unilateral do Estado Ex. definir as competências das Organizações
capaz de produzir efeitos jurídicos de alcance Internacionais.
internacional.
Equidade: Cuida-se de decidir à luz de normas
Ex. a notificação, reconhecimento, renúncia, outras – mais comumente princípios – que
etc. preencham o vazio eventual.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

2 Decisões das Organizações Internacionais Sujeitos do Direito Internacional


Resoluções, recomendações, diretrizes, etc.
I Estado
II Organizações Internacionais
3 Jurisprudência e Doutrina III Beligerantes
Jurisprudência internacional, decisões IV Insurgentes
arbitrárias, os pareceres proferidos pela Corte V Santa Sé
da Haia. VI Palestina
VII Indivíduos: minoria da doutrina
Divergência doutrinária;
Empresas Privadas e Organizações Não
Governamentais, não são sujeitos do Direito
Internacional.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

4 Analogia e equidade
Meios para compensar, seja a inexistência de
uma norma, seja sua evidente falta de préstimo
para proporcionar ao caso concreto um Pessoas
deslinde minimamente justo.
Estados e
seus Território
Métodos de raciocínio jurídico.
elementos
Poder ou soberania

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

11
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Grupo armado,
Beligerantes militarmente organizado, Imunidade de execução dos Estados
que ocupa parte de um
território de um Estado Imunidade absoluta. Exceto:
Renúncia, por parte do Estado estrangeiro;

Também é um grupo de Posição minoritária: quando existir, em


rebeldes, porém, não se território brasileiro, bens, que, embora
Insurgentes
encontra no mesmo grau pertencentes ao Estado estrangeiro, sejam
hierárquico dos estranhos, quanto à sua destinação ou
beligerantes. utilização.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Igreja Católica (Estado Imunidade de jurisdição das Organizações


Santa Sé
não membro observador Internacionais
da ONU)
Fundamentação da imunidade está nos Tratados
internacionais assinados com os Estados.
Palestina Ganhou status da ONU de Organismos internacionais diferem juridicamente
Estado não membro dos Estados:
observador. a) organismos não possuem território, nem
governo;
b) os Estados a eles se associam por espontânea
vontade.
Indivíduos: minoria da doutrina*.
Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Imunidade de Jurisdição dos Estados A Organização das Nações Unidas - ONU e sua
(relativização) agência Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD possuem imunidade
a) Atos de império: atos públicos, atos de Estado,
imunidade total de jurisdição
de jurisdição e de execução relativamente a
causas trabalhistas (RE 597368 – Recurso
b) Atos de gestão: atos privado, não faz jus a Extraordinário. Min. Ellen Gracie - 05.2013).
imunidade de jurisdição. Trata-se de uma imunidade de
jurisdição relativa. Em matéria trabalhista não há Imunidade de jurisdição absoluta de
imunidade de jurisdição. ONU/PNUD e a incompetência da Justiça do
Competência: justiça do trabalho EC 45/2004.
Trabalho brasileira para a matéria.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

12
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

Organizações Internacionais Organização das Nações Unidas – ONU


Associação voluntária de Estados e ou de outras
entidades, constituída por meio de um tratado,
com interesse de perseguir uma mesma finalidade, Organização de âmbito universal, de caráter
por intermédio de uma permanente cooperação permanente, intergovernamental e com personalidade
jurídica própria (antecedida pela Liga das Nações).
entre seus membros. (SEITENFUS, Ricardo;
VENTURA, Daisy. 1999).
Objetivo principal: busca e manutenção da paz e
segurança internacional.
Personalidade jurídica derivada da vontade dos
Estados, independentemente da previsão no Documento de constituição: Carta de São Francisco
tratado constitutivo. 1945.

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

1 Características Órgãos
a) Multilateralismo; I Assembleia Geral
Principal órgão deliberativo da ONU. Cada
b) Permanência; Estado tem direito a um voto. Suas
deliberações não têm caráter obrigatório.
c) Institucionalização;
II Conselho de Segurança
15 Estados membros: 5 permanentes (China,
Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia
- CEFRR) e 10 rotativos (2 anos).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

Direito Internacional Direito Internacional

2 Classificação III Conselho Econômico e Social


Promover o estudo e desenvolvimento
a) Quanto ao âmbito de participação: econômico e social por meio da cooperação.
universais e regionais.
IV Conselho de tutela
b) Quanto ao objeto: fins específicos e fins Utilizado para supervisionar os governos que
gerais. administravam os territórios. O Conselho
deixou de operar a partir de 1994, com a
independência do último território (Ilhas Palau
no Pacífico).

Professor Bruno Viana Professor Bruno Viana

13
www.cers.com.br
OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME
Direito Internacional
Bruno Viana

Direito Internacional
V Corte Internacional de Justiça
Objetivo principal de resolver os litígios entre os
Estados, funcionando também como órgão consultivo.

(Art. 35 ECIJ) A Corte estará aberta aos Estados que


são partes do presente Estatuto. As condições pelas
quais a Corte estará aberta a outros Estados serão
determinadas pelo Conselho de Segurança.

Competência consultiva: tarefa da emissão de parecer


(art. 96 da Carta das Nações Unidas e do artigo 65 do
Estatuto da Corte Internacional de Justiça).

Professor Bruno Viana

Direito Internacional
Capacidade para solicitar o parecer consultivo:
Assembleia-Geral, Conselho de Segurança da ONU,
bem como por outros órgãos das Nações Unidas e
entidades especializadas, que forem em qualquer
época devidamente autorizados pela Assembleia Geral
da entidade. Tais pareceres, em princípio, não são
vinculantes, embora possam vir a sê-lo, caso as partes
que o solicitem o convencionem (Art. 65 CIJ).

VI Secretariado
Órgão encarregado das funções administrativas e
executivas da ONU.

Professor Bruno Viana

Direito Internacional

Bons estudos!

Facebook: Professor Bruno Viana


Twitter: @ProfBrunoViana
Instagram: @ProfBrunoViana

Professor Bruno Viana

14
www.cers.com.br

Você também pode gostar