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Pregão (Lei n. 10.

520/2002) – PREGÃO
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

PREGÃO (LEI N. 10.520/2002)

Quando se fala em licitação pública, incialmente se estuda a Lei n. 8.666/1993.


Essa lei determina regras para cinco modalidades de licitação: concorrência,
tomada de preços, convite, concurso e leilão. A modalidade de pregão está em
outra lei: Lei n. 10.520/2002.
Antes de iniciar o estudo de Lei do Pregão, é necessário conhecer a Lei n
8.666/1993, pois esta é aplicada de maneira subsidiária na Lei do Pregão. Por
isso, no edital, são cobradas ambas as leis.

1. INTRODUÇÃO

Regulamentação:
• Lei n. 10.520/2002 (Lei do Pregão Presencial);
• Decreto n. 3.555/2000 (Pregão Presencial);
• Decreto n. 5.450/2005 (Pregão Eletrônico).

Âmbito de aplicação da Lei n. 10.520/2002: União, Estados, Distrito Federal


e Municípios. Trata-se, então, de uma lei nacional.

O pregão, inicialmente, foi estabelecido por medida provisória e era aplicado


somente à União. Posteriormente, essa medida provisória foi convertida em lei,
passando por algumas alterações, e o pregão passou a ser utilizado em todo o
território nacional.

Âmbito de aplicação dos Decretos n. 3.555/2000 e 5.450/2005: apenas


União.

O objetivo do decreto é explicar, detalhar a lei. Editar decretos é de compe-


tência do Chefe do Executivo (presidente da República, governador e prefeito).
ANOTAÇÕES

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PREGÃO – Pregão (Lei n. 10.520/2002)
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O Decreto n. 5.450/2005 é um decreto federal e foi criado pelo presidente da


República e sua aplicação se dá no âmbito da União. Desse modo, por exemplo,
pode o governador do estado do Rio de Janeiro criar seu próprio decreto para
explicar e detalhar como será o pregão eletrônico em seu Estado.

 Obs.: o art. 9º, da Lei n. 10.520/2002, dispõe que: “aplicam-se subsidiariamen-


te, para a modalidade pregão, as normas de Lei n. 8.666, de 21 de junho
de 1993”.

ADOÇÃO DA MODALIDADE PREGÃO

Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a mo-
dalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica. (art. 4º,
Decreto n. 5.450/2005)

Sempre que a Administração Pública for contratar bens e serviços comuns,


deverá utilizar a modalidade pregão, preferencialmente em sua forma eletrônica.
Desse modo, o pregão só será presencial quando não houver meio eletrônico
para realizá-lo.
Atualmente, cerca de 90% das licitações são realizadas pela modalidade
pregão, pois a maioria dos bens e serviços contratados pelo Poder Público são
considerados comuns (bens de fácil especificação, usuais de mercado). Exem-
plos: contratação de veículos, serviços de limpeza, recepção, vigilância etc.

Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na


modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. (art. 1º, Lei n. 10.520/02)

O pulo do gato
Repare o art. 1º, da Lei n. 10.520/2002: o artigo dispõe que o pregão pode ser
adotado para a aquisição de bens e serviços. No decreto, que é posterior à lei,
o art. 4º torna o pregão obrigatório.
ANOTAÇÕES

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Pregão (Lei n. 10.520/2002) – PREGÃO
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Na hora da prova, se for perguntado de maneira genérica que, obrigatoriamente,


deve-se contratar pela modalidade pregão para contratar bens e serviços
comuns, marque a resposta como correta. A modalidade pregão é utilizada
obrigatoriamente para contratação de bens e serviços comuns (ato vinculado).
Entretanto, se for cobrada especificamente a Lei n. 10.520/2002, a modalidade
pregão poderá ser utilizada para contratação de bens e serviços comuns (ato
discricionário).

2. OBJETO

Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aque-
les cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. (art. 1º, parágrafo único,
Lei n. 10.520/2002)

Exemplos de bens e serviços comuns: veículos, água mineral, mobiliário,


combustível, material de expediente, materiais hospitalares, serviço de conser-
vação e limpeza, transporte, vigilância, garçom, ascensorista, lavanderia, telefo-
nista etc.

Bens e serviços comuns são aqueles que qualquer pessoa saberá o que a
Administração Pública pretende contratar.

Não se aplica ao pregão:

Na modalidade de pregão, na forma eletrônica (ou na forma presencial), não se


aplica às contratações de obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias
e alienações em geral (art. 6º, Decreto n. 5.450/2005).

• As contratações de obras não são feitas mediante a modalidade pregão.


• As locações imobiliárias normalmente são feitas pela modalidade concor-
rência.
• A Administração Pública não pode vender alguma coisa pela modalidade
pregão (inalienável). A modalidade para esse tipo de serviço é o leilão.
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PREGÃO – Pregão (Lei n. 10.520/2002)
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Nas obras de engenharia, não se aplica a modalidade pregão. Porém, havia


controvérsias quanto aos serviços de engenharia.
Havia algumas pessoas que defendiam que os serviços de engenharia pode-
riam ser contratados pela modalidade pregão; enquanto outras diziam que não
poderiam. Desse modo, o TCU pacifica essa questão por meio da Súmula n.
257/2010:

O uso do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra


amparo na Lei n. 10.520/2002. (Súmula TCU n. 257/2010)

Atenção!
Portanto, para sua prova, lembre-se de que os serviços comuns de engenharia
podem ser contratados pela modalidade pregão (ex.: a divisão de um sala
ampla em duas).
Por outro lado, os serviços complexos de engenharia não podem ser contratados
pela modalidade pregão (ex.: restauração de uma ponte).

3. TIPO DE LICITAÇÃO

No pregão, vence sempre o menor preço (não há exceção), sendo vedada a


utilização de qualquer outro tipo (atende ao princípio da economicidade).

 Obs.: o pregão pode ser utilizado para contratos de qualquer valor, ou seja, não
há limites de valores para a utilização da modalidade pregão.

Publicação

A convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de


aviso em Diário Oficial do respectivo ente federado. Então, havendo Diário Ofi-
cial, basta publicação de aviso (não há todo o edital).
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Pregão (Lei n. 10.520/2002) – PREGÃO
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Não existindo Diário Oficial, deve-se publicar em jornal de circulação local, e


facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal
de grande circulação.
O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publi-
cação do aviso, não será inferior a oito dias úteis. Então, entre a publicação
do aviso do edital de licitação e o dia da própria licitação deve haver, no mínimo,
8 dias úteis.

 Obs.: Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos
Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor
Rodrigo Cardoso.
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