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Como criar a estrutura de uma monografia perfeita?

Postado por: Matheus Henrique em: Estudantes | comentário : 0

Olá, leitor!

A monografia é um dos momentos mais importantes e decisivos, daqueles que


estão no último ano do Ensino Superior. Este é um projeto que pode exigir
muito do aluno, com muitas regras e uma estrutura complexa.

A elaboração da Monografia (algumas vezes chamada de TCC), é um pré-


requisito para que o aluno possa receber o certificado de conclusão de curso.
Sem a Monografia não há graduação. Portanto dá para imaginar o quão
importante e complexo é este tipo de projeto.

Apesar das normas ABNT não serem mais obrigatórias neste tipo de
documento, a maioria das universidades ainda exigem no manual o uso destas
normas. Por isso é importante saber e entender bem, sobre a estrutura da
monografia e como ela deve ser montada.

Pensando nisso fizemos uma lista com algumas dicas essenciais para você
criar uma estrutura de monografia excelente.

Como começar uma monografia?


Como dissemos, é uma etapa que exige bastante, mas é possível seguir
alguns passos para facilitar todo o processo de elaboração deste importante
projeto.

1- Definição do tema
Não existe outra maneira de começar a estruturar uma monografia, se não pela
definição do tema. É bom lembrar que o tema precisa ser claro e bem
delimitado. “Monografia” quer dizer “Estudo de um único assunto”, por isso não
é interessante escolher um tema, que tenha muitas bifurcações e possa ser
desviado durante a elaboração do assunto.

Existem várias maneiras de se delimitar o tema da monografia. Uma maneira


interessante, é através de contextualização de tempo em que a pesquisa será
focada, ou então no espaço que os estudos abrangem.

2- Coleta de informações bibliográficas


O próximo passo é começar a coleta de dados e referências bibliográficas. Este
é o momento em que a monografia começa a tomar forma e caminho. Este
passo é simplesmente o levantamento de livros, teses, artigos ou qualquer
outro registro, sobre pesquisas já feitas em relação ao tema ou pelo menos
com o mesmo assunto que irá ser abordado em sua pesquisa.

Esta coleta é importante para saber se há material suficiente, para ajudar na


sua pesquisa, além de facilitar o entendimento sobre o cenário atual do assunto
e do tema. Lembre-se de listar todas as referências que encontrar nesta etapa,
pois será preciso para a hora da pesquisa principal.

3- Problematização
As pesquisas de monografia são geralmente norteadas por um uma questão,
que deve ser feita e respondida pelo aluno que está desenvolvendo o projeto.
Este passo se chama “Problematização” e consiste em, questionar sobre a
causa de um problema, comportamento ou fenômeno.

O importante é tentar “problematizar” de acordo com informações e dados


encontrados durante o levantamento feito, assim você saberá que poderá
responder à pergunta criada, baseado nas informações que foram encontradas.

Lembrando, claro, que o tema e a problematização devem ser únicos, para não
parecerem com um plágio em momento algum.

4- Crie um sumário provisório


O sumário provisório é uma espécie de rascunho do sumário final. Esta é uma
estratégia usada por roteiristas e escritores de livros informativos, criando
vários tópicos iniciais para obter um norteamento para a redação do projeto.

O sumário provisório funciona de forma bem parecida com o sumário de um


livro, falando de cada assunto tratado em cada capítulo, preferencialmente
dividido entre itens.

O começo do sumário deve conter o tema da sua monografia, um breve


resumo da delimitação e a problematização.

Estes são os 4 elementos básicos para você iniciar a sua pesquisa e


estruturação da monografia. Porém, existem mais algumas regras técnicas,
que devem ser seguidas enquanto elabora seu projeto.

>> Confira como fazer sua Monografia

Estrutura de uma Monografia


Atualmente, a monografia precisa ser estruturada em três trechos distintos:
Elementos pré-textuais da monografia, elementos textuais da monografia e
elementos pós-textuais da monografia.

Estes elementos formam a estrutura básica de uma monografia, e cada um


deve ser organizado de forma diferente.

Elementos pré-textuais da monografia


A parte pré-textual do texto é formada por: capa, folha de rosto, sumário e
resumo. Na maioria dos manuais das faculdades não são exigidos, dedicatória,
agradecimentos ou epígrafe, mas estes elementos podem ser usados.

Capa

A capa do trabalho é obrigatória e na maioria das vezes precisa seguir as


regras da ABNT. A capa deve conter dados sobre a instituição, curso, aluno,
local e ano, além do título da monografia.

Folha de rosto

A folha de rosto também é obrigatória. Nesta parte devem conter alguns dados
contidos na capa, porém é acrescentado o nome do orientador e uma nota
explicativa.

Resumo

O resumo da monografia é outro item obrigatório e nele devem conter os


objetivos da pesquisa, os métodos usados, os resultados e a conclusão. O
resumo deve ser feito em língua portuguesa e logo em seguida em língua
estrangeira. Esta parte é geralmente conhecida como “abstract”.

Sumário

Esta parte deve ser organizada como o sumário de qualquer livro científico e
informativo, contendo todos os capítulos e divisões que a monografia possui.

Elementos textuais da monografia


Esta é a parte principal do trabalho, é basicamente a monografia em si. É aqui
que o universitário deve desenvolver a redação da sua pesquisa. Como um
texto dissertativo, a parte textual da monografia deve ser divida em Introdução,
Desenvolvimento e Conclusão.

Introdução
Este é o início do texto da monografia, aqui deve ser apresentado todo o
processo usado na aproximação com a temática, além de justificar e
demonstrar a importância do tema escolhido. A introdução também deve
apresentar a delimitação do tema, objeto de pesquisa e qualquer outro
elemento importante para este momento.

Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte principal da monografia. Nela deve conter de


forma ordenada, todo o assunto que será tratado durante o decorrer do projeto.
O desenvolvimento é dividido em capítulos subdivididos por itens e assuntos de
acordo com a necessidade do desenvolvido da ideia.

Conclusão

A conclusão é a última parte do elemento textual. Esta é a parte onde devem


ser apresentados os resultados da pesquisa, além de enfatizar a contribuição
trazida para o tema proposto.

Elementos pós-textuais
Os elementos pós textuais são as referências bibliográficas, a bibliografia e os
apêndices da monografia.

As referências são parte dos elementos pós textuais. Neste item são indicadas
todas as obras que foram consultadas e citadas durante o texto. As referências
são organizadas em ordem alfabética. A forma de apresentação a ser utilizada
é regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Esses são os passos essenciais para criar uma excelente estrutura de


monografia.

O que acharam destas dicas leitores? Escreva para gente nos comentários.

Até logo!

Artigos relacionados

O presente trabalho aborda a distinção entre virtude e vício, feita por


Aristóteles, no livro II, capítulo 8 da obra Ética a Nicomaco.
Na visão de Aristóteles, enquanto a virtude intelectual vem, via de regra, pelo
aprendizado, requerendo, desta forma, tempo para desenvolver-se, a virtude moral é
adquirida pelo hábito. O saber pouco ou nada conta na aquisição da virtude. É
necessário a ação, o hábito, e o saber é adquirido por aprendizado, sendo compatível,
portanto com a virtude intelectual. A prática desses atos deve nos indicar o caminho
da moderação. Excesso ou falta, devem ser evitados. Segundo Aristóteles a ação
virtuosa deve ser voluntária e não contemplar hesitação. O virtuoso não possui
qualquer conflito moral. Tanto quer fazer o bem quanto o faz e a vida feliz é a vivida
segundo a virtude. Uma conduta ou sentimento tido de forma deficiente ou excessiva
torna-se um vício.

Ao fazer a distinção entre virtude e vício no capítulo 8 do livro II, Aristóteles


afirma existirem três espécies de disposições, sendo duas delas vícios, que tratam de
excesso e carência e uma terceira, virtude. A distinção é feita a partir da comparação
entre cada uma delas e as outras duas, uma vez que ele afirma: "E cada uma delas, de
certo modo, opõe-se às outras duas, pois as disposições extremas são contrárias tanto
ao meio-termo quanto entre si, e o meio-termo é contrário às disposições extremas;
do mesmo modo que o médio é maior em relação ao menor e menor em relação ao
maior, tambem os estados medianos são excessivos em relação às deficiências e
deficientes quando comparados com os excessos, seja nas paixões, seja nas ações".

Aristóteles contrapõe, desta forma, a posição da virtude, colocada em um


“meio termo” hipotetico, aos vícios, por excesso ou deficiência. Para ilustrar o seu
pensamento, diz que: "De fato, o homem corajoso parece temerário em relação ao
covarde, e covarde em relação ao temerário; e do mesmo modo, o temperante parece
um voluptuoso em relação ao insensível e insensível em relação ao voluptuoso, e o
homem liberal parece pródigo em relação ao avaro e avaro em relação ao pródigo".

Segundo sustenta, a contrariedade maior ocorre entre os extremos das


disposições e não destes em relação ao meio termo. O vício do excesso está, por
exemplo, mais distante do da carência do que do meio termo. Quanto a esse meio-
termo, o mais contrário, algumas vezes, é a falta, e às vezes o excesso. Aristóteles
exemplifica dizendo que não é a temeridade, que é o excesso, mas a covardia, que é
a deficiência, que mais se opõe à coragem, e no caso da temperança, o que lhe mais
se opõe é a intemperança, um excesso, e não a insensibilidade, a falta.

Diz que isso ocorre pelo fato de um dos extremos estar mais próximo ao maio
termo e mais assemelhar-se a ele, motivo pelo qual não opomos ao meio termo esse
extremo, e sim o seu contrário. Exemplifica: "como a temeridade é considerada mais
parecida com a coragem e mais próxima desta, e a covardia mais diferente, é este
último extremo que opomos ao meio-termo, visto que as coisas que mais se afastam
do meio-termo são consideradas como mais contrárias a ele. Esta é, então, a razão
inerente à própria coisa".

A outra razão, para o autor, reside em nós mesmos, pois as coisas para as quais
mais tendemos por natureza nos parecem mais contrárias ao meio-termo; por exemplo,
tendemos mais naturalmente para os prazeres, e por isso somos levados mais
facilmente à intemperança do que à moderação. Daí chamarmos mais contrários ao
meio-termo aqueles extremos para os quais nos sentimos mais inclinados, e por isso a
intemperança, que é um excesso, é mais contrária à temperança.

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