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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CAMPUS DE GOVERNADOR VALADARES

DEPARTAMENTO DE DIREITO

DIREITO E VIOLÊNCIA – PROPOSTA DO CURSO, PLANO DAS AULAS,


METODOLOGIA E AVALIAÇÕES.

1. O PROBLEMA FUNDAMENTAL: O QUE É A VIOLÊNCIA?

A questão da violência acompanha o homem desde as suas origens. Quer se trate


das manifestações coléricas da divindade representada no antigo testamento ou
do documento fundador da cultura ocidental, a Ilíada de Homero, encontramos
os registros de um impulso fundamental do indivíduo: a ira, furiosa, a violência
subjetiva destruidora.1

Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida


(mortífera!, que tantas dores trouxe aos Aqueus
e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades,
ficando seus corpos como presa para cães e aves
de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus)2

A ira de Aquiles, por destruidora que possa ser, tem como estopim a negação do
seu desejo: privado por Apolo de possuir seu butim de guerra – Criseida, filha do
sacerdote do deus – Agamenon, rei dos helenos, busca a satisfação do que lhe foi
negado na figura da troiana Briseida, o espólio já atribuído a Aquiles. O início
das desgraças que povoaram o inferno de tantas almas valentes, a fúria de
Aquiles e sua retirada do palco da guerra, causado pelo desejo cuja satisfação
não lhe foi permitida.3 A relação entre desejo e violência está igualmente
presente em outra narrativa, ela também de caráter fundacional: é o desejo que
exsurge em Caim e, dominando-lhe o espírito, fá-lo precipitar-se sobre seu irmão
e mata-lo4 . A história do homem é a história dos desejos não dominados: é a
história da violência.

1 Nunca é supérfluo acentuar o caráter fundador dos textos homéricos: ali se afirma um
ethos, um conjunto de valores e um ideal de humano que a despeito de suas
transformações (ou, mais propriamente, em virtude delas) continua presente no
desenvolvimento da nossa civilização.
2 HOMERO. Ilíada, canto I. 1-4.
3 Ibidem, canto I, passim. É interessante notar que a primeira reação do encolerizado

Aquiles é sacar a espada para matar Agamenon, feito que apenas lhe é impedido pela
aparição da deusa Atena. A violência, neste contexto, apanágio do herói divino, só pode
ser limitada por uma intervenção direta das divindades superiores.
4 Gênesis, 4: 5-8. “E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o Senhor

disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não
é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu
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O louvor à violência não se restringe, contudo, ao seu aspecto individual,


adjetivo. Também as narrativas de fundação das cidades, dos Impérios e
posteriormente das nações trazem consigo o pano de fundo da violência: da
fundação fratricida de Roma5 à visão da cruz/espada de Constantino às vésperas
da batalha; da conquista das Américas6 ao extermínio dos brutos em nome da
civilização no Congo7 ; da “marcha para o oeste” norte-americano, e seu
extermínio das populações autóctones, ao herói nacional brasileiro, o
bandeirante paulista, senhor do fogo e da pólvora, desbravando o Brasil em
nome do Rei e da Igreja8 ; do terror jacobino de Robespierre9 aos expurgos da
Revolução de outubro; - o valor social desta violência sistemática, da cólera
agora posta à serviço de uma empresa civilizatória, dificilmente poderia ser
superestimado. A história da civilização é a história da barbárie.

Nesta longa história de desumanidade, o século XX tem assegurado um lugar de


destaque: nele se testemunhou o surgimento de um novo tipo de violência. Para
além do que podemos chamar, com Zizek 10 , de violência subjetiva – o produto
das ações violentas, do terror das formas de agressão física (guerras, massacres
etc) ou ideológica (racismo, xenofobia, machismo etc) – subjaz, como
componente peculiar do retrato de um século inteiro, uma forma de violência
impessoal, ainda mais destrutiva e mais perniciosa, o horror de uma atmosfera
violenta, racional em sua administração e irracional em sua própria
racionalidade: a violência divina, de que falava Walter Benjamin, e que tem nos
campos de extermínio nazistas a sua forma mais acabada.11

O fascismo se mostra, assim, como a realização progressiva da dialética entre


desejo e violência, entre civilização e barbárie. Mais do que um regime político,

desejo, mas sobre ele deves dominar. E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu
que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.”
5 PLUTARCO. Vidas paralelas: Teseu e Rómulo. Trad. Delfim Ferreira Leão, 10.1.
6 TODOROV, Tzvetan. A conquista da américa; a questão do outro. Trad. Beatriz

Perrone-Moisés. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.


7 CONRAD, Joseph. Coração das trevas. Trad. Sérgio Flaskman. São Paulo:

Companhia das letras, 2008.


8 Seu representante mais famoso, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera,

responsável pela morte de populações inteiras, tem seu epíteto repetido em estátuas,
rodovias, redes afiliadas de televisão e, mesmo, centros universitários privados.
9 “A Revolução é a guerra da liberdade contra os seus inimigos”. ROBESPIERRE,

Maximillien de. Discursos e relatórios na Convenção. Trad. Maria Helena Franco


Martins. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999, p. 131.
10 ZIZEK, Slavoj. Violência; seis notas à margem. Trad. Miguel Serras Pereira. Relógio

D’água: Lisboa, 2009.


11 Cf. ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém; ensaio sobre a banalidade do mal.
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os fenômenos totalitários do início do século são a expressão desenvolvida das


promessas que outrora animaram o ideal da civilização, o lado obscuro, não
tematizado, da promessa do esclarecimento (iluminismo/Aufklärung) de libertar
os homens do jugo da natureza e da tirania, mediante o entendimento (a técnica)
e a razão12 . E se sua estrutura mais visível foi destruída (por meio da violência
igualmente civilizadora), os componentes subjacentes que lhe permitiram o
surgimento continuam por vigorar, cada vez mais fortes, em nosso tempo.

Pois uma mesma lógica violenta permeia os componentes da sociedade atual.


Uma estrutura cinzenta parece dar as cores a um tempo que transmutou o veículo
da violência (subjetiva), mas que opera a partir da mesma lógica que tem na
dominação impessoal do indivíduo e da sociedade a sua petição de princípios.13
É preciso, assim, treinar o olhar para dirigi-lo ao que realmente importa, ao que
está efetivamente em jogo na realidade atual.

As repressões violentas às manifestações, consagrada por personagens


anônimos, sem identificação a não ser as insígnias de sua corporação, à política
de ocupação e pacificação de favelas passando pelas perseguições degradantes
do revenge porn da internet e do sectarismo político presente, cada vez mais
inflamado, nas redes sociais pós-julho de 2013, temos vislumbres da atualização
da forma total da violência impessoal, reinante nos nossos dias.

Mesmo os movimentos que lhe buscam opor resistência (manifestações de


black-blocs, movimentos ecologistas, de luta por igualdade racial, feministas
etc) não fazem senão perpetuar os mecanismos da racionalidade irracional que
está na base da violência impessoal: não captando adequadamente o fenômeno
que visam combater, continuam atribuindo-lhe um lugar determinado, uma causa
necessária diretamente ligada a alguns dos seus elementos (o direito, a
dominação econômica, a polícia, o interesse especulador, a concentração de

12 KANT, Immanuel. Resposta à pergunta ‘o que é esclarecimento?’. Trad. Igualmente


elucidativa é a profecia kantiana, expressa em sua oitava proposição das ideias de uma
história universal: “Pode encarar-se a história humana no seu conjunto como a execução
de um plano oculto da Natureza, a fim de levar a cabo uma constituição estatal
interiormente perfeita e, com este fim, também perfeita no exterior, como o único estado
em que aquela pode desenvolver integralmente todas as suas disposições na
humanidade.” In. KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal com um propósito
cosmopolita (1784). Trad. Artur Morão. Lisboa: Lusosofia, s/d, p. 15.
13 Alguns dos trabalhos mais importantes de Michel Foucault vão no sentido de elucidar

estes mecanismos de dominação, a partir da relação entre o exercício do poder e as


formas de subjetivação que lhes são peculiares. Conferir, neste sentido, Vigiar e punir,
Em defesa da sociedade, e O nascimento da biopolítica.
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terras, o racismo, o machismo etc) – seu combate é tético, determinado,


conjuntural. Não atinge senão a superfície.

Buscando interpelar a violência diretamente, o que lhes escapa é o horizonte da


totalidade do fenômeno. Nesta característica, ou seja, em sua totalidade, parece
residir sua alma mais íntima, ao mesmo tempo a fonte inesgotável de sua
eficiência e o calcanhar de aquiles que lhe permite ser desmascarada. É preciso,
pois, deixar de lado os atos violentos, a indignação causada pelo
desencadeamento da força bruta para que se possa treinar o olhar a fim de dirigi-
lo ao fenômeno: a realidade violenta só é possível porque permeada, de cima a
baixo, por uma racionalidade violenta. O real e o racional encontram-se em uma
relação dialética – e a compreensão de um e de outro dependem, em primeiro
lugar, da compreensão da relação ela mesma.

Esta tese encontra-se desenvolvida por uma senda de pensadores consagrados,


cujas pesquisas começaram a se desenvolver no Instituto de Pesquisas Sociais de
Frankfurt, na Alemanha, na década de 1930, e continuam até os nossos dias, e
que foram denominados coletivamente como Escola de Frankfurt. A diferença
de sua proposta, diante dos outros modelos teóricos, encontra-se delineada em
um ensaio, de 1937, denominado Teoria Tradicional e teoria crítica14 no qual a
busca pela recondução histórica dos problemas sociais encontra-se ligada,
necessariamente, a um diagnóstico profundo do tempo presente, de modo a abrir
as possibilidades de uma efetiva emancipação. Max Horkheimer, Theodor
Adorno, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Franz Neumann, Jürgen Habermas
são alguns dos principais membros desta escola de pensamento.

É com base nas obras de alguns destes autores que estruturamos nosso curso.
Seu objetivo é buscar responder a algumas perguntas, cercar o problema da
violência sem pressa, evitando o reducionismo sedutor dos positivismos de toda
espécie – quer deite raízes na psicologia popular grosseira ou na sociologia
vulgar.

Eis o que buscamos elucidar: o homem moderno é verdadeiramente livre? É


possível que os mais elevados produtos da cultura – as instituições e o aparato
técnico -, criados para sua libertação, tenham-no feito prisioneiro? Em que
consiste, e como opera, uma prisão assim estruturada? Qual a relação de tal
prisão com a promessa de liberdade da qual ela é a outra face? E, por fim, é

14 HORKHEIMER, Max. Teoria tradicional e teoria crítica. In. BENJAMIN, Walter;


HORKHEIMER, Max [et alli]. Textos escolhidos (Os pensadores, vol. XLVIII). Trad.
Edgard Malagodi e Ronaldo Pereira da Cunha. São Paulo: Abril cultural, 1975, p. 125-
162.
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possível quebrar-lhe as grades? Está disponível ao indivíduo o campo da


insurgência efetiva?

Tais questões, contudo, precisam de um espaço de realização: bastante amplas,


elas demandam uma circunscrição temática para que possam, efetivamente,
guiar-nos em direção às respostas que prometem.

O espaço que escolhemos para a nossa crítica é o do direito – encarado aqui em


sua dimensão histórico-institucional, como um corpo de regras instituídas que se
colocam como antípoda da violência, fundamentado na busca por justiça. Este
espaço se nos afigura como um lugar privilegiado: no direito, a ambivalência da
relação com a violência se mostra em sua contradição mais radical (o que
equivale dizer: em sua forma mais pura). E não é preciso muito para desnudá-la:
sob os signos da justiça, a violência operada pela instituição jurídica permite
revelar, talvez, sua lógica inerente, sua racionalidade intrínseca e seus
mecanismos de operação.

É importante ressaltar que não se trata, aqui, de conjunto de leis, ou mesmo de


teorias sobre o direito. As leis não são senão alguns dos mecanismos pelos quais
o fenômeno jurídico se expõe, ao passo que as teorias retiram seu valor
cognitivo da evidência dos fenômenos que buscam elucidar mas não trazem, elas
mesmas, esta evidência. (No mais das vezes, trabalham de forma a mascará-la.)
É preciso busca-la em outro lugar.

Este outro lugar, o lugar definitivo no e a partir do qual o fenômeno jurídico


pode se mostrar em sua totalidade – como totalidade da violência –
encontraremos na obra O processo, de Franz Kafka. A obra de arte traz consigo
o mundo; deixa-o falar e se torna, ela mesma, a totalidade do mundo falado: na
obra de Kafka encontramos, portanto, não um aspecto ou elemento da violência,
ou temas atinentes a esta ou aquela área do direito, mas o mundo do direito
enquanto mundo da violência. É a partir de sua leitura que construiremos o solo
sobre o qual podemos avaliar se o edifício da teoria (da obras filosóficas
selecionadas) pode se sustentar adequadamente. É ela que nos fornecerá – não as
respostas – mas o critério a partir do qual toda resposta pode ser avaliada: a
evidência do real em sua totalidade significativa. Ou, dito de outra forma, o
caráter real da violência que nos assola.
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2. PLANO DAS AULAS.

INTRODUÇÃO – Apresentação do programa do curso: questionar a


violência através do direito.

I – UM DIAGNÓSTICO DO TEMPO PRESENTE.

TEXTO TRABALHADO: FREUD, Sigmund. O mal-estar na


civilização. In. FREUD. Obras completas: vol. 18 (1930-1936). Trad.
Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das letras, 2010, p. 13-
123.

II – A RACIONALIDADE DO TEMPO PRESENTE.

TEXTO TRABALHADO: ADORNO, Theodor; HORKHEIMER,


Max. Dialética do esclarecimento; fragmentos filosóficos. Trad.
Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 2006, p. 11-46
(Prefácio e Cap. 1. “O conceito de esclarecimento”)

III – DO INDIVÍDUO AUTÔNOMO AO AUTÔMATO


IMPESSOAL.

TEXTO TRABALHADO: HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão.


Trad. Carlos Henrique Pissardo. São Paulo: UNESP, 2015, p. 7-9 e
143-178 (Prefácio e Cap. IV. “Ascensão e declínio do indivíduo”)

IV – IMPESSOALIDADE E ALIENAÇÃO.

TEXTO TRABALHADO: ADORNO, Theodor. Tempo livre. Trad.


Maria Helena Ruschel. In. ADORNO. Indústria cultural e
sociedade. Seleção de textos de Jorge M. B. de Almeida. São Paulo:
Paz e terra, 2002, p. 62-70.

V – A VIOLÊNCIA DO PODER E O PODER DA VIOLÊNCIA

TEXTO TRABALHADO: BENJAMIN, Walter. Para uma crítica


da violência. In. BENJAMIN. Escritos sobre mito e linguagem
(1915-1921). Organização e notas: Jeanne Marie Gagnebin. Trad.
Suzana Kampff Lages e Ernani Chaves. São Paulo: Editora 34, 2011,
p. 121-156.

VI – IMPESSOALIDADE, TÉCNICA E VIOLÊNCIA:


UNIDIMENSIONALIDADE COMO PRISÃO.
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TEXTO TRABALHADO: MARCUSE, Herbert. A ideologia da


sociedade industrial; o homem unidimensional. Trad. Giasone
Rebuá. Rio de Janeiro: Zahar, 1973, p. 13-37 e 69-91 (Introdução,

3. METODOLOGIA E AVALIAÇÕES.

De forma a se adequar aos objetivos e à natureza do curso oferecido,


estruturamos uma metodologia dialogada, que mesclará aulas expositivas
(geralmente no início de cada tópico) – que buscarão situar o tema, os textos e o
léxico utilizado pelos autores – com discussões dirigidas a partir dos textos. O
que faremos, portanto, é uma leitura conjunta, buscando elucidar as teses
expostas pelos autores, ao tempo em que problematizamos os conteúdos
trabalhados.

Tais aulas demandam, portanto, a leitura contínua dos textos selecionados: para
que, deste modo, seus conceitos se esclareçam na leitura que propomos. Não se
trata de já ter lido todo o texto, mas de construirmos um ritmo próprio de leitura.
É importante ressaltar este ponto: afora o texto do Freud – significativamente
maior – os textos escolhidos não são longos, mas possuem uma relativa
densidade.

Não estão especificadas as datas de cada aula, na medida em que cada texto pode
nos demandar uma atenção maior. Temos 5 aulas para cada texto: alguns
exigirão todas estas aulas, outros poderão ser ultrapassados de forma mais
célere. O importante é estar sempre, continuamente, em contato com os textos:
ler, problematizar, buscar amparo em outros textos.

Concomitantemente, espera-se do estudante que desenvolva a leitura da obra O


Processo, de Kafka, de modo a possibilitar não apenas a compreensão mas a
relação dos conteúdos teóricos diante do problema tratado. É a ela que faremos
constante referência ao longo do semestre.

Neste sentido, a principal avaliação consistirá em um ensaio, de no máximo 10


páginas, a ser entregue no final do semestre. Tal ensaio deverá versar sobre
qualquer dos temas tratados no curso, da forma que o estudante julgar adequada.
Ele deve minimamente se relacionar com algum elemento contido n’O Processo,
e deve buscar se fundamentar criticamente em qualquer dos autores trabalhados.
Tal avaliação terá valor de 40 pontos.

Outros 30 pontos restantes serão atribuídos à entrega de um pré-projeto do


ensaio final. Tal texto consistirá no delineamento do tema, dos autores, da
perspectiva e da abordagem que será utilizada no ensaio final. O propósito de tal
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mecanismo é poder direcioná-los melhor quando da elaboração de seu texto


final.

Por fim, 30 pontos serão distribuídos ao longo dos tópicos mencionados, e serão
atribuídos à participação nos debates; ao diálogo fundamentado que travaremos
durante o semestre.

4. TEXTOS COMPLEMENTARES.

Um conjunto de textos complementares será igualmente disponibilizado e


organizado na pasta virtual da disciplina. Seu intento é possibilitar uma melhor
compreensão dos autores trabalhados (textos de comentadores autorizados), do
problema tratado (outras perspectivas contemporâneas sobre o problema da
violência), da relação entre a violência e o direito (outras obras de Kafka) e
textos sobre elaboração de ensaios.

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