Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Centro de Tecnologia
Programa de Pós Graduação em Engenharia Sanitária
Natal
2011
Weliton Freire Bezerra Filho
Natal
2011
Seção de Informação e Referência
Banca Examinadora
______________________________________________
Dr. Cícero Onofre de Andrade Neto – Orientador
_______________________________________________
PhD. André Luís Calado Araújo – Co-orientador
______________________________________________
Dr. Hélio Rodrigues dos Santos – Examinador Interno
_______________________________________________
Dr. Mário Kato – Examinador externo
Aos funcionários da UFRN, especialmente o Sr. Wilson pela ajuda nas coletas
e principalmente por lavar a vidraria durante as análises laboratoriais.
Referências ...................................................................................................... 98
15
1 Introdução
Além disso, a aeração é feita diretamente no lodo retido, isto permite que
a biomassa acumulada entre na fase endógena, aumentando ainda mais a
capacidade de retenção de lodo do sistema e diminuindo a necessidade de
descargas de lodo.
2 Hipóteses e Objetivos
2.1 Hipóteses
3 Revisão da Literatura
3.1.1 Nitrificação
Equação 1: Nitritação
Equação 2: Nitratação
2NO2- + O2 → 2NO3-
21
3.1.2 Desnitrificação
Equação 4: Desnitrificação
3.1.4 Amonificação
Equação 6: Amonificação
NH2 – CO – NH2 + H2O urease > 2NH3 + CO
3.1.5 Assimilação
O reator de leito móvel com biofilme vem sendo utilizado com sucesso
na remoção de DBO, DQO, compostos nitrogenados. (ØDEGAARD et. al,
1999). Além disso, na Europa, devido à exigência relativa aos teores de fósforo
no efluente final, o MBBR se apresenta como interessante alternativa quando
combinado com processos de precipitação química (REIS, 2007).
4 Materiais e Métodos
A saber: ANA “T”, filtro anaeróbio que utiliza tijolo cerâmico como
material suporte; ANA “H”, filtro anaeróbio que utiliza peças plásticas como
material suporte.
Para pesquisa foi adotada uma altura para lâmina de esgoto no filtro
aerado de 1,22 m, multiplicando pela largura e comprimento, tem-se um
volume útil de 3,42 m3. Já para o filtro anóxico foi adotada uma lâmina de
1,10m e um volume útil de 3,08 m3.
mesma proporção, daqui para frente esses efluentes serão chamados apenas
de ANA . A Figura 4. 11 apresenta os pontos de coleta utilizados na pesquisa
A segunda parte teve como finalidade comparar as fases e para isto foi
utilizado análise fatorial e o teste estatístico de Tukey HSD para amostras
desiguais, para determinar as diferenças significativas entre as médias dos
parâmetros nas diferentes fases da pesquisa.
53
5 Resultados e Discussão
No ANX o valor médio de 0,7 mg/L está acima dos 0,3 recomendados
por Van Haandel e Marais (1999) como a concentração máxima suportada para
que a desnitrificação ocorra, entretanto inferior ao valor de 1,0 mg/L no qual
Ferreira (2000) aponta como nível máximo antes de ocorre a inibição da
desnitrificação. É importante colocar que neste filtro foi observado o mesmo
problema durante a medição do OD observado do AER.
80
70
Nitrogênio Amoniacal
60
50
40
30
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
para 0,9 mg/L na saída do filtro aerado, e para 0,6 m/L na efluente final do
sistema, neste caso, observa-se uma eficiência de remoção de 75%.
4,0
3,5
3,0
Nitrogênio Orgânico
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
Média
0,0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
O mais provável é que tenha ocorrido o que afirmam Garrido et. al.
(1997) que a baixa concentração de oxigênio pode tornar a taxa de oxidação
do nitrito inferior a taxa de oxidação da amônia, podendo acarretar um acúmulo
de nitrito no efluente.
4
Nitrito (N-NO2)
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
24
22
20
18
Nitrato (N-NO3)
16
14
12
10
8
6
4
2
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Uma parte bem pequena – equivalente a 1,4 mg/L – foi removida pela
desnitrificação no filtro anóxico, outra parte pode ter sido removida pela
volatilização da amônia, principalmente provocada pela aeração no AER. O
restante do nitrogênio removido pode ter sido assimilado pela biomassa que
fica retida no interior do reator.
.
60
8,2
8,0
7,8
7,6
pH 7,4
7,2
7,0
6,8
6,6
Média
6,4
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Figura 5. 5: pH da Fase 01
550
500
450
400
Alcalinidade
350
300
250
200
150
100
Média
50
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Esta boa eficiência apresentada pelo sistema pode ter sido uma das
causas da desnitrificação não ter ocorrido significativamente sem a adição da
fonte externa de carbono. A DQO de entrada do filtro anóxico de 59 mg/L pode
ter sido insuficiente para suprir a demanda carbonácea das bactérias
desnitrificantes.
63
240
220
200
180
160
DQO 140
120
100
80
60
40
20
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Uma das características mais importantes dos filtros estudados pode ser
observada analisando a Figura 5. 8 e a Figura 5. 9 que apresentam os dados
de turbidez e sólidos suspensos totais, respectivamente.
60
50
40
Turbibez
30
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
60
50
40
SST
30
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Apenas para relembrar, nesta etapa a vazão de esgoto utilizada não foi
alterada, ficando nos mesmos 10 m3/dia da fase anterior, assim como a fonte
de carbono não foi utilizada. A única variável alterada aqui foi a vazão de ar no
AER, elevada de 0,10 m3/min para 0,15 m3/min.
Termotolerantes
(UFC/100ml) 9x107 - 1x106 3x106 - 1x105 6x104 - 3x103 6x104 - 9x103
Quadro 4: Estatística Descritiva da Fase 02
66
70
60
Nitrogênio Amoniacal
50
40
30
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
3,5
3,0
Nitrogênio Orgânico
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
Média
0,0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
No filtro aerado a concentração média do nitrito foi de 0,1 mg/L com pico
de 0,37 mg/L, desprezível se comparado com a média de 2,3 mg/L observado
no filtro aerado na fase 01 da pesquisa.
No filtro anóxico a concentração média foi ainda menor, 0,02 mg/L com
pico de 0,03 mg/l, ou seja, praticamente imperceptível.
69
0,40
0,35
0,30
Nitrito (N-NO2)
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
Média
0,00
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
24
22
20
18
Nitrato (N-NO3)
16
14
12
10
8
6
4
2
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
7,4
7,2
7,0
pH
6,8
6,6
6,4
Média
6,2
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Por outro lado, na saída do filtro anóxico foi observada uma redução de
2,4 mg/L de N-NO3 provocada pela desnitrificação, e um fornecimento de 10
mg CaCO3/L, o que significa que para cada mg de N-NO3 reduzida a N2 foram
fornecidas 4,2 mg de CaCO3.
72
450
400
350
300
Alcalinidade 250
200
150
100
50
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
220
200
180
160
140
DQO 120
100
80
60
40
20
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
50
40
30
Turbibez
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
Termotolerante
s (UFC/100ml) 2x107 - 9x106 4x106 - 2x106 2x106 - 2x106 6x104 - 4x104 2x104 - 1x104
Quadro 5: Estatística Descritiva da Fase 03
76
70
60
Nitrogênio Amoniacal
50
40
30
20
10
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
3,5
3,0
Nitrogênio Orgânico
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
Média
0,0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
0,20
0,18
0,16
0,14
Nitrito (N-NO2)
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
Média
0,00
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
caiu de 22,5 mg/L na saída da etapa aerada para 17,5 mg/L na saída da etapa
anóxica, e não houve aumento nas demais formas de nitrogênio estudas.
28
26
24
22
20
Nitrato (N-NO3)
18
16
14
12
10
8
6
4
2 Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
8,5
8,0
7,5
7,0
pH
6,5
6,0
5,5
Média
5,0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
450
400
350
300
Alcalinidade
250
200
150
100
50
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
160
140
120
100
DQO
80
60
40
20
Média
0
Média±DP
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
60
50
40
Turbibez
30
20
10
Média
0
Média±SD
ANA AER ANX
Min-Max
Ponto
40
35
30
25
SST 20
15
10
5
0
Média
-5
Média±DP
ANA ANX
Min-Max
Ponto
5.1 Fase 1
80
70
60
50
40
30
20
10
NTK
0
N-NO2
ANA AER ANX
N-NO3
Ponto
5.2 Fase 2
70
60
50
40
30
20
10
NTK
0
N-NO2
ANA AER ANX
N-NO3
Ponto
5.3 Fase 3
70
60
50
40
30
20
10
NTK
0
N-NO2
ANA AER ANX
N-NO3
Ponto
70
60
Nitrogênio Amoniacal
50
40
30
20
10
Fase 1
0
ANA AER ANX Fase 2
Fase 3
Ponto
70
60
Nitrogênio Amoniacal
50
40
30
20
10
ANA
0
Fase 1 Fase 2 Fase 3 AER
ANX
Fase
3,5
3,0
2,5
Nitrito (N-NO2)
2,0
1,5
1,0
0,5
Fase 1
0,0
ANA AER ANX Fase 2
Fase 3
Ponto
3,5
3,0
2,5
2,0
N-NO2
1,5
1,0
0,5
ANA
0,0
Fase 1 Fase 2 Fase 3 AER
ANX
Fase
30
25
Nitrato (N-NO3)
20
15
10
Fase 1
0
ANA AER ANX Fase 2
Fase 3
Ponto
30
25
Nitrato (N-NO3)
20
15
10
ANA
0
Fase 1 Fase 2 Fase 3 AER
ANX
Fase
450
400
350
300
Alcalinidade
250
200
150
100
50
0
Fase 1
-50
ANA AER ANX Fase 2
Fase 3
Ponto
450
400
350
300
Alcalinidade 250
200
150
100
50
ANA
0
Fase 1 Fase 2 Fase 3 AER
ANX
Fase
6 Conclusões e Recomendações
6.1 Conclusões
Na fase 01 foi observado um acúmulo atípico de nitrito, que pode ter sido
provocado pelo período longo de aclimatação das bactérias nitratrantes, mas
também, a insuficiência no fornecimento de oxigênio pode ter provocado este
acúmulo. Nas demais fases não se observou este fenômeno.
6.2 Recomendações
AISSE, M. M.; COHIM, E.; KIPERSTOK, A.; Reúso Urbano e Rural. In:
FLORÊNCIO, L. (org) Tratamento e utilização de esgotos sanitários. Rio de
Janeiro/RJ: ABES, 2006.
AYGUN, A.; NAS, B.; BERKTAY, A.; Influence of high organic loading rates
on COD removal and sludge production in moving bed biofilm reactor.
Environmental Engineering Science, 2003. v.25, n.9, pp. 1311-1316. Disponível
em: < http://www.liebertonline.com/doi/abs/10.1089/ees.2007.0071> Acesso
em: 02 de março de 2011.
BITTON, G.; Wastewater Microbiology, John Wiley & Sons. 3rd edition. 2005.
CHIU, Y. C.; LEE, L. L.; CHANG, C. N.; CHAO, A. C.; Control of carbon and
ammonium ratio for simultaneous nitrification and denitrification in a
sequencing batch bioreactor. International Biodeterioration & Biodegradtion,
59, 1-7. 2007.
HU, Z.; ZHANG, J.; LI, S.; XIE, H.; WANG, J.; ZHANG,T.; LI, Y.; ZHANG, H.;
Effect of aeration rate on the emission of N2O in anoxic-aerobic
sequencing batch reactors (A/O SBRs). Journal of Bioscience and
Bioengineering. Vol. 109 Nº 5. Pag.487-491. 2010.
LI, J.; HEALY, M. G.; ZHAN X.; NORTON, D.; RODGERS M.; Effect of
Aeration Rate on Nutrient Removal from Slaughterhouse Wastewater in
Intermittently Aerated Sequencing Batch Reactors, Water Air Soil Pollut
(2008) 192:251–261