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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS


BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ROBERTO VINÍCIUS MARQUES DE OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


UTILIZANDO AMBIENTES COLABORATIVOS

PATOS – PB
2008
1
ROBERTO VINÍCIUS MARQUES DE OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


UTILIZANDO AMBIENTES COLABORATIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso de


Bacharelado em Sistemas de Informação
para obtenção do título de Bacharel em
Sistemas de Informação das Faculdades
Integradas de Patos.

Professora Orientadora: Isabella Muniz

PATOS – PB
2008
2
ROBERTO VINÍCIUS MARQUES DE OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


UTILIZANDO AMBIENTES COLABORATIVOS

Aprovada em 16 de dezembro de 2008

BANCA EXAMINADORA

Orientadora: Ana Isabella Muniz Leite

1° Examinador: Cheyenne Ribeiro G. Isidro

2º Examinador: Leonardo de Assis

3
Sumário

LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... 6


RESUMO ........................................................................................................... 7
ABSTRACT ........................................................................................................ 8
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 9
1.1. OBJETIVO .......................................................................................... 10
1.2. JUSTIFICATIVA .................................................................................. 10
1.3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................... 11
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 12
2.1. Código Aberto ..................................................................................... 12
2.2. Software Livre ..................................................................................... 13
2.3. Ambientes Colaborativos .................................................................... 14
2.3.1. Sistemas Colaborativos ................................................................ 14
2.3.2. Forma de Interação e comunicação dos Sistemas Colaborativos 17
2.3.3. Exemplos de Sistemas Colaborativos .......................................... 18
2.3.4. Características dos Sistemas Colaborativos ................................ 19
2.3.5. Funcionalidades de um Sistema Colaborativo ............................. 20
2.4. Sistemas de Informação em Ambientes Colaborativos ....................... 23
2.5. FloApp................................................................................................. 24
2.5.1. Comunidades de Negócio................................................................ 25
2.5.2. Comunidade Técnica ....................................................................... 26
2.6. Considerações Finais.......................................................................... 27
3. Sistema de Gerenciamento de Informações Escolares ............................. 28
3.1. Introdução ........................................................................................... 28
3.2. Requisitos Funcionais ......................................................................... 28
3.3. Requisitos não funcionais ................................................................... 31
3.4. Projeto Arquitetural ............................................................................. 32
3.5. Diagrama de Classe............................................................................ 33
3.6. Modelo Lógico ..................................................................................... 34
3.7. Considerações Finais.......................................................................... 34
4.1. Criação de Projeto ................................................................................. 35
4.2. Ferramentas Disponibilizadas ................................................................ 36

4
4.3. Comunicação no FloApp........................................................................ 37
4.3.1. Fórum de Discussão ........................................................................ 38
4.3.2. Enquetes ......................................................................................... 39
4.3.3. Notícias............................................................................................ 39
4.4. Rastreador ............................................................................................. 40
4.5. Análise dos Resultados ......................................................................... 42
4.5.1. Vantagens de um Ambiente Colaborativo ....................................... 43
4.5.2. Desvantagens de um Ambiente Colaborativo .................................. 43
4.6. Considerações Finais ............................................................................ 44
5. CONCLUSÕES GERAIS ........................................................................... 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 47

5
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1. Arquitetura de um Sistema Colaborativo .......................................15

Figura 2.2. Ambiente de Colaboração .............................................................16

Figura 2.3. Colaboração Síncrona ...................................................................18


Figura 2.4. Colaboração Assíncrona.................................................................18
Figura 3.1. Caso de Uso – Cadastrar................................................................29

Figura 3.2. Caso de Uso – Pesquisar................................................................30


Figura 3.3. Caso de Uso – Listar.......................................................................30

Figura 3.4. Caso de Uso – Alocar......................................................................31


Figura 3.5. Diagrama de Classe........................................................................33
Figura 3.6. Modelo Lógico.................................................................................33
Figura 4.1. Ambientes públicos do FloApp........................................................37

Figura 4.2. Fórum de Discussão........................................................................38

Figura 4.3. Ferramenta de Enquetes.................................................................39


Figura 4.4. Ferramentas de Notícias.................................................................40

Figura 4.5. Rastreadores do FloApp..................................................................41

6
RESUMO

Com o desenvolvimento de Softwares livres se expandindo cada vez mais,


principalmente com a popularização da internet, ambientes de desenvolvimento
de software que visam à colaboração de seus usuários se destacam neste
meio. Os Ambientes de Desenvolvimento Colaborativo fornecem ferramentas
que integram usuários em busca de um projeto em comum. Neste trabalho são
apresentadas estas ferramentas e o ambiente FLOAPP (Free/Livre/Open
Applications) que será nosso modelo de Desenvolvimento Colaborativo.

Palavras chaves: Ambiente, Colaboração, Desenvolvimento, Software.

7
ABSTRACT

With the development of free software is increasingly expanding, especially with


the popularization of the Internet. environment for software development aimed
at the collaboration of its users stand out in this way. The Collaborative
Development environment provide tools that integrate users in search of a
project in common. This work presents the tools and environment FLOAPP
(Free / Free / Open Applications) which will be our model Collaborative
Development.

Keywords: environment, collaboration, development, software.

8
1. INTRODUÇÃO

No início do desenvolvimento dos sistemas computacionais, o número


de empresas e de pessoas capacitadas para este setor era restrito. Os
sistemas eram desenvolvidos e concluídos de forma individualizada. Não havia
nenhum tipo de colaboração de entidades externas.

No decorrer do tempo, e com o surgimento de empresas, que prezavam


por distribuição livre de softwares, os sistemas deixaram de pertencer
totalmente a uma determinada organização e passaram a ser compartilhados
por vários colaboradores, no intuito de implementar novas funcionalidades e
prover as devidas manutenções.

Com a popularização da Internet (rede mundial de computadores) o


desenvolvimento de sistemas de informação com colaboração externa se
disseminou. Este contexto ficou conhecido como “Ambientes Colaborativos”.
Diante de tal cenário, neste documento será abordado os conceitos,
características e ferramentas utilizadas dentro deste ambiente.

Diante dos vários aspectos que tratam e formam um ambiente para o


desenvolvimento de Sistemas de Informação (SI), dois se tornam relevantes: a
distribuição do conteúdo produzido para um determinado público e a avaliação
deste, sobre o que foi disponibilizado.

Um meio acessível e de grande escalabilidade, para prover estes


aspectos de uma maneira prática, é a utilização de Ambientes Colaborativos,
os quais possibilitam sair de um ambiente de programação estático para um
novo espaço de colaboração, com interação de idéias e informações, visando
melhorar o desempenho no desenvolvimento de sistemas.

Neste trabalho de pesquisa será apresentado como um Sistema de


Informação se porta em um meio de desenvolvimento utilizando as ferramentas
disponibilizadas em Ambientes Colaborativos. Abordando os fatores
essenciais, que diferenciam a utilização da colaboração como fonte de
aperfeiçoamento e qualificação de um SI.

9
1.1. OBJETIVO

Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo, apresentar as


principais características que Ambientes Colaborativos proporcionam no
desenvolvimento e distribuição de Sistemas de Informação. Para relatar de
forma prática o uso destes ambientes, Será utilizado como fonte de estudos e
ferramenta, ambiente de desenvolvimento colaborativo o Floapp [FLOAPP
2008], voltado ao desenvolvimento de sistemas para qualquer domínio, que
integra a visão técnica e a visão de negócio, esta última é particular ao
desenvolvimento do SI.

Busca-se expor as vantagens adquiridas com o uso destes ambientes,


no que diz respeito a desenvolvimento de SI. Abordando fatores decisivos
neste meio, como o tempo relativo gasto e a qualidade obtida ao fim do
processo com o produto final.

1.2. JUSTIFICATIVA

Com o decorrer do tempo e com a inovação tecnológica abrangendo e


estando presente em todas as áreas, não se restringindo mais a áreas
específicas de estudo, a demanda por produtos e serviços do meio da
tecnologia da informação (softwares) vem aumentando de uma forma
significativa.

E para suprir estas necessidades de um modo que todos os meios que


necessitam destes produtos e serviços independentes de localização
geográfica, ramo de trabalho, porte de infra-estrutura e outros aspectos,
tenham acesso de uma forma fácil e prática, têm-se então uma área a ser
explorada: “os Ambientes Colaborativos”.

10
1.3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está dividido em cinco capítulos, organizados da seguinte


forma: o primeiro traz a introdução do que será apresentado. No segundo tem-
se os fundamentos teóricos abordados. No terceiro a apresentação do Sistema
que será implantado em um Ambiente Colaborativo. No quarto as ferramentas
utilizadas neste ambiente e no último capítulo as conclusões obtidas.

11
Capítulo 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão mostrados os conceitos que foram utilizados como


base para realização desta pesquisa. Portanto colocamos como fundamentos
teóricos deste trabalho; conceitos, terminologias e caracterizações de: Software
Livre, Ambiente de Desenvolvimento Colaborativo (ADC).

Comunidades de software utilizam algum tempo o modelo de


desenvolvimento colaborativo, no entanto, sendo desenvolvido apenas
softwares horizontais, por exemplo, sistemas operacionais, banco de dados,
servidor de aplicações, que não usam regras de negócio na sua estrutura.

2.1. Código Aberto

O software definido de código aberto é todo aquele que tem seu código
fonte é visível e disponível publicamente.

O movimento do código aberto trata de uma alternativa ao modelo de


negócio para a indústria de software [FILHO 2007]. Além de questionar esses
princípios econômicos o modelo colaborativo de produção intelectual oferece
um novo paradigma para o direito autoral. Algumas empresas comerciais têm
investido no software de código aberto. A grande força do software livre está no
potencial de cooperação para depuração coletiva, capaz de neutralizar
pressões mercadológicas e políticas e melhor dominar complexidades.

A essência do modelo de desenvolvimento de código aberto é a rápida


criação de soluções com um ambiente aberto e colaborativo. A colaboração
com a comunidade de Código Aberto promove um padrão mais elevado de
qualidade, e ajuda a garantir a viabilidade a longo prazo tanto de dados como
de aplicações. O software de código aberto vive um momento de crescimento

12
acelerado nas corporações. Razões mais comumente citadas para o crescente
interesse, aceitação e mesmo preferência por software de código aberto
incluem: baixo custo, alto valor, qualidade e confiabilidade, segurança, maior
liberdade e flexibilidade (tanto de hardware quanto de software) e aderência
aos padrões abertos. [FILHO 2007]

2.2. Software Livre

Um software livre pode ser qualquer programa que possa ser usado,
copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. A
maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licença, e
tornar o código fonte do programa disponível [SOFTWARELIVRE 2004].

Segundo a Free Software Foundation [SOFTWARELIVRE 2004], um


software é considerado como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade
para os usuários do software:

A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito


(liberdade nº 0);
A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as
suas necessidades (liberdade nº 1). O acesso ao código-fonte é um pré-
requisito para esta liberdade;
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu
próximo (liberdade nº 2);
A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus
aperfeiçoamentos, de modo que, toda a comunidade se beneficie
(liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta
liberdade;

Softwares livres também utilizam licenças e copyright. Cada licença possui


detalhes diferentes. A tabela a seguir apresentada por [MUNIZ 2007] mostra as
principais diferenças entre as licenças principais.

13
Licença Restrições
Domínio Público Efetivamente qualquer software sem licença é de domínio
público, que permite que seu usuário faça o que queira
com ele, inclusive modificar e redistribuir. Não há nenhum
tipo de restrição sobre o software, e pode ser modificado
e distribuído sem código fonte, por exemplo.
BSD (Berkeley Software Permite redistribuição livre do software. Ocasionalmente
Distribution) inclui uma cláusula que obriga cópias redistribuídas a
manterem um aviso do copyright. Não obriga versões
modificadas a serem livres, e nem a fornecerem código
fonte.
GPL (GNU General Permite redistribuição desde que mantida a garantia de
Public Licence) liberdade inalterada aos usuários da cópia redistribuída.
Obriga versões modificadas a serem livres, portanto, a
serem fornecidas acompanhadas de código fonte.
LGPL (GNU Lesser Permite redistribuição do código em si mantida a garantia
General Public License) de liberdade inalterada. No entanto, permitem que este
e MPL (Mozilla Public código seja usado em um “produto maior” sem que este
tenha que ser licenciado livremente. Se modificações
Licence)
forem feitas ao código em si, devem ser fornecidas
acompanhadas de código fonte. Esta restrição não cobre
o código fonte do “produto maior”.
Quadro 2.1. Licenças de Software Livre [MUNIZ 2007]

2.3. Ambientes Colaborativos

São ambientes virtuais onde a interação e a colaboração dos que fazem


parte deste meio é o principal foco para a existência e manutenção dos
mesmos. Dentro de um sistema colaborativo não existem usuários e sim
colaboradores. O conteúdo não pertence a donos específicos. Todos podem
contribuir para o crescimento do meio [SEABRA 2007].

2.3.1. Sistemas Colaborativos

Segundo [OLIVEIRA 2006] Sistemas Colaborativos são ferramentas de


software utilizadas em redes de computadores para facilitar a execução de
14
trabalhos em grupos. Essas ferramentas devem ser especializadas o bastante,
a fim de oferecer aos seus usuários formas de interação. Facilitar o controle, a
coordenação, a colaboração e a comunicação entre as partes envolvidas que
compõe o grupo. Membros dos grupos podem estar no mesmo local, ou em
locais geograficamente diferentes. Além disso, as formas de interação
acontecem tanto simultaneamente, quanto em tempos diferentes. Percebe-se
com isso que o objetivo dos Sistemas Colaborativos é diminuir as barreiras
impostas pelo espaço físico e o tempo [CAMARGO, KHOURI, GIAROLA,
2005].

Um Sistema Colaborativo deve lidar com diferentes idiomas, culturas,


fusos horários. Para que isto aconteça, é necessário montar uma infra-estrutura
(software e hardware) adequada para estes recursos estarem disponíveis
[OLIVEIRA 2006].

Um sistema colaborativo é uma aplicação computacional que funciona


numa camada de serviços acessível ao usuário. Tipicamente necessita dos
seguintes elementos básicos: Redes, Banco de Dados e Sistema Operacional.
Como mostra a Figura 2.1.

Figura 2.1. Arquitetura de um Sistema Colaborativo [OLIVEIRA 2006]

15
Em [OLIVEIRA 2006] a colaboração é um princípio de trabalho em
conjunto que produz confiança, integridade e resultados através de verdadeiro
consenso, propriedade e alinhamento de todos os aspectos da organização.

Ainda é possível observar na Figura 2.1. as camadas que compõe um


sistema colaborativo, vão desde a camada física à camada de comunicação.
Na camada lógica, os dados serão tratados para a camada de comunicação, a
qual proverá interação junto aos usuários. É na camada de comunicação que
estão presentes os serviços ou aplicativos que servem de ferramenta para o
usuário final.

Na Figura 2.2. São apresentados os elementos citados no conceito de


[OLIVEIRA 2006]: trabalho conjunto, consenso e alinhamento de todos os
aspectos da organização, que são atingidos através da Comunicação,
Coordenação e Cooperação que juntas formam um ambiente de colaboração.

Figura 2.2. Ambiente de Colaboração [OLIVEIRA 2006]

Adaptando-se a realidade de um ambiente colaborativo as pessoas se


tornam mais flexíveis, lidam com diferentes perfis psicológicos e de
comportamento. Conseguem se adequar às atividades propostas, de acordo
com a disponibilidade de tempo, localização geográfica e a área específica de
conhecimento ou ramo de atividade.

Existe três arquiteturas básicas em termos de sistemas colaborativos


[OLIVEIRA 2006]:

Sistemas Centralizados: são sistemas que armazenam todas as


informações e documentos em um servidor central. Todos os
usuários do sistema colaborativo acessam, consultam, obtêm e

16
carregam arquivos de documentos neste servidor [OLIVEIRA2
2006]. O computador do usuário apenas fornece a interface ao
sistema e, eventualmente, alguma funcionalidade local para
manipular arquivos ou pré-processar informações a serem
enviadas ao servidor. O uso de sistemas centralizados só é
possível quando o usuário está conectado ao sistema
[CAMARGO, KHOURI, GIAROLA, 2005].

Sistemas Descentralizados: para [OLIVEIRA 2006] fazem uso


de um conceito diferente: utilizam bases de dados sincronizáveis,
o que significa que o usuário pode fazer uso de parte do sistema
mesmo estando desconectado. Quando o mesmo se conectar ao
sistema, as informações alteradas pelos usuários em sua base de
dados local serão enviadas para um servidor central que se
encarregará de sincronizar tais alterações com as dos demais
usuários. Igualmente, o usuário terá sua base de dados local
sincronizada com as alterações feitas pelos demais usuários.
Evidentemente que a funcionalidade total de um sistema
descentralizado só é possível quando o mesmo está conectado
ao servidor da aplicação.

Sistemas Híbridos: funcionam tanto de forma centralizada como


de forma descentralizada. Quando não está conectado o usuário
possui funcionalidades limitadas [OLIVEIRA2 2006].

2.3.2. Forma de Interação e comunicação dos Sistemas


Colaborativos

De acordo com [OLIVEIRA 2006] as ferramentas de colaboração


(sistemas colaborativos) são classificadas de acordo com o lugar das
interações (presenciais ou à distância) e o tempo (síncronas ou assíncronas).

Ferramentas síncronas são aquelas que requerem tempo de resposta


imediato, conforme a Figura 2.3.

17
Figura 2.3. Colaboração Síncrona [OLIVEIRA 2006]

Por exemplo, mensagens instantâneas (ICQ, Messenger), conferências


e videoconferências.

Ferramentas assíncronas não necessitam de um tempo de resposta


curto ou imediato, como mostra a Figura 2.4. Os e-mails e os fóruns de
discussão são ótimos exemplos de ferramentas assíncronas. Ferramentas de
fluxo de trabalho (Workflow) e calendários (Groupware) também são
consideradas ferramentas assíncronas.

Figura 2.4. Colaboração Assíncrona [OLIVEIRA 2006]

2.3.3. Exemplos de Sistemas Colaborativos

Existem vários termos para designar Sistemas Colaborativos, porém a


idéia principal ou objetivo desses sistemas é o suporte e a promoção da
colaboração [OLIVEIRA 2006].

Segue abaixo algumas taxionomias para Sistemas Colaborativos,


segundo:

Sistemas colaborativos de gerenciamento de conteúdo

Ferramentas para publicação automatizada com a participação de


diversas pessoas e grupos na elaboração do conteúdo.

Sistemas colaborativos de gestão do conhecimento

18
Ferramentas de armazenamento, indexação, avaliação e distribuição de
conhecimento tácito e explicito.

Real Time Collaboration Tools (RTC) (áudio/vídeo/data conferência)

Ferramentas de colaboração síncronas que usam áudio, vídeo e dados.

Ferramentas para grupos de trabalho. Dividem-se em três classes:


o Gerenciamento distribuído de projetos.
o Local de trabalho virtual
o Processos e workflow
CRM Colaborativo (Customer Resource Management)

Ferramentas para auxilio a processos de venda e atendimento a


clientes.

Portais e Comunidades On-line

Ferramentas para comunidade virtuais para troca de informações e


idéias.

Ferramentas e infra-estrutura para colaboração Wireless (redes


sem fio)

Ferramentas para mensagens em dispositivos wireless. Normalmente se


integram com as demais soluções de colaboração.

2.3.4. Características dos Sistemas Colaborativos

Com o decorrer do tempo as empresas têm necessitado mais de


Sistemas Colaborativos, segundo [OLIVEIRA 2006], devido ao excelente
desempenho, que, aliado ao uso de forma consciente, tem proporcionado bons
resultados nos negócios e nos processos empresariais. Acredita-se que
sistemas de colaboração facilitam o uso da informação e da gestão do
conhecimento, servindo de suporte à informação e ao trabalho do
conhecimento. Essa base de conhecimento consiste basicamente em:

19
Conhecimento interno estruturado ou explícito: manuais de produtos e
relatórios de pesquisas;
Conhecimento externo: concorrentes, produtos e mercados, incluindo
inteligência competitiva;
Conhecimento informal interno: aquele que está na mente dos
funcionários.

[OLIVEIRA 2006] também cita as finalidades que devem ser propostas por um
ambiente colaborativo:

Gerenciamento e coordenação do trabalho em equipe dos


manipuladores dos dados e conhecimento;
Integração do trabalho dos manipuladores da informação em todos os
níveis e funções da organização, conforme a customização e
distribuição definida pelo usuário;
Integração da organização com o meio externo, como: clientes,
fornecedores, órgãos governamentais públicos e regulamentadores;
Gerenciamento, criação, armazenamento, recuperação e disseminação
de documentos;
Definição da programação de tarefas/compromissos para indivíduos e
grupos;
Facilitar a comunicação de voz e dados para indivíduos internos e
externos a organização;
Gerenciamento de contatos e relacionamentos internos/externos e das
informações sobre usuários, clientes e fornecedores.

2.3.5. Funcionalidades de um Sistema Colaborativo

Todas as finalidades descritas anteriormente são enquadradas em


formas de itens ou componentes que compõem um Sistema Colaborativo
[CAMARGO, KHOURI, GIAROLA, 2005]. Portanto, um Sistema Colaborativo
deve ser composto basicamente pelos seguintes componentes: Agenda,

20
Repositório de Documentos, Áudio e Vídeo Conferência, Reuniões Virtuais,
Suporte à Decisão, Fóruns de Discussão, Bate papo, Correio Eletrônico, Co-
autoria de Documentos, Fluxo de trabalho (Workflow) e Geradores de
Formulários. É importante frisar que um Sistema Colaborativo pode ser
formado por todos esses itens ou por partes deles, a escolha destes dependerá
da necessidade da organização [OLIVEIRA 2006]. Seguem abaixo as
descrições destes componentes :

Agenda

Capacidade para efetuar a criação de agendas individuais, por equipes ou


corporativas, incluindo opções de reserva de salas, horários e recursos
necessários à interação entre a equipe. Repositório central de contatos com
informações de todas as entidades e pessoas que se relacionam com a
equipe, incluindo o armazenamento de nomes de organizações e pessoas,
telefones, contas de e-mails e demais atributos de interesse para esse tipo
de cadastro.

Repositório de documentos

Repositório central de arquivos, que fornece segurança no armazenamento,


acesso a dados, controle de versões e facilita o uso e a manipulação por
múltiplos usuários.

Áudio e Vídeo Conferência

A áudio e vídeo conferência são formas de se estabelecer uma


comunicação síncrona (em tempo real) para pessoas ou grupos de pessoas
que estão geograficamente distantes. A áudio conferência pode ser
realizada através de sistemas de áudio, como aparelho telefônico com viva
voz ou por conexão de rede, através da tecnologia VOIP (Comunicação de
voz sobre o protocolo IP). A vídeo conferência é um conjunto formado pela
transmissão de áudio e imagens de forma sincronizada, podendo também
permitir o envio de dados. Sistemas Colaborativos devem permitir o uso
destas duas formas de comunicação.

21
Reuniões Virtuais

Utilizando os recursos de áudio e vídeo conferência é possível realizar


reunião com um grupo de pessoas geograficamente distantes, compartilhar
o conteúdo da apresentação do discurso para todos os membros presentes,
com transmissão de voz juntamente com dados mostrados na tela
simultaneamente.

Suporte a decisão

Por oferecer recursos de conhecimento e inteligência, que podem


facilmente ser consultados, (desde que a informação disponível esteja bem
estruturada), proporcionam agilidade na tomada de decisão. Recursos de
Brain Storming Eletrônico (geração rápida de múltiplas idéias para a
solução de um dado problema), enquetes e votações eletrônicas são
exemplos de recursos que dão suporte a decisão.

Fóruns de discussão

Ferramentas que dão ao usuário a possibilidade de realizar debates em


grupos sobre determinados assuntos de forma assíncrona e encadeada.

Mensageiros instantâneos

Mais conhecido como chat ou messaging permite a troca de mensagens


instantâneas através da rede a qual o sistema colaborativo esta conectado.
Solução rápida e de baixo custo para pessoas que se encontram
geograficamente distantes.

Correio Eletrônico

O correio eletrônico tornou-se uma ferramenta básica de comunicação.


Praticamente todas as organizações já se adaptaram ao uso desta
tecnologia. É considerada uma ferramenta de colaboração para grupos,
sendo necessário, no entanto, tomar alguns cuidados. O uso indevido pode
acarretar sérios problemas, como o recebimento de mensagens

22
indesejáveis, que podem trazer riscos ao sistema. Além da sobrecarga
gerada pelo envio e recebimento destes tipos de mensagens.

Co - Autoria de documentos

É comum a necessidade de múltiplos usuários trabalharem sobre o mesmo


documento. A maioria dos sistemas colaborativos foram projetados para
suprir essa necessidade. Eles permitem um controle de edição de
documentos, uma vez que, um usuário tenha editado um arquivo, este
ficará indisponível para outros usuários editarem, até que esse usuário o
libere para aprovação ou edição por parte de outras pessoas.

Fluxo de Trabalho (WorkFlow)

Os sistemas colaborativos possuem a capacidade de controlar e gerenciar o


fluxo de trabalho. Ou seja, aqueles que exigem a necessidade de
tramitação de processos. Essa tramitação consiste em um conjunto de
possíveis estados do processo, aliado às regras de transição entre estados.

Geradores de Formulários

É comum aos sistemas colaborativos disponibilizarem recursos de


montagem de formulários. Isto é, uma forma de padronização no
fornecimento das informações, onde os usuários, ao invés de produzir um
novo documento, preenchem um formulário preestabelecido. Essa
funcionalidade promove ganhos na qualidade e tempo nos processos de
Workflow.

2.4. Sistemas de Informação em Ambientes Colaborativos

O surgimento dos Ambientes de Desenvolvimento Colaborativos (ADC)


se deu como uma forma de suportar um ambiente baseado em colaboração e
posteriormente uma gestão do conhecimento. Mas de nada adiantará implantar

23
um ADC se não houver uma cultura de colaboração bem disseminada e
consistente [OLIVEIRA2 2006].
Na área da Tecnologia da Informação (TI), é de fundamental importância
alocar, compartilhar e disponibilizar recursos de uma forma distribuída, onde se
tenha acesso a estes, independente de restrições e distâncias geográficas.
Neste caso, o recurso a ser explorado será o de Desenvolvimento de Software.
Mostrar como um sistema de informação tecnológico dentro de sua elaboração
pode ser complementado com participação externa de colaboradores. Ou
mesmo depois de sua conclusão obter trocas de informações e idéias para
futuras modificações e atualizações neste software [SEABRA 2007]. Neste
sentido, os ambientes de desenvolvimento colaborativos são espaços
compartilhados de convivência que dão suporte à construção, inserção e troca
de informações pelos participantes visando a desenvolvimento social do
conhecimento. Devem, portanto, ser públicos e democráticos.
A construção desses espaços, que se interligam, supõe canais de
comunicação que permitam e garantam o acesso contínuo. Os canais de
comunicação, bem como os espaços, devem ser diversificados, sob o ponto de
vista tecnológico, permitindo o uso de instrumentos da tecnologia, com
variação dos processos de interação [MARTINS 2003].
O Ambiente Colaborativo utilizado no desenvolvimento de Sistemas de
Informação será focado como um serviço, utilizado e acessado pela rede
mundial de computadores (Internet). Nesse caso um serviço web, onde provê
de ferramentas que irão auxiliar no compartilhamento de dados e informações
para o melhoramento do sistema.

2.5. FloApp

O FLoApp (Free/Open/Livre Aplicações) é um repositório de sistemas


de informação visando a criação de um serviço completo, operacional e auto-
sustentável que integra uma biblioteca de componentes livres e que serve de
elo entre a comunidade de negócio, organizada em torno do modelo de
negócio Via Digital, e a comunidade técnica [MUNIZ 2007].

24
De acordo com [MUNIZ 2007] o FLoApp disponibiliza meios para que a
Comunidade de Negócio tenha acesso a componentes já desenvolvidos para o
atendimento de necessidades, e outros que sejam utilizados na criação de
novos projetos. São disponibilizadas ferramentas que ajudam no
gerenciamento dos projetos mantidos, para incentivar a participação da
Comunidade de Negócio no próprio FLoApp.

O FLoApp oferece um meio efetivo de visibilidade a novos projetos de


componentes voltados ao cliente, expondo-os diretamente ao seu público-
alvo e facilitando seu fortalecimento [MUNIZ 2007].

Um projeto no FLoApp resulta na centralização de medidas alocadas no


desenvolvimento focando um componente. A sua estrutura é organizada com
um administrador central, na maioria dos casos o criador do projeto, sub-
administradores que são indicados por este, com permissões especiais [MUNIZ
2007]. O repositório de componentes é formado pelo conjunto dos
componentes oferecidos pelos projetos mantidos, em que cada componente
tem dinâmica independente dos outros desenvolvidos.

2.5.1. Comunidades de Negócio

A Comunidade de Negócio é de fundamental importância dentro do


ambiente que está sendo formalizado, pois, até então ela não era visível no
mundo aberto. Podemos analisar, principalmente, devido ao desenvolvimento
não ser orientado a produção de sistemas de informação [MNIZ 2007]. Existem
regras de negócio envolvidas, portanto se faz necessário uma maior
compreensão dos requisitos envolvidos por parte dos desenvolvedores. A
interação entre a Comunidade de Negócio e a Comunidade Técnica, segundo
[MUNIZ 2007] tende a promover uma colaboração, seja para qualificar os
desenvolvedores nas tecnologias, processos, na melhor forma de integrar o
cliente ao ciclo de desenvolvimento, como também a própria comunidade de
negócio ter um referencial para demonstrar suas necessidades e interagir entre
si, criando novas oportunidades de negócio.

25
A comunidade de negócio representa os interesses dos usuários
envolvidos com o domínio da aplicação. Nesta os usuários podem consumir
serviços oferecidos pela Comunidade Técnica como disponibilizar serviços a
serem consumidos, seja pela própria Comunidade de Negócio como pela
Comunidade Técnica [MUNIZ 2007].

Os serviços disponibilizados pela comunidade de negócio são:

Rastreamento de Componentes;

Visão Geral do Projeto;

Download de Componentes;

Qualificação do Componente;

Cadastrar demanda;

Rastreamento de demanda;

Cooperar com uma demanda;

Alterar o status da demanda;

2.5.2. Comunidade Técnica

A comunidade técnica representa as empresas de Tecnologia da


Informação, comunidades de software livre, estudantes e desenvolvedores
interessados em contribuir com algum projeto [MUNIZ 2007]. A Comunidade
Técnica também oferece serviços que são consumidos pelo cliente. A seguir
são descritos os serviços consumidos pela Comunidade Técnica.

Rastrear demanda

Visão geral de uma demanda

Qualificar demanda

Responsabilizar pela demanda

26
2.6. Considerações Finais

Neste Capítulo abordamos os conceitos necessários, para a


estruturação de um Ambiente Colaborativo. Inicialmente apresentamos
definições sobre código aberto, como uma alternativa de modelo de negócio
para a indústria de software. Com base nos aspectos gerais de código aberto,
fazemos uma abordagem ao Software Livre. Conceitos, regras de distribuição,
liberdade aos usuários. Licenças utilizadas, e suas definições.

Após definições e caracterização de Ambientes Colaborativos, o foco se


volta para a ferramenta utilizada neste trabalho, para o desenvolvimento de
Sistemas de informação em Ambientes Colaborativos: o FloApp.

27
Capítulo 3
3. Sistema de Gerenciamento de Informações Escolares

O sistema abordado tem como objetivo, gerenciar informações


cadastrais de uma determinada escola, tendo como característica principal, o
histórico de alunos, mais precisamente, controlar informações do aluno como:
anos letivos que esteve matriculado na escola, ano em que concluiu ou deixou
de freqüentar, série e turma que cursa (ou cursou), nome dos responsáveis, e
também informações sobre professores que lecionam ou lecionaram na escola.
Para efetuar a coleta destas informações o sistema utilizará operações de
cadastro, atualização e pesquisa de alunos, turmas e professores.

3.1. Introdução

Para aplicar os conceitos apresentados no capítulo 2, foi implementado


um sistema de informação em um Ambiente de Desenvolvimento Colaborativo
(ADC), o FLOAPP. Visando utilizar as ferramentas disponíveis neste ambiente
e fazer uma análise crítica sobre a real importância de cada uma dentro de um
ADC. Neste capítulo abordaremos a descrição completa do sistema
implementado.

O sistema não traz funcionalidades voltadas para notas de alunos, pois o


objetivo maior é a recuperação de dados de alunos que passaram pela escola.

3.2. Requisitos Funcionais

Os requisitos funcionais estão divididos em módulos, para melhor


entendimento dos mesmos:

Módulo de Cadastro

28
o Alunos (dados cadastrais de um aluno);
o Turmas (dados de série e ano letivo da turma);
o Professores (dados cadastrais de um professor).

Figura 3.1 – Caso de Uso – Cadastrar

Módulo de Pesquisa
o Alunos por nome (pesquisar um aluno por nome);
o Alunos por determinada série e ano (pesquisar aluno pela série e
ano que estudou);
o Turmas (pesquisar turma por série e ano);
o Professores (pesquisar um professor por nome).

29
Figura 3.2 – Caso de Uso – Pesquisar

Módulo de Atualização
o Alunos (atualização de dados cadastrais de um aluno);
o Professores (atualização de dados cadastrais de um professor).
Módulo de Listagem
o Turmas (listar Turma por série e ano);

Figura 3.3 – Caso de Uso – Listar

Módulo de Alocação
o Alunos (alocar alunos a uma determinada turma);

30
o Turmas (alocar turma a um determinado ano).

Figura 3.4 – Caso de Uso – Alocar

3.3. Requisitos não funcionais

Os requisitos não funcionais estão dispostos da seguinte forma:

Tipo de interface
o Web (Executando em um servidor local).
Tempo de Execução do software
o Imediato .
Plataforma Operacional
o Windows XP;
o Windows Vista.
Linguagem de Programação Utilizada
o Java (Jsp, Jdbc).
Banco de Dados
o My Sql.
Configuração Mínima
o Processador de 500 Mhz;
o 128mb memória RAM;
o HD 10gb.

31
Performance
o Os módulos de cadastro, atualização e pesquisa deverão ser
ágeis, práticos e eficazes, para obter melhor comodidade e
satisfação do usuário.
Usabilidade
o Interface gráfica amigável e de fácil compreensão.
Conteúdo
o O sistema deve absorver informações necessárias para o melhor
controle e avaliação dos dados.

3.4. Projeto Arquitetural

O sistema é dividido em três camadas, sendo as mesmas distribuídas


logicamente. São elas:

Camada de apresentação - acessada através do browser do cliente,


será composta de páginas HTML juntamente com páginas JSP para
acessar a lógica do negócio;
Camada de aplicação – onde vai estar toda a lógica, executando em um
servidor Tomcat [TOMCAT 2008];
Camada de persistência - É representada pelo uso do SGBD MySql que
será acessado através de APIs utilizando Jdbc;

As camadas são ligadas por interfaces apropriadas, delimitando quais os


serviços cada camada proverá à outra, ajudando, portanto, no desacoplamento
entre as mesmas. A programação será feita baseando-se no paradigma
Orientado a Objeto com a utilização da linguagem Java para a devida
codificação.

Para implementação deste software utilizou-se a IDE NetBeans


[NETBEANS 2008], para o armazenamento das informações utilizaremos o
Mysql [MYSQL 2008]como gerenciador do banco de dados.

32
3.5. Diagrama de Classe

Figura 3.5. – Diagrama de Classe

Este diagrama representa as classes pertencentes ao sistema. Divididas


em três módulos: bean, onde estão contidas as classes com seus construtores
para, Aluno, Turma e Professor. O módulo dao (Data Access Object), que
servirá de modelo para persistir dados na aplicação do banco de dados. E o
módulo jsp, que irá servir de camada de apresentação e iteração com usuário.

33
3.6. Modelo Lógico

Figura 3.6. Modelo Lógico

O Modelo Lógico é representado no figura 3.6. apresentando as


cardinalidades do sistemas. Onde um aluno pertence a uma turma, e uma
turma possui vários alunos. Uma turma possui vários professores, e um
professor possui várias turmas.

3.7. Considerações Finais

Este capítulo apresentou o sistema a ser desenvolvido e alocado ao


Ambiente FLOAPP. Foi mostrado sua descrição, requisitos, características e
modelos, de forma a ser compreendido suas funcionalidades.

No próximo capítulo é abordado como este sistema se portará diante um


Ambiente Colaborativo, como será sua implantação, quais ferramentas serão
utilizadas, e realçar as vantagens da utilização deste ambiente, focando
também as desvantagens que porventura, poderão aparecer.

34
Capítulo 4
Neste capítulo serão apresentadas as ferramentas disponibilizadas pelo
FloApp em todas as fases da implementação de um Sistema de Informação em
um ADC.

4.1. Criação de Projeto

Para enviar o projeto para o ADC, é necessário preencher informações


básicas sobre ele. Dentre elas:

Nome Completo do projeto;


Propósito do Projeto e descrição – Essa descrição é a base para a
aprovação ou rejeição da hospedagem do projeto;
Licença – O FloApp é baseado no desenvolvimento avançado de
software de Código Aberto. Para manter consistência, fazem uso de
licenças;
Descrição Pública do Projeto – Essa é a descrição do projeto que será
exibida na página de Resumo do Projeto, nos resultados de pesquisa,
etc. Ela não deve ser tão compreensível e formal quanto à descrição do
Propósito do Projeto e pode ser descrita com uso de palavreado conciso
e informal [FLOAPP 2008];
Nome UNIX do Projeto – Além do nome completo do projeto, é preciso
escolher um nome Unix curto para o seu projeto. Este nome tem várias
restrições por ser utilizado em vários lugares por todo o site. Sendo elas:
o Não pode corresponder ao nome Unix de outro projeto;
o Precisa ter entre 3 e 15 caracteres de comprimento;
o Precisa estar em letras minúsculas;
o Pode conter apenas caracteres, números, e traços;
o Precisa ser um nome Unix válido;
o Não pode corresponder a um domínio reservado;

35
o O nome Unix nunca irá mudar para esse projeto;

SCM – Controle de Versão que pode ser feito tanto pelo svn como pelo
cvs.

Depois do cadastro dos dados, os administradores do FloApp


analisaram e retornaram por email a decisão.

No cadastro do sistema abordado no terceiro capítulo, os dados


introduzidos foram:

Nome completo: Sistema de Gerencia Escolar;


Propósito do Projeto e descrição: Descrição do Sistema contida no
terceiro capítulo deste trabalho;
Licença: GNU (Licença Pública Geral);
Descrição Pública do Projeto: “Sistema gerencial de matrículas e
informações referentes a alunos e professores. Agilizando o processo de
pesquisa e atualização de dados dos mesmos.”
Nome UNIX do projeto: GERMAT;
SCM: Cvs.

Após o cadastro, os administradores do FloApp confirmaram a aceitação


do projeto, sendo possível a partir deste ponto utilizar as ferramentas descritas
a seguir.

4.2. Ferramentas Disponibilizadas

Após cadastro e aceitação do projeto, o usuário tem direito a várias


ferramentas que são disponibilizadas pelo FloApp, para prover assistência
necessária, com recursos dispostos em um só ambiente.

36
Dentre as ferramentas, há um espaço público disponibilizado, onde
todos os usuários têm acesso a alguns dados do seu projeto. Nessa área
também acontece interação de meios externos com o projeto. Assim havendo
troca de informações e colaboração, que é o foco deste ambiente. A figura 4.1
retrata o ambiente de espaço público.

Figura 4.1. Ambientes públicos do FloApp

4.3. Comunicação no FloApp

Uma das questões mais relevantes dentro de um Ambiente Colaborativo,


é a forma como seus usuários compreendem e repassam informações
adquiridas. Para se obter colaboração a um nível considerável, é de extrema
necessidade prover de ferramentas que facilitem a comunicação e
interatividade entre usuários do meio interno, aqueles que estão agregados ao
seu projeto. Como àqueles que colaboram indiretamente, com sugestões e
opiniões a respeito.

37
4.3.1. Fórum de Discussão

O fórum de discussão influenciou em novas idéias que foram


implementadas no Sistema de Gerência Escolar (SGE). Dúvidas expostas que
receberam respostas e soluções de diversos usuários externos.

Esta ferramenta tem funcionalidades dispostas em três diferentes níveis


dentro do Ambiente FloApp:

Discussão Geral – Destinada a todos os colaboradores do projeto;


Obter Ajuda Pública – Onde são expostas dúvidas a serem analisadas
pelos usuários;
Discussão de Desenvolvedores do Projeto – Destinada à questões
restritas aos desenvolvedores do projeto.

Como analisado os fóruns estão separados por categorias, para que os


usuários possam situar-se melhor no foco da sua colaboração, podendo definir
especificamente sua área e que tipo de assunto que será proposto no fórum.

Figura 4.2. Fórum de Discussão

38
4.3.2. Enquetes

As enquetes disponibilizadas no FloApp, tem como maior objetivo obter


informações de modo quantitativo, ao qual possa influenciar em decisões que
sejam comuns aos usuários de um projeto.

No SGE as enquetes contribuíram na escolha de tecnologias a serem


utilizadas, os usuários votavam e colaboravam com opinião sobre melhores
solução a respeito do sistema.

No meio de comunicação, as enquetes proporcionam uma visão melhor


apurada sobre decisões tomadas a respeito de pontos cruciais do projeto. Um
resultado negativo de uma enquete, sobre um ponto que já estava resolvido,
pode acarretar em uma nova revisão sobre este assunto.

Figura 4.3. Ferramenta de Enquetes

4.3.3. Notícias

Em termos de colaboração, se faz necessário aos usuários que não


estão ligados diretamente ao sistema, ter conhecimento de alterações, novas

39
implantações, gerenciamento do projeto, e outros fatores que influenciem no
desenvolvimento do sistema.

Para que estes acontecimentos sejam repassados aos usuários, o


FloApp dispõe da ferramenta de notícias. Cada caso existente pode ser
repassado com detalhes aos seus leitores.

Figura 4.4. Ferramentas de Notícias

As notícias foram de grande importância durante o desenvolvimento do


SGE, pois repassavam aos colaborares, atualizações e modificações
existentes a cada iteração no sistema.

4.4. Rastreador

Alguns rastreadores estão presentes no FloApp com a finalidade de


repassar aos usuários acontecimentos específicos em diversas áreas do
projeto. Não apenas rastear falhas, mas código fonte, características gerais são
importantes para especificar em que área haverá colaboração.

40
Com eles é possível identificar erros, algum tipo de falha ou
característica e relatar aos outros usuários e desenvolvedores imediatamente.
Ainda pode-se listar, relacionar e monitorar estas atividades.

Figura 4.5. Rastreadores do FloApp

Na figura 4.5. os tipos de rastreadores disponibilizados são exibidos, são


eles:

Bug Tracking System (Rastreador de Bugs) – Tem controle dos erros


que estão acontecendo no sistema, e como finalidade repassar estes
aos usuários. No SGE diversas falhas foram encontradas:
o Falhas de implementação de código;
o Falhas no uso do Cvs;
o Erros durante a implementação de usuários externos no código
existente;
o Telas e formulários fora de padões.
Tech Support System – Acompanha todo o suporte que é realizado entre
a equipe desenvolvedora e o usuário;

41
o Por meio do fórum de discussão e notícias enviadas aos usuários,
o suporte foi efetuado no SGE.
o Quando estas ferramentas não supriam o suporte adequado, ele
era executado de forma direta com o usuário.
Patch Tracking System – Acompanha todos os patches que são
disponibilizados pelos desenvolvedores;
o Não houve nenhum Patch disponibilizado pelo projeto.
Feature Request Tracking System – Rastreador de melhorias, todos os
usuários podem sugerir novas soluções. No SGE melhorias foram
propostas:
o Utilização de novas tecnologias de persistência em banco de
dados;
o Usuários web designers disponibilizaram-se na confecção de
telas;
o Proposta de metodologia de desenvolvimento a ser seguida;
o Utilização de alguns padrões de projeto no sistema.

4.5. Análise dos Resultados

Desenvolver em Ambientes Colaborativos proporciona alternativas e


condições ótimas que não seriam encontradas em um ambiente de
desenvolvimento comum.

No FloApp a colaboração é proposta por meio das ferramentas que


foram descritas neste capítulo. Algumas delas interagem diretamente com
desenvolvedores, usuários internos do projeto e usuários externos, estes
podendo estar geograficamente e culturalmente distantes da realidade do
projeto. Com todo o processo de colaboração, e participação em massa de
várias pessoas distintas em todas as fases de desenvolvimento colaborativo,
vantagens são adquiridas com o uso deste meio, mas desvantagens também
são exaltadas.

42
4.5.1. Vantagens de um Ambiente Colaborativo
Com a utilização do FloApp como Ambiente Colaborativo, sendo
repositório para o sistema apresentado no Capítulo 3, podemos analisar os
aspectos positivos adquiridos com uso do mesmo:

Criação de uma rede de confiança entre todos os utilizadores;


Redução de custos de desenvolvimento;
Produção de softwares melhores e mais aderentes às necessidades do
mercado;
Interação participativa de desenvolvedores com usuários;
Colaboração sincronizada entre desenvolvedores, havendo assim
compartilhamento de informações, código-fonte e novas idéias;
Participação efetiva dos membros do projeto no sentido de rastrear e
comunicar a existência de erros;
Utilização de Controles de Versões, contribuindo com as atualizações do
software;
Com a participação de usuários finais durante a fase de
desenvolvimento, o produto final tem maiores chances de ser concluído
com um conteúdo esperado pelo real utilizador;
Ferramentas que provêm comunicação e poder opinião dos usuários
para o crescimento do software;

4.5.2. Desvantagens de um Ambiente Colaborativo

Em ambientes de desenvolvimento, onde a colaboração se torna o


principal fator para o sucesso, ela também passa a influenciar em questões
negativas, acarretando em algumas desvantagens atribuídas neste meio:

Nem toda colaboração é persistente;


Contribuições de código-fonte, não seguindo uma metodologia de
desenvolvimento, poderão ocasionar conflitos e bugs;

43
Discussões, códigos e decisões são públicos. O desenvolvimento e o
crescimento do projeto são rápidos, porém caóticos e mais difíceis de
controlar;
O código oferecido ao público é aberto, pode ser usado por quem
desejar e a responsabilidade de quem disponibiliza é restrita;
A evolução se dá por meio de consenso com os envolvidos com o
projeto, não havendo este o projeto pode estagnar.

4.6. Considerações Finais

Neste capítulo proporcionou-se a experiência de implantar um software


em um Ambiente de Desenvolvimento Colaborativo. Apresentou-se as
ferramentas utilizadas, bem como todo seu potencial para manter projetos de
código livre, e desenvolvê-los com qualidade a fim de satisfazer os requisitos
propostos de maneira satisfatória.

44
Capítulo 5
5. CONCLUSÕES GERAIS

Como definido na introdução deste trabalho, os objetivos eram:

Melhor distribuição do conteúdo (software) produzido ao seu público


alvo;
Avaliação dos usuários quanto a sua qualidade;
Interação de Idéias e informações;
Melhor desempenho no desenvolvimento de sistemas;
Então podemos concluir que, em relação à melhor distribuição do
produto, tendo em vista seu público alvo, garantimos que este objetivo foi
alcançado, pois como os próprios usuários finais interagem diretamente na fase
de desenvolvimento, ao término de todo o processo o resultado final
contemplará o que foi esperado.

Em relação aos feed-backs proporcionados em um Ambiente


Colaborativo, analisa-se que avaliações sobre o conteúdo se tornam muito
mais acessíveis, pois a colaboração representada por ferramentas que
melhoram a comunicação, no caso do FloApp, enquetes, notícias e fóruns de
discussão fornecem total disponibilidade para os usuários considerarem suas
opiniões sobre o desenvolvimento do produto.

A troca de idéias e informações dentro do FloApp, é com certeza o


diferencial do desenvolvimento colaborativo. Essa interação, não paralela a
grupos dentro do projeto, é abordada a todos os integrantes que participam
deste meio. Onde usuários do sistema estão interagindo diretamente com
desenvolvedores, proporcionando maior segurança de idéias para os aqueles
que estão desenvolvendo.

45
Portanto estes fatores abordados retratam melhorias no
desenvolvimento de sistemas colaborativos em relação a um ambiente de
desenvolvimento estático. E a colaboração se torna fator decisivo para o
crescimento, distribuição, avaliação e qualidade de um sistema de informação
diferenciado por meio de desenvolvimento composto de colaboradores.

46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[CAMARGO, KHOURI, GIAROLA, 2005] – CAMARGO, Álvaro Antônio Bueno


De. KHOURI, Lourdes Halim El e GIAROLA, Paulo César. O Uso de Sistemas
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Trabalho de Conclusão de Curso. Fundação Instituto de Administração – FIA.
2005.

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código aberto. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2007.

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Acesso em 11/09/2008.

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