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RESUMO
O escopo deste trabalho tem como proposição trazer uma reflexão a respeito da cultura
escolar no século XXI, mostrando as principais vertentes da reprodução e alienação na
produção de novas práticas educativas aplicadas nas escolas contemporâneas. A pesquisa
aqui apresentada está fundamentada no viés da pesquisa bibliográfica de autores que
vislumbram sobre o tema abordado. Nesta perspectiva, faz-se necessário salientar que a
alienação e a reprodução estão vinculadas nas instituições de ensino por meio do poder
hegemônico. Além disso, a cultura escolar tem trazido práticas pedagogias que estiveram
inseridas no contexto escolar dos séculos passados, sendo ministradas pelos educadores
de forma tradicionalista. Por fim, é uma pesquisa de relevância para pedagogos,
acadêmicos e profissionais da educação . Por ser um estudo que aborda novos paradigmas
da pedagogia atual através da valorização afetiva.
ABSTRACT
The scope of this work is proposing to bring a discussion about the school culture in the
twenty-first century, showing the main aspects of reproduction in the production and
alianation of new educational practices applied in contemporary schools. The research
presented here is based on the bias of the literature of authors who envision about the topic.
In this perspective, it is necessary to point out that the sale and reproduction are linked in
educational institutions through the hegemonic power. In addition, school culture has brought
practical pedagogies that were inserted in the school context of past centuries, being taught
by educators so traditionalist. Finally, research is of relevance to educators, academics and
education professionals. It is a study that addresses the new paradigms of teaching by
valuing current affective.
INTRODUÇÃO
que a pesquisa vem ressaltar a cultura escolar do século XXI atrelada a questões de
poder e afetividade.
desenvolvimento eficaz na distribuição dos indivíduos nas filas coloca os alunos num
padrão de conformidade.
“O cantinho do pensar”, é uma prática educativa muito presente nas escolas
contemporâneas, na verdade está relacionada com o ato de ficar “de pé” nos cantos
das salas, durante a aula, técnica muito utilizada nos séculos XVI a XIX. Na
atualidade ainda são utilizados, vários métodos de castigos com nomenclaturas
diferentes.
Com base em Luckesi (2003, p. 13), “Do erro como fonte de castigo ao erro
como fonte de virtude”. O erro aparece como uma forma de condenar o aluno, com a
missão de mostrar de maneira muito clara e eficaz que o educando é culpado, ou
seja, fomentado o seu lado moral e intelectual de que o seu comportamento é
inaceitável.
Conforme destaca Luckesi (p.24-25, 2003) “Hoje não estamos usando mais
o castigo físico explícito, porém, estamos utilizando um castigo muito mais sutil o
psicológico”. Entretanto, perpassando pelo viés da adaptação o castigo psicológico
tem causado um grande estrago intelectual,sendo usado pelos educadores com a
finalidade de corrigir erros e faltas cometidas pelos alunos, através da punição que
está diretamente ligada a questão do medo, servido como um instrumento de
obediência, porém está forma de submissão provoca traumas causando conflitos
psicológicos.
Segundo Foucault (2002, p.123) “importa estabelecer as presenças e as
ausências, saber onde e como encontrar os indivíduos, instaurar as comunicações
úteis, interromper as outras, poder a cada instante vigiar o comportamento.” Cabe
ressaltar, que os alunos estão inseridos em um processo de dominação e vigilância,
ou seja, existe um controle exercido sobre os comportamentos do educando sendo
necessário destacar que a conduta de cada educando é submetida à formação por
meio da intermediação do cumprimento das regras.
É de primordial relevância destacar uma técnica de castigo muito utilizada
pelos docentes na nossa contemporaneidade, como deixar o educando sem sair no
horário do recreio.
De acordo com a implantação da Lei 5.692/71 e o CFE, no Parecer 792/73,
de 5-6-73, concluiu: “o recreio faz parte da atividade educativa e, como tal, se inclui
no tempo de trabalho escolar efetivo.” Diante dessa afirmativa, mesmo com a lei que
rege esse direito ao aluno, vale evidenciar que têm sido uma das marcas negativas
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deixadas pelos professores, que vem proliferado essa prática a longas décadas no
contexto escolar. Neste viés, quando o aluno descumpre com as suas obrigações, é
submetido à punição por ser considerado desobediente, sendo comunicado várias
vezes o motivo á qual o deixou sem o seu momento de lazer, essa práxis têm como
objetivo fazer com que o aluno reflita e mude de atitude.
O poder deve ser analisado como algo que circula, ou melhor, como
algo que só funciona em cadeia nunca está localizado aqui ou ali,
nunca está nas mãos de alguns, nunca é apropriado como riqueza
ou um bem. O poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas
os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de
exercer este poder e de sofrer sua ação; nunca é o alvo inerente ou
consentido do poder, são sempre centros de transmissão.
(FOUCAULT, 2007, p. 183)
facilitador para a educação. Irrompe em lugares que muitas vezes, estão fechados.”
Nesse sentido, o afeto desenvolvido em sala de aula é uma ferramenta poderosa
auxiliando o professor na transmissão do conhecimento, proporcionando ao
educando a superação de aspectos- emocionais e promovendo a interação entre
professor e aluno.
Ainda segundo Cunha (2008, p.69) “há professores – mesmo com
pouquíssimos recursos – que afetam tanto que são capazes de transformar suas
aulas em dínamos de inteligências”. Além disso, é possível constatar que um bom
relacionamento entre docente e discente reflete muito no processo de ensino -
aprendizagem, trazendo um bom êxito, na receptividade da assimilação dos
conteúdos.
Com base em Tiba (2006, p.74) “o mestre ultrapassa o conteúdo expresso
das que leciona e, com freqüência, o terceiro nível do comportamento humano - a
capacidade relacional -, colocando em prática amor, disciplina, gratidão”. Diante do
exposto, o professor por meio do seu relacionamento contínuo com o aluno
consegue formar no educando diversos aspectos sócio- emocionais e afetivos.
Segundo Novello (1987, p.100) “ao estabelecer uma relação positiva com a
professora, onde haja espaço para laços afetivos, terá maior de seu circulo social
incita-a a estudar para entender melhor o que passa ao seu redor”. Neste viés,
pode-se notar que um relacionamento positivo entre professor e aluno proporciona
mudanças favoráveis, aguçando no educando o desejo em adquirir novos
conhecimentos.
Conforme Haydt (2003, p.55) “a interação social se processa por meio da
relação professor- aluno e da relação aluno- aluno. É no contexto da sala de aula, no
convívio diário com o professor e com os colegas”. Partindo desse pressuposto, as
interações sociais vividas entre os alunos e professores estabelecem uma mediação
facilitando a troca de conhecimento, por meio das vivencias das relações humanas,
ou seja, a aprendizagem vai ocorrendo de forma coletiva e afetiva através da força
dos relacionamentos entre professores e alunos.
Ainda com base em Haydt (2003, p.59) “para haver um processo de
intercâmbio que propicie a construção coletiva do conhecimento, é preciso que a
relação professor-aluno tenha como base o diálogo”. Portanto, a sensibilidade da
relação do diálogo entre docente e discente é muito importante, porque o professor
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMENIUS, Johann Amós. Didática Magna. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,
2011.
HAIDT, Regina. Curso de didática geral. 7ed. São Paulo: Ática, 2003.