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Bi saeN REVISTA DE Mm DOS ALUNOS DO IST. NN. 167-Julho-1946 LL Unio tia Portus SEDE Rua Duque de Loulé, 240—Pérto Telef. 2828-2829—2830-Est. 90 1 i DELEGACAO i & i R, Antonio Maris Cardoso, 13,2." Lisboa Telefones 2723227233" Est. 365 aun \ ELECTAICIDADE DO LINDOSO || Ets cenTaats po Faeixo€ O4 cacHoFERRA A Unio Eléctrica Portuguesa distribui fe vende electricidade nos distritos de VIANA DO CASTELO, BRAGA Fabricado pelos mais modernos pro- cessos © preferido para todos os tra balhos de responsabilidade. Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. Barricas de 180 Kg. DES, VILAS, ALDEIAS e LUGARES s BF Ci L P. facili a electrfieacto de COMPANHIA GERAL DE CAL € CImeNTO | SS gens a sus (arta RUA DO COMERCIO, 56, 3.° [Sasa U.P occa ea ener | LISBOA é prov so negéclo Cimento 0 coeficiente de atrito entre o gro mineral e a superficie em que se apoia, a forga de atrito 2 correspondente & pressiio normal P é dada por (2): namo(so+ con #5); pelo que se ter’, como aceleragio devida ao atrito (2): 7 Fae (et® cos x. tg 8). Vé-se assim, conforme se tinha dito, que esta aceleragiio é varidvel, o mesmo nao sucedendo nas mesas do tipo deslizante em que ela toma o valor constante mgo (')- Para que se observe movimento do grito relativamente 4 superficie do tabuleiro em que cle se apoin e onde se encontra subme- tido & acgfo de duas forgas directamente () Chamnamos a atenglo para o facto de no nosso artigo publicado no n# 162 desta revista, vir a desigual- dade dyjdg > gy em ver do dyjdt> gq para exprimir a eondigto de movimento duma partieula eoloeada sobre ‘um plano horizontal deslocando-se no views. > 1 opostas —uma devida & aceleragio do mo- vimento da prépria superficie de apoio e outra devido a aceleragio correspondente a0 atrito—, torna-se necessério que doy wt 3 nk (gob eos +166). Se a aceleragiio horizontal da superficie do tabuleiro for igual ou menor que a ace- leragio devida ao atrito, o griio nio desli saré sobre a mesa seguindo os seus movi- mentos. ‘Assim, conforme os casos, pode ou nio haver movimento do gro mineral sobre a superficie do tabuleiro; pode ele mover-se sdmente num dos sentidos ou em ambos, mas, entio, a velocidades diferentes devido 2 assimetria da aceleracdo motivada pelo atrito. Por outro lado, para que se nko vi des- truir o benéfico efeito da classijicagao emba- ragada ow em movimento vibratério (6) operada inos canais entre os ariffles», tor- na-se necessirio que os grios minerais nao saltem sobre a superficie do tabuleiro, pelo que a pressiio normal nao deve ser negativa. Como P tem um valor minimo para torna-se necessirio que @ go——— te B> 0 III —Movimenio geral dos gréos sobre fabuleiro das mesos Segundo Finkey, a velocidade limite » dum grio mineral de diametro J ¢ densi- Fig. 8 dade d, movendo-se segundo a mixima inclinagHo da superficie duma mesa estacio- néria inclinada de um Angulo i sobre « horizontal, sob accio duma toalha de gna de espessura He de velocidade w, 6 dada por wl ral em que v, representa a velocidade inicial do grio ez 0 coeficiente de atrito entre 0 grio e superticie da mesa. ‘A velocidade do ponto O ¢ segundo a direego Ox (fig. 3) dum grio mineral de didmetro J, ¢ peso espectfico d; é pois: sendo a velocidade ath (s— 2 (2 para um outro grio da mesma equivaléncia mas de didmetro [,~1, e peso especifico dyv; ou que, segundo a maior inclinagao da mesa, tra- tando-se de dois grios equivalentes, 0 grao de menor densidude move-se mais rapida- mente que o mais pesado. ‘Torna-se evidente (2), por simples obser- vacao da (fig. 8) que a separagio entre dois grios minerais numa mesa vibrante é tanto mais perfeita quanto maior for o Angulo 7 formado pelas traject6rias dos gritos a sepa- rar, portanto quanto maior for teen b tee tgh te Se a velocidade de ambos os grios mine- vais for constante na direegio Oy e igual ae, vé-se que 0 grito mais denso se deslooa segundo Oa eo mais leve segundo Ob. Se v, © % permanecem constantes © variar, mas de igual modo para ambos os griios minerais, teremos (2): eo—e) | umte y= TECNICA 1085, 0 Angulo ; e, portanto tg 7, tem o seu valor méximo para e=Vnt} donde se conclui que a velocidade de cami- nhamento horizontal a fornecer aos gritos minerais deve ser tanto menor quanto mais finas foram as particulas da polpa a tratar. Por outro lado, sabe-se que a velocidade ¢ de caminhamento horizontal dos grios & directamente proporcional a an e que n & jnversamente proporcional a a; represen tando a a amplitude do movimento vibraté- rio do tabuleiro da mesa e m a frequéncia de vibracdo. E assim de coneluir que quanto mais finas forem as particulas que consti- tuem a poipa a tratar, menor deva ser 0 curso ou amplitude do movimento vibratério do tabuleiro da mesa 6 maior deve ser a fire- quéncia de vibragao. 1V —Conclusdes 2) O estndo dos movimentos do tabuleiro das mesas de concentragio de minérios per- mitin efectuar uma classificagio dessas me- sas em duas categorias: tipo deslizante e tipo oscilante conforme 0 movimento recti- Ineo alternative, de que a superficie do tabuleiro da mesa esté animado, se realiza ‘ou nfo no proprio plano do tabuleiro. Embora dum modo geral todas as mesas em qne o tabuleiro ¢ provido de movimento rectilineo alternativo sejam conhecidas pela quase totalidade dos autores sob a designa- gio de mesas oscilantes ou vibrantes, devem TECNICA 1086 elas ser divididas nas duas categorias apon- tadas. 32) Nas mesas de tipo deslizante é a assi- metria —diferenciagdo—na acelerag&o do movimento rectilineo altemativo do tabu- leiro a responsivel pelo caminhamento lon- gitudinal dos gros minerais; nas mesas do tipo oseilante essa responsabilidade cabe & assimetria da aceleragio devida ao atrito. @) Nas mesas de tipo deslizante torna-se necessirio garantir, que a accleragio inicial da superficie do tabuleizo que éméxima para O (Bg. 2) seja maior que a sceleracto devida ao atrito [= 2 (0+ *2 tg *)| - e garantir ao mesmo tempo que a pres- so normal dos griios sobre a superfi- cie de apoio niio tome valores negativos pehDees —[(o—F tg #)>o|- para que se nio observe a «saltagion dos gritos que, a dar-se, irig destruir a benéfica infiuéncia da classi- ficagio embaragada operada nas partfoulas situadas entre os canais formados pelos sciffles». BIBLIOGRAFIA 1—Alberto Cerveira, Tratamento de minerais em mesas oscilanten, «Técnica» n,° 162, 1946. 2—J. Finkey, The Scientific Fundamentals of Gravity Concentration, 1930. 8—Tichards, Ore Dressing, 1906. 4—Sanna Manunta, Preparasione Mecanica det Minerali, 1938. 5 —Henry Louis, The Dressing of Minerals, 1909. 6— Alberto Corveira, Hstratiieacto das’ parti- eulas méncrais nas mesas oscilantes de prep. ragto de minérios, «Técnica» n.° 159, 1945. Cromite, platina, silicatos niqueliferos e silicatos cobaltiferos em rochas do distrito de Braganca (Portugal) Em Dezembro do ano transacto publiquei na «Técnica» um artigo que intitulei «Pos- sibilidade de ocorréncia de platina no distrito de Bragangay, e em que me referia nfio 6 & proviivel ocorréneia de platina © de metais do grupo deste mas também 2 de niquel e de cobalto em minerais das rochas daquela regifio. Como 0 Servico de Fomento Mineiro, sob 8 superior orientagio do Engenheiro A. Bernardo Ferreira, est a realizar um estudo de geologia econdmica de grande parte do distrito de Braganga, as investigagdes para confirmar ou infirmar as hipéteses expostas no meu referido trabalho foram intogradas no plano geral de estudos, dos quais, em parte, tenho estado encarregado. Os’ trabalhos de campo e laboratoriais, que tenho realizado de colaboragko com 0 Servigo de Fomento Mineiro, permitiram chegar a conelusdes que confirmam essas hipéteses. Neste breve artigo, enjo titulo ¢ idéntico a um outro mais desenvolvido e em publi- cago na revista «Estudos, Notas e Traba- Thos do Servico de Fomento Mineiro», refi- ro-me simplesmente As conclusdes a que cheguei 14)— Um macigo peridotitico afiora em diversas regides do distrito de Braganga. Os afloramentos encontram-se numa larga faixa desde Vinhais » Braganga, estenden- do-se um pouco para Norte; e, deseendo para Sul, atingem, pelo menos, a regifio de Morais (Macedo de Cavaleiros) e a estrada que de Izeda vai para ponte de Remondes, 4 2,2km, N. 47° E. desta ponte. 2.*)—Neste maci¢o eruptivo predominam PeLo pouToR J, M, COTELO NEIVA ‘Ls Assistente da Faculdade de Gitcas do Porto Beetle do istilto para a Alta Cultura ©. D. 622. 4 dunitos ¢ harzburgitos, afforando, também, cromititos, enstatititos, bronzititos, horne- blenditos, werhlitos, cortlanditos, Iherzolitos, noritos © gabros. 3.")—Os afloramentos, embora extensos, encontram-se interrompidos predominante- mente por anfibolitos © xistos anfibélicos, aflorando também, na regitio, gneisses, miea- xistos, xistos cloriticos e sericfticos. Junto e préximo do contacto com os peridotitos, as rochas metamérfiens mostram-se geral- mente granatiferas. 4.8)— Os cromititos, que so olivinicos, tm interesse econdmico pois constituem os jazigos de cromite, alguns em exploragio. Sho, do ponto de vista metalogenttico, jazi- gos de segregago magmitica e, quanto & estrutura que apresentam, sio de natureza lenticular e as lenticulas encaixam nos dunitos e nos harzburgitos, em grande parte serpentinizados. 5.3) —Por métodos espectrograficos fer-se a investigagio qualitativa de Pt, Tr, Os, Pd, Rh, Ru, Au, Nie Co nas seguintes amostras de afloramentos da regiio Braganga-Vi- nhais: uma amostra de serpentina cromi- tifera; duas amostras de harzburgitos; trés amostras de dunitos; e quatro amostras de cromiititos olivinicos. Os resultados das ani- lises espectro-quimicas efectuadas foram a) Todas as amostras contém Ni; b) Um doscromititos olivinicos contém Co; c) Oito das amostras contém Pt; 6.4) — As duas amostras que no contém Pt so de um dunito e de um harzburgito que mostram raros cristais de cromite. TECNICA, 1087 Nas oito amostras restantes a platina encontra-se no estado nativo ¢ aliada & cromite, naturalmente como inclustio neste mineral. 7.*\—O Ni encontra-se na olivina e em silicatos hidratados magnesianos resultantes da alteragio deste mineral, como antigorite, serpofite, crisétilo e mais raramente taleo. Em todos os minerais referidos, ides Ni*+ substituiram, nas diversas estruturas, parte dos ides Mg**, visto os raios iénicos @ as cargas dos dois ides serem iguais. Por anélise qaimiea qualitative por via Iuimida averiguei, também, que 08 minerais referidos continham niquel. Os silicatos niqueliferos, que dptica ¢ quimicamente determinei, so: olivina nique- Iifera, antigorite « niquelffera, serpofite niquelifera, erisétilo niquelffero ¢ taleo niquelffero. 8.8)—O Co encontra-se também na oli- yina e nos silieatos magnesianos secun- darios formados por alteragio deste mineral. Na estrutura da olivina 0 ido Co*t tanto pode substituir o ifo Fe*, pois tem carga e raio iénico iguais aos de este, como pode substituir 0 ido Mg**, visto nfio s6 ter a TECNICA 1088 mesma carga deste mas também a relagio entre os raios idnicos ser igual 4 relagio exis- tente entre 08 raios iénicos dos ides Mg** e Fe? que entram na estrutura da olivina. Na rocha analisada, em que a olivina esti completamente alterada para antigorite, serpofite, orisétilo ¢ talev, e em que o Fe que entra na composigio da olivina foi exsudado sob a forma de magnetite, creio que 0 ifio Co®* substituiu o iio Mg**. 9.8) —Neoessirio se torna averiguar se nas rochas peridotftieas do distrito de Braganga, em que, sem ditvida, se conhece agora a existéncia de platina e de silicatos niqueliferos ¢ de silicatos cobalt{feros, e nas formagbes detritieas derivadas daquelas rochas, hé concentragdes destes minerais que econdmicamente possam ser conside- yadas como jazigos minerais. ‘Pambém se deve averiguar se fildes quar- taosos, que atravessam afloramentos de ro- chas peridotiticas, estio mineralizados por sulfuretos, arsenietos ou selenietos niqueli- feros ¢ cobaltiferos, que por vezes se alia a platina, 0 que 6 inuito provavel. Porto, Abril de 1946, ATELIERS NEYRET-BEYLIER & PICCARD-PICTET GRENOBLE EQUIPAMENTOS DE QUEDAS DE AGUA LABORATORIO DE _ENSAIOS _HIDRAULICOS EQUIPAMENTOS DAS GRANDES BARRAGENS HIDRAULICA AGRICOLA — REGA Desearga de fando da Barragem de Santa Luzia da Companhia Eléetsica das Beiras Uma valyula —Borboleta do seguranga de 2 metros de didmetro Uma valvala—Barboleta de dosearga estanque de 1%80 de didmotro SOCIEDADE PORTUGUESA NEYRET-BE Y Avenida Duque de Loulé, 95 LISBOA Telefone 46889 MBIA COM UM fl : 2 FOGAO O&~ A GAZW WIR AO HA MAS 7 IHEIRAS (1M “A \ 5 STIL i BBWAA Guia de ensaios normativos de andlise quimica das aguas potaveis TRABALHO APRESENTADO AO CONGRESSO LUSO-ESPANHOL PARA O PROGRESSO DAS CIENCIAS DE 1944 (CORDOVA) POR ROMAN CASARES LOPEZ CARLOS CANDIDO COUTINHO RAMIRO GUEDES DE CAMPOS LEON VILLANUA FUNGAIRINO . p, 543.3 (Conelusio) Capitulo VII GENERALIDADES 1—Condigées da colheita a) Recipiente A Agua deve sor recollida em recipiente on recipientes de vidro (frascos ou gar rafves) previamente lnvados com soluto a 1%), de permanganato ou de bicromato de potéssio, acidulados pelo éeido sulfiirico na raao de 10: 1, com o fim de destruir a matéria orginiea que nos recipientes possa existir, e que em seguida deverdo ser lavados com gua potével. ‘Na ocasitio da colheita o recipiente ser ainda convenientemente lavado com a dgua que se pretende snalisar (2 ou 3 vezes). Depois de cheio, rolhar o recipients, tendo o cuidado de empregar rolhas novas se estas forem de cortiga, e, em qualquer caso, rolhas préviamente lavadas com a propria figna; atar a rola com cordel ou fita de nastro; lacrar com aposigio de sinete de garantia, ‘Ao recipiente deverd colar-se um rétulo contendo a designagio do dia, hora, local e condigdes de colheita. b) Volume Geralmente 5 a 10 litros. Caso se faga a pesquiza ¢ dosagem do iodo ~ 50 litros. | ©) Transporte © transporte deverd ser feito o mais ripidamente possivel © em embalagem que proporeione uma temperatura nfo superior a 15° C. TECNICA 1089 Il—Ordem cronolégica das determinagées i a) «Zn loco» (*): 1) pH 2) Anidrido carbénico livre. | b) A iniciar «in loco» : | 1) Anidrido carbénieo total 2) Oxigénio dissolvido | 8) Acido sulffdrico 4) Agressividade para o calcéreo | 5) Agressividade para o chumbo 6) Ferro 7) Manganésio, H ©) A chegada ao laboratério (?): i 1) Amonfaco { 2) Azoto albuminoide 8) Nitritos 4) Nitratos j 5) Oxidabilidade 6) Anidrido Carbénico combinado (alealinidade). a) No tempo seguinte: 1) Residuo seco ~ SiO, ~ 0,Fe, ¢ O; Al, i 2) Residuo sulfatado — Na a 3) Ciileio — Magnésio 4) Sulfatos 5) Cloretos 6) Durezas 7) Chumbo. II1--Expressio dos resultados A) Determinagdes parciais Os resultados devem ser expressos em mg/L do respectivo iio ou, nos casos espe- ciais, como ficou dito nos artigos correspondentes. i (1) Caso se faga a determinagiio do Cloro livre deve esta sor feita «in loco». | (2) Dartese da hipéteso de que dgua chogard ao laboratrio no di da colieta por conseguiate, que & | inflo da aniiso trh Ingar neste mesmo dia, Uaso eontriio, a Agua deverd conservars, parte da colleita, ew ambiente de temperatura nde superior a 18°C. TECNICA 1090 B) Caracterizagio da potabilidade Para a simples caracterizagio da potabilidade bastars a obtengio dos dados consi- derados no quadro seguinte: QUADRO I AGUAS POTAVEIS Caracterizacao de Potabilidade Localidade «--.. Propriedade de Local da colheita Rio a : - ae Date da eolbeita Agua 80} ooo Hora da colbeita.. Indieagoes eventuais . Desigoayiee | Resultados Designages Rewaltafos Caracterizagito organoléptica: Cielo do azoto: | Cor Azoté albuminoide (NX) | «+--+ mg/l Aspecto | Amoniaco (NI}) eee Cheiro Nitritos (N04) » Sabor Nitratos (NO') > Anitlise quimiea : Clorotos (Cl) . Anidrido earhénico eombinado Oxidabilidade: (alcalinidade) sm sol. N/L em meio dcido seessemg/L. |] Dureza total ‘graus frane, om meio alealino cee pH Apreciagiio: Obsorvagies: Data da conelusiio da andlise C) Bstudo geval da agua 1) Registo dos resultados Nome do analista: 2) Verificagio dos resultados 3) Agrupamento hipotético do res{duo seco, TECNICA 1091 1) Registo dos resultados: No registo do conjunto das determinagdes tendo por fim o estudo geral da Agua utilizar-se, de preferéncia, a ordenagho proposta no quadro seguinte: deve QUADRO II AGUAS POTAVEIS Estudo geral da agua Localidade «.. i al da colheita . Propriedade de...-. Loe ita Rios. +.++ Jose . Nasconto Data da colbeita -..++++. Agua do ~ Hora da colheta« Poco «. ° Indicagdes eventuais «... | Resultados Desigoaytee | estates Caracterisagito organoléptica : Sulfatos Cor | nidrido earbénico | ‘Anidrido earbinieo com- Aspocto binado (CO's), - » Cheiro, | Cileio (Catt)| eee Sabor | Magnésio (ig) eee > oo Sodio e potissio (Nate K+)| ...0. > Andlise quimica : || Osido do forro e do alu. | Oxidabilidade: || earen Um? Cereal nt em meio acido | seseeemgiL. || Ferro (Pett): > ‘om meio alealino eee > || Manganésio Qfn++)] - » | Chumbo (bet) Ciclo do azoto: | Residuo seco a 160" ¢ eee ” Azoto albuminoide a). cee |] Dureza: Amenteo eam) ea |. grr ira. Nitritos. (NO}) | arenes D Permanente - " Nitratos (NO4) ' Temporiria fs Cloretos Ye ES sone »| Cloro livre (Ch) | vee Rosistividade eo) ‘Alealinidade exp. em (CO3Ca)| - ’ Todetos @ » | Mnaice de agressividade para 0 Oxigénio dissolvido (0) > | caledireo ++ mg/L, Arsénio As) > | Fosfatos Po") » || indice de agreesividade par 0 Sulfuretos ¢ sulfidrico (SH) » | chumbo : | | Apreeiagio: Observaces : Data da conclusiio da anilise: Nome do analista: Teentca 1092 i 1V — Verificagéo dos resultados ‘Método de Grimhut Granbut exprime o resultado final das andlises em milivales, sendo 0 milivale—a miléssima parte do eqnivalente do ido/L. Como os resultados das determinagdes dos ides sto dados em mgs/L, para os con- verter em milivales basta dividir o niimero que exprime cada resultado pelo respeotivo equivalente. Assit 1,876 milivales ‘A expressiio dos resultados das determinagGes inicus em milivales tem @ vantagem de se poder fazer rhpidamente a verificagio dos resultados pela comparagao da soma dos milivales catiénicos com a soma dos milivales aniénicos, Se forem expressos por ntimeros iguais ou sensivelmente iguais (ordem das centés- simas) considera-se as determinagdes como exactas. Exemplo: Registo da andlise (mg/L): Verificago (milivales): Milivales aniénieos Milivales catidnicos 7 1110 37,6 Coy" + Ee 3,609 att = 826 __ oo cw mad 1,876 142 so #2 __ 0,208 “98,080 aa 0,888 1,001 2,517 0,048 _ 5,018, S'= 5,026 : A aplicagio do conceito de Griinhut, além de permitir a verificagio exposta, di-nos dum modo geral, fazendo a composigéo centessimal em milivales, as caracterfsticas iénicas duma agua. TECHICA 1093 3) Agrupamento hipotético do resfiuo seco | ‘Tom muitas vezes interesse, embora as aguas potiveis nio se classifiquem deseri- | minadamente como as Aguas minero-medicinais, considerar os sais formados pelos anides | e 08 catides, segundo a combinagio mais provavel, que assenta duma maneira geral, no gran de insolubilidade dos diferentes sais. ‘Aconselhando 0 método de Tresh, Beale e Suckling, variante do método de Frese- ius, que, nfo seguindo, alids, rigidamente a ordem da insolubilidade dos sais, é 0 de uso mais corrente, propomos para aplicagio sistemAtica do método o uso do seguinte quadro diagramético: QUADRO | | p——_catides | | Anion — \ | ———— | coy! C0; Ca COs Mg | CO; Naz | ae 804 Ca SO. Mg | 80, Nog SOK or ly Ca chwg | cNa | Noy (NO Ca | (NOs Mg || NOS Na ‘A ordem da combinagko provével dos anides com os eatides acha-se muito simplesmente, fazendo no quadro a leitura das colunas (eatides) de cima para baixo a j das linhas (anides) da esquerda para a direita, isto é, partindo do Ca** ¢ combinando-o / sucessivamente com 0 CO,!, SO,!, Cl e NO, até nio haver mais Cat* para combinar; depois combinando os anides excedentes com o Mg**, até haver Mg** para combinar | ainda depois, os aniées excedentes com o Na* e por fim com o K*, i Devem dispor-se os resultados parciais ¢ finais deste agrupamento tomando para } paradigma o quadro ineluido no exemplo a seguir indicado, Exemplo I: Registo da anslise | (CO BOY. eee eee doo0c0 Cr O'Fe?, ote. Residuo seco a TECNICA 1094 QUADRO I! AGRUPAMENTO HIPOTETICO DO RESIDUO DE | LITRO DE AGUA (em mgs) TOES Teor dos ltalos ave da analiso COsCa 25, 2 |_80.Ca 2|_ChCa 5 | ChMg §|_c1Ne a 2] NOsNa So} sios | OsFes, ete. | Residao caleulado 8 Residuo directo = 251,7 Erro= 0,7 % Observagies: € ravo haver coincidéneia entre os niimeros que exprimem o resfduo caleulado e 0 residuo directo : ha que considerar sobretudo a existéncia de matéria orgt- nica. Contudo, poderé considerar-se como admiss{vel um erro que nfo exceda 2°,. E 0 caso presente em que o erro é de ~ 0,7 °/. Modo de preencher 0 quadro : Na linha que diz «ides» p6r por ordem, primeiro os anides e em seguida os catides encontrados na andlise. Na linka que diz «Resultados da andlise» por cada um dos mimeros dados no registo da andlise na coluna respeetiva a cada ito. Na coluna destinada aos compostos proviiveis ir dispondo estes segundo o quadro diagramético (Quadro 1). Comegando pelo CO,!, multiplica-se o mimero respectivo pelo factor Ca/CO,—0,6678, dando tal produto a quantidade de Ca** que se combina com CO}! para dar CO,Ca: COsCa: 184><0,0078. . . . «> 10,8 de Cat 15,4 de COs" 28,7 de COsCe Como a quantidade de Cat* correspondente a CO,!' é menor que o mimero do registo que, no nosso caso, é de 17,8, hé portanto edlcio excedente; todo o CO! deveré estar no estado de CO,Ca. O Catt excedente combinar-se-d, ainda segundo a ordem indicada no Quadro I, com 0 80,', como segue: TECNICA 1098 SO.Ca: 7,8>< Cat+/S0y" = 1804172... S | Como ainda hé Ca++ exeedente, combinar-se-é em seguida com o Cl, como segue: Cha: 4><1,1698. . 6 6. O70 do Ch de Catt | 11,0 de CiCa O Cat+ ficou assim todo combinado. Segue-se o Mg++. No quadro diagramético o Mg++ combinar-se-4 primeiro com o CO:!, em seguida com 0 SO\" Como, porém estes dois anides j4 se encontram combinados, 6 poderd com- binar-se com o Cll, Assim: Chilg: 10>%<2,9108 « . . . . 2 29,0 do CP 10,0 do Mgt+ i] 39,0 de ChMg Como ainda hé Cl excedenté, combinar-se- com 0 Na*: i CINa: 89,8><0,6486 . . . . © 38,8 de Nat 50,8 do Cl 98,6 de CINa E, finalmente: NONa: 30,5 > encontrado Erro ~ 0,5% 1266 172 Caleulos para o preenchimento do quadro: COs Ca: 6,1 >< COs [Catt = 6,7 >< 14972 6 6 1 eee + 1D 10,0 de COs” 6,7 de Catt 16,7 de COsCa Nora: Nesto oxemplo o cilleulo 6 feito a partir de Ca++, visto o COs! ser em excesso em relagio a éle. COs Mg: 6,5 >< Mg++/00," = 6,5 <0,4052. . «+ 2,6 de Mgt+ 6,5 de COs” 9,1 de COamg ett = 1,2 >< 8,008. 6... O47 de 804" 1,2 de Mg++ 5,9 de SOsMg S04 Nas: 8,3 >< NaSOs" = 5,7 >< OATBB 6 ee 16 de Nat 3,8 de SOv" 4,8 de SONag 1,2 ><0,0486. ee eS 24,1 da Nat 37,2 de Cl 61,3 do CiNa NOs Na: 0,5 >< NOz/'Nat = 0,5 >< 0,8708 . 2. 2... . . S 0,18 de Nat 0,50 de NO’ 0,68 de NOwNa 50, My: 1,2>< 80s Cl Na: 11,2 >< Nat cl Para comodidade de ciloulos, utilizar as tabelas de factores de conversio (vide «Tabelas»). TECNICA 1097

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