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= ei = Locey roe : ar | DOS ALUNOS DO IST. N- 182-Abril-1948 PAN Fabricado pelos mals modernos pro- cessos © preferido para todos os tra. bathos de responsabilidade Sacos de papel ou de juta com 50 Kg. Barrleas de 180 Kg. ia seoe Rua Duque de Loulé, Telef. 2828 2829-2830. Est, 90 DELEGAGAO 40 Porto R. Anténio Marla Cardoso, 13,2."-Lisboa Telefones 2723227233 i Est, 365 me ELECTRICIDADE DO LINDOSO AS CENTRAIS 00 FREIKO E OA CACHOFARRA ie’ VIANA DO CASTELO, BRAGA, PORTO, AVEIRO, COIMBRA, VISEU LEIRIA‘e de SETUBAL, pela imais ex fede de alla-tensio ‘de t200 kins) le tuotriz 4s FABRICAS ndo forea + Uhlan flection Porauesa DES, VILAS, Al AU. Es P. facilit abr | mains | | | s EB Cl iL COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO RUA DO COMERCIO, 56, 3° LISBOA Jectriicagao de gens nan sos tron i Consaar @ U. E. se cansniy a sua engl || t proveitoso negécio | Cimento -Lin> hidrougato 1 PROPRIO PARA IMPERMEABILIZAGAO DE OBRAS REBOCOS, FUNDACOES, PAREDES, ETC, Substitue com vantagem de or dem técnica e econémicn todos o8 impermeabilizadores couhecidos Em sacor de papel de 50 quilos Pecam insirugdes para o sou emprégo ua do Cais de Santarém, 64, 1. ua de Santo Anténio, 190-A, 1. LisBoa PORTO Agentes em todo 0 Pais NUMERO 182 Abril —1948 TECNICA REVISTA DE ENGENHARIA ALUNOS DO INSTITUTO 2 Mdnnsbaga: AV, ROVISCO PAIS, SUPERIOR TECNICO IST / LISBOA-N,/ TEL, 7014 (ine 50) PIRECTOR FERNANDO JACOME DE CASTRO ADMINISTRADOR HENRIQUE ESTACIO MARQUES BIBLIOTECARIO. JAIME ORNELAS CAMACHO SECRETARIO JOSE MARIA AVILLEZ ‘A. ACCIAIOLI HI NOMERO AVULSO 7950 ASSINATURAS: Continues e thas 2150 4e400 75008 — smne0n0 I EDITOR E PROPRIETARIO ASS, DOS ESTUD. DO LS. T. COMPOSTO E IMPRESSO Tip. JORGE FERNANDES, L.%* RUA CRUZ DOS POIAIS, 103 LISBOA HNL HI 5S UMA RI 0 CAPA —Barragem da Senhora do Porto. 4." escaléo do Ave Pee. © ensina de engenhneia numa universidade americana - « 1g Fernendo Vasco Costa 875 Mistura 2. Eng? Lufs A. de Almeida Ives 885 DeterminagSe de destocamen- tos nas construcées por méto~ dos Spticos 1g Antonio de Sousa Cou tinhe s+ 895 © Gsivanémetro Balistico— Um erro de classificarso Eng* Benjamim da Coneet~ Rotes a exeursio dos alunos do 6." ano de minas a Franca es @ Espanta (curso de 1946-87) Jose Rowado © Fernends Freitas 985 Bibiiotecs : 936 0S ARTIGOS PUBLIC NESTA REVISTA SAO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, SONDAGENS RODIO, Limitada Sondagens geoldgicas, estudo da téncia e permeabilidade de ter nos; laboratério geotéen’ Pesquisas de Agua. Consolidagao e impermeal terrenos e de obras por meio de injecgdes de cimento, produtos qui- micos, argila activada, emulsio be- tuminosa Shellperm, etc. Estacas de betéo armado, sistema Rédio moldadas no solo sem trepidagdes. Rebocos comprimidos por «sement gun» Fundagdes em terrenos dificeis quer por congelagao artificial, quer por abaixamento do lengol de Agua. As melhores referéncies —_Sécia gareto rsitente em Portagel: no pais € no estrangeiro Walter Weyermann, eng. civit R, S. Mamede ao Caldas, 22, 3.°~ LISBOA Te, 2 8685, ACROW i 150 titros eH } As dinicad betoneiras de 150 litros, equipadas com tremonha doscadora de materiais, per- tiltlade trabalho continno, isto é o s/rendimento aumentado em 50°/,; hdkeks mONtAdGA sobre mole dado sobre pneus, permitindo H fine Foil dostooagac. MOTORES A GASOLINA Entrega imediata, no armezém do represeatante sivo para Portugal | 22001 Henry M. F. 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A sua g oxtraordindria coesdo demonstra-se facile mente iartelando uma gete deste lubrifi- & ante que nie produz salpicos. Por virtude da sua persisténcia, resistem os 6ieos “Gargoyle Viscolite” aos choques mats violentos © As mais elevadas pressdes, asse- gurando proteceio maxima, sem desperdicio, mesmo nus chumaceiras com grandes folgas. Mas nio 6 tndo! Os “Gargoyle Viscolite” ade- rem tio fortemente, mesmo as superficies molhadas, que constituem 0 meio mais eft- ciente ¢ econémico de Iubrifiear manual- mente os érgios de méquinas, nfo 86 sujeitos as mais rudos condigdes de trabalho, mas também expostos A amidade, hh =z TECNICA FERNANDO JACOME DE CASTRO ANO XXIII-N.° 182 ABRIL 1948 O ENSINO DE ENGENHARIA NUMA UNIVERSIDADE AMERICANA PELO ENG. CIVIL (I. ST) FERNANDO VASCO COSTA oD. 378 O elevado nivel de vida e a actual posigio politien dos Estados Unidos sito mani« festagdes do sen grande desenvolvimento industrial. A posi¢fo de atrazo que ocupamos em relagho a outras nagdes da Europa pode ser atribufda, como ainda recentemente mostrou o Prof. Ferreira Dias na sua «Linha de Rumo», 4 insuficiéneis da nossa indlistri Dado que o gran de desenvolvimento industrial de um pais 6 em grande parte fun- do da qualidade de trabalho dos seus téenicos, tem o maior interesse, em pafses que, como 0 nosso, muito necessitam desenvolver a sua indiistria, o estudo das condigdes em que nos paises mais adiantados se procede & educagio dos téenicos. Se conseguirmos aper- feigoar a edueagiio dos nossos téenicos, melhoraremos certamente a nossa indtistria e levan- taremos o nivel de vida portugués. Como bolseiro do I. A. C. foi possivel ao antor trabalhar, durante seis meses, na Faculdade de Engenharia de Cornell, no Estado de Nova York, uma das maiores melho- res dos Estados Unidos. Neste artigo siio apresentados alguns aspectos do ensino em que noton maior divergéncia entre o que se pratica no I.$.'T, eo que se adopta nessa T versidade. No compete ao autor orientar reformas. Limita-se, por isso, a relatar observagdes. Para nfo comprometer a utilidade deste seu testemunho, procnrard ser sempre verdadeiro, mesmo quando tenha de ser desagradivel. Oxalé no venham a ser desvirtiadas as inten- ges com que este artigo foi escrito, e possa ele contribuir para criar ambiente & grande tarefa que é necessirio empreender: tornar o ensino dentro do I. $. ‘T. tio actual ¢ ‘itil como o era hé trinta anos. —A grande diferense igo falando da maior diferenga encontrada entre a Univer- teresse, digamos mesmo afinco, com que Devemos iniciar este ar sidade de Cornell e a nossa Escola: 0 grand: professores e alunos da Cornell diligenceiam tornar o ensino universitério o mais provei- toso possivel. Perante essa diferenga, todas as outras, a apresentar nos parégrafos seguintes, sio secundérias. Como medida desse interesse podemos citar o facto de quase todos os professores, muito embora dando sensivelmente o mesmo mimero de horas de anla que os professo- res do I. 8. T., se dodicarem exelusivamente 4 Universidade, onde passam todo o di quer preparando as ligées, quer estudando a reorganizagio de cursos, quer ainda aten- dendo alunos ('). Por seu Jado, os alunos da Cornell, embora apenas com cerea de metade das horas de aula dos alunos do I. 8. T., estudam mais do que estes iiltimos. ‘Nao encontramos em Cornell nem professores nem alunos fugindo ao trabalho; uns estavam empenhados em ensinar; os outros em aprender. Para a diferenga de atitude dos alunos podemos apresentar uma explicagHo. De pouco serviré ao aluno da Cornell o seu diploma se, passados 10 anos sobre a sua forma- tura, ele se no tiver revelado um engenheiro competente. Nenhuma das associagdes de engenharia que controlam a actividade profissional o admitird como membro. Por isso Ihe importa adquirir conhecimentos. Para o alnno do I. 8, T., as aulas sto, em geral, um cal- virio pelo qual o fazem passar, ¢ do qual se defende o melhor possivel, antes de atingir 0 seu tinico objective: o diploma. Uma ves este obtido, o aluno entraré automaticamente numa classe privilegiada e ser reconhecido oficialmente como um especialista dentro de todas as possiveis especializagdes do sou curso. O aluno da Cormell procura obter na escola preparagio para vir a ser engenheiro: o aluno do I. §, ‘T, aguarda apenas o diploma. Para a diferenga de atitude dos professores niio encontramos explicagio. A tio falada exiguidade de vencimentos perde o seu signifieado se atendermos ao nosso nfvel de venei- mentos © a que a maioria dos professores se limita trabalhar seis horas por semana, apenns durante os meses de aula, ~ Objective de Curso © objective dos cursos em Cornell é ensinar a0 aluno os prinefpios fundamentais, que servem de base a qualquer ramo de engenharia ¢ torné-lo apto a, ngindo por si, aleangar mais tarde posigies de responsabilidade. Pensa-se que, no infeio da sua carreira, 0 engenheiro ser apenas um colaborador, ¢ que s6 ao fim de alguns anos, passados a tra~ balhar sob a direcglo de engenhiciros mais experimentados, esiard apto a assinar projectos c ditigir obras. O ensino tem por isso cariicter de preparagiio, nfo se passando aos alunos problemas de tao grande responsabilidade como projectnr uma barragera, um porto ou uma ponte, Receia-se mesmo que a resoluggo de tais problemas na aula possa levar o aluno ilgar-se capaz de também os resolver na vida real, antes de esta Ihe ter revelado as diliouldades doutros problemas mais simples. © curso de engenharia ministrado em Cornell consiste, por isso, quase exclusiva- mente, no estudo de ciéncias puras © aplicadas, com grande sacrificio das téenicas especializadas. (4) também una manifestaso do interesse dos professores pelo ensino o elevado niimero de livros por eles eserito, Do curso de engeaharia civil podemos citar os seguintos livros de texto: Mhidraulies, por Schoder; Kartiwork Tables, por Crandall; Determination of leimuth, Tine, and Latitwie, por Boothreyd; Tinber Design and Construction @ Foundations of Bridges and Buildings, pox Jacoby; Streseee in Siople Structures, Design of Steel Structures, Ele~ mentary Structural Engineering e Design of Conorete Structures, por Unquardt « O'Tlourke TECNICA 876 E posto o maior cuidado em desenvolver no aluno hitbitos de trabalho e espfrito de iniciativa, ¢ é dada grande importincia & preparagho social do engenheiro, para que cle fique apto a compreender problemas politicos e humanos e possa vir a ser, pela vida adiante, além de um bom engenheiro, um bom eidadao, 3 — Grau de especializagao dos cursos professados E bastante reduzida, e ministrada apenas nos dltimos anos, a especialiaagio dos cursos de engenharia, Esta falta do especializagio ¢ ditada pela dificuldade, verificada pelos industriais, de um engenheiro descobrir, nos primeiros anos da sua actividade, qual o campo de acgao em que poderd vir a ser mais eficiente. Por outro Indo, o sucesso duma earreira de engenharia depende do partido que 0 engenheiro possa tirar das oportunidades que se Ihe proporeionem. Um téenico muito especializado no pode tirar partido da grande variedade de posigdes oferecidas. Um enge- nheiro cuja preparagio tenla incidido sobre o estudo de princfpios cientificos pode ada- plar-se, com um esforgo minimo, a qualquer tipo de trabalho téenico. Esta razo, se pode ter significado na América, onde aparece explicnda no programa dos cursos da Faculdade de Engenharia de Cornell, maior significado deve ter em Portugal, pafs onde é muito mais itada a escolha entre colocagtes oferecidas aos jovens engenheiros. Destinadas aos engenheiros que pretendem trabalhar para a obtengio de tftulos universitérios (M.S. ou Ph. D.), ou apenas aprofundar os seus estudos, todos os semestres se ministram algumas cadeiras extremamente especializadas. Hssas cadeiras, onde por vezes se professam assuntos nfio abordados nos cursos do I. 8. ‘T., sio sempre facultativas, estando 0 seu programa continuamente a ser modificado e actnalizado. Para frequentar estas cadeiras muitos antigos alunos voltam A escola anos depois de terminado 0 curso. Exemplos de designagdes de algumas dessas cadeiras na engenharia civil: medidas hidréulieas, aproveitamentos hidro-eléctricos, teoria da estabilidade clistica, ensaio de materiais, meciniea das vibragées, observagio de pontes existentes, urbanizagio, acrofotogrametria, aeroportos, aplicagdes da mecinicn dos solos, fundagdes elisti- ons ¢ cobertmras delgadas. 4— Organizagao da faculdade de engenharia A faculdade de engenharia da Universidade de Cornell encontra-se d quatro colégios, correspondentes is quatro especialidades professadas: civil, mecinica, electrotécnica e quimiea. Nos trés primeiros colégios podem tirar-se, além dos cursos regula- res, cursos de engenharia administrativa, em parte devotados ao esindo do comércio, finangas, ciéneias sociais, direito, redacgio de inglés, ete. Gada colégio tem 0 seu director. Sio estes directores que estudam os programas, distribuem o trabalho entre os professores ¢ promovem o seu reerntamento. com eles que os alunos tratam de quase todos os seus problemas. E ffeil compreender que cada um destes directores, melhor do que o reitor da facul- dade de engenharia, possa conhecer, nin na engenharia civil, outro na meciniea, outro na electrotéenica e outro na quimica, as necessidades de cada curso © quais as pessoas reorutiveis para 0 corpo docente. Pensamos que a acco destes directores das especialidades 6 um dos factores que mais contribuem para a eficiéneia do ensino em Cornell. TECNICA 877 5 —Programa des cursos ‘Todos os cursos professados na Universidade de Cornell sio constitufdos simul- tineamente por cadeiras obrigatérias ¢ por cadeiras facultativas, Estas (iltimas sfo escolhi- das livremente pelos alunos entre as numerosas cadeiras que todos os semestres Ihes sio oferecidas. Com o fim de mostrar 0 cardeter dado ao ensino, faremos uma breve comparagio entre as cadeiras obrigatérias que constituem o eurso de engenharia civil da Universidade de Cornell ¢ as do mesmo curso no I. 8. T. As matemitions ¢ dada importineia compartvel nas duas escolas, Em Cornell, porém, as matérias, um ponco mais reduzidas, sio seleceionadas tendo sobretudo em vista a sua utilidade. Muito tempo 6 dedicado 4 ‘resolugio de problemas, especialmente na meeiniea, O ensino é orientado de modo a que todos os alunos fiquem aptos utilizar, com seguranga, tudo quanto aprenderam nas aulas. A Fisica ¢ a Quimica so ensinadas com desenvolvimento comparivel 20 do 1.8.7.5 © mesmo se podendo dizer da Topografia, Desenho, Resistencia de Materiais ¢ Hidréulica ‘Tedriea. Grande diferenga existe, porém, no ensino das chamadas téenicas. Em Cornell, embora existam cadeiras correspondentes ts nossas Construgies Civis, Estradas, Caminhos de Ferro, Trabalhos Maritimos ¢ Hidréuliea Agricola, estas cadeiras silo apenas facultativas e nfo obrigatérias. Em seu Ingar o aluno de engenharia é obrigado a frequentar cadeiras onde aprende a eserever correctamente o inglés, a falar em pttblico a elaborar orgamentos e a organizar obras. ‘Também sio ministradas em regime de obi gatoriedade cadeiras onde o aluno adquire noges de direito, finangas ¢ higiene. Para os alunos da especialidade de quimica existe mesmo uma cadeira obrigatéria de psicologia. Queremos também fazer referéneia a umas aulas de iniciagko (Introductory Lectu- res), ministradas no infeio do curso e destinadas a despertar interesse pela engenharia numa altura em que o aluno apenas esté tirando eadeiras de ciéncia pura. Nessas aulas sio apresentadas descrigdes vividas de obras, explicadas as dificuldades encontradas durante a sua realizagiio, maneiras como foram resolvidas ¢ qual a contribuigdo da ciéncia para essa resolagio. Gragas a um programa como o exposto, o aluno da Cornell sai da escola com uma forte cultura cientifica, que se nfo desactualiza com a evolugio da técnica e de grande utilidade para qualquer tipo de actividade que ele venha a desempenhar no futuro, mesmo fora do campo da engenharia, 6 — Renovagao continua dos programas Ao contrério do que sucede no I. 8. T., onde muitos dos programas dos cursos tém, pelo menos, 20 anos de idade, os cursos da Cornell sto revistos todos os anos, todos os anos se publicando novas edigdes do programa dos cursos e das cadeiras que os constituem. 0 objectivo desta renovagio continua 6 manter os cursos a par das necessidades reveladas com o rodar do tempo. Essas necessidades sio expressas, apés consulta, por organismos oficinis ¢ particulars que empregam’ engenheir.s, Assim se explica, no curso de engenharia civil, o aparecimento, hé j% mais de vinte anos, de cadeiras obrigatérias tratando de betio, fundagées e téenica municipal, c, hé dez anos, de meci- niea dos solos. TECNICA 878 Pelas mesmas razdes muitas antigas cadeiras referentes a caminhos de ferro, pontes ig s » Por © portos foram suprimidas ou perderam a sua obrigatoriedade, O quadro com as espocializagies de Engenharia Civil que absixo apresentamos, _O quae _ esp oi g q pr 85 permite ajuizar do cuidado posto em adapter os cursos da Cornell As necessi- dades do pafs, Quando diminuin nos Estados Unidos a actividade com a constrnclio de linhas de caminho de ferro, estradas, pontes e abastecimentos de dgua, as res- sats, wns P 5 peotivas especializagdes foram suprimidas. O aparecimento do betfio como material le construgio 0 aperfeigoamento das téonicas de ensaio sobre materiais e obras, levaram & criago das respectivas especializagdes, abandonadas mais tarde, julga- que por o seu ensino ter sido integrado em todos os cursos de engenharia vil. A especializagiio de engenharia administrativa 6 que parece ter-se revelado bre arte ioe aot g que Fi niito vitil; foi a tiniea mantida quando dificuldedes originadas pela guerra obrigaram - q ig) pela g ig 8 supressio das restantes, Especializagses de engenharia civil ministradas na Universidade de Cornell (Informagdes colhides om programas de curso publicados com cinco anos de intervalo) T 1922 to 1986-87 1946-27 so4nt s916-17 i9tts2 1981-82 Geral = = Geral Geodesia Topogeafia Geodesia Hidréulica Hidréulica Hidréulica Engenharia Sanitaria de Ferro Energia Hidrduliea Engenharia Sanitiria Engenharia Municipal Abastecimento de Aguas Caminhos de Forro Estradas Engenharia | | ~ ‘Suprimidos tompor’- | viamente Pontes Pontes - ~ = ‘Transportes = Betio - — Ensaios = a Estruturas Estraturas = = Administragio Administr Além da vantagem directa que representa sair da escola com a preps rece, de momento, melhores condigdes para encontrar emprego, esta renovag dos cursos leva o aluno a trabalhar com maior gosto: ele giio que ofe- continua apenas & obrigado a estudar TECNICA a79 assuntos que sabe terem actualidade, que vé debatidos om palestras on artigos de revistas e ligados a trabalhos em curso. 7 —Cadeiras semestrais Diversamente do I. § ell todas as cadeiras sio semestrais. Vejamos algumas vantagens deste sistema, an virinde da extensto de cada cadeiva ser metade da que seria se a cadeira fosse anual, & muito mais ficil encontrar professores dominando completamente a matéria a ministrar. Assim se simplifica o problema do recrutamento de professores ¢ se evitam as situagdes poueo agradiveis que resultam para o professor quando é obrigado a abordar assuntos onde se encontra insuficientemente preparado, ‘A supressiio, criagao, substituigao e transformagio de cadeiras semestrais é muito mais fieil do que a de cadeiras anuais, Os cursos podem manter-se actualizados sem grande transtorno ou confusio. Nas classes com grande matrfoula, o dar-se uma cadeira duas vezes por ano, per- mite uma melhor e menos condicionada utilizago do material de laboratério. T., onde sio anuais, em Cor 8—Anl inte unive A Faculdade de Engenharia, embora com uma populagio escolar comparével & do 1.8. T., 6 apenas uma paresla da Universidade de Cornell. Esta encontra-se instalada na vertente da colina que domina a cidade de Ithaca. A Universidade tem perto de 8.000 alunos e a cidade 20.000 habitantes. Na prdpria cidade existe ainda um licen e um conservatério com alguns milhares de alunos estudando misiea e a arte de representar, Dificilmente se poderia conseguir melhor ambiente para um ensino_universitirio. Talves se deva a esta circunstincia o facto da Cornell ser a Universidade que conta maior mimero de antigos alunos entre actuais professores universitérios dos Estados Unidos. Dentro da cerea da Universidade, ou nas suas imediagtes, mas sempre na sua depen- déneia, encontram-se edificios onde o aluno pode hubitar, tomar as suas refeigdes, praticar todos os desportos, enviar telegramas, fazer pequenas compras, cobrar cheques, ete. © aluno apenas desce & cidade para se divertir ou efectuar compras de maior importancia, A Assoviagio dos estudantes € extremamente activa. Ela promove festas das mais, varindas naturezas, conferéncias, passeios, concertos, debates piiblicos de assuntos que interessam os alunos, ete. No sou edificio existem dois grandes restaurantes, um salito de festas, um teatro, varias salas de jogos, duas salas de musica e uma agradivel biblioteca com milhares de volumes versando assuntos de arte, viagens, literatura, otc. Nesta biblioteca, onde se recebem as melhores revistas de actualidades de todo o mundo, é expressamente proibida a entrada de livros de estudo, mesmo quando pertencentes aos alunos. Tnstalada num dos melhores edificios da Universidade encontra-se a biblioteca central, destinada exclusivamente a livros de estudo e frequentada livremente por alunos de todas as faculdades, Nessa biblioteca, o nas suas delegagdos nas vitrias fuculdades, recebem-se mais de cinco mil periddicos © existe para cima de nm milhto de livros encadernados! TECNICA ‘880 io la a ta 28 a ce or is e 28 ta es 2 os os Por as faculdades constituirem no seu conjunto um todo tinico, 6 permitido aos alunos matriculados numa delas frequentar também as aulas em qualquer das outras faculdades. Os alunos de engenharia podem, e muitos o faem, estudar ‘8 proteegio de patentes na faculdade de direito, urbanismo no colégio de arquitectura, ‘assim como finangas, politica, organizagio industrial, oratéria, relagdes entre operdrios © empresas, evolugio de mercados, eic., nas faculdades onde sfio ministrados estes conhecimentos, Nas aulas em faculdades estranhas, na associagio dos estudantes, durante as mani- festagdes desportivas e em muitas outras ocasides, 0 aluno eneontra oportunidade para estabelecer contacto com estudantes de ontras terras, com diversas preparagies ¢ diversos modos de encarar e resolver problemas. Destes contactos resultam conversas ¢ discusses que muito eselarecem 0 aluno sobre o mundo exterior. 9 — Duragio dos cursos Os eursos siio mais curtos do que no Técnico: cinco anos em vex de seis. Durante a guerra chegaram mesmo a ser reduzidos para quatro, Nao houve nisso grande inconve- niente por o ensino ser muito mais intenso e menos especializado. E elevado o niimero de alunos que se demora na Universidade, por mais um a trés amos, na qualidade de graduate student, a trabalhar para o titnlo de master of science on para o dontoraments. ‘Muitos destes graduate students sio engenheiros jé com alguns anos de pritica, que procuram actualizar os seus conhecimentos ¢ destacar-se nos meios téenicos & cientfficos, 10 ~ Come trabalham os professores Os professores da Cornell, aliés como og da maioria das universidades americanas, dedicam-se exclusivamente ao ensino ¢ & investigagio, Durante a estadia do autor em Cornell foi atribuido a um dos professores o prémio Nobel da Fisica, O mimero de horas de aula por semana da maioria dos professores regula por 12, incluindo as aulas priticas. Embora este ntimero parega reduzido, dado que os professores se dedicam exclusivamente ao ensino, o facto é que Ihes basta para encher todo o sen tempo, a preparar ligdes, atender alunos nos seus gabinetes, rever problemas passados na aula, estndar novos programas, ete. Todos os anos se procede a ajustamentos na distribuigid dos professores pelas variadas cadciras, com o objective de colocar em cada lugar quem melhor © possa desempenhar. Isto, claro esté, obrign os professores a um maior trabalho com a preparagio das aulas. Ninguém se sente ofendido quando a sun cadeira é entregue a um recemchegado capas de melhor a ensinar. As mudangas, por obrigarem o professor a um estudo continuo, levam-no a manter o ensino sempre actualizado, A. maiorin dos professores da Cornell inicia a aula tedricn pela chamada dos alunos e recolha de problemas que acaso tenha passado na aula anterior, Em seguida interroga os alunos sobre as titimas aulas depois expde a nova ligho, apés a qual, até final, dé aos alunos os esclarecimentos que estes, em frente da classe, nunca deixam de solicitar, ‘Na Cornell o ensino é ministrado apenas por professores, auxiliados nalgumas poucas cadeiras por instrutores. O papel destes instrutores ¢ muito reduzido ¢ limitado, apenas, as cadeiras de iniciagio, com grande populagaio escolar. No caso da engenharia civil julgamos TECNICA 881 que s6 para as aulas pritieas de matemiticn, fision, mecinica e topografia sio empregados. instrutores. Os professores tém quase sempre a seu cargo simultineamente a aula tedrica e a aula pritica, Quando o mimero de alunos matriculados ¢ clevado, o curso é dividido em turmas atribuidas a professores diferentes, Cada professor dé simultineamente aulas tedricas ¢ priticas A sua tusma. As vantagens deste sistema sio evidentes. No I.$.T. 0 corpo docente encontra-s2 dividido em professores e assistentes, Os primeiros dio aulas tedriens raramente assistindo ais aulas praticas. Os segundos dio aulas pratieas e nunca frequentam as tedricas. Dado que na maioria das cadeiras o ensino 6 ministrado simultimeamente, mas separadamente, em aulas tedrieas e priticas, o funcionamento deste sistema é, nem podia deixar de ser, deficiente. Na Universidade de Cornell os professores encontram-se divididos em eategorins designadas por: professor, associate professor e assistant professor. Estas eategorias pouco ou nada aféctam 0 modo como trabalham, ¢ apenas servem para diferenciar veneimentos ; niio nos deteremos, por isso, no seu estudo, O Ingar de assistente, tal como é desempenhado no I$, T., niio existe na Universidade de Cornell. 11— Como irabalham os alunos Os alunos da Cornell, apesar de nao terem normalmente mais do que 20 horas de aula por semana, puxam mais por si, e aprendem mais, do que os alunos do I. 8. T, Na nossa escola os alunos chegam a ter mais de quarenta horas de aula marcadas no horirio! tempo restante é utilizado pelo aluno da Cornell para estudar dikriamente as ligdes, resolver problemas passados na aula, preparar-se para exerefcios escritos, tomar parte nas variadas actividades desportivas ¢, nos tiltimos anos do curso, colaborar em trabalhos de investigagao. Muitos alunos, para se manterem durante os anos do curso, empregam-se, dentro ou fora da Universidade, nos mais variados misteres. Bibliotecas, restaurantes, vestidrios, lavandarins, lojas, ete., dentro ¢ nas vizinhancas da Universidade, sio normalmente ser- vidos por alunos. O facto de um aluno trabalhar para se sustentar s6 Ihe dé prestigio. Muitos chegam mesmo a fazé-lo sem disso sentirem grande necessidade; apenas para manter o automével ou qualquer extravagincia. O tipo de trabalho eo mimero de horas remuneradas que o aluno ¢ autorizado a prestar estio regulamentados pela Universidade, E interessante notar que, devido A grande democratizagio de costumes nos Estados Unidos, a natureza do trabalho exeeuiado pelo aluno pouco afecta o seu prestigio Na faculdade de engenharia conheeiamos alunos que varriam 0 chio do laboratério da Meciinica dos Solos e que, a outras horas do dis, estudavam, em comum, com a maior naturalidade, com colegas a quem a Universidade tinha nomeado instratores. Algumas faculdades exigem que durante as férias os alunos se empreguem em dados tipos remunerados de actividade, de algum modo considerados como titocinios. A remuneragio para a Universidade, a garantin de que o estudante seré realmente obrigado a trabalhar. 12 —Relas 9 anire professares « alunos As relagdes existentes entre professores e alunos da Cornell sio muito diferentes daquelas que se verificum nas nossas escolas. Elas so earacterizadas por grande &-vontade, consideragio, franqueza ¢ auséncin absoluta de formalismo. as ia as 08 as a ot As primeiras impresses de um estrangeiro perante o i-vontade dos estudantes americanos nfo podem ser favordveis. Durante & aula o aluno procura as posigdes mais o6modas, em particular para os pés, boceja, chega a espreguicar-se ¢ inter- rompe com frequéncia a liglo, levantando um brago, para declarar que nfo percebe & exposicao. Qualquer mi impressio desaparece, porém, perante as vantagens da franqueza das relagdes entre professores ¢ alunos e a verdadeira consideragio que estes manifestam por aqueles. Os professores, por seu lado, nfio pretendem aparentar mais do que sabem. E com a maior naturalidade que, uma vex por outra, ao responder na aula a um aluno que Ihe pediu um esclarecimento, o professor ‘declara que n&o sabe e que vai estudar o astunto para a aula seguinte. A exposicéo feita na aula tem sempre por ‘inieo objectivo esclarecer os alunos e nfo o servir de pretexto & exibigio da ciéncia do. professor. Os alunos apenas mostram respeito pelos professores quando ele existe de facto. Dado 0 euidado posto no recrutamento do pessoal docente, na Universidade de Cornell, esse respeito existe quase sempre. A frequéncia com que os alunos procuram og professores nos seus gabinetes, por iniciativa propria, quer para lhes pedirem esclarecimentos sobre as ligdes, quer para’ Ihes pedirem conselhos particulares, € uma manifestagio dese respeito. A lealdade das relagdes entre professores e alunos julgamos poder atribuir, em parte, © facto de so nao copiar nos exames. Na faculdade de engenharia tinha sido até adoptado para os exames o regime conhecido por honour system. Consiste este regime em alguns alunos tomarem a responsabilidade do comportamento dos eolegas € 0 professor abandonar a sala depois de passados os pontos de exame, O sistema fancionava a contento geral ¢ falava-se em o adoptar nas ontras faculdades, Os professores convidam para sua casa, com certa frequéncia, os alunos, especial mente os dos iltimos anos do curso. Nestas reunides, nada cerimoniosas, professores ¢ alunos conversam com o maior dos A-vontades sobre os mais variados assuntos. Os alunos ficam a saber que os professores sito homens que deles apenas se distinguem por possuirem mais conhecimentos ¢ maior experiéncia da vida, Os professores tém ocasifio de conhecer os interesses e as necessidades dos alunos ¢ de ganhar a sua confianga. Para a estreiteza de relagdes entre professores ¢ alunos contribui ainda a existéncia de conselhciros expressamente nomendos para atender alunos e resolver os seus problemas pessoais, mesmo quando alheios ao estudo, tais como os relatives a finangas, sade e emprego. 13 — Acti dade religiosa Por as universidades americanas terem como objective a educag&o de homens, nfo apenas a instrugio de téenicos, ¢ dada grande importincia As actividades religiosa e politica. Tanto uma como outra sio caracterizadas por grande liberdade de discussio @ respeito pelas conviegdes alheias. Na Universidade de Cornnell existe, além de uma igreja anglicana, um grande edificio dediendo exclusivamente a’ actividades religiosas. Num dos seu: andares encontram-se, lado a lado, gabinetes onde ministros dos mais varindos credos religiosos atendem alunos. Os alunos siio absolutamente livres de seguirem, ou no, um eredo rel istirem, ou nfo, is ceriménias da sua religito. Na Universidade de Denver, tivemos, mais tarde, ocasidlo de assistir a uma das ceri- ménias de encerramento do ano em que sio anuncindas as formaturas. Nessa ceriménia, presidida pelo reitor da Universidade na presenga do corpo docente, esctitamos a exor- gioso, ¢ de as TECNICA ‘883 fille de tin phstor protestante, oavimos um oragio de sapiéncia por um padre catélico & foe abengonios por um rabi judéico. ‘Tudo isto no espago de duas horas e fazendo parte de im mesmo prog: 14 — Actividade politica 1 uma atitude de estudioso, a do estudante da Cornell, perante a politica, Discute ideins politicas com a calma e seriedade com que pode diseutir uma classificagao de cigncins. Existe em Cornell um agrupamento politico, sem filingao partidiria, que promove rounides para a discussio piiblica de ideins ¢ de programas politicos Nessas reunides sfo quase sempre apresentadas duas equipas defendendo ideias opostas e enjos eomponentes falam alternadamente, Depois de todos os oradores terem apresentado os seus pontos de vista, e respondido as objecges da equipa oposta, a assisténcia é convidada a apresentar as suas observagdes ea fazer preguntas aos oradores. Impressionou-nos nessas reunides, especialmente, a boa educagio da assisténcia, TECNICA MISTURA PELO ENG, QUiMico.INDUsTRIAL LUIS A. DE ALMEIDA ALVES Aasistete dL. 8.1. ©. 0.68 Introdugso lancar 0 cone'I sobre o cone II, obtendo-se, assim, um cone de volume ¥; ++ ¥» (fig 2) Como foi dito no artigo geral sobre «Moagem, Mistura e Separagior, a condi- gio prévia a que devem satisfazer as subs- % tincias a misturar consiste numa subdivi- siio tio completa quanto posstvel, a fim de poderem dar origem a uma mistura per- 2B feita, Esta subdivisio, no caso dos sédlido: Bex efectua-se por moagem e, no enso dos liqui- 5 dos e gases por agitagio on pulveriza- = gio ('). Pig. CAPITULO I Mra ee tne elenretel Admitamos, agora, que 6 possfvel subai- vidir o cone obtido em dois de volume — a) Generalidades (fig. 8). : Consideremos duas substincias a mistu- Ye We rar de volumes v, ¢ v2, de granulometria 1, as quais tomariio, sobre o solo, a forma h aproximada de troneos de cone (fig. 1), em Y A I | Fig. 3 x x Langando um destes cones sobre o outro, obtém-se 0 cone da fig. 4. @ Fig. 1 que se admite que 0 angulo de talude natu- ral é 0 mesmo para ambas. A primeira fase da mistura consiste em () A agitagto nfo dé, propriamente, origem a uma ubdiviste, mas a um movimento dos componentes da rmistura, que condaz a0 mesmo resultado, ‘Tedricamente, esta operagio podia pr seguir indefinidamente, e a mistura ficaria TECNICA 885 completa quando a espessura da camada mais espessa fosse igual a 1. O problema consiste em determinar o niimero de opera- qdes necessério para atingir essa espessura. Do exame da figura 2, conelui-se que aR? . RY tgs Da anélise da figura 4, conelui-se que a espessura mixima das camadas seré 2 Ry ou R;—Rj. Do mesmo modo, no fim de m operagdes a espessura maxima ser’, neces- siriamente, 2, ou RZ —Rj. O valor de m seré determinado, portanto, de modo que © maior destes valores seja igual a 1, isto ou | representando razilo, ser oR = 2K y Estendendo o mesmo raciocinio & fig. 4, | Bek Ye. an _ Re i ter-se-6 R=K\/2 KVa t x 2 75 Serd, portanto, / _ if | Rak YV | | Efectuando, agora, uma terceira operagio | de mistura, obter-se-io 2'—= 8 camadas, cujos raios sueessivos sero on { [> Utilizando o maior valor de m dado por estas expressdes, pode determinar-se a poténcia a instalar. Com efeito, o trabalho No fim de m operagdes, ter-se-4 de cada fase da mistura consiste em elevar um cone de volume % A altura h corres- R pondente a esse volume. TECNICA nu m zh Sociedades Reunidas de Fabricacdes Metalicas, Ld’ CONSTRUGOES METALICAS ve Uma das 2 comportas do segmontos fabricadas para a Sociedade Portuguesa Neyrot-Roylier & Piecare-Pictet, Ld, © dostioada ao descarregador de cheies da barragem do Santa Lusia, a Companhia Elégetrica das Beiras FABRICAS DA_VENDA NOVA Rua Vice-Almirante Jofio Antonio de Azevedo Coutinho AMADORA Telefone: VEHDA BOVA 48 AUTOMATICA ELECTRICA PORTUGUESA oA, Sak Sédé-—-RUA ANTONIO MARIA CARDOSO, 60 | Fabrica RUA DO TELHAL AOS OLIVAIS | associada da AUTOMATIC TELEPHONE & ELECTRIC C° LTD. LISBOA LONDRES LIVERPOOL —— Sislema de Felecomunicacdo e de Sinalizagdo por correntes fracas ‘Aperelhagem telefénica automdtica «STROWGER» mundialmente conhecida — para ipos de redes completos ou centrais isolades. @ Telefones de sistema manual e apare- thagem dos respectivas estacces. ¢ Sistema do transtnissao telefnica por salta frequencian, simples ou maultiplos, © sparelhagem acossOria. @ Cobos telelonioos © aparelhagein aces s6ria— Interurbanos. Regionals ¢ locals, # Inslalacoes de vigiléncia ¢ conizdle « distan- Gia, @ Telefones o sinelizacdo para mines, ¢ Aparelhos «ELECTROMATICs reguladores de ttétego de veiculos © outra aparelhagem. Fornecedores: Da Adminisiracdo Geral dos Correios, Tellarafos ¢ Telefones : para a automatizacao do sistema telefdnico do P Do Ministério das Colonias: para a automatizac’ nico das cidades de Luanda, Lourenco M, Da Companhia dos Telefones: para a rede telelonica das cidades de Lisboa e Porto. HN Sendo 7 0 peso espectfico médio da mis- tura a granel ¢ utilizando as notagdes da figura 3, ter-se-4, Suponhamos, agora, que a mistura dos volumes v, e ¥, se efectuava, misturando, separadamente, fracgdes desses volumes v, evs, tais que vj av, @ vj—=avy. Nestas condigées 0 trabalho de mistura de cada uma dessas fracgées seria 0.4m Ktgoy v7 eo trabalho total para efectuar a mistura de todas as fracgies 1 04m! K to wer A relagio dos trabalhos = ¢ + seré Mas a1 e, portanto, :>2'. Como consequéneia, pode coneluir-se que o trabalho de mistura 6 tanto maior quanto maiores forem os volumes sobre os quais a mistura se efeetue. Por outro lado, porém, © niimero de operagtes de mistura m é uma fangio logarftmies dos volumes e, portanto, m aumenta mais lentamente do que estes; pode conelnir-se, por consequéncia, que a mistura duma dada quantidade de substan- cia se efectua tanto mais rapidamente quanto maiores os volumes que se misturarem, Desta dupla ordem de factos, se pode estabelocer que, na pritica, a mistura se pode efectuar em peqnenas ou grandes qnantidades, consoante a velocidade com que tiver de efectuar-se, embora, no pri- meiro caso a energia consumida seja menor. ‘Ao primeiro tipo, pertenceriio, como é l6gico, 08 misturadores continuos ¢ No segundo os descontinnos. b) Misturadores continuos Consistem numa eaixa cilindriea em enjo interior hi um érgio mével que efectua a mistura e, simulifineamente, imprime ds substincias a misturar um movimento num dado sentido. Este objective consegue-se com um parafuso sem fim, sendo a alimen- tagio da caixa feita com um doseador('). Aplicando as expressdes utilizadas no caso dos transportadores de parafuso (ver «Transporte Mecinico de Sélidos nas Insta~ lagdes Industriais»), ter-se- n= do4 7 TF b= airy? p=tD, sendo P a qnantidade de mistura a obier por hora, Para caleular a poténeia utiliz 80 a ex= pressio dos transporiadores de parafuso PL, fr 085 2D) (4 0) sone fm 2048 A 148 araaaa (sme meme) (Hees SS) (+ “2h Py Lyn 4500 0 valor de TL determina-se admitindo, grosseiramente, que em c efectua uma operagio de mistura, isto é mp (Para a doserigo do doseadores ver, por exemplo, Las Oporaciones y los Aparatos Quitaicos», de J. Gon zalex del Tinago, tomo Il, pay. 195, Deve notar-se que os tipos desecitos aio voluméteieos, mas hi, também, tipos ponderaie come, por exemple, 0 «Schaller Poidemeters, ‘que 6 eonstituido por um pequono teansportadar de cor rin ligado a.uma balanga e que automiticamente regula a seer do alimentago guanto hi variago no peso espectice da aubstincia a dosear TECNICA ‘887 © valor de m determina-se em fungio de vede vp, tomando para v o volume total contido na eaixa e v2 0 volume do segundo componente que corresponde ao volume v da mistura. Seri, portanto, Esta expresso mostra que tem de se arbitrar um valor para Le verificar se satis- fen i relagio L= mp. Se o valor de L & muito grande, pode subdividir-se 0 misturador em virios situa- dos a nfveis diferentes no mesmo plano ver- tical, fazendo-se a entrada pela parte supe- rior. ©) Transportadores descontinuos Sho constituidos por uma eaixa com mo- vimento de rotagio em torno de um eixo que, em geral, tem a forma cilindrica ou troneo-edniea (fig. 5). Fig. No movimento de rotagio, 0 atrito entre a substiincia e a parede dé origem a wm arrastamento da substaneia que eai quando atinge uma certa altura (fg. 6). A fim de evitar que a substincia perma nega aderente is parédes devido i forga TECNICA a38 centrifga, 0 mimero de rotagdes no deve exceder o valor (") Para determinar as dimensdes, pode admitir-se, como no caso ‘dos misturadores continuos que, por cada rotagio, se efectua uma operag&o de mistura, Nestas condigées, ‘© mimero de segundos necessérios para a mistura completa seré, 60 m Sendo P a quantidade de mistura a obter por hora, & necessirio que no tempo t se misture 0 peso P 60m _ Pm 3600 "a On p= Mas, como & preciso contar com o tempo necessirio para a carga ¢ descarga, 0 valor de t deve ter um valor triplo do valor achado @, portanto, 0 volume do misturador teré de ser 1 Pm Ww v= sendo E 0 grau de enchimento que pode tomar o yalor usado para os tubos trans~ portadores, As dimensdes devem ser tais que 0 co primento do misturador 1, seja L=Da3sD (8) Ver os artigos «Transporto Meeinieo de Sélidos nas Tostalagdee Industriaie» e «Moageme, publicados na «Tienieay nos n.£* 167 e 180. or se 90 or rh a los Jos O volume v ser’, evidentemente, e Para fazer 0 edleulo terdo de se arbitrar os valores de De L, determinar, a partir deles, n, V, ve me verificar se satisfazem relagio 1 Pm 10 ny A poténeia a instalar seré Como no caso da mongem, a poténeia real ser superior a este valor tedrico, isto 6 inci do motor seré, também, MN a kn 20,5 e n=0,7 0 0,9 A desorigio dos diferentes tipos de mis- turadores pode ver-se em qualquer livro sobre o assunto. CAPITULO IT MISTURA DE LIQUIDOS ENTRE SI A mistura de liquidos efectua-se por agi- tagio que pode ser mec4niea ou por ar comprimido, mas eujo objective é sempre a cringio de correntes na massa Ifquida, a) Agitagto mecénica 1— Generalidades A agitagio mecdnica consiste em comu- nicar um movimento de rotagao a uma certa () Nesta expresso ¢ é 0 tempo necessétio, oxelusiva- mente, para @ mistura porgio do liquido. Se essa porgio estivesse dentro de um recipiente tomava a forma de um paraboldide de revolugio de equagio 0, considerando-a no meio da massa total, tomaria, também, a mesma forma, se niio existisse o restante Uquido (fig. 7). Fig. 7 Mas 6 evidente que bh duas raztes que impedem a formagao do paraboldide. Km primeiro lugar, a forga centrifuga impele aparte isolada para a periferia e, em segundo lugar, a camada de Ifquido situada acima tende a vir ocupar 0 espago que ficou livre. Estabelece-se, assim, um’ movimento, em que as linhas de corrente tém, sensivelmente, o andamento da fig. 8. O problema da mistura dos liquidos p3e-se de maneira diferente do caso dos sdlidos porque, uma vex produzida a perturbagio, a mistura efectua-se rhpidamente, nfo tendo interesse portanto, fazer o ciloulo da potén- cia necessiiria para uma dada enpacidade, O que interessa é ter uma agitagio perma- nente num dado volume de liquido e, par isso, ha que ealeular a energia consumida no movimento do agitadc () Para verificat esta equasto, basta aplicar as equa- dda hidrostétiew « wm campo de forgas de componen- tes Xu? r Yan 0.0 hevmg. Nio ae resolve, aqui, no ‘entanto, por ser eldstico, TECNICA 9 0 caso mais vulgar consiste em duas pis quadrangulares (flat paddles). situadas no prolongamento uma da outra e inseridas num yeio que pode ser vertical, horizontal ‘on obliquo mas que vamos considerar como vertical (fig. 9). Fig. 9 2 — Resisténcia ao movimento 0 problema da resisténeia de um fluido ao movimento de um sélido 6 em linhns gerais, equivalente ao problema da resis- téncia de um sélido a0 movimento de um {luido e, por isso, 6 natural que a resistencia 4F paralela 4 direogio do movimento se possa exprimir por uma expressiio seme- Ihante a uma perda de forga de pressio. Como vimos no «Transporte de Liqui- dos», a perda de pressio é da forma e, portanto aF= 7.10) yas que 6 a expresso geral da resisténcia do movimento de um sélido através de um fluido, sendo N, como se sabe, o ntimero de Reynolds. 1— Poténcia a instalar A poténcia elementar AN, seré UdF eH) af sendo Us0r=—, 30 £(N) =k N—"!5 (valor aconselhado ela experiencia) TECNICA 890 e dS = hdr= ki bdr, exprimindo h como proporcional ao compri- mento L total das duas pas. ‘A poténcia total ser, portanto N 1 Maes Te 0 yey nts 08 de 54000}, ‘A expressfio do mimero de Reynolds é modifieada de modo a adaptar-se ao easo da mistura, dando-se-Ihe a forma sendo 4000.64 Esta expressiio é geral para qualquer tipo de agitador, mas 6 evidente que a poténcia necessiria é fangio, também, do diimetro do tanque D, da altura do Iiquido He da relagio ki As correegdes a introduzir L na {6rmula, para entrar em consideragio com estas grandezas, foram ostabelecidas expe~ rimentalmente, obtendo-se finalmente a for- mula de aplicagio pritica Naeger ysis ( (2) eye (ny Hé vantagem em fazer 0 edleulo em uni- dades c. g. 8. porque 6 mais cémodo para os valores de pe ¢. Neste sistema de uni- dades podem tomar-se os valores de « do quadro I, obtendo-se o resultado em cava- los-vapor. costume dar ® forma, 0 nome de nine niméro de Reynolds com esta lle Reynolds modifieado. 6 ts QuADRO | tes & preciso qué cada uma provoque a mis- 5 | tura de uma certa camada (fg. 11). 2 25< 10-15 (| | 4 | 28><10- | | H ? t a x A poténeia do motor seri Ny, —= S*, 4 4 -- dando-se a » um valor baixo (0,5 a 0,7) a h fim de ter em linha de conta os atritos’ nas transmissées. 7 k 4—WNiimero de rotagies do agitador A Suponhamos que a pi do agitador tem altura suficiente para comunicar movimento de rotagiio a toda a massa do liquido. Para Fig. 14 que ® agitagio seja perfeita, o paraboldide ideal que se obteria deveria ter o vértice no fundo (fig. 10). 1 fi] Como a velocidade angular é @ mesma para as trés piis sera, hy + ha + b= tb Destas relagdes tira-se hy ty bs Tt Le) Le Fig. 10 Portanto Quer dizer, portanto, que a velocidade angular deve ser tal que para 2H seja ‘Ter-se-A pois ou © valor de » determina-se pelo valor comum das fracgdes. Se o agitador tiver m pis seri © Se, em vex de haver uma tiniea pi, houver pis a varias alturas e de diametros diferen- TECNICA 391 5—Comprimento, altura ¢ espessura das pds Na expresso de N, deduzida anterior- mente, verifica-se que a poténeia varia na razio directa de x2 ede LM, e, por outro Indo, mostra-se que, para obter os mesos resultados n varia na razito jnversa deL (= eu ee) que a agitagio é mais econémica utilizando pis curtas a grande velocidade do que pis compridas com movimento lento; por isso, estas s6se usam quando por qualquer motivo se pretende uma agitagio lenta e uniforme. No primeiro caso, L~ 0, 25 0 0,3 Do, no segundo L ~ 0, 9'D. O valor de ky = + varia entre k, = 0,05 -Conelni-se, portanto, a 0,1. A espessura das pis que sio encastradas no veio é caloulada a partir da resisténcia A flexio. O momento flector méximo seré Utilizando as expressdes anteriores ¢ aten- dendo a que 300 ser . Maw = 22 ¥ (ev xg) a ) 6 — Outros tipos de agitadores mecinicos Os mais usados sito os seguintes: I — Agitadores de hélice (propellers) Sio agitadores de pis curtas que em vou de serem planas tém a forma de hélice. Neste caso, a tinica correcgio a fazer a formula geral é a devida a D, obtendo-se, experimentalmente, a expressito ms 283-018 4207 \a88 pn ( \ L) Para « pode toruar-se 0 valor «= 0,45>< >< 107" para um agitador de 3 pas ¢ fazer 10,25 a 0,3 D. TECNICA 992 1 Igitadores de purafuso som fim So constituidos por um parafuso sem fim (fig. 12). Fig. 19 Podem ser tratados considerando cada espira como um agitador de hélice. O pro- blema é, portanto, equivalente a 7 trans portadores de hélice, sendo onl L~0,25 0 0,8 D p=iL, sendo §=0,7 00,8 (1) IL — Agitadores de rétor So constituidos por um rétor situado na parte superior do liquido e que trabalha como se fosse uma bomba centrifuga, obri- gando o Ifquido a cireular (fig. 13). rt} Fig. 13 Neste caso, pode ainda empregar-se a fér- mula goral, mas nao 6 possivel entrar com Hh e as relagdes 4 () Vor teansportadores de parafuso sem fim. re m e, portanto, embora, com menos rigor. a fér- mula, Np = epP8S 2S pls LAT Os valores de « sito dados no Quadro II QUADRO II ‘Tipo de agitador 2 pfs inclinadas a 45° 2,5><10-18 4 pis inclinadas a 45 8><10-5 8 pas curvas sem anel difusor | 2,5><10-!8 6 pas curvas com anel difusor | ,D><10-! b) Agitagdo por ar comprimido — Por emulsor Fay-se por analogia com 0 caso anterior substituindo a bombs centrifuga por um emulsor (fig. 14). Fig. 14 © valor de He nfo se pode fixar porque convém que o Kquido atinja a parte supe- rior do tubo com uma certa presstio. Por isso o eaminho mais indieado consiste em partir do valor da relagiio He + Hs Hs’ que, como se sabe('), para pequenas alturas é de 0,66. () Ver «Pransporte de Liquidoss ‘Tomando s a 6", serd 0,7 porque He é inferior HH sendo Hs ~ H. Com estes valores caleula-se a quantidade de ar necesséria pela expressiio conhecida 3 is 7 0,0348 HL ogi (1 + 0, © didmetro do tubo tem o valor de 3" a 6", como se indicou no artigo sobre «Transporte de Ifquidos». A partir do dift- metro escolhido, determina-se a quantidade de liquido a circular, de modo a nfo exce- der, no tubo, uma velocidade superior a 2 ou 3 metros por segundo, Ya 295 He © Clogw G+ 01 2 — Por owiros sistemas Consistem em fazer borbulhar ar com- primido (ou outro gis on vapor), por meio de tubos perfurados, situados no interior do liquide. Neste caso, ¢ muito diffeil estabelecer bases de racioefnio, pelo que, em primeira aproximagio, se podem adoptar o8 valores achados para o emulsor, CAPITULO TI MISTURA DE SOLIDOS COM LiQuIDOS Neste easo, se 0 conjunto das duas fases puder ser considerado, aparentemente, como uma fase Iiquida, 0° problema resolve-se como no caso da mistura de liquidos entre si; se, porém, se trata de uma substincia pastosa, o problema tem de ser resolvido de modo diferente, que consiste, fandamental- mente, em fazer mover mistura por meio de navalhas ou pis, que podem ter formas varindas, como, por exemplo, se mostra na figura 15. Estes misturadores tém o nome de amassadores. Para se ter uma base para ealeular a poténcia, podem considerar-se as navalhas ou as pis como helicoidais e fazer 0 eélenlo como s¢ se tratasse de um parafuso sem fim, determinando o coeliciente de atrito da TECNICA 393 pasta, experimentalmente. 0 mimero de ro- tages pode ser sensivelmente igual ao dos sem-fins ou um pouco inferior. 5. 18 CAPITULO IV MISTURA DE GASES ENTRE SI A mistura de gases pode efectuar-se, quer fazendo entrar no reeipiente em que se efectua a mistura, 0 mais denso pela parte superior, ou fazendo entrar os dois gases, simultfineamente. Este problema 6 especialmente importante, na combustiio de combustiveis gasosos, pelo que seré tratado quando se estudar a combustio. CAPITULO V MISTURA DE LIQUIDOS COM GASES Pode obter-se por dois processos. Lan= gando 0 liquido finamente dividido, na ‘masga gasosa ou fazendo borbulhar o gas na massa do Kquido. Em geral, o sistema mais usado & 0 pri- meiro, que pode ter dnas variantes: lan- gando 0 liquido sob pressio ou arrastando-o por meio de um gas sob pressio. No primeiro caso, que ¢ 0 mais impor- tante, a subdivisio pode conseguir-se f TECNICA zendo passar 0 liquide através de orificios finos ou por meio de um pequeno rétor que lana o liquido, finamente dividido, para a periferia, Este segundo sistema tem o nome de dispersio © utiliza-se especialmente quando a mistura se tem de fazer em ofma- ras de grande largura, Quando o rétor é do tipo do das bombas centrifugas, 0 apa- relho de disperstio tem o nome de turbo-dis- persor, O céloulo de um turbo-dispersor far-se como se se tratasse de uma bomba centrifuga, sendo a pressio a necesséria para vencer a resisténcia ao movimento através do gis. CAPITULO VI MISTURA DE SOLUGOES COLOIDAIS Este caso pode ser considerado andlogo ao dos iquidos, mas a agitagZo tem de ser muito mais enérgiea. Nao tratamos, porém, deste caso, com detalhe, porque sai fora dos objectivos deste artigo. BIBLIOGRAFIA (Roferente aos artigos eMoagome e ) «Blementos of Chemical Engineering», por Badger and Mc Cabe, edicto da Me Graw-Hill Book Company. «Chemical Engineers’ Handbook», por J, Perry and W. §, Caleott, edigio da Me Graw-Hill Book Company, «Las Operaciones y los Aparatos Quimicos», por J, Gonzalez del Tinago y Alogria, edigio da Dossat. Revista «Chemical Setombro de 1947, Revista «Chemical Engineerings, Setembro do 1947, Engineering Progress», aos melhores pregos Em todas as aplicagdes de ar ut a jl A MAIOR PRODUCAO DO Pals | E UU i Produgao da Pedidos & | | Sociodade dos Wanmores de Portage, Le’ |) | Manulattara Rua de S. Domingos de Benfica, 63 q | cin | tiseon = {ie Bratha proceso Sehorl evita por forma completa a @ cotroséo do ferro ¢ ago. Além de ser o ft método mais répido de’ pulvarizacio metélica € tembém 0 menos dispendioso. Sem recomrer a0 emprego de méo de obra especializada pode aplicarse uma camada de zinco com a espessura de 0.076 mm a velo. cidade de 23 metros quadrados por, hora ill la Metais, borracha sintética, resinas sintétices, ebonite © materiais termoplasticos de varios tipos podem ‘ser aplicados pelo Proceso Schori projectando-os sob a forma de po sem fazer uso de dissolventes e produzindo uma camada homogénea, AGENTES Ania Paceto Aosta, 1" RUA AUGUSTA, 75, 1.° D. Tetef. 25833, LisBoA CE Rens wa nn FERNANDO VASCO COSTA | TABELAS PARA 0 CALCULO DO BETAO ARMADO 2" BDIGAO Ampliada pelo autor e revista por CARLOS KRUS ABECASIS Melhorias introduzidas nesta edicio* — Adaptacao do texto e das tabelas as novas prescrigdes regulamentares. = Verificacio de todos os valores dos coeficientes das tabelas por pro- cessos independentes dos usados ao estabelece-los. = Um novo capitulo destinado A avaliagdo e & verificaglo rapida de sec: ghes de betio e de armaduras. -— Alargamento, dos limites de muitas tebelas. = Inclusto de 23 noves tabelas, mais 44 paginas e varios quadros € figuras. ‘A venda nas Livrarios ¢ ne TECNICA PRECO: 100$00 Desconto de 10°), aos assinantes da TECNICA TOPOGRAFIA GERAL PELO ENG. CARVALHO XEREZ conTeNDO FOTOGRAFIA FOTOGRAMETRIA ELEMENTOS DE GEODESIA E ASTRONOMIA GEODESICA Prego do 1.° volume, encadernado 150$00 Desconto de 10% para assinantes EDICAO. DA TECNICA Determinacdo de deslocamentos nas construcdes por métodos Opticos PELO ENG. civit (1.$.1.) ANTONIO DE SOUSA COUTINHO (Continuagdio) CAPITULO IIL Medigao de deslocamentos ver A) Métodos empregados 24. Principio dos métodos utilizados. — Os métodos empregados na medig&o dos deslocamentos verticais sito baseados no ni- velamento de redes constitudas por pontos pertencentes estrutura e por pontos fixos de’ referéncia. A diferenca entre as cotas dum ponto determinadas antes e apés a aplicagiio das forgas A estrutura, ce ¢, dio deslocamento vertical do ponto (as) w Como os deslocamentos 1” siio quantida- des da ordem dalguns milimetros, os erros com que se tem de determinar ¢ ¢ ¢ sio muito pequenos (inferiores a alguns décimos de milimetro) ¢ 08 nivelamentos tém de ser portanto de alta precisiio. Mas convém notar, todavia, que nfo 6 necessirio conhecer as cotas dos pontos com precisiio, pois basta conhecer ¢ ec com o mesmo erro sistemitico, o que significa nio haver necessidade de se terem todos os cuidados exigidos nos nivelamentos de alta preciso, efectuados com fins geodésicos, euidados que tendem a conduzir & elimina- gilo dos erros sistemsticos. Os nivelamentos empregados na determi- hago de deslocamentos verticais podem ser Bulseim do ©. D. 624,088 efectuados com os niveis de luneta (nivela- mentos geométricos) ou com os teodolitos (nivelamentos trigonométricos). Os métodos de medigio de deslocamentos verticais baseados nos nivelamentos geo- métrieos nada tém de especial a referir. Pelo contririo, a medigio destes desloca- mentos por meio de nivelamentos trigono- métricos precisa ser deserita com detalhe. De facto, a necessidade da medigio da altura do aparelho, ou melhor, da variagio da sua aliura, obriga no emprego dum mé- todo especial de observagio que vai ser des- crito a seguir (§ 25). 25. Método baseado no niv gonométrice. — Neste método utilizam-se também, como na medig&o de deslocamen- tos horizontais, os pilares de observagiio & as bases de centralizagio. Seja Mf (fig. 18) 0 ponto da estrutnra cujo deslocamento vertical se quer medir. Antes da aplicag&o das forgas, a distincia vertical ¢ deste ponto ao ponto P, centro do limbo vertical do teodolito, é @) Deote+f(r) onde D é a distincia horizontal entre os pontos Pe M,, 2 0 angulo zenital da di- reeglio PM, e f(r) um termo corrective que depende da refracgio atmosférica, A distincin vertical ¢! da marea mével Uf, a0 ponto P, apss'o seu desloeamento para M, (oy esse Dicot hero, TECNICA 895 Soa onde h é a variagio de altura do ponto P, no caso do aparelho se ter deslocado, Entao, 0 deslocamento vertical do ponto observado serfs (0) w= D (cot 2 — cot 2) FhALOI—M Atendendo ao pequeno valor da variagio do Angulo =, esta expressiio (¢) pode esere- ver-se D Ce onde 2’ —z & expresso em segundos cente- simais, ‘A correcgto f(r) —f" (n) devida d re- fracgiio ser discutida’ no § 27. Veremos entiio que é possivel té-la em linha de conta quer considerando f(r)—=f!(r), quer cal- culando aproximadamente a ordem de gran- deza da diferenca f (r)—f' (r), quando for conhecida a distribuigio das temperatu- ras das camadas atmosféricas através das quais se faz a propagagao do raio luminoso. ‘A determinagio da variag&o de altura do centro do efroulo vertical, h, pode fazer-se com a mesma precisio da determinagio dew. De facto, seja A uma marca fixa & dis- tlincia horizontal D, do ponto de estagio do teodolito (fig. 18). Seja z, 0 valor do fingulo zenital da direceio PA determinado antes da aplicagio das forcas & estrutura. Fig. 18 Sendo z\, 0 valor deste angulo zenital quando se estaciona pela segunda vex no mesmo ponto, 4 variagio de altura do centro do limbo zenital, P, é ha Da (cot 2a— cot 4) + fa —fla lr) + TECNICA 896 onde f, (0) fla (a) & a correcgito devida A refracgaio do raio luminoso para 0 ponto A. ‘Atendendo ao pequeno valor da diferenga entre os angulos zenitais, esta expressiio pode escrever-se +f O—Pa) —z, 6 medido em segundos cen- ‘A fim de se aumentar a precisito da medigio de h, pode-se evidentemente recorrer a uma médin de valores detern nados para diversos pontos fixos. Deste modo, est climinada a dificuldade da determinagio da altura do aparelho. B) Erros sisteméticos no nivelamento geométrico 26. Erro de inclinagéo do nivel e de graduacéo das miras.— Como é bom sabido, 0s erros sistematicos que afectam os nive- Tamentos geométricos sfio os devidos ao nfo paralelismo, no plano de visada, do eixo Sptico do deulo do aparelho & directriz do nivel (erro de inclinagio), os erros de gra- duagio da mira e os erros devidos & re- fracgao atmosférica. 0 erro de inclinagto do eixo dptico do nfvel 6 eliminado, como se sabe, pelo mé- todo das visadas iguais. No caso deste erro nfo variar durante 0 tempo que duram as observagées, nao haveré necessidade de o eliminar. Mas como desi- guais distribuigdes de temperatura no apa~ relho podem fazer variar a posi¢o do seu eixo éptico, convém usar o método das visa- das iguais, quando nfo haja a certeza da invariabilidade do erro de inelinagio. © facto da altura do aparelho ser geral- mente sempre a mesma em cada estacio, como veremos no § 28, vai também atenuar os erros de graduagio e dilatagtio da mira. Ainda, para atenuar mais os erros de gra- duagho, deve haver o cuidado de se colocar sempre, numa determinada marea de nive- Tamento, © mesma mir 27. Erros devides & refraccao atmos{é: —Comose sabe, o indice de refraegio do ay varia com a sua temperatura. Assim, um raio luminoso atravessando camadas atmos féricas a diversas temperaturas tem uma trajectéria curvilinea. Medigdes da variagio de temperatura do ar com a altitude tém mostrado que a tem- peratura do ar varia cerca de 1° Cem 100 m de altitude(!). Estas observagdes tém tam- bém mostrado uma grande variabilidade neste gradiante, De facto, a existéneia do vento, o estado de nebulosidade do eéu, ete., modificam, como 6 ficil imaginar, o gra- diante de temperatura, Na vizinhanga do solo a temperatura do ar pode sofrer uma variagio maior do que a correspondente a 0,010 por metro. ‘A estas poquenas variagdes de tempera- tura podem corresponder desvios do raio Tuminoso bastante grandes, que podem atin- gir alguns milimetros. Estes desvios podem ser avaliados desde que se couhega a tem- peratura do ar, ponto por ponto, através do qual se faz a propagagio do raio Iuminoso, ea lei de varingio do indice de refracgio ‘com a temperatura. No caso simples de se poder supor que as ‘camadas atmostérieas de igual temperatura so planas ¢ paralelas, ¢ fécil obter uma ideia da ordem de grandeza dos erros devi- dos i refracga Com efeito( ), soja AB a trajectérin do ( R, Bosshardt, «Mesure optique des distances et méthode des eoordonnées polairess, pag. 71 eseg., Ed. Li- Urairie Georg ot C.'%, Genive, 1980, @) HL. Bouasse, (205) Como no primeiro caso, faremos | TFs (1 ; » | {fst cans . 206) y Vate 4 Gi) o Por esta formula vemos que, quando x é nulo, T é também nulo. Que para x=1, T tem o valor da expressio (202). Tecnica or A medida que x eresce, T tende para o infinito, A curva 4, da fig. 7, mostra como T varia segundo a variagio de x na expressio (206). Pasa x1, T corta o eixo das ordenadas no ponto em que T inicia o desenvol- vimento da curva 3, indicado na mesma fig. 7. ‘Ficam, assim, indicadas as quatro formas por que se pode fazer variar ‘T no gal- vandmetro. Experimentalmente, como sabemos, ‘I. pode ser determinado, contands 0 niimero « de oscilagses completas, realizadas no tempo £, e, dividindo este tempo pelo niimero de oscilagées contadas, teremos com um erro inferior ao admissivel, gat. (207) Vejamos agora a varingio de 2. A relago (98) dé-nos ms Nesta expresso introduzimos os valores das relngGes (131), (190) ¢ (191) e temos 4a RHOe IR Ros = R 209) ‘Temos aqui trés condigdes de variagiio de 2¢ que so: Primeivo : x; M=M; BHB Entiio, temos Mie l= va fio 8 =1, 2 torna-se infinito, e que, & medida que A férmula (210) mostra que, para x realiza 0 sew anda- ax eresce 2 tende para zero. A curva 1, da fig. 8, mostra como inento ea posigfio do ramo infinito para 0 easo de x ser igual & unidade, TECNICA oe 30-4 CUPRINGL INCOLOR PARA MADEIRAS ° 30-6 CUPRINOL CASTANHO | PARA MADEIRAS ° 30-5 | CUPRINOL VERDE PARA MADEIRAS ° | 30-7 | 30-8 sO PARA IMUNIZAR LONAS, CORDAS, ETE 30-10 30-18 | PARA IMUNIZAR E IM | PERMEABILIZAR LONAS, | CORDS, COBERTUAAS, ‘TOLDOS, ETC. ° 30-14 CUPRINOL VERDE PARA REDES DE PESCA 06. Para a protecrdo das madeiras, contra os atagues fungosos, escaravellios, besoiras @ for: niga branca. Emprega-se ¢m todas as madei- ras gue tenham de ser pilic das, envernicadas ou ‘enco- radas, Estes dois tipos de Ciuprinel, admitem também a pintura, E geralmente 0 tipo que se em- preg as, eonsrtes, Este tifo de Cuprinol, pode ser tigurito eh todas ag cias ROBBIALAC, tinicas ‘autorisadas @ vende-to ao li- tro. Owalguer destes tipos de Cuprinol pode. usar-se por imersdo ot aplicado a brocha Convim sempre dar duas demios de Cuprinol, ase gunda deméo antes de estar Séea a primeira Os tipos de Cuprinol usadossa tit- fima guerra, para tratamento de sacés, coberiuras, ete Este tipo de Cuprinol ten mere. cido as mais entustisticas referéncias da classe mari- tina “As redes ¢ linhas de pesca, tratadas a Cuprinol duran 6 veces’ mats. que quando tratadas com outros produtos. OS VARIOS TIPOS DE CUPRINOL Soathos Mice Redapis Corrimios Artigos de sport Molderas Embalagens: de uso Pigarsentos Forras do tetos Parteinferior dossca- thos Caisitios Portas, Empénas Crteiros, Latada Currais, Porttes Bares, Cavalaricas Posies ds madeira Carrosseries Bancos dos jardinse Panos agricolas Tendas militares, et Cordas Linas ¢ fodos 8 are tigos de fibras we getais © CUSTO DO CUPRINOL NUMA CONSTRUCAO REPRESENTA UMA VERBA INSIGNIFICANTE, NAO BASTA MENCIONAR NOS CADERNOS DE ENCARGOS 0 USO DO CUPRINOL, £ PRECISO ESTAR ATENTO A QUE NAO SE EMPREGUEM IMITAGOES. A SECCAO CUPRINOL oferece-the assisténcia grétis SociepapbE ROBBIALAC, Limitapa 1b, RUA NOVA DO. CARVALHO |) LISBOA Telefones :, 2.7000. P. B.X. 82920 ——<—_—V ASFALTOS PARA PAVIMENTOS PARA A INDUSTRIA ENTREGA IMEDIATA SHELL COMPANY OF PORTUGAL, LTD. LABO\ PORTO CUMBRA PAR WL ‘Vejamos agora a segunda condigto: Ub; M=M; B=B.x Vird Fee oF 21) Mex—M Vx—1 te) Mr M VEIB—MP Vat Be x— Me Esta condigio reduz-se & primeira, pelo que a curva 2 tem 0 mesmo andamento que a curva 1, visto confundirem-se, Vejamos agora a terceira condigio : l= Neste caso temos que, para 0 vem e para xel, 0 valor de 7. parte de zero, e quando x atinge a unidade, 0 valor de 7 torna-se infi- nito, A curva 3, da fig. 8, mostra o andamento da respectiva curva. Da mesma forma que T, 2 pode ser determinado experimentalmente por meio da medida dos desvios de qualquer ordem. Sabemos jé, pela relagio (92), que a relagio entre as oseilag 6 igual a da ordem k ¢ k— 4 (218) Se, em Ingar de tomarmos a relagio entre duas oscilagdes conseoutivas, tomarmos a relagio entre a oscilagio de ordem ve u ea oscilagio inicial, teremos que eu) 3 % f a (—w? (218) be joetea =e Ey : a Daqui deduz-se que fe by 4 Log 7 yi 16) 4 donde se tira que a ae! % 2,003 1% 3 . y Tek @17) ae TECNICA 19 Se, em lugar de tomarmos a relagio entre dois desvios de ordem qualquer u ¢ v, tomarmos a relagio entre dois desvios do mesmo sentido, por exemplo, entre a oseilaglo inicial e de ordem 2u, temos que (as) ‘Vamos agora determinar 0 momento de inéreia, T, em fungi de um outro momento de inéreia I, eonhecido, e do periodo T e 'T, correspondente i soma dos dois momentos T fe I, e dos respectivos. decrementos logaritmicos 1 em, tal como fizemos para a determi- nagio da Resisténcia orética, ‘As f6rmulas (95) ¢ (101) d&o-nos rr oF ", an\/5 e TBy1+a e19 Tntroduzamos nesta tiltima equagio o valor de T, da primeira e teremos que pee F Vit (220) donde deduzimos o valor de I. Assim, temos (221) donde se tira que Fe ters? 222) Juntemos & equipagem movel uma massa suplementar de tal forma que o coeficiente de torsiio B e o amortecimento no sofram alteragio sensivel. Consideremos I, 0 momento Qe inéreia da massa suplementar, ‘T, o perfodo da oscilagio ¢ 2; 0 decremento logaritmico das oscilagbes. . Desta forma temos que re h=— 23 Ith=z B (228) rT @y ‘Temos, portanto, que Te ht a donde se tira que TECNICA Se 18 © af silo pequenos em relacio a o%, como sucede frequentemente, podem ser desprezados os decrementos logaritmicos das oscilagtes, e, entio, a equagio (224) simpli- ficarse ¢ apresenta-se da seguinte forma: Is 226) como é ficil de ver. Das duas equagdes (221) ¢ (224), pode-se deduzir 0 valor do ooeficiente de torsio B, em fungio do momento de inéreia conhecido I, Assim, temos, segundo a equagio (221), que AG) B=I O valor de I é substituido pelo valor da equagio (225). Logo, 1 PER Bau a (228) phe eb So 7? e if stio pequenos om relagho a x2, podem ser desprezados e, enti, a equagio (227) reduz-se a B (229) A determinagio do momento de inéreia do quadro I, © 0 coeficiente de torso B, da. suspensiio, limita-se 4. medida de dois perfodos ¢ ao conhecimento do momento de inéreia I, da massa suplementar. Siio conhecidos os provessos que os fabricantes empregam para a colocagio destas massas suplementares de momento de inéreia préviamente determinado, Nao falaremos no assunto por ser desnecessirio ao fim que temos em vista, Passaremos, portanto, a outro muito importante: Retorno ao zero: Um dos factores importantes a considerar nos galvanémetros ¢ naqueles aparelho: euja construgio & basenda no prinefpio do funcionamento daqueles, é a rapidex das indi cagdes na respeetiva escala, e, portanto, a rapidez do desvio da respectiva equipagem mével. Para que a leitura num aparelho de medida se possa fazer rhpidamente é essencial que a equipagem atinja rhpidamente a sua posieio de equilfbrio, e volte também rapida- mente & sua posigio de repouso, isto é, ao zero, logo que a equipagem mével deixe de ser actuada pela corrente que provocou o seu deslocamento. Nos casos em que o amortecimento é granile, a yelocidade de deslocamento da equipagem pequena, e, é tanto mais pequena, quanto mais se afasta da aperiodicidade eritiea, Mas, nos casos de aperiodicidade erftica © de movimento periddico amortecido, o assunto é para considerar. Assim, consideremos 0 caso do movimento peri "Tomemos a relagio (212), isto 6, i , j4 tratado, et (230) TECNICA 921 Se tomarmos a relagio entre a oscilagio de ordem k e a oscilacio inicial, temos que 31) Fagamos teremos que te okay (233) Logo, ser’ ® Log7 = ki (234) donde 1 aeceaehh 235) 7 bos y 35) Sendo k o niimero de oscilagdes simples, que a equipagem do galvandmetro executa desde que foi desviada da sua posigio de repouso até voltar a cla, *-o tempo de duragko iio simples, 0 tempo t, ao fim do qual o quadro terd parado, seré ignal a de uma oseila T_T 2 2 + Logy (236) Mas, da relagio (98) tira-se que (37) (238) que, introduzido na equagho (236), dé. a1 — Log;. (239 tearge E087 (239) Evidentemente, 0 tempo t corresponde apenas ao mimero k de oseilagdes simples. Vemos pela formula (239) que ¢ diminue quando o momento de inéreia do quadro diminue, e que, inversamente, aumenta quando o amortecimento aumenta. Vé se mais que 6 independente do coeficiente de torsdo B da suspensio da equipagem, podendo este variar sem que tenha influéneia alguma sobre ¢, sempre que a oscilagto se mantenha periddica, E interessante observar que o periodo T de oseilagdo vari riaré, se fizermos variar o cocficiente de torsdo B da suspensio, mas, a velocidade de retorno ao zero ndo mudard, desde que se mantenha inalterdvel o valor de I de M. A férmula (236) pode-se ainda apresentar sob a seguinte forma, tendo em conta a relagiio (101) relativa & representagio de ‘I’ em fungio da oseilagio no amortecida T,. Desta forma teremos, portanto, que TECNICA 922 Log 7 (240) Vejamos agora o caso do movimento aperiddico erftico. Pela formula (67) vimos que = (mt) 200m ¢ A) A equipagem mével do galvanémetro ters voltado i posigi de repouso quando wes 2) Nestes tormos, teremos que Se (mt 1) a, o-™t (243) 7 ) 1 ; poets ers (24d) ‘Fagamos mt=x (245) donde tiramos v an mo 2h Mw ed Substituindo na equagio (244) mt por «, temos que 5 @EDe on an (etry Desta relagio se deduz o valor de x. Confrontando a equagio (246) com a equagio (289) vé-se que, se for x>Log7, 24s) mantendo-se constante a relagio entre Ie M, a equipagem mével do galvandmetro volta ao zero mais rapidamente se se deslocar em regime de movimento periddico do que em regime de aperiodicidade eritien, Se se mantiver constantes 0 momento de inéreia I © o coeficiente de torsiio Be fizermos variar o coeficiente de amortecimento M, o aparelho voliard mais ripidamente ao zero se se continuar om regime de oscilagao ligetramente acima de aperiodicidade erftica, Tsto explica a raziio do que dissémos a propésito do estudo do movimento da equipagem mével de aperiodicidade erftica, em que a mesma, uma vez desviada do zero, quando volta a este, o ultrapassa uma vez e 86 uma, Isto facilita o retorno ripido ao zero € a0 mesmo tempo permite que as leituras dos desvios se fagam rapidamente, Baqui termina a nossa demonstragio de que a designagio de «galvandmetro balisticon & uma classificagho errénea ou imprépria, se o leitor assim o julgar mais conveniente. TECNICA 923 Como acabamos de ver, a teoria balistica é geral e aplica-se o todos os galvanémetros de corrente continua ¢ ela permite-nos o estudo das suas qualidades e fornece os elementos necessirios A sua construgio, tendo em vista o fim a que se destinam, Nao h4, portanto, galvandmetros baltsticos, hit, apenas, propriedades balistieas que sio comuns a todos os sistemas oseilantes, E ficil encontrar a rato porque virios autores, relativamente modernos, se comega- ram a sugestionar com a designagiio de galvandmetro balfstico, atribufda a galvanémetros de grande sensibilidade e com amortecimento eritico, Em geral, estes autores fazem o estudo dos sistemas oscilantes, desenvolvendo-o abstractamente, sem aplicacio directa aos galvandmetros. De forma que, quando chegam 4 galvanometria, classificam os galvanémetros, que se aplicam especialmente em certos métodos de medida, nos quais se tem de fazer passar na equipagem mével uma corrente instantinea, como aparelhos que funcionam em balistica. Daqui resulta ler-se em certos tratados de medida, relativamente recentes, frases como estas: «Os aparelhos construidos especialmente para servir em balfstica, sto chamados Galvanémetros balistioos», embora o perfodo destes aparelhos vi, em geral, além de 10 segandos. Quem estuda a fundo estas questées, nflo se impressiona com estas classificagdes erréneas ou impréprias. Mas, aqueles que principiam, e que recebem o influxo dos ensina- mentos dos tratados, supdem natnralmente que os galvanémetros, divos balfsticos, tém pro- priedades diferentes das dos outros. ‘Temos j& ido argumentagdes como esta: « Tedricamente todo o galvanémetro pode funcionar em balistica (0 que a nosso ver é disparate arrematado, porque nenhum galvand- metro funciona em balfstica, ainda que & primeira vista o comentirio parega descabido), mas, para que as formulas da quantidade de elecivicidade, relativas a cada regimen de deslo- cagto da equipagem mével, sejam exactas, 6 necessdrio que 0 pertodo proprio dos aparelhios soja longo, para que a duragao da passagem da corrente insianténea saja desprestoel perante 0 perfodon. Nos ensaios de alta precisio, realizados nos Inboratérios respeetivos, em que hi necessidade de se medirem cortas constantes eléctrieas, e em quo as quantidades de electri- cidade em jogo sfo peqnenas, os galvanémetros que se empregam, so de construgko deli- cada e¢ de disposigio apropriada ao fim a que se tom em vista, Quando, porém, as quantidades de electricidade em jogo sto de ordem clevada, como € 0 caso conhecido das chamadas correntes fortes, por exemplo, os galvanémetros silo, por exigéncias dos fins a que se destinam, mais robustos ¢ os érgiios de movimento ¢ de fixagio tém disposigdes diferentes, sem que, todavia, a sua construgio saia fora dos prinefpios que ficaram atrés enumerados, e 6a eles que a mesma construgio 6 subordi- nada, apresentando, por isso, as formas mais variadas, Deve ter resulindo, precisamente, desta variagio de formas e graus de sensibilidade, a designacio confusa e imprépria de galvandmetro bali-tivo, que eada ver, se vai mais gene- ralisando, ¢, j& agora, nio serd possivel faner arrepiar caminho aos autores passados ¢ faturos, porque a nossa voz nfo se far ouvir, certamente, nos meios editoriais e univer- sitdrios competentes. Fique-nos, do menos, a consolagio de termos apresentado aos estndiosos um assunto que os faré meditar e pOr de parte tio mé classificacio, passando de futuro a designar os galvanémetros pelo sou grau de sensibilidade e fim a que se destinam. TECNICA 924 Notas & excurséo dos alunos do 6.° ano de minas a Franca e Espanha (curso de 1946-47) ror JOSE ROGADO E FERNANDO FREITAS (Continuagito don 150) Do curso de Eng. do Minas ©. D, 622tt Il PARTE— MINAS DE SALSIGNE bogo das condigies de jazida Nos 248 ha da concessio de Salsigne, situada a uns 20 Km ao N de Carcassonne, ocorrem xistos, que a Ne a O de jasigo stio nitidamente luzentes ¢ muito lamina- dos, caledreos acompanhados por dolomites © grés-quartzites frequentemente feldspi- ticos (ver fig. 1). Em qualquer destas for- magoes a caréneia de fosseis caracteristicos niio permite determinar com seguranga as suas idades geolégicas, mas, porque clas podem ser ligadas com os terrenos com fésseis do Herault, sto usualmente cclocadas no Cambrieo (1). Ao sul os grés-quartzites confinam com um yasto massigo de gneiss e micaxistos atri- bufdos a0 Algonkico © ao Arcaico e que constitui o niicleo da Montagna Negraa qual 6, como se sabe, a extremidade dos Cévennes meridionais ao sul do Massico-Central, Auns 10 Km a NO do Jazigo, no inte- rior dos gneiss que provivelmente niio so senio granulites laminadas (3), aflora um massigo de granulite rodeando os gneiss afloram os gneiss. Numerosos fildes pegma- titicos com quartzo, feldspato e turmalina ou apenas quartzo com ou sem turmalina partem desse massigo através os gneiss, A tecténica 6 complicada. Ha a consi- derar os efeitos sucessivos das orogineses antecimbrica, herefnien e pirenaica. Os movimentos hereinicos deram p. ex., estru- turas isoclinais ¢ embricadas ¢ pode admi- tir-se (3) datar a introsfio granulitica do fim desses movimentos, Por outro lado falhas importantes e de grandes regeitos cortam todas formagdes, orientadas prineipalmente segundo as trés direogdes NS, N 30K e N GOE enquanto que uma rede de fracturas em todos 08 azimutes complicam extraordindriamente esta estruinra, Varios fildes de quartzo minevalizado enchem aqueles acidentes e sio regeitados por estas fracturas. Sio filées complexos Fig. 4 Fshoyo gooldgico da concessio qe por eves apresentam sub-divisdes, tendo no tecto ou no muro outros fildes de extensiio mais reduzida, A possanga, varidvel de local para local, pode chegar ¢ chega frequentes veres a 15 m, Contudo a natureza dos files nfo varia sensivelmente com arocha encnixante, mas os encontros quando xistosos, sio por vezes mineralizados numa TECNICA 928 espessura considerdivel hi entfio dificuldade em limitar os fildes tornados difusos e com falsos encontros. ‘A mineralizagio consta de Arsenopirite, Pirite, Pirrotite, Caleopirite, compostos de Bismuto e Ouro. Segundo M. Legrage (3) a ordem de mineralizagio, para todos os filbes 6: 1.) Arsenopirite 22) Pirite 3° Caleopirite, compostos de Bismuto ¢ Ouro. © Onro encontra-se livre em dimensdes ultra-microseépicas associado aos sulfure- tos, arsenietos, isolado na ganga ou na rocha eneaixante. f} acompanhado frequen- temente pelo Bismuto (em media por eada quilo de Au existem 20 kg de Bi). ‘A ganga 6 quase apenas 0 Quartzo com um pouco de Calcite ¢ Siderite, Os calesireos onde por vezes arma o filio esttio intensamente silicificados ¢ os xistos @ quarizites que, quando nio alterados, a minde contém um pouco de clorite e sidi- rite devidas ao metamorfismo regional, o30r- rem impregnados de Biotite que pode passar 2 Clorite (3) quando sofreram alte- racho hidro-termal. Aliés estas zonas de alteragdes hidrotermais siio muito irregula- res e estilo condicionadas em parte pela mutha de fracturas que j4 referimos, No que diz respeito a alteragdes seeundd- fas hidrieas nfo se encontram em Salsigne exemplos de enriquecimento «por descen- sum» tipicos e extensos, embora nos con- tnctos de caleo-xistos com certos fildes se tenham, por vezes, acumulado niassas de terras vermelhas frequentemente ricas em ouro, Nos caledreos hit alguns exemplos de jazigos de substituigio. De acordo com a classificngto de Ran- guin (2) devem colocar-se estes jazigos nos fildes hipotermais, Michel Legraye, que estndon em 1938 a regifo ('), e que segue neste capitulo a ditima classifiengio de Schneiderhiln coloca-os no tipo catatermal, filoniano de impregnagio e metassomiitico, porventura com passagem em profundidade para o tipo pneumatolitico. TECNICA 926 A fig. 2 mostra os principais fildes da concessiio, De Este para Oeste ocorrem: Filles de In Raméle (em exploragio). Fildes de Fontaine Santé (em exploragio). Fildes de Peyrebrune ou de la Jourdanne (em infeio de exploragio). a Fig. 2 Esquema dos prineipais dldes Grupo da «Fontaine Santé» : Os fildes de Fontaine Santé de grande possanga, com a direcgio médin NS e inc!inando para Este 50/70° formam o enchimento de uma falhn constitufds por Quartzo mineralizado, Pirite de Ferro, Arsinopirite, Siderite Caleopirite com passagem de Quartzo quase totalmente isento de mineralizagio para o Quartzo muito mineralizado e para os sulfu- retos e Arsenosulfuretos, Xistos silicificados ocorrem frequentemente no interior destes filées. ‘Ath no 4.° piso (v. & frente 1—-‘Traga- gem) armam os files em xistos ao tecto € 0 muro, mas desse piso para baixo o muro da parte Norte é constituido por caledreos enquanto que o tecto continua nos xistos. Grupo de «La Ramiley : Trata-se de um filo com a inclinagio de 45° muito irregu- lar constitufdo por lentilhas de 8 a 12 m de possanga ligadas por fracturas também FAIRBANKS, MORSE & CO., INC. NEW-YORK Motores.industriais a gazolina de 2 a 30 HP Motores industriais e maritimos Diesel, de 5 a 2000 HP? Bombas de todos os tipos para todos os débitos. Motores eléctricos de 1/3 2 1000 HP Geradores eléctricos Grupos electro-bombas.e moto-bombas Grupos geradores para iluminagao eléctrica Automotoras Diesel Draisines para inspecgao de vias Instalagees para abastecimento de carvao e remogao de cinzas Gruas para abastecimento de Aguas a locomotivas Balangas e Basculas de todos os tipos, para todos os fins Descaroladores e trituradores para forragens BRUCE PEEBLES & CO., LTD. EDINBURGH-ESCOCIA Dinamos ¢ alternadores Motores eléctricos para corrente contintia e alterna Transformadores Grupos conversores Rectificadores Compensadores Tipos normais e espectais EM EXCLUSIVO PARA PORTUGAL F. NOBREGA DE LIMA, L.* LONDRES. Sede Porto 115, Park Streat London, W. 1 ‘Avenida 24 te Julbo, 1, 2,° 0 ua Si da Sandeira, 562, 3.° UsBoA IMMADIUM BRON ES PARA TRABALHOS SP ONS ABIL I DADE Zz E BRONZES ALUMINIO CROTORITE CAVILHAS REDONDAS E QUADRADAS TUBOS E SECCOES AGENTES EM PORTUGAL AHLERS, LINDLEY LDA RUE BERNARDINO COSTA irregulares. Aqui o minério 6 formado prin= cipalmente por Siderite com inclusies de Pirite de Ferro e de Caleopirite, mas em certos loeais a Siderite 6 substituida por Pirite de Ferro, Pirites de Ferro e Cobre ¢ Arsenopirite, Este filie 6 particularmente rico em cobre. II — Notas sobre a exploragio 1—Tragagem a) Grupo da «Fontaine Santé» No grupo da «Fontaine Santé» foram tracados § pisos, distaneiados os 4 primei- a perfuragio de outro pogo a Uste e desti- nado a explorar os files abaixo do 6.° piso. b) Grupo de La Ramble E explorado a partir do 4.° piso onde é atravessado por uma travessa com 355 m de comprimento (V. fig. 2). 2—Conducdo da exploragdo: Sonda- gens © Amostragem O teor em Ouro no minério de Salsigne varia muito de local para local e nfo parece obedecer a qualquer lei de distribuigdo sim- ples. Em certos casos encontrame Hts Pig. 3 Projecsio vertical do fildo Prieipal de grupo da Fontaine, Santé (1 ros de 18, 14 ¢ 16 m e os restantes de uns 25 m, a saber: Nivel Superior (cota 406,60) — Aflora & superficie Nivel Intermédio (388,00) 1.2 Piso (874,86)— Aflora & superficie 2°» (858,53)— » » > 32» (883,53) 4°» (309,03) Bo» (285,20) 62» (260,25) Os pisos 1 a 6 estio ligados av pogo prin- cipal de extracgiio (ver fig. 3) Pogo Bru. Este grupo contém como reservas apro- ximadamente 45 milldes de toneladas que podem ser exploradas pelo pogo Bru. Estas reservas serfio aumeniadas ao eneararse tragdes de 900 gr/ton, mas noutros, princi- palmente nas massas de Arsenopirite, esse teor baixa para 2 gr on mesmo para tragus apenas. Desde o infcio da exploragio, pode dizer- -se que o teor médio se tem mantido a volta de 12 gr/ton de minério abatido, e que nio se tem notado qualquer variago em pro- fundidade. Uma andlise espectrogréfica mostrou nfo ocorrerem, no minério de Sal- signe tragos de qualquer dos cinco teluretos de Onro, visto que nfo revelou a presenca do Tehirio: Estudos posteriores feitos com o ultra microseépio sobre superficies pulidas mostraram que 0 Ouro ocorre livre em gritos sub-mieroseépicos (0 gro de maior didmetro observado nito excedia 50 N) situados prin- cipalmente no contacto “de dois ou mais gritos de Arsenopirite, TECHICA 927 Em resumo a distribuigo irregular do ‘Au que se acentua em certos casos com a existéncia de impregnacdes aurfferas no tecto ou no muro dos files obriga a sonda gens frequentes ao ofectuar-se a tragagem ¢ © desmonte, Por isso a tragagem das gale- ins nos fildes é sempre preeedido por son- dagens destinadas a reconhecer os encontros ea esclarecer a existéncia de zonas ricas em Ouro, Realiza-se ainda uma amostragem minuciosa depois de cada disparo, seja ele para que fim for. Os resultados fornecidos pelas anélises Inboratoriais so, como é usual, inseritos num mapa que permite rhpidamente conhecer teor médio de ouro em qualquer secgo da mina. Também, independentemente da tragagem, em cada talhada abatida se faz uma amostragem média do tecto e do muro e ainda das poei- ras de determinados furos euidadosamente recolhidas. 3— Organizagéo do Desmonte, enchi- mento, transportes, esgoto 6extracedo ‘Até 1924 0 desmonte fauin-se pelométodo dos pilares abandonados sem enchimento, 0 que albergava o grande inconveniente de deixar inexploradas grandes quantidades de minério sem que a seguranga se podesse considerar satisfatdria (terrenos muito frac- turados, como vimos). Actualmente usa-se 0 método das talha- das horizontais ascendentes com enchimento ‘completo, e mesmo certos pilares outrora abandonados estio sendo parcialmente re- ‘euperados por este process, Nos fildes possantes, o desmonte progride segundo o plano longitudinal do fillio ¢ é efeetuado com martelos de coluna colocados sobre o terreno abatido, Um marteleiroe um ajudante trabatham em eada frente junta- mente com trés safreiros que fazem a des- carga no canal de evaquagio com auxilio de vagonas. Estes canais so duplos, e esto situados de 15 em 15 metros e providos com plataforma de descarga para servir as vagonas. A medida que o desmonte deste modo é limpo, faz-se 0 enchimento ¢ para isso dispSem-se de chaminés de entulho que comunieam directamente com as pedreiras TECNICA 928 d superficie separadas de 60 metros e que descem até ao 6.° piso (ver fig. 3). O entu Tho passa das chaminés para um canal com plataforma de descarga para servir as vago- nas basculantes que conduzem as terras até As frentes. Este transporte nos fildes menos possantes é feito em carrinhos de mio. ‘Também nestes fildes os martelos de coluna sio substituidos por martelos teles- c6picos. O entulho pode ainda ser fornecido pela abertura de travessas, como & usual. Logo qne se inicia a exploragio de um determinado piso, traga-se a galeria de des- monte 1,5 m acima da coroa da via de base do piso com o fim de evitar um madeira- mento oneroso, Crin-se assim um macigo de protecgiio & galeria de base que seré des- montado no fim da exploragao do piso. Os martelos usados tém todos injeogio de ‘igna e siio dos seguintes tipos: 1° Tipo: Martelo I. R. $ 49 (peso 27 kg). 2.2Tipo: Martelo I. R.—Super n.° 75, montado em colina. 3.° Tipo: Martelo I. R.—Super 8. 70, montado em columa com avango automitico. 42 Tipo: Martelo I. R., telesedpico, tipo 6.0. W. il. Conforme a dureza das rochas os avan- g0s no esteril ou no minério so iniciados com o super-martelo n,° 75, ou com omar- telo 8. 49, Nas chamings usam-se os mar- telos telesedpicos. O sustimento das galerias é barato, mas © mesmo nfo suede com o dos canais ao longo do filo, destinados a conduzir 0 mi- nério & galeria de rolagem do piso. Aqui o consumo de madeira nos quadros ¢ no re- vestimento € muito elevado. As chaminés para a deseida do enchimento quando atra- vessam o entulho tém sustimento de madeira, quando no firme, sio revestidas de betio armado. Na verdade experiéncins efectuadas sobre revestimentos de betfio armado com superficies de escorregamento metélieas mostraram ser o prego de custo de um tal revestimento mais ot menos igual ao de uma reparagio completa de nm sustimento de madeira, mas ter uma duragio muito superior ¢ gastos de conservagiio muito mais reduzidos. Utilizam-se na rolagem do fundo vagonas basculantes com capacidade para 360 litros, montadas sobre rolamentos de esferas on sobre chumaceiras com caixa de lubrificagio. O carril usado pesa em média 7 kg/m com excepgio do carril da galeria de rolagem prineipal no segundo piso, onde se empre- gam o de 15 kg/m. A bitola vale 0,60 m, Nos pisos mimeros 4 ¢ 5 usa-se a tracgio animal em composigies de 5 vagonas. Nas galerias de declive superior a 1,5°/, a rola- grandes caudais ocorrem poueos dias depois das grandes chuvas. Para esgotar as dguas o sistema de bombagem tem sido progressi- vamente aperfeigondo e dispde hoje de trés centrais, a saber: a) Um depésito no 4.° piso para onde sto dirigidas as Aguas deste piso e dos que lhes esto por cima e donde a agua ¢ extrafda por duas bombas Sulzer para um caudal maximo de 85") h, 8) Um depésito no 5.” piso © duas bom- bas Sulzer para candal maximo de 135"/h, Fig. & Planta do 4° piso do grupo da Fontaine Sant gem 6 feita por homens. No segundo piso cireulam comboios de 15 vagonas puchadas por mulas. Os disparos sfio feitos com goma-dinamite «A» eo ntimero méximo de tiros que suces- sivamente de uma sé vex se podem fazer é 25, Em média utilizam-se 200 gr de explosivo por tonelada abatida o que corresponde 9,8 kg de explosive por metro de galeria avancado. Nas minas em terrenos com uma tect6ni complexa como a da concessio de Salsigne, como ji répidamente esbocamos atrds, a maioria das aguas no fundo provém sem- pre da infiltragio de aguas superficiais e os 2) Um depésito no 6.° piso e um grupo de duas bombas Sulzer ¢ duas’ Rateau para caudal maximo de 370") h, ‘Todas estas bombas Jangaim as suas dgnas no canal de design da galeria principal de extracgio no piso n.° 2, que as conduz 2 superficie. No 4.° pixo eaptou-se unia niaseente que fornece gua potivel ao bairro operério 2 superficie, Apenas quatro pisos servem a extracgiio: © 2° para os desmontes que Ihes estio acima, o 4." para os desmontes entre ele eo 2; efinalmente o 6. ¢ 6.° pisos, TECNICA 929 A extraceao abaixo do 2.° piso faz-se pelo poco Bru, provido com um cavalete meté- Tico de 15m de altura e de um guincho de 75 CV. A mina esté em Iaboragio continua com 3 relevos de oito horas cada com a seguinte distribuigio de trabalho : 1. Relevo : ixtracgio do minério dos desmontes, tragagens © son- dagens do 2.° ¢ 4.° pisos 22 Relevo : Tdem para 0 5. piso .° Relevo : Idem para 0 6.° piso. A tonelagem didria posta \ superficie oscila entre 600 e 650 T. Um eabo-aéreo bicabo de 4 km de com- primento, automotor e com a capacidade de 900 'T/24 horas conduz 0 minério extrafdo até A lavaria, Uma escolha manual efectuada & boca da mina permite separar, para baldes dis- tintos do eabo-aéreo, as rochas muito mine- ralizadas destinadas fusio imediata nos covater-jackets», das que tem de passar pela Invaria. II — Notas sobre a Lavaria A complexidade e variedade dos minérios extrafos das minas de Salsigne tornam © seu tratamento delicado. No inicio da exploragao as Arsenopirites ricas em Ouro eram envieda para tratamento em Ingla- terra. Mas em 1908, construida a instalagao de La-Combe-du-Sant (Aude), estabelece- ram-se as bases do tratamento actualmente usado no «water-jackets». Os produtos finais dessa metalurgia eram, jé ent&o, mates de cobre auriferas e argentfferas ‘rieas_ em Arsénio, Posteriormente construiu-se uma lavoura com um ¢ireuito de concentragio hidrogra- vitiea e outro de fiutuagio, E essa lavaria aumentadae modificada que funciona actual- mente, Dispte de um cireuito de quebragem com redugio a menos 50 m/m, um cireuito de concentragio hidro-gravitiea de britas ¢ areias © finalmente de um circuito de flutuacio, No cireuito de concentragio hidro-gravi- tica pretende-te extrair do tal-qual pobre TECNICA 930 graudos lavados com dimensées entre 50mm susceptiveis de serem tratados direc tamente nos wwater-jackets» e obter coneen- trados_mais finos entre 8 ¢ 15mm queneces- sitam de ama briquetagem antes deentrarem na fustio. Os mistos ¢ os estéreis de estas duns operagdes so envindos para a flutuagio, Por outro lado, & lavaria chegam, pelo cabo aéreo, produtos de duns qualidades : a) Concentrado proveniente da escolha 2 boca da mina— minério para o forno ou minério rico. 6) Estéril proveniente da mesma opera- gio —minério pobre, © produto a) &langados sobre uma gre- Iha de 50 mm de abertura, O supra-grelha 6 ensilndo c alimenta posteriormente os cwater-jackets» ; 0 infra-grelha entra na Invaria (veja-se fig. 5). © produto 6) é ensilado em dois silos de cimento armado para 150 © 250 ton. Cada silo alimenta uma grelha do mesmo tipo da anterior. O mais 50mm vai a um britador de maxilas que descarrega num elevador que recebe também o menos 50mm prove- niente da grelha e aliments um erivo vibra- tério, Existem portanto dois crivos vibrat6- rios, um para cada silo, um Krupp e outro Kennedy, ambos com duas redes, de 50 mm ¢ 15mm de malha, Os produtos provenien- tes desta crivagem sio: A—Menos 15mm que 6 recebido por uma correia transportadora e um clevador de copos para ser langado num silo de 150ton, onde constitui © volante da alimentagio do cireuito das areias da flutuagio. B—Mais 15mm menos 50mm que cai uma pequena turba provide de um desearregador regulivel, que faz a comunicagdo para um canal osei- ante, ¢ & deste modo levado a uma bateria de 3 gigas Harz de duas células eada, que fornecem : 1.° Um coneentrado grando (15/50 mm) recolhido, em seguida, em dois silos onde perde parte da agua antes de passar as @) epeaey ep ewenbsg, 3 ta thsi}: "e a) (e069, at fenos av rai 5 - fs bie ana ||| O82) ) a i 2032p014 | op >on onauosradea|on5eo;y9%0/ [opioziuerng | waboxqand | woboniy [pny TECMICA 931 vagonas que 0 hiio-de condusir & mota- lnrgia. 2° Um misto que uma correia de secagem transporta até um britador tipo «Symons Cone Crusher» (existe de reserva um «Symon Dise Crusher», para o mesmo e fim que tra- balha durante as revisdes © reparagdes do «Gone Crusher» e vice-versa), 0 qual 0 reduz a menos 15 mm retomado pelo eleva- dor de copos ¢ langado no silo de 150 ton que alimenta o cireuito dos finos, como jé vimos. (C—Mais 50mm reenviado aos quebra- doves primérios. Uma parte do menos 15mm ensilado proveniente das operagies A e B-2.° é retra- tado numa giga ¢ em mesas oseilantes. Para isso na base daquele silo estiio colocados dois distribuidores. Um deles descarrega numa correia transportadora que vai alimen- tar o cireuito de pulverizagio da flutuagio. outro alimenta o cireuito hidro-gravitico das areias, langando o menos 15mm sobre um erivo vibratério Kennedy de 8mm de matha, O supra-crivo (entre 8 e 16mm) é cnviadoa uma giga Harz de enriquecimento do mesmo tipo das anteriores, mas com caracteristicas cinéticns diferentes, como & dbvio, e que fornece um concentrado (8/15mm) ensilado enquanto nfo segue para a oficina de briquetagem e um misto (8/15 mm) enviado por um transportador a alimentagao da flutuagio. O menos 8 mm proveniente do erivo vibra- tévio é langado numa pequena torba alimen- tadora de um moinho de bolas Dalbouze ¢ Brachet que trabalha em cireuito fechado, como é usual. A saida deste moinho é feita através um crivo de 1,5mm de furagio. O mais 1,5mm é retomado por uma bomba e langado outra vex no moinho de bolas. Nao hi portanto classifiondor asso- cindo a exte pulverizador o que nfo tem _eomo veremos & frente inconvenientes. ‘© menos 1,5 mm segue para dois hidro- classificadores que descarregam sobre uma bateria de 5 mesas oscilantes tipo Dabra. O concentrado das mesas é ensilado em trés torbas onde perde parte da sua 4gua TRCNICA 932 enquanto espera a desearga em vagonas que o hito-de levar 4 oficina de briquetagem. Os mistos sio elevados por uma bomba para areias até um cone Callow para espessa- mento. As Jamas deste espessador entram num dos desclassificadores de palhetas que servem 0 pulverizador da flutnagio— Clas sificador E; (ver fig. 5). 0 transbordo é bom- bado até um depésito que descarrega sobre aalimentagho do moinho de bolas das areias e regula a relagio s6lidos-liquido nesse pulverizador. 0 cireuito de flntuagio trata os finos ¢ os estéreis dos dois cireuitos anteriores e com- preenide, como sempre, um eireuito de pul- verizagao constituido por um moinho de bolas de 8'><48! Hardinge, que trabalha em cireuito fechado com outro classificador de palhetas Dorr B, (ver fig. 6). Os menos 15 mm provenientes do silo de 150 T, e os mistos entre 8 e 15 mm da giga Harz, cons- tituem a principal alimentagio deste moinho. ‘A polpa que ele fornece é enviada ao clas- sificador Dorr E,, 0 qual fornece um trans- dordo muito diluido, via flutuagdo, e areias que entram no moinho Hardinge. Portanto, 0 menos 8 mm do crivo vibra- tério Kennedy sofre duas pulverizagies sucessivas entreealadas por wma passagem em mesas oscilantes, que retiram da polpa proveniente do primeiro moinho a maioria daguelas partfculas j4 quase totalmente libertadas da ganga, mas que devido & sua massa seriam enviadas & pulverizagio se passassem num classifieador de palhetas. Esté justifieada portanto a auséneia de clas- sificador no primeiro moinho de bolas. Mas, porque a diluigio com que se traba- Tha nas mesas 6 sempre muito elevada, para conduzir a bom resultado na pulverizagio, houve que montar no circuito um espessa- dor —o cone Callow. 0 transbordo deste aparelho volta i alimentagio do primeiro moinho e pode considerar-se como regula- dor da relagio s6lidos-Iiquido nesse moinho, como ja indicAmos. ‘Arvanjou-se assim uma aplicagio para o excesso de dgua introduzido nas mesas, sem inconvenientes. f aliis este um processo geralmente usado. Quanto us lamas, elas nfo Voltam ao mesmo moinho, mas sic langadas ‘Moses Debra Pormonor da bateria do Gélulas de Flutuagio no classifiendor E, que alimenta 0 moinho Hardinge, Esta disposi¢&io dos moinhos de bolas em série encerra a virtude de diminuir © tempo de pulverizagio © por conseguinte a intensidade das reaegdes de oxi-redugto, fio inconvenientes para a filtragio dos sul- furetos, como se sabe, Por outro lado os menos 15 mm prove- nientes do silo de 150 Te os mistos de giga Harz entre 8-15 mm sofrem pulverizacio apenas em um moinho—omoinho Hardinge € com classifiendor de palhetas porque a sua quantidade 6 mitidamente menor do que correspondente ao menos 8 mm. Os aparelhos de flutnagio sko do tipo Standard Mineral Separation, com agitagiio meefinica e aspiragiio de ar modificados no que diz respeito A forma e i entrada do ar, ¢ formam um conjunto de treze eélulas em Pormenor de um » Cobre... 5T no» Anidrido Arsenioso 750'T » » A produgio anual na mesma data, que foi posteriormente aumentada resumia-se do seguinte modo, para os produtos principais Ouro 1.500 kg Prata 4.500 kg Anidrido Arsenioso 10.000 T. BIBLIOGRAFIA () ML Gignous. 2 ed. 1936. (2) Raguin, Geologie des Gites Mineraux ; 1940. (8) Michel Legraye: Origine ot Formation des ements a (4) Tagart. Handbook of Mineral Dressing. Soc. Reimpressio, 1947, (©) W. Peterson. La Flottation, 1988, Goologie Stratygraphique; (Continua) TECNICA 938 BIBLIOTECA Pedimos a todos os sécios da Associacio, que pos- suem, requisitados, livros da nossa Biblioteca, 0 favor de o8 entregar o mais ripidamente possivel. Depende da satisfagio deste pedido, a reorganiza 0 mais ripida dos servigos da Biblioteca. PUBLICAGOES ‘Todas as publieages aqui indicadas, so pertenga da Biblioteca da A.E.1.S.T. © podem ser consul- tadas a partir desta data. Os nameros indicados & esquerd2, dio a loealizagao das obras na nossa bibliotees, © hd eonveniéncia em os saber quando da requisigao. HU, 436 op. 32:54 Numerical determination by use of special compulational devices of au integral operator inthe theory ofcompresle pu BERGMAN, S.; GREENSTONE L.; ISAACS, Ho roqr48 — Pas. 165080 1.0. cps On the asymptotic distribution of differentiable "47 cele slatistical functions Continuonsly Calibrated Cathode —Ray MISES, R. V. Oscilloscope x EASTON, F.C, HG HU. 1947-48 — Paigs. 309/348 1947 — Pags. t REVISTAS ep. Ageos, Je= Dez. 1947 « = = cone 62 Portugal ‘Anais de Club Miltar Naval, m2" 9-10 947) : 23 Portugal Anise, ne 10. = = DIIT onjessa:s4 — Portugat Arbor ae ay ag vee Le Espanta inteos,n? 105 pill. Belgica Arguteco Censwuctor ym 5 on. vt Argentina Arquitetura, n°19 +. = ut oar Portugal ‘rgultecture Portuguese, 2” 147 » m2 Portugal Bolen da Junta Nacional da Cortiga, no 3x4 322 679 Portugal Broteria Fascculo 2, 19,8.» + = vs 12878 Portugal Bulletin du Congres des Chemins de Fer, no", 2, 1048 385 Belgien Bulletin Oerlinkon, a2 367 - me e218 Suign Cemento y Hormigon, m2 167 x68. - - : : 666.8624 Espanha hronise den nes Clone (Ea 18 39 ea Franga Engenharia, 6, 1947 : 62 Portugal Engen Wesinghoiee(), AB, 9 as EWA Estudos, n? 285» = a 12378 Portugal Gazeta os Camiahos de Ferro, m2" 1445 82447 385 Portugal Gaveta de Fhica, n'G. 002 etches : 38 Portugal Gazeta de Matematica, n?3¢ : SL Portugal Gil Vicente; 2 (1918) = vss : t2ans Portugal Hommes & Techniques, naa ss sss ss + 338:069 France Tndistria Portuguesa, n? 259 « 6268 Portugal Informaciones Tram, n*¥3, 1917 aor 380.6 Argentine Ingenieria (La, n* 875, 895 947) a CNICA 936 Memorisl del Estado Mayor, Noy.-Dez. (1042) « Gp, 623 Colombia Ossature Metalique, n.' 2,3, 1948 626016 Belgica Portuesle, n ra (1947) 4:23:78 — Portugal Quaderni di Arehitettara, 1 2) 5 : 72 Mtalia R. A. E, Boletim da Repartiggo de Aguas e Esgotos\, n= 19 : 628 Brasil Revista de Artilharia, n* 272, 273 : a 623 Portugal Revista de Camitios, m** 11-12 (1947) eee 525 Rivista del Catasto e dei Serviai Teeniei Eraliali, n- 2 (1947) 624)807 Revista do Clube de Engenharia, n.’ 136, 50 62,69 Revista Eleetroteenica, 1" x, 2 (1948) errs c 623 Argentina Revista da Faculdade de Engenharia de Porto, no" 123 (i047)... oe 62 Portugal Revista Industrial y Babril, no 8 a oe : 65/68:621 —Espanha Revista Municipal de Engenharia, n.* 4 (Out. 1947) / 62169 Brasil Revista das Obras Publieas, n" 2794, 2795 « « - 624/628 espanha Revista da Ordem dos Engenheiros, n.” 40, 50 « . . : 82 Portugal Revue Brown Boveri, n* 12 (1946), n.” 4, $ (i947) oor 63 Suica Revue Technique Philips, n° (Jan. 2947). - sss. 62.3 Holanda Seara Nova, n 1069 a 1078 oe 4:7:84(07) Portugal Tecnica Metalurgica, n 26,27 | 62}69 Eepanha FICHEIRO Sob esta rubriea, figuram 56 as fichas dos artigos que nos mereceram maior ateng#a © estéo contidos nas revistas recebidas nesta Biblioteca, Estio a disposigio dos nossos leitores os servigos do ficheiro respeitante as revistas que possuimos Elasticidade. CAleulo de estruturas cb, 539.3 Calcolo diretto dei momenti nei telai elastici plani — Armocida, Dott. ing. Pietro Rivista del Catasto e dei Servigi Teeniei Erariali, 1947 nS 2, pigs. 103/115, Si espone un procedimento di caleolo permezo del quale @ possible derminare in modo esatto i momenti nelle aste dei telai plan, direttamente, senza equazioni di elasticth c. D. 5398 Calculo de cables sustentaderes — Jng. José Maria Gonsdlee det Vall, Revista de Obras Pablicas, 3.948, n.° 2795, pags nrajr4. ©. D. 839,3:620.11 Estudo tebrico e experimental sobre a torsdo composta Rd’ Hermite—G, Dawance, Analse, 2-948, m2 11, pigs. 10/39. Prim ap. I= Teoria da torso elastico-plistiea do cilindro, Cap, II Experieneias de 1 ferro Armeo. Segunda parte Deseri io composta com fo do dispositive utilizado nos ensaios Telecomunicagses ©. D. 624.9 Palse-time-modalated multiplex radio relay aystem- frequency equipment — D. D. Grieg e H. Gallay. lectrieat Communication, 6-947, vol. 24, n.° 2 igs. 141158 This paper covers the radio frequency equipment for a radio relay system, antena and transmission. line systems, towers, power sources, and auxiliaries such as monitoring devices. Includes also test results on an experimental relay system incorporating the apparatus described. ©. D. 621.39 ‘Microwavo Radio Relay Systemes —— £. Latin. Electrical Communication, 6-947, vol. 24, n¢ Pigs 34,340. Various teenhical problems involved in the design of microwave radio relay briks are surveyed Prope Bation characteristies, types of modulation, signal-to. noise conditions, and system engineering aspects are considered The great value and the possible lim: links are pointed out. atfons of such ©. D. 621.39 Antonas para ovdas ultra curtas —— 2. D. A, Maurice eIL L. Kirke, Revista Electrotéeniea, 0-947, vol. 33,10, pig. 449, Este artigo @ uma tradugé de dois estudes publi numero de Abril de 1937 de «B. B.C Quarterly 1— Doble dipoto pa ra television y modulacién de por R. D. A, Maurice, H~ Antena omnidireccional sencilla con alimenta- dor exeéntrieo ~ por H. L. Kirke,

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