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ELECTROTECNIA TEÓRICA
1
2
1. Problemas de Campo Elétrico Estático
1.1 – Problema CEE1
ro
h 12,34 m
1 2 d 3,93 m
h ar ro 15 mm
0
l 1 km
d
Fig. 1
A Fig.1 representa um corte transversal de um sistema constituído por dois condutores
cilíndricos iguais (condutores 1 e 2), de raio r0, com comprimento l, à distância d um do
outro e à mesma distância h de um condutor plano (condutor 0). O dielétrico que envolve
os condutores é o ar cujo campo elétrico de disrupção, nas condições atmosféricas em
presença, se considera 20 kV/cm. Considere a aproximação de condutores finos.
1) Por aplicação do método das imagens, calcule a matriz dos coeficientes de potencial
[S] do sistema de condutores, tomando o condutor 0 como referência.
2) Determine a matriz dos coeficientes de capacidade. Verifique que os elementos
C11=8nF e C12 =2nF.
3
Resultados:
1)
2)
8 2
C S
1
(nF)
2 8
3)
C 10 C 20 C11 C12 6 nF
C 12 C12 2 nF
4)
U 1 100 kV, Q2 0
U 2 25 kV
Q1 750 C
+
+ 1 + 2
+ + +
E
We 37,5 J
5)
U 1 100 kV, U 2 0
Q1 800 C
Q2 200 C
We 40 J
Existe energia dissipada por efeito de Joule entre os dois estados de equilíbrio, quer
através da ligação do gerador quer através da ligação entre os condutores 2 e 0, em
consequência do rearranjo das cargas elétricas dos condutores. Assim, o aumento da
energia elétrica armazenada é feita à custa do gerador.
4
1.2 – Problema CEE2
ro
ar h 10 cm
r1 ro 5 mm
h U l 1 km
P
Ed 30 kVcm 1
h r2
Fig. 1
A Fig.1 representa o corte transversal de um sistema de comprimento l constituído por
um condutor cilíndrico de raio r0 à distância h de um condutor plano. O sistema encontra-
se mergulhado no ar seco considerando-se para a constante dielétrica 0 e para o
campo elétrico de disrupção o valor de Ed dado.
1) Justifique, com base nas equações fundamentais e por aplicação do princípio da
sobreposição – método das imagens – que o potencial escalar do campo elétrico num
ponto P, colocado como se indica na figura, é VP Q ln(r2 / r1 ) /(2 0l ) . Considere
nulo o potencial do condutor plano e que o condutor cilíndrico é fino (r0<<h). Q é a
carga elétrica do condutor cilíndrico.
2) Com base na alínea anterior, estabeleça a expressão da capacidade do condensador e
verifique que o seu valor é C=15,1 nF.
3) Considere que se liga um gerador de tensão U=10 kV entre os dois condutores.
Determine a carga elétrica do condutor cilíndrico após o estabelecimento do
equilíbrio eletrostático. Preveja justificadamente o valor do campo elétrico máximo
indicando a sua localização. Comente o resultado referindo-se à possibilidade de
existência de disrupção do ar.
4) Após o estabelecimento do estado da alínea anterior, desliga-se o gerador e ligam-se
os dois condutores através de um condutor de resistência R. Calcule a energia
dissipada por efeito de Joule durante o processo de descarga do condensador.
5) Determine a força de natureza elétrica que atua sobre o condutor cilíndrico nas
condições da alínea 3).
5
Resultados:
1) A solução de uma distribuição filiforme com carga Q e comprimento l é dada por:
Q r
V ln 0
2 0l r
6
1.3 - Problema CEE3
r2
r1
Q1 Q2
1 2
U1 C10 U2 C 20
0
1
S
r1
0
2 R r1 2,5 ; C10 C 20 0, 2 F
r2
l 1 km
(a) (b)
Fig. 1
7
Resultados:
1) Em consequência do condutor 0 envolver completamente o condutor 1, tem-se:
Cˆ 0 , Q Cˆ U , Q Cˆ U .
12 1 10 1 2 20 2
2)
C 0
C 011 , C11 Cˆ 10 0,2 F, C22 Cˆ 20 0,2 F
C22
3)
U 1 U 2 50 kV , Q1 Q2 10 mC
We 500 J
4)
U 2 0, Q2 0
Q1 10 mC, U 1 50 kV
Q0 Q1 10 mC
6)
8
1.4 - Problema CEE4
o
1 Q1 2 Q2
1
Ĉ12
2
U1 U2 Ĉ10 Ĉ20
0 0
(a) (b)
Fig. 1
A Fig. 1-a) representa um corte transversal de um sistema de multicondutores onde os
condutores 1 e 2 são iguais e estão localizados à mesma distância do condutor 0. O
esquema equivalente de capacidades parciais está indicado na Fig. 1-b).
1) Aplica-se o modo simétrico ao sistema, isto é, a tensão é imposta entre os condutores
1 e 2 ligados entre si e o condutor 0: U=U1=U2=1 V. Mediu-se a carga elétrica
equivalente do condensador assim formado: Q=Q1+Q2=6 nC. Verifique que a
capacidade equivalente do condensador é dada pela associação paralelo de Cˆ e Cˆ 10 20
9
Resultados:
1)
Ceq 6 nF cˆ 10 cˆ 20 2cˆ 10 cˆ 10 cˆ 20 3 nF
2)
cˆ 10 cˆ 20 cˆ
Ceq 3,5 nF=cˆ 12 cˆ 21 10 cˆ 12 2 nF
cˆ 10 cˆ 20 2
3)
c11 c22 cˆ 10 cˆ 12 5 nF
c12 c21 cˆ 12 2 nF
4)
U 1 1 V, Q2 0
U 2 0,4 V, Q1 4,2 nC
o 1 2
We 2,1 nJ
5)
Q1 4,2 nC, U 2 0
U 1 0,84 V, Q2 1,68 nC
We 1,764 nJ
Existe energia dissipada por efeito de Joule entre os dois estados de equilíbrio através
da ligação entre os condutores 2 e 0, dada por
WJ We We 0,336 nJ 0
6)
Ligam-se os condutores 1 e 0. A energia dissipada por efeito de Joule é
WJ We 1,764 nJ .
10
1.5 - Problema CEE5
Considere o cabo bifilar com bainha representado na Fig. 1 de comprimento l=1 km. Os
condutores cilíndricos 1 e 2 são iguais de raio r1=2 mm e estão dispostos à distância 2d=2
cm um do outro, simetricamente colocados em relação à bainha (condutor 0) cilíndrica
oca de raio interior r0=2 cm. O dielétrico do cabo tem constante dielétrica relativa r=2,3.
ro
r1
1 2
d d
11
Resultados Numéricos:
1)
15,71 1,684
S -1
(MF ) We 31,825 mJ
1,684 15,71
Estes resultados foram confirmados com recurso a um programa de cálculo baseado
no método multipolar [1] com consideração do efeito de proximidade.
2)
64,4 6 ,9
C (nF)
6 ,93 64,4
cˆ 10 cˆ 20 57,5 nF
ĉ12 6 ,9 nF
3)
15,77 1,746
S -1
(MF )
1,746 15,77
4)
U 1 988,35 V
Q2 6 ,82 μC
We 31,454 m J , WJ We We 0,371 m J
12
xo conductor 1
x1
Cargas filiformes
equivalentes
ro
Posição do conductor 2
+Q1 (ausente)
-Q1
1
2
r1
conductor 0
P
a a d d
Fig. 2
KV2 1
c
x a
KV2 1
(2)
a 2KV
KV2 1
Assim, para a equipotencial coincidente com a superfície interior do condutor 0 (bainha)
de potencial V0 de valor dado por (1):
Q1
V0 ln K0 (3)
2
obtém-se resolvendo o sistema de equações (2) e atendendo à Fig. 2:
x02 a 2 r02
2
x0 x0 (4)
K0 1 1
r0 r0
13
x12 a 2 r12
2
x1 x1 (6)
K1 1 1
r1 r1
Note-se que x0 e x1 não são dados do problema, assim como a localização das cargas
filiformes equivalentes definida por a. Todavia, a distância entre os centros das
equipotenciais d:
d x0 x1 (7)
x1 d a 2 r02
2
(8)
x1 a r1
2 2 2
r02 d 2
x1 a 1,5 cm r1 (9)
2d
Pelo que:
x1 r02 d 2
r1 2dr1
(10)
x0 r0 d
2 2
r0 2dr0
r02 d 2
1K
dr1
(11)
K r0
0
d0
Q1 r02 d 2
U1 ln (12)
2 r0 r1
14
Q1 d x1
U2 ln (14)
2 r0
U 1 r2 d 2
S11 1 ln 0 S22 (15)
Q1 Q2 0 2 r0 r1
U 1 d x1
S21 2 ln S12 . (16)
Q1 Q2 0 2 r0
Referências:
[1] J. F. Borges da Silva, The electrostatic field problem of stranded and bundle
conductors solved by the multipole method, Electricidade 142 (1979) 1-11.
[2] J.A. Brandão Faria, Electromagnetic Foundations of Electrical Engineering, Wiley &
Sons, UK, August 2008, ISBN 978-0-470-72709-6.
15
2. Problemas de Circuito Magnético e Lei da Indução
2.1 – Problema CMLI1
r2
r1 i1
i1 (A)
S N1 u1
0
r 1
10 t (ms)
N2 i2
u2
(a) (b)
S
Fig. 1
I
Considere o circuito magnético representado na Fig. 1, constituído por um núcleo toroidal
de permeabilidade magnética relativa, r=100, com raio interior r1=2 cm, raio exterior
r2=3,3 cm e profundidade a=2 cm. Em torno do núcleo existem dois enrolamentos de
número de espiras respetivamente N1=1000 e N2=500 e percorridos pelas correntes i1 e i2,
consideradas estacionárias. Considere que para a hipótese usual – desprezo da dispersão
– o campo de indução magnética na peça toroidal é inversamente proporcional a r: B=/r.
16
II
Considere o circuito magnético representado na Fig. 1, onde a corrente que percorre o
enrolamento 1 tem o andamento temporal indicado na Fig. 1 – b). A resistência do
enrolamento 1 é r1=20 e a resistência do enrolamento 2 é desprezável.
1) Escreva, por aplicação da lei da indução, as equações que permitem exprimir as
tensões u1 e u2 em função das correntes i1 e i2.
2) Determine o andamento temporal e faça a respetiva representação gráfica das tensões
u1 e u2 na situação em que o interruptor S está em aberto.
3) Determine o andamento temporal e faça a respetiva representação gráfica de u1 e i2
na situação em que o interruptor S está fechado.
Resultados:
I
1)
H 2 r N1i1 N 2i2 , B H , ( N1i1 N 2i2 )
2
2)
r2
adr a ln( r2 / r1 )
r1
r
2 10 2 Tm , 0,2 mWb
3)
Fmm 2
Rm 5 106 H -1
a ln( r2 / r1 )
2 r
Cálculo aproximado: Rm 5,1 106 H -1 (erro de 2%)
a( r2 r1 )
r2 r1
r 2,65 cm
2
4)
1 0,2 Wb , 2 0,1 Wb
L11 0,2 H
LM 0,1 H
L22 0,05 H , k 1 (ligação magnética perfeita)
17
5)
11 2 1
Wm B dV L11i12 0,1 J
V
2 2
II
1)
di1 di2
u1 r1i1 L11 dt LM dt
u L di1 L di2
2 M
dt
22
dt
2)
di1
u1 r1i1 L11 dt
u L di1
2 M
dt
u t U , 2 10 3 Vs -1 , U 20 V
0 t 10 ms : 1
u2 10 V
3)
LM L
i2 i1 11 i1 2i1 e u1 r1i1 t, 2 10 3 Vs-1
L22 LM
18
2.2 – Problema CMLI2
(a) (b)
Fig. 1
19
Resultados:
1) Rm 3,183 10 5 H-1
2)
N i1 i2
1 2
Rm
N i2 i3
2 3
Rm
1 2 3 0
3)
1 1,45 mWb
2 3 0,72 mWb
4)
5)
1 1 Wb L11 1 H
L11
2 0,5 Wb L21 0,5 H
2
L
3 0,5 Wb L31 11 0,5 H
2
Lp LM LM
L11
LM Lp LM , Lp L11 , LM L21 L31
2
LM LM Lp
6)
1 B12 1 B22 1
Wm S 2 S L11i12 0,5 J
2 0 2 0 2
20
7)
d
u1 Ri1 1
dt
u d 2 ( r 0 ) , u d 3 ( r 0 )
2 dt
2 3
dt
3
i i
i Lp ii LM i j LM ik Lp ii j k , i, j,k 1,2,3
2
8)
LM 1
u3 0 3 0 i3 i1 i1
Lp 2
di1 di 1 di1 3 di
u1 Ri1 L p LM 3 Ri1 L p LM Ri1 L p 1
dt dt 2 dt 4 dt
di di 3 di 3 di
u2 LM 1 LM 3 LM 1 Lp 1
dt dt 2 dt 4 dt
(V)
75 u2
Ri1
u1 10 t (ms)
75
3 di
Lp 1
4 dt
21
2.3 – Problema CMLI3
I
S S 15,9 cm 2
v
N Rm 105 H -1
1 mm
a 4 cm
I 1A
N 600 espiras
ia
v v 30 ms-1
v
a ua
x
0
Fig. 1
A Fig.1 representa um circuito magnético onde se despreza a dispersão e a relutância
magnética das peças a sombreado. A secção retangular S dada é constante ao longo do
circuito magnético. A peça não sombreada tem relutância magnética Rm dada. O
entreferro de ar tem espessura . A espira retangular em aberto que abraça o entreferro,
de profundidade a dada, está também representada de topo na Fig. 1. O enrolamento de
N espiras é percorrido pela corrente I estacionária.
1) Calcule a relutância magnética do entreferro de ar. Justifique indicando as
aproximações que considerou.
2) O fluxo é constante ao longo do circuito magnético? Justifique. Determine o seu
valor por aplicação da lei de Ampère.
3) Determine o fluxo ligado com o enrolamento de N espiras e com a espira retangular
colocada na posição x=0 (posição indicada na Fig. 1). Verifique que o coeficiente de
autoindução do enrolamento e o coeficiente de indução mútua entre o enrolamento e
a espira têm, respetivamente os valores de L=0,6 H e LM=1 mH. Qual o valor do fator
de ligação magnética? Justifique.
4) Determine o campo de indução magnética B em todos os troços do circuito magnético
e a intensidade do campo magnético H no entreferro de ar.
5) Determine a energia magnética armazenada. Determine a energia magnética
armazenada na peça não sombreada.
22
6) Considere agora que a espira retangular se move com a velocidade v, constante no
tempo, dada na figura, a partir da posição x=0 em t=0 (espira alinhada com a
superfície interior do circuito magnético). Determine e represente graficamente o
andamento temporal da tensão ua(t) aos terminais da espira.
Resultados:
1)
2)
Rmt Rm Rmar 6 10 5 H -1
Rmt NI 1 mWb
3)
5)
Wmt 0,3 J
Wmar 0,25J Wm Wmt Wmar 0,05 J
6)
S
Ev Bv ev Bva ua 0 t 1,325 ms
av
S
espira ( S / a x )Ba 0 t 1,325 ms
av
S
d espira Bva 0,76 V 0 t av 1,325 ms
ua
dt 0 t 0 t S 1,325 ms
av
23
2.4 – Problema CMLI4
Sa l 16 cm
Rm0 x w 3,99 cm
1 mm
N1 2 N 2 1500 esp.
0
Sn r1 1,5
i1 i2=0
r1 l
N2
u1 N1 u2 i1
IM=1A
w
r=560
t
T=1s
w l w
(a) (b)
Fig. 1
Considere o circuito magnético representado na Fig.1-a). Despreza-se a dispersão e a
relutância magnética da peça a sombreado. O núcleo (peça não sombreada) tem
permeabilidade magnética relativa r dada. A secção Sn é uniforme ao longo do núcleo e
tem secção reta quadrangular, Sn=w2. A secção da armadura (peça a sombreado) é também
uniforme ao longo da peça e tem-se Sa=2Sn/3. O enrolamento 1 tem resistência r1 e N1
espiras e considera-se percorrido pela corrente estacionária i1=IM=1 A nas condições das
alíneas 1) até à alínea 5). O enrolamento 2 tem N2=N1/2 espiras e está em aberto (i2=0).
1) Por aplicação da lei do circuito magnético (lei de Ampère), calcule o fluxo de indução
magnética através de uma secção reta do circuito magnético. Indique as
aproximações usadas.
2) Calcule a indução magnética B e a intensidade do campo magnético H nos diferentes
troços do circuito magnético.
3) Relacione os fluxos ligados com cada enrolamento, 1 e 2 com o fluxo Determine
os valores de 1 e 2. Determine os coeficientes de indução do sistema de dois
enrolamentos.
4) Determine a repartição espacial da energia magnética armazenada e, a partir da
energia, verifique o valor de L11.
5) Determine a força de natureza magnética a que está sujeita a peça a sombreado.
6) Por aplicação da lei da indução (lei de Faraday), exprima as tensões u1 e u2 em função
das correntes i1 e i2.
24
7) Considere que i1(t) tem o andamento temporal indicado na Fig.1-b) e que o
enrolamento 2 se mantem em aberto (i2=0). Determine as tensões u1(t) e u2(t) e
represente o respetivo andamento temporal.
Resultados:
1) Para campos uniformes em cada troço do circuito magnético:
3l 2w 2
Rmn 0,5 10 6 H -1 , Rm0 10 6 H -1
r 0 Sn 0 Sn
Rm Rmn Rm0 1,5 10 6 H -1
N1i1
Rm N1i1 N 2i2 1 mWb
Rm
2)
Bn
Bn 0,63 T H n 893 Am -1
Sn r 0
B0
B0 Bn 0,63 T H 0 5 10 2 kAm -1
0
Ba 0,945 T , H a 0
Sa
3)
1 N12
1 N1 1,5 Wb L11 1,5 H
i1 i 0 Rm
2
2 N1 N 2 L
2 N 2 0,75 Wb LM 11 0,75 H
i1 i2 0 Rm 2
L2M
k 1 L22 0,375 H
L11
4)
1 1
Wm B0 H 0 2 S n Bn H n ( 3l 2w )S n 0,75 J
2 2
1
L11i12 L11 1,5 H
2
5)
Fx 501,5 N
25
6)
d 1 di1 di2
u1 r1i1 dt r1i1 L11 dt LM dt
u r i d 2 r i L di1 L di2
2 2 2 dt
2 2 M
dt
22
dt
7)
para i2 0 (V)
di1 u1
u1 r1i1 L11 dt 3
u L di1
2 M
dt 1,5
0,75 u2
t (s)
1
26
2.5 – Problema CMLI5
u0
i0=0 1 mm
v S a2
x l l+a l 12 cm
x
O 2 a 4 cm
1 2 3 S=a
i2 N1 N 2 N 3 500 espiras
u2 N2 r1 10
N1 N3
v 144 km / h
i1 (A)
i1 i3 1
u1 u3
50 t (ms)
(a) (b)
Fig.1
27
enrolamentos 2 e 3 estão em aberto (i2=i3=0). Determine então as tensões u1, u2 e u3
em valores instantâneos e esboce o respetivo andamento gráfico.
6) Considere agora o sistema de correntes estacionárias definido por i2=1A e i1=i3=0.
Determine, tendo em conta 2), o campo de indução magnética B no entreferro
percorrido pelo fluxo 3. Determine, nesta situação, a tensão u0 aos terminais da
espira de corrente i0=0, considerando que esta se move ao longo do eixo dos xx com
a velocidade uniforme v dada. Esboce o andamento gráfico desta tensão considerando
que a espira parte, em t=0, da posição x=0. Como seria a tensão u0 para as condições
da alínea 4)? Justifique.
Resultados:
1) Para campos uniformes em cada entreferro tem-se:
Rm 4,97 10 5 H 1
0 S
2)
N i N 2i2
1 1 1
Rm
1 2 3 0
N 3i3 N 2i2
Rm1 N1i1 N 2i2 3
R N i N i Rm
m 3 2N 2i2 N1i1 N 3i3
3 3 2 2
2
Rm
3)
L12 1
k12 k23 .
L11 L22 2
28
4)
1 1 mWb B1 0,625 T
2 1 mWb B2 0,625 T
3 0 B1 0
5)
Para t>50 ms, u1(t) é constante com valor 10 V. Para 0<t<50 ms, u2(t) tem um valor
constante igual a -10 V.
6)
3 1 mH , B3 0,625 T.
O campo elétrico de indução do movimento, Ev, só existe quando a espira passa pelo
entreferro 3 onde o campo B não é nulo. Nestas condições Ev tem a direção ortogonal
ao plano da figura, concordante com a corrente i0, ao longo do lado inferior da espira
i R L
u 2 cos t (V )
uR uL 2f , f 10 kHz
() ~ u uC C L 1 mH
Q0 3
Fig. 1
30
Resultados:
1)
di 1
u Ri L dt C idt 1
U RI j LI j C I
uR Ri
U R RI
di
uL L U L j LI
dt 1
1 UC j I
uC C idt C
U U R U L U C
u uR uL uC
2)
1
L C 0,253 F
C
3)
L
R 20,9
Q0
4)
U g U R 2 e j 0 (V)
I 2 47,8 e j 0 (mA)
U L U C 2 3 e j / 2 (V)
5)
1
P U I * 47,8 e j 0 (mVA)
2
P Re[ P ] PJ RI ef2 47,8 mW
Pq Im[ P ] 2[(Wm ) av (We ) av ] 0
1 2 1
(Wm ) av LI ef 1,14 J , (We ) av CU Cef
2
1,14 J
2 2
31
3.2 – Problema CRST2
S i iL
u g (t ) 2 U gef cos g t / 2
iC
R uR iL (t ) 2 I Lef cos g t / 2
(g ) ~ ug uC C U gef 230 V , I Lef 2,3 A, / 3
L uL
g 2 f , f 50 Hz
Fig. 1
I
A Fig.1 representa um ramo indutivo, RL série, em paralelo com um condensador de
capacidade C. Considere o regime forçado sinusoidal de frequência angular g com o
interruptor S fechado, imposto pelo gerador de tensão ug(t) de frequência f e valor eficaz
Ugef dados, obtendo-se a corrente iL(t) cuja expressão está indicada na figura.
7) Escreva as equações em valores instantâneos do ramo indutivo, RL série, que
permitem calcular a corrente iL e as tensões uR e uL com ug imposto. Escreva as
correspondentes equações vectoriais.
8) Mediram-se os valores eficazes da tensão, Ugef, e da corrente, ILef, bem como a
desfasagem entre a tensão ug e a corrente iL, com valores dados na figura.
Determine a impedância do ramo indutivo. Calcule a resistência, R, e o coeficiente
de autoindução, L.
9) Determine as amplitudes complexas de uR e uL. Represente as amplitudes complexas
das tensões ug, uR e uL e da corrente iL num diagrama vetorial à escala, com indicação
do eixo real, e onde se mostrem as relações entre as grandezas, tensões e correntes,
atrás mencionadas.
10) Estabeleça a equação em valores instantâneos que permite determinar a corrente iC
em função da tensão ug. Estabeleça também a equação que permite determinar a
corrente i do gerador. Escreva as correspondentes equações vetoriais. Complete o
diagrama vetorial da alínea 3) de modo que o circuito visto do gerador esteja em
ressonância. Determine o valor de C. Verifique o teorema de Poynting complexo.
II
Considere o mesmo circuito representado na Fig.1. Pretende-se a determinação dos
regimes transitórios da corrente iL supondo que o interruptor S se fecha no instante t T
com T=1/f, sendo f dado na figura, e que o interruptor S se abre em t=0. Enquanto o
interruptor S está fechado (-T<t<0), o regime forçado de iL, imposto pela tensão do
gerador ug, é caraterizado pela expressão dada na Fig.1.
1) Indique a condição inicial para o regime de funcionamento da corrente iL após o fecho
do interruptor S, t T . Com base nesta condição inicial, justifique a ausência de
32
regime transitório na ligação do ramo indutivo, RL série, ao gerador de tensão
sinusoidal.
2) Estabeleça a equação diferencial a que deve obedecer a corrente iL após a abertura do
interruptor S, para t 0 . Verifique que o regime livre da corrente iL é oscilatório
amortecido, calculando para o efeito o fator de amortecimento , a frequência angular
das oscilações não amortecidas, 0, e das oscilações amortecidas, .
3) Estabeleça as condições iniciais para o regime de funcionamento após a abertura do
interruptor S, t 0 . Determine a solução para a corrente iL.
Resultados:
I
1)
diL
u g RiL L dt U g ( R j L )I L
uR RiL U R RI L
uL L diL U L j LI L
dt Ug UR UL
u u u
g R L
2)
Ug U gef
ZL e j 100 e j / 3 ( Ω ) R j L
IL I Lef
R 50 Ω; L X / 276 mH
3)
U g 2 230 e j / 6 (V)
I L 2 2,3 e j / 2 (A)
U R 2 115 e j / 2 (V)
U L 2 199, 2 e j 0 (V)
4)
dug
iC C
dt
i iL iC
33
Ressonância (a partir do diagrama vetorial de 3)):
I Lef sen( ) I Cef CU gef C 27, 6μF
I C 21,99 e j / 3 ; I 21,15 e j / 6
1
P U g I * 264,5 e j 0 (VA)
2
P Re P 264,5 W RI Lef
2
1) Condição inicial em t T : i( T ) i( T ) 0.
d 2iL di
2
2 L 02 iL 0
dt dt
R 1
90,6 s -1 ; 0 362,3 rads -1
2L LC
3) Condições iniciais:
iL ( 0 ) iL ( 0 ) 0 cos 0 / 2
uC ( 0 ) uC ( 0 ) u g ( 0 ) U 0 281,7 V
uC ( t ) L / C I e t cos( t )
U0
U 0 L / C I sen( ) I 2,91 A
L / C sen( )
34
3.3 – Problema CRST3
S iL
i
u 2U ef cos t
iC uR R 2f , f 50 Hz
~ u uC C
uL U ef 200 V
L
L 0,3183 H
Fig. 1
A Fig.1 representa um circuito RL série em paralelo com um condensador de capacidade
C. Na primeira parte do problema (alíneas 1) a 5)), o interruptor S está fechado e o circuito
funciona em regime forçado sinusoidal imposto pela tensão u do gerador de frequência f
e valor eficaz Uef dados. O coeficiente de autoindução L da bobine é dado.
1) Para a situação em que o interruptor S está fechado, escreva as equações em valores
instantâneos do circuito que permitem a determinação de todas as correntes e tensões
assinaladas na figura. Escreva as correspondentes equações vetoriais do regime
forçado sinusoidal.
2) Estabeleça a expressão que permite a determinação do valor médio da potência
associada à dissipação por efeito de Joule, PJ, em função da resistência R, da
reactância da bobine L e do valor eficaz da tensão u, Uef. Determine os valores de R
e de PJ para a situação em que PJ tem um valor máximo considerando R variável,
com L fixo e tensão imposta.
3) Determine os valores eficazes e desfasagens da corrente iL e das tensões uR e uL. Faça
o respetivo diagrama vetorial à escala evidenciando a relação entre as grandezas e
onde também se representa a amplitude complexa de u.
4) Determine, por considerações de natureza energética, o valor da capacidade C que
leva o circuito à compensação perfeita do fator de potência.
5) Determine os valores e desfasagens das correntes iC e i. Complete, com a
representação das amplitudes complexas de iC e i, o diagrama vetorial da alínea 3).
Verifique o teorema de Poynting complexo.
6) Considere agora que o interruptor S se abre no instante em que a corrente iL passa por
um valor máximo. Tomando este instante como t=0, determine a fase na origem dos
tempos da tensão u(t). Estabeleça a equação diferencial que permite a determinação
do regime transitório da corrente iL. Verifique que o regime livre é oscilatório
amortecido. Estabeleça justificadamente as condições iniciais do regime transitório.
Determine a solução de iL(t) para t>0, isto é, após a abertura do interruptor S.
35
Resultados:
1)
diL
u RiL L dt
U RI L j LI L
uR RiL
U R RI L
uL L L
di U j LI
L L
dt
u uC uR uL U U C U R U L
I jCU
i C du C
C dt I I L I C
i iL iC
2)
U ef2
PR
R 2 L
2
L R2
2
dP
2
U ef2 0 R L 100 , PJ 200 W
dR R 2 L 2
3)
Z L R j L 141e j / 4 ( )
U
U U C 2 200 e j (V ) , IL 21, 41e j( / 4 ) ( A )
ZL
U R 2141e j( / 4 ) (V ) , U L 2141e j( / 4 ) (V )
4)
1 2 1 L
Wm av We av LI Lef CU Cef
2
C 2 15,9μF
R L
2
2 2
5)
I C jCU 2 e j ( / 2) (A)
I I C I L 2 e j (A)
1
P U I * 200 e j 0 (VA) , P Re[ P ] 200 W PJ
2
Pq Im[ P ] 0 Wm av We av
36
6)
Considerando o instante inicial o instante em que a corrente iL passa por um máximo
/ 4.
d 2iL di
2
2 L 02iL 0
dt dt
R 1
157,1s 1 , 0 444,3rads -1
2L LC
diL
Condições iniciais: valor máximo de iL (0) 2 1, 41 2A e 0.
dt t 0
iL ( t ) I e t cos( t ), s j 0e j( ) , arctan 1, 21rad
diL
0 I e t cos( t )
dt
A partir das condições iniciais, obtém-se a solução:
I cos( ) 2 A 0,361rad
cos( ) 0 I 2,14 A
37
3.4 – Problema CRST4
(t=0)
i i1
S
i2
C1 18,38 F
uC2 C2 C1 uC1 C2 37,82 F
()
~ ug u g (t ) 2 U gef cos t
uX U gef 230 V
R uR
2f , f 50 Hz
P 132, 25 W
Fig. 1
I
A Fig.1 representa um circuito onde, com o interruptor S fechado, está a funcionar em
regime forçado sinusoidal de frequência f imposto pelo gerador de tensão ug(t). O circuito
é constituído por um ramo capacitivo (R, C1), composto pela série da resistência R com o
condensador de capacidade C1, em paralelo com a série de um outro condensador de
capacidade C2 com um elemento reativo puro com tensão aos seus terminais uX.
1) Escreva as equações em valores instantâneos do ramo capacitivo (R, C1) que
permitem calcular a corrente i1 e as tensões uR, e uC1 com ug imposto. Escreva as
correspondentes equações vetoriais.
2) Com base nestas equações e no teorema de Poynting, estabeleça a expressão da
potência ativa P posta em jogo pelo gerador, em função de R e do valor eficaz Ugef
da tensão ug(t). Determine o menor valor de R que conduz ao valor da potência ativa
P dada.
3) Determine os valores eficazes e desfasagens de i1, uR, e uC1. Trace o respetivo
diagrama vetorial à escala onde sejam explícitas as relações entre as grandezas e
também figure a amplitude complexa da tensão ug.
4) Considere que o circuito visto do gerador está em ressonância à frequência f. Tendo
em conta que o elemento com tensão uX é reativo puro, determine justificadamente
os valores eficazes e desfasagens das correntes i2 e i, e os valores eficazes e
desfasagens das tensões uC2 e uX. Complete o diagrama vetorial anterior, de 3), com
o traçado relativo a i2, i, uC2 e uX.
5) Por considerações de natureza energética, a partir do teorema de Poynting complexo,
indique a característica do elemento reativo puro de tensão uX (capacitivo ou
indutivo) e o valor do respetivo parâmetro (capacidade C ou coeficiente de indução
L).
II
Considere ainda o circuito da Fig. 1, onde o interruptor S é aberto no instante t=0, isto é,
no instante em que a tensão ug passa por um máximo.
38
1) Estabeleça a equação diferencial em valores instantâneos da tensão uC2 após a
abertura do interruptor S, onde figure também a carga q0=q1+q2, sendo q1 e q2 as
cargas elétricas dos condensadores de capacidade C1 e C2, respetivamente.
2) Por aplicação da lei da conservação da carga, relacione q0 com a corrente i do
gerador. Justifique que q0 se mantem constante no tempo, após a abertura de S.
Determine o valor de q0. Determine o regime forçado de uC2.
3) Indique justificadamente o tipo de regime livre que se obtém para uC2.
4) Estabeleça as condições iniciais do problema e determine a solução da tensão uC2 e
da corrente i2 para t 0 .
Resultados:
I
1)
1 1
u g C i1dt Ri1 U g jC I1 RI1
1
1
1 1
uC1 C i1dt U C1 jC I1
1 1
uR Ri1 U R RI1
u g uC1 uR U g U C1 U R
2)
( C1 )2 U gef
2 P 2
max max 1 100
1 P
PR R
( RC1 )2 1 C1 P P
1
Pmax C1U gef
2
152,73 W
2
3)
U g 2 230 e j 0 (V)
1
Z R j 200 e j / 3 () , / 3
C1
Ug
I1 2 1,15 e j / 3 (A)
Z
U R RI1 2 115 e j / 3 (V)
1
U C1 j I 2 200 e j / 6 (V)
C1 1
39
4)
5)
1
We1 av C1U C21ef 0,3676 J
2
1
We 2 av C2U C2 2ef 0,1339 J
2
We av We1 av We 2 av 0,5 J Wm av
2 Wm av
L 1H
I 22ef
II
1)
di2
uC 2 L dt Ri2 uC1 0
du
i2 C2 C 2
dt
q0 q1 q2 C1uC1 C2uC 2
C1 C2 d 2uC 2 du q
uC 2 LC2 2
RC2 C 2 0
C1 dt dt C1
d 2uC 2 duC 2 02
2 2
u q0
C1 C2
0 C2
dt 2 dt
R 1 CC
, 0 , Ceq 1 2 12,37 μF
2L LCeq C1 C2
2)
dq0
i
dt
Para t 0, i 0 q0 constante.
40
Pode-se concluir que para o regime forçado sinusoidal, para t<0 se tem :
Q0 j I / 2 1,83 e j / 2 (mC)
3)
uC 2 (t ) Ue t cos(t )
s j 0 e j , 100, 13º
4)
A partir do regime forçado anterior, obtêm-se as condições iniciais:
duC 2
i2 ( 0 ) 0 0 e uC 2 ( 0 ) 119, 02 (V) :
dt t 0
duC 2 U U
i2 C2 e t cos(t ) e t sin(t )
dt L / Ceq L / Ceq
U cos( ) uC (0) 119, 02 V 90 º 10, 13º
cos( ) 0 U 120, 9 V
U
0, 425 A
L / Ceq
41
4. Problemas de Transformador – Circuito Magnético e Circuitos
4.1 – Problema TC1
Considere um transformador monofásico, linear, de ligação magnética perfeita. Procedeu-
se ao ensaio de vazio do transformador, com tensão imposta do lado do enrolamento 1,
sinusoidal de frequência 50 Hz, tendo-se obtido os seguintes resultados: valor eficaz da
tensão do primário, U1ef=230 V, valor eficaz da tensão do secundário (em aberto),
U2ef=115 V, valor eficaz da corrente do primário, I1ef=0,23 A e potência ativa posta em
jogo no primário, P1=16 mW. A resistência do secundário, r2, está relacionada com a
resistência do primário, r1, pela relação r2=r1/2, em que é a relação de transformação
do transformador.
1) Escreva as equações vetoriais do transformador que permitem calcular as tensões do
primário e do secundário em função das correntes primária e secundária.
Particularize-as para o transformador em vazio.
2) Determine justificadamente os parâmetros do transformador: a relação de
transformação , as resistências r1 e r2, bem como os coeficientes de autoindução do
primário L11, de indução mútua LM e o de autoindução do secundário L22.
3) Estabeleça o esquema equivalente em “T” do transformador, referido ao primário.
Resultados:
1)
2)
U 1ef
2
U 2ef
P1 r1
r1 0,3 , r2 0,075
2
I 1ef 2
U 2ef U 1ef LM
LM 1,59 H , L11 LM 3,18 H , L22 0,796 H
I1ef I1ef
3)
r1 r2 0,3 Ω
11 22 0
LM L11 3,18 H
42
4.2 – Problema TC2
r
i1 i2
i1 i2 Sw
i0
u1 N1 l N2 u2
C2=40,55 F u1 u1R L C 2 u 2
S S S
(a) (b)
l 25, 2 cm 2
, S 16,7 cm 2
, r 500 , N1 2 N 2 600 espiras 0, 75 H , L 0, 25 H
Fig. 1
I
A Fig.1 representa um circuito magnético com derivações onde se despreza a relutância
magnética das peças não sombreadas. As peças sombreadas são iguais, com a mesma
secção, S, comprimento, l, e com permeabilidade magnética relativa, r. A perna central
tem um entreferro de ar, também de secção S, mas de espessura . Os enrolamentos 1 e 2
têm N1 e N2 espiras, respetivamente. Despreza-se a dispersão. O interruptor Sw está
aberto. Considere i1=1A.
1) Determine a relutância magnética Rm das peças sombreadas. Justifique referindo as
aproximações que considerou. Determine a espessura do entreferro de modo que a
relutância magnética do entreferro seja igual ao valor de Rm.
2) Calcule os fluxos de indução magnética em cada ramo do circuito magnético, 1, 0
e 2. Determine o campo de indução magnética, B, e a intensidade do campo
magnético, H, nas peças a sombreado e no entreferro.
3) Determine os fluxos ligados com os enrolamentos 1 e 2, respetivamente 1 e 2.
Determine o coeficiente de autoindução do enrolamento 1 e o coeficiente de indução
mútua entre os dois enrolamentos, respetivamente L11 e LM. Verifique que a relação
entre os coeficientes de autoindução dos dois enrolamentos é L11 / L22 ( N1 / N 2 )2 .
Qual o valor do fator de ligação magnética entre os dois enrolamentos? Comente.
4) Determine a repartição espacial da energia magnética. Verifique, por via energética,
o resultado obtido para L11.
II
Considere que o sistema da Fig.1 constitui um transformador, cujo primário e secundário
são os enrolamentos 1 e 2, respetivamente. Desprezam-se as perdas por efeito de Joule
nos dois enrolamentos. Considere agora que o interruptor Sw está fechado, ligando-se o
condensador de capacidade C2 ao secundário.
1) Estabeleça, a partir das leis fundamentais, as equações em valores instantâneos que
relacionam as tensões u1 e u2 com as correntes i1 e i2. Estabeleça as respetivas
equações vetoriais do regime forçado sinusoidal de frequência angular .
43
2) Indique os esquemas equivalentes em “T”, referidos ao primário, onde o
transformador ideal tem uma relação de transformação . Que valores de são
admissíveis para que os esquemas sejam fisicamente realizáveis? Justifique. Mostre
que tomando para o seu limite inferior, o esquema equivalente reduzido ao primário
é o representado na Fig.1-b). Que valor de C2 deve ser considerado no esquema
equivalente. Justifique.
3) Considere o regime forçado sinusoidal em que a tensão do secundário é
u2 ( t ) 2 U 2ef cos( t ) , onde U2ef=230V, =2f, f=50Hz. Determine, com base no
esquema equivalente da Fig.1-b), os valores eficazes e desfasagens de todas as
tensões e correntes assinaladas nas Fig.1 –a) e b). Faça o respetivo diagrama vetorial
à escala.
4) Determine as potências ativa e reativa postas em jogo no primário do transformador.
Verifique o teorema de Poynting complexo. Verifique, por via energética, que o
circuito está em ressonância.
Resultados:
1) Para campos uniformes nas peças a sombreado:
l
Rm 2,4 10 5 H-1
0 r S
No entreferro: l / r 0,504 mm
2)
2 N1
1 i1 1,67 mWb
3 Rm
1 1 N1 i 0,835 mWb
2 0
2
1
3 Rm
1
B1
H1 1,59 kAm -1
1 0 r
B 1 T
1
S B
H 2 2 0,796 kAm -1
B B 1 B 0,5 T 0 r
2 0 1
2 B
H 0 0 398 kAm
-1
0
3)
2 N12 1 N 2 N1
1 N11 i1 1 Wb , 2 N 22 i1 0,25 Wb
3 Rm 3 Rm
44
1 2 N12 1 N 2 N1
L11 1 H, LM 2 0,25 H
i1 i2 0 3 Rm i1 i2 0 3 Rm
LM
k 0,5 (metade das linhas de indução magnética que atravessam o
L11 L22
enrolamento 1 e criadas pela corrente deste enrolamento, atravessam também o
enrolamento 2).
4)
1
Wm1 B1 H 1lS 0,335 J
2
1
Wm2 B2 H 2lS 0,084 J
2
1
Wm0 B0 H 0 S 0,084 J
2
2Wm
Wm Wm1 Wm2 Wm2 0,5 J, L11 1H .
i12
II
1)
di1 di2
u1 r1i1 L11 dt LM dt U 1 r1 I 1 j L11 I 1 j LM I 2
u r i L di2 L di1 U 2 r2 I 2 j L22 I 2 j LM I 1
2 2 2 22
dt
M
dt
2)
LM
L11 LM ; L LM ; 22
2 ( L22 ); r1 r2 0
1
Z 2 2 Z 2 C2 C2
2
LM L
Esquema físicamente realizável: 11 1 4
L22 LM
C2 C2 40,55μF .
45
3)
U 2 U 2 2 230 e j (V)
1
I 2 jC2U 2 2 2,93 e j / 2 (A) I 2 I 2 2 2,93 e j / 2 (A)
U 2
I0 2 2,93 e j / 2 (A)
j L
I1 I 2 I0 0
U 1 U 1R U 2 2 230 e j (V)
4)
1
P U 1 I 1* 0 j0
2
P PJ 0
Pq 2 Wm av We av 0
1 2 1
Wm av LI 0ef 1,073 J; We av C2U 2ef
2 1,073 J
2 2
Ressonância: Pq=0 e (Wm)av=(We)av.
46
4.3 - Problema TC3
S2
S1 i1 i2
r N
~ ug u2 Ca
N
3Rm
Rm
(a)
Rm 6, 67 105 H 1
r 10
i1 R l i2
N 500 espiras
i0 u u g 2 U gef cos t
ug u0 u 2
L C U gef 40 V
2f , f 50 Hz
(b) C Ca
Fig. 1
I
A Fig.1-a) representa um circuito magnético com derivações constituído por um só
material, considerado linear, e com secção reta constante. A relutância magnética de cada
um dos ramos laterais é o triplo da relutância magnética do ramo central. A relutância do
ramo central é Rm 6,67×105 H-1 . Os dois enrolamentos têm o mesmo número de espiras
N=500. Despreza-se a dispersão.
1) Estabeleça justificadamente as equações que permitem calcular os fluxos 1, 0 e 2
a partir das correntes i1 e i2.
2) Determine o valor desses fluxos para i1=1 A com o interruptor S2 aberto (i2=0).
3) Relacione os fluxos ligados com os enrolamentos 1 e 2, 1 e 2, respeivamente, com
os fluxos simples calculados anteriormente. Determine os seus valores. Determine o
coeficiente de autoindução do enrolamento 1 e o coeficiente de indução mútua entre
os dois enrolamentos, respetivamente L11 e LM. Atendendo à simetria do circuito
magnético, que relação deve existir entre os coeficientes de autoindução dos dois
enrolamentos? Qual o valor do fator de ligação magnética? Comente a resposta dada.
4) Determine a repartição espacial da energia magnética armazenada para a situação de
2). Confirme, a partir da energia magnética, o valor do coeficiente de autoindução do
enrolamento 1.
47
II
Os dois enrolamentos ligados magneticamente e representados na Fig.1-a), constituem
um transformador. Considere o regime forçado sinusoidal, para a situação em que os
interruptores S1 e S2 estão fechados, imposto pelo gerador de tensão sinusoidal ug de valor
eficaz Ugef e frequência f dados. A resistência do enrolamento 1 tem o valor r=10 .
Despreza-se a resistência do enrolamento 2.
1) Verifique que o esquema equivalente do transformador referido ao primário pode ser
obtido para C=Ca onde C está representado na Fig. 1-b) e Ca na Fig.1-a). Determine
os parâmetros R, l, L e do esquema da Fig.1-b).
2) A partir do esquema equivalente, escreva as equações vetoriais que permitem
determinar as tensões e correntes indicadas na Fig. 1-a) e b).
3) Determine C=Ca de modo que i1 seja nula.
4) Considerando C=101,3 F, determine os valores eficazes e desfasagens das tensões
e correntes indicadas na Fig.1–a) e b). Trace o respetivo diagrama vetorial à escala
onde estejam explícitas as relações entre as diversas grandezas.
5) Verifique o teorema de Poynting complexo. Justifique que o circuito está em
ressonância.
6) Com o interruptor S2 fechado, considere que se abre o interruptor S1 no instante t=0,
instante em que ug(t) passa por um máximo. A partir do esquema da Fig. 1-b),
estabeleça a equação diferencial que permite a determinação do regime transitório da
tensão u’2. Caracterize o respetivo regime transitório para t>0, calculando o fator de
amortecimento e a frequência angular das oscilações não amortecidas 0. Indique
justificadamente quais as condições iniciais do problema.
Resultados:
I
1)
3Rm1 Rm0 Ni1
Rm0 3Rm2 Ni2
0
1 0 2
2)
4 1
1 Ni1 Ni2 0,2 mWb
15R m 15R m
1 4
2 Ni1 Ni2 0,05 mWb
15Rm 15Rm
1 1
0 Ni1 Ni2 0,15 mWb
5Rm 5Rm
48
3)
1
1 N1 100 mWb L11 100 mH
i1 i 0
2
2
2 N2 25 mWb LM 25 mH
i1 i 0 2
4)
1 1 1
Wm 3Rm12 Rm02 3Rm22 (40 7,5 2,5) mJ 50 mJ
2 2 2
2W
L11 2 m 100 mH
i1
II
1)
LM L
11 0,25 4
L22 LM
1
C Ca 1
2
LM
R r 10 , l L11 LM 75 mH , L LM 25 mH , 2 ( L22 ) 75 mH
2)
1
U 0 j ( ) I ' , I 2 I 2'
C 2
1 ' 1
U 2' j I 2 , U 2 U 2'
C
U j I 2 , U 0 U U 2'
'
U 0 j LI 0
I1 I 0 I 2' , U g ( R jl ) I1 U 0
3)
U0 U0 1
0 I 0 I 2' 0 (L ) 0
j L j ( 1 ) C
C
1
C 101,3μF
(L )
2
49
4)
I1 0 U 0 U g 2 40 e j 0 (V)
L 7,85 I 0 I 2' I 2 2 5,1e j / 2 (A)
1
31, 42 U 2' U 2 2160 e j 0 (V)
C
23,55 U 2120 e j (V)
5)
1
P U g I1* 0 j 0
2
PJ RI12ef 0
1 1 1
(Wm ) av lI12ef LI 02ef I 2'2ef 1,3 J
2 2 2
1
(We ) av CU 2'2ef 1,3 J
2
Pq 2 (Wm )av (We ) av 0
6)
di2' du' d 2u'2 1
( L) u'2 0 i2' C 2 u'2 0
dt dt dt 2
( L )C
1
0, 0 314,19 rad s 1
( L )C
50
4.4 – Problema TC4
Rm 0
i1 1 0 2 i2 S
u1 N1 N2 u2 Ra
Rm 8, 2 104 H 1
N2
N1 350 espiras
Rm 2
(a) Ra 544, 2
U1ef 544, 2 V
i i1 i2
2f , f 50 Hz
iC iL u
~ C u1 L u2 R (b)
Fig. 1
A Fig.1 representa um transformador em que o enrolamento primário é o enrolamento 1
de N1 espiras e o enrolamento secundário é o enrolamento 2 de N2 espiras. No circuito
magnético, também representado na Fig1.-a), considera-se ausência de dispersão e
relutância magnética desprezável nas peças a sombreado. As peças verticais têm
relutância magnética Rm dada.
1) Circuito magnético:
a. Estabeleça, a partir das equações fundamentais, as equações que permitem
calcular os fluxos simples 1, 0 e 2 a partir das correntes i1 e i2.
b. Considerando agora i1=1A e i2=0 (interruptor S aberto), determine os fluxos
simples 1, 0 e 2.
c. Exprima os fluxos ligados com cada enrolamento, 1 e 2, em função dos fluxos
simples 1, 0 e 2. Determine os valores de 1 e 2 para a situação de b).
Determine o coeficiente de autoindução do primário e o coeficiente de indução
mútua, L11 e LM respetivamente. Justifique, por considerações de natureza
qualitativa, que o fator de ligação magnética k=0,5. Determine o coeficiente de
autoindução do secundário L22.
d. Determine a repartição espacial da energia magnética para a situação de 1-b).
Confirme o valor de L11 a partir do valor da energia magnética.
2) Considere agora o funcionamento do transformador com o interruptor S fechado.
a. Por aplicação da lei da indução, estabeleça as equações que permitem relacionar
as tensões u1 e u2 com as correntes i1 e i2, variáveis no tempo.
51
b. Considere as resistências dos enrolamentos desprezáveis. Verifique que o
esquema equivalente do transformador referido ao primário pode ser o indicado
na Fig. 1-b) com L=1 H, =3 H e R=Ra. Indique o valor da relação de
transformação do transformador ideal do esquema equivalente.
3) Considere agora que o primário está ligado ao gerador de tensão sinusoidal de valor
eficaz U1ef e frequência f dados. Tome o esquema equivalente indicado na Fig. 1-b).
a. Escreva as equações vetoriais que permitem calcular todas as tensões e correntes
assinaladas nas Fig (s) 1-a) e b).
b. Por considerações de natureza energética, determine o valor da capacidade do
condensador C que conduz à compensação perfeita do fator de potência.
c. Determine os valores eficazes e desfasagens de todas as tensões e correntes
assinaladas nas Fig.(s) 1-a) e b). Faça o respetivo diagrama vetorial onde se
mostrem as relações entre as grandezas.
d. Determine a potência complexa posta em jogo pelo gerador. Verifique o valor
da potência ativa por aplicação do teorema de Poynting complexo.
Resultados:
1-a)
1 0 2 0
Rm (1 0 ) N1i1
R ( ) N i
m 0 2 2 2
1-b)
2 N1
1 3R i1 2,846 mWb
m
k=0,5 pois o circuito magnético é simétrico e metade das linhas com origem na
L2
corrente i1 atravessa o enrolamento 2 e vice-versa. L22 M 2 4 H .
L11 k
52
1-d)
1 1 1
Wm Rm12 Rm02 Rm22 0,333 0, 083 0, 083(J) 0,5 J
2 2 2
2Wm
L11 2 1H
i1
2-a)
d 1 di1 di2
u1 r1i1 dt r1i1 L11 dt LM dt
u r i d 2 r i L di1 L di2
2 2 2 dt
2 2 M
dt
22
dt
2-b)
r1 r2 0
L11
11 L11 LM 0 1
LM
L LM L11 1 H
LM
2' 2 ( L22 ) 3H
R Ra' 2 Ra Ra 544,2
3-a)
U1
I 2' , I 2 I 2'
R j
1
U 2' RI 2' , U 2 U 2'
U j I 2
'
U1
IL
j L
I 1 I L I 2'
I C jCU 1
I IC I1
3-b)
2 2
1 2 1 '2 1 U 1ef 1 U 1ef
Wm av LI Lef I 2ef L 2 2 2 2 2
2 2 2 L 2 R
1
We av CU 1ef2
2
1
Wm av We av C 2 2 2 2 12,66 μF
L R
53
3-c)
I 2' 2 0,5 e j60º (A) 2 0,25 j 2 0,433 (A), I 2 2 0,5 e j120º (A)
U 2' 2 272,1 e j60º (V) , U 2 2 272,1 e j120º (V)
U 2 471,3 e j 30º (V)
I L 2 1,73 e j 90º (A)
I 1 2 0,25 j 2 2,165 (A)= 2 2,18 e j 83,4º (A)
I C 2 2,165 e j 90º (A)
I 2 0,25 (A)
3-d)
1
P U 1 I * 136 ,05 e j0 (VA)
2
P Re P RI 2ef
'2
136 ,05 W
54
4.5 – Problema TC5
2r2 r1 1,5 cm
2r1 r2 2,92 cm
a 1,5 cm
a N1 N 2 500 espiras
r 1000
r
S i2 i1
r
N2/2 0 N1 u1 N2/2
Ra r1
u2
r2
Ca
Fig. 1
I
A Fig.1 representa um transformador em que o enrolamento primário é o enrolamento 1
de N1 espiras e o enrolamento secundário é o enrolamento 2 de N2 espiras, dividido em
duas partes de N2/2 espiras cada. O circuito magnético é constituído por dois núcleos
toroidais iguais, dispostos encostados como indica a figura, de permeabilidade magnética
relativa r e cada um com geometria cilíndrica de raio interior r1, raio exterior r2 e
espessura a. Despreza-se a dispersão.
1) Por aplicação da lei de Ampère, exprima a intensidade do campo magnético, H, em
cada núcleo toroidal, em função das correntes i1 e i2 e verifique que o campo de
indução magnética B varia inversamente com a distância r ao eixo do núcleo. Defina
relutância magnética de um troço e determine a relutância magnética Rm de cada um
dos dois núcleos toroidais.
2) Estabeleça, a partir das equações fundamentais, as expressões que permitem calcular
os fluxos simples 1 e 2 a partir das correntes i1 e i2.
3) Exprima os fluxos ligados com cada enrolamento, 1 e 2, em função dos fluxos
simples 1 e 2. Determine, a partir da definição, os coeficientes de autoindução do
primário e do secundário bem como o coeficiente de indução mútua, respetivamente
L11, L22 e LM. Determine o fator de ligação magnética k. Comente o resultado.
4) Considere o transformador com o secundário em vazio (interruptor S aberto, i2=0) e
em que i1 varia no tempo de modo que, a partir do instante inicial t=0 com valor nulo,
i1(t) cresça linearmente no tempo atingindo o valor de 1 A no intervalo de tempo de
50 ms, após o que permanece constante com o valor de 1 A. Por aplicação das leis
55
fundamentais, determine justificadamente a tensão u2(t) e esboce o seu andamento
temporal.
II
Considere o regime forçado sinusoidal do funcionamento do transformador imposto por
um gerador de frequência angular =2f, f =1 kHz e tensão u1 (t ) 2 U1ef cos(t ) ,
U1ef=6,28 V. Considere o interruptor S fechado, ligando o secundário à carga constituída
por uma resistência Ra em série com um condensador de capacidade Ca cujos valores são
desconhecidos.
1) Indique o esquema equivalente do transformador reduzido ao primário onde figure a
impedância de carga Z R jX reduzida ao primário. Relacione R e X com Ra e Ca.
2) Com base no esquema equivalente, exprima a potência ativa P posta em jogo pelo
gerador em função de R, X e U1ef. Considerando R variável, determine a relação entre
R e X de modo que P seja máxima. Com esta relação entre R e X, determine R, X, Ra
e Ca de modo que o transformador esteja em ressonância.
3) Determine os valores eficazes e desfasagens das grandezas indicadas na Fig. 1 e
represente-as num diagrama vetorial à escala.
4) Verifique o teorema de Poynting complexo.
Resultados:
I
1) Em cada núcleo toroidal tem-se:
N2
H 2 r N1i1 i2
2
r 0 Fmm 1 N2
ou B(r ) , Fmm N1i1 i2
2 r 2
2
Rm 5 105 H 1
r 0 a ln r2 / r1
2)
Rm Fmm , 1 2
Fmm N1 N
i1 2 i2
Rm Rm 2 Rm
56
3)
2 N12 NN
1 N 1 ( 1 2 ) 2 N 1 i1 1 2 i2
Rm Rm
2
N 2 N 2 N N1 N 2 i N 2 i
2 2
1
2
2 2
Rm
1
2 Rm
2
1 2 N12 NN
11
L 1H, LM 1 1 2 0,5H
i1 i2 0 Rm i2 i1 0 Rm
L 2 N1 N 2 0,5H, L 2 N 2 0, 25H
2
M i 22
1 i2 0 Rm i2 i1 0 2 Rm
LM
k 1 (Ligação magnética perfeita).
L11L22
4)
Aplicação da lei da indução ao enrolamento 2:
d 2 di
u2 LM 1 10 V (0 t 5 ms) .
dt dt
II
1)
O esquema equivalente do transformador reduzido ao primário é constituído pela
bobine de coeficiente de indução L=L11=1 H em paralelo com a carga reduzida ao
primário formada pela resistência R 2 Ra em série com o condensador de reatância
X 2 /(Ca ) , com =L11/LM=LM/L22=2.
2)
U1ef R
P RI 2'2ef , I 2' ef I 2 ef / P U12ef
R X
2 2 R X
2 2
dP X R 2 2
U12ef 0 R X
dR R 2 X 2 2
R 1 X
Y j 2 , Z R2 X 2
L Z
2
Z
X 1
Condição de ressonância: Im Y 0 .
Z 2
L
Nas condições em que R X e em ressonância:
X 1
R X R X 3,14 k .
Z 2
L
57
2
Ra R / 2 785 , Ca 202,8nF .
X
3)
U1
I0 2 e j / 2 (mA)
j L
U1
I 2' 21, 41 e j / 4 (mA) , I 2 I 2' 2 2,83 e j 3 / 4 (mA)
Z
I1 I 0 I 2' 2 e j 0 (mA)
1
U 2 U 2' , U 2' U1 U 2 2 3,14 e j (V )
4)
1
P U1 I1* 6, 28 e j 0 (mVA)
2
Potência ativa: P Re P RI 2'2ef Ra I 22ef 6, 28 mW
W 1 C' U ' 2 0,5 J
e av 2 a Cef
1 '
'
U Cef I 4,43 V
Ca' 2ef
Pq Im P 2 Wm av We av 0
58
5. Problemas de Linha de Transmissão
5.1 – Problema LT1
ig iL
l 0,5 m
f 100 MHz
~ ug uL RL
Pg 2 W
y RL 50
l 0
Fig. 1
59
Resultados:
1)
/ 4 l 0,5 m 2 m
c0
v f 2 10 8 ms 1 r 2.25
r
2
rad m 1
2)
U( y ) U 1' e j y ( 1 e 2 j y )
U 1' j y
I ( y ) R e ( 1 e
2 j y
)
w
U( y ) 1 R Rw
para y 0 : RL Z( 0 ) Rw L
I( y) 1 RL Rw
1 Rw2
Sendo 2 l , l / 4 Rin Z( l ) Rw
1 RL
Rw RL Rin 75
3)
25 1
0,2 SWR 1,5
125 1
y l / 4 : U gef U max Pg Rin 15V ,
U max
I gef I min U max / Rin Pg / U gef 0,133 A
SWR Rw
y 0 : U Lef U min Rw I min U max / SWR 10V ,
I Lef I max U max / Rw I min SWR 0,2 A
4)
Z( l ) Rin Pqin 0 , PL Pg 2W (linha sem perdas)
60
5.2 – Problema LT2
U ef ( y)
ig i iL
U max
U gef
~ ug u uL ZL
() U min
y y
l 112, 5 m 0 l lm 0
2
u g (t ) 2 U gef cos t , U gef 22,36V, 2 f lm l , P 1W, SWR 3
3
(a) (b)
Fig. 1
61
Resultados:
1)
v c0 3 10 8 ms-1 (dieléctrico de ar)
2 v 2 2
lm l 75 m; 4lm 300 m; f 1 MHz; rad m -1
3 300
2)
U( y ) U i' e j y ( 1 e2 j y )
' j y 2 j y
Rw I ( y ) U i e ( 1 e )
SWR 1
0,5 0,5 e j0 (1º máximo de tensão em y=0 0 )
SWR 1
1 j0,5 1,118U ief
U gef U ef ( l ) U ief U ief
20 V
U max
( 1 ) 30 V; U min
U max U ief 10 V
SWR
D.O.E. da corrente: mínimo localizado em y=0 e máximo localizado em y=lm.
P
I min 33,3 mA; I max SWR I min 100 mA
U max
U max U min
Rw 300 Ω
I max I min
3)
1
Z L Rw 900
1
Ug Ug
U i j l 2 j l
j 3 / 4
2 20 e j 2 ,82 (V)
e (1 e ) e ( 1 j0,5 )
U( l ) 1 j0,5
Z( l ) Rw 300 e j0 ,927 (Ω)
I (l ) 1 j0,5
Ug U i j l
Ig e ( 1 e 2 j l ) 2 74,5 e j0 ,927 (mA)
Z( l ) Rw
U L U i
U L U i( 1 ) 2 30 e j 2 ,82 (V); I L ( 1 ) 2 33,3 e j 2 ,82 (mA)
Z L Rw
1
Pg U g I g* 1,667 e j0 ,927 (VA) 1 j1,33 (VA);
2
Pg P 1 W (linha sem perdas);
Pqg
Pqg 1,33 VAr Wm av We av 0,106 μJ
na linha 2
62
5.3 – Problema LT3
ig Rw 75
0
r 2, 25
2r1
~ ug r1 1 mm
() r
5m , M 4m
y M 0 u g 2 10 cos t (V)
Fig. 1
Considere o cabo coaxial representado na Fig. 1, sem perdas, com resistência
característica de onda Rw, comprimento , raio do condutor interior r1, e dielétrico com
constante dielétrica relativa r, todos dados. O dielétrico é caracterizado pela
permeabilidade magnética =0. A linha funciona em regime forçado sinusoidal imposto
pelo gerador de tensão ug(t) cuja amplitude é dada. A linha está terminada em vazio.
Verifica-se que o segundo máximo do diagrama de onda estacionária da tensão está
localizado em y M dado.
63
Resultados:
1)
c0 v 2
v 2 10 8 m s-1 ; 2 8m ; f 25 MHz; rad m-1
r
M
4
1 R
C 66 ,7 pF m -1 ; L w 0,375 μH m-1
vRw v
2)
1 (linha em vazio)
U( y ) U i' e j y ( 1 e 2 j y ) 2U i' cos( y )
' j y 2 j y
Rw I ( y ) U i e ( 1 e ) 2 jU i' sen( y )
5 / 4 U g 2U i' cos( ) 2 U i' 2 10e j0 (V) U i' 2 7,07e j (V)
14,1 V , I m =0, localizados em y 0 e 4 m
U M 2U ief
U m 0, I M U M / Rw 0,19 A, localizados em y 2 m
U i'
Ig 2 j sen( ) 2 0,133 e j / 2 (A)
Rw
1
Pg U g I g* j1,33 VA
2
Pg 0, Pqg 1,33 VAr (Wm )av (We )av dentro da linha
4,23 nJ
3)
2
13,45 μm r1 1 mm (aprox.altas frequencias)
0
1 j Im[Z i ]
Zi 0,21( 1 j ) (Ω m -1 ) Li 1,34 pH m -1
2 r1
L Le Li 0,376 H m -1 Le
Z R j L 0,21 j59,06 (Ω m -1 )
Y jC 0,0105 (Sm -1 )
1 R
R L ZY j j LC
2 L/C
1,4 Np m -1 e rad m -1
4
mantem-se praticamente inalterado, pelo que o mesmo acontece com a velocidade
de fase v.
64
5.4 – Problema LT4
Considere uma linha bifilar de dielétrico de ar, sem perdas, com resistência característica
de onda Rw=300 e comprimento =1,25 m. A linha funciona em regime forçado
sinusoidal imposto pela tensão de um gerador ideal com valor eficaz Ugef=1 V e
frequência f=150 MHz. A linha está terminada em curto-circuito.
1) Calcule a velocidade de fase v, o comprimento de onda e a constante de fase
Calcule a capacidade C e o coeficiente de autoindução L, por unidade de
comprimento do cabo.
2) Indique o valor do coeficiente de reflexão na carga. Construa o diagrama de onda
estacionária da tensão e da corrente, indicando os seus valores máximos e mínimos,
sua localização e ainda os valores no gerador ( y ), tendo em conta que a tensão
do gerador é imposta. Determine as amplitudes complexas da tensão e da corrente no
gerador e trace o respetivo diagrama vetorial. Determine a potência complexa posta
em jogo pelo gerador. Comente o resultado. Qual a diferença entre os valores médios
das energias magnética e elétrica armazenadas ao longo da linha?
3) Considerando que a distância entre os dois condutores da linha é d=1,2 cm e que os
condutores são iguais, determine o raio dos condutores. Justifique.
Resultados:
1)
v 2
v c0 3 10 8 m s-1 ;
2m ; rad m-1
f
1 R
C 11,1 pF m-1 ; L w 1 μH m-1
vRw v
2)
1 (linha em curto-circuito)
U( y ) U i' e j y ( 1 e 2 j y ) 2 jU i' sen( y )
' j y 2 j y
Rw I ( y ) U i e ( 1 e ) 2U i' cos( y )
5 / 4 U g 2 jU i' sen( ) 2 U i' e j / 2 2 e j0 (V) U i' 2 0,707e j / 2 (V)
1,41 V , I m =0, localizados em y / 4 0,5 m
U M 2U ief
U m 0, I M U M / Rw 4,7 mA, localizados em y 0 e y / 2 1 m
U i'
Ig 2 cos( ) 2 3,33 e j / 2 (mA)
Rw
65
1
Pg U g I g* j3,33 (mVA)
2
Pqg
Pg 0, Pqg 3,33 mVAr (Wm )av (We )av 1,77 pJ
dentro da linha
2
3)
0
L ln( d / r ) (aproximação condutores finos)
d / r 12,182 r 0,99 mm .
66
5.5 – Problema LT5
Considere uma linha bifilar de dielétrico de ar, sem perdas, com resistência característica
de onda Rw=300 e comprimento =1,5 m. A linha funciona em regime forçado
sinusoidal imposto pela tensão de um gerador ideal com valor eficaz Ugef=1 V e
frequência f=100 MHz. A linha está terminada por uma impedância de carga Z a .
Observa-se que o valor eficaz da tensão tem um mínimo de valor nulo à distância
m 1,125 m da carga.
Resultados:
1)
v 2 2
v c0 3 10 8 m s-1 ; 3m ; rad m-1
f 3
1 R
C 11,1 pFm-1 , L w 1 μHm-1
vRw v
2)
SWR 1
U min 0 SWR 1
SWR 1
arg( ) 2 m / 2
e j / 2 j
1 1 j X
Z a Rw Rw j300 ( ) jX a La a 0,48 H
1 1 j
67
3)
No diagrama de onda estacionária, a tensão é mínima com valor nulo e a corrente é
máxima em y m 1,125 m . A corrente é mínima com valor nulo e a tensão é
máxima em y m / 4 0,375m .
2 2 U gef U ief' 1 j U ief' 0, 707 V
U ief'
I gef 1 j 3,3mA
Rw
U max
U max U ief' (1 1) 1, 41 V I max 4, 7 mA
Rw
U ief'
U aef U '
ief 1 j 1V , I aef 1 j 3,3mA
Rw
4)
1
Z g Rw Z a j 300() pois a linha é de comprimento /2.
1
Logo Pg Pa 0 j3,3 (mVA)
Não há dissipação por efeito de Joule na linha pois ela é sem perdas e, sendo uma
linha de /2, então (Wm )av (We )av ao longo da linha.
68
5.6 – Problema LT6
Considere uma linha bifilar sem perdas constituída por dois condutores cilíndricos
paralelos iguais de raio r=0,821 mm, à distância d=1 cm um do outro, de comprimento
l=2,25 m e com dielétrico de ar. A entrada da linha está ligada a um gerador que impõe a
tensão sinusoidal u g (t ) 2 U gef cos(t ), U gef 3V, 2 f , f=100 MHz. A saída
da linha está ligada a um condensador de capacidade Ca= 5,3 pF.
1) Determine o coeficiente de autoindução por unidade de comprimento da linha L, a
velocidade de fase v e a capacidade por unidade de comprimento da linha C.
Determine a resistência característica de onda Rwo comprimento de onda e a
constante de fase .
2) Defina fator de reflecção da carga . Determine o seu valor. Estabeleça o diagrama
vetorial do vetor Vu representativo das tensões ao longo da linha. Esboce o diagrama
de onda estacionária da tensão e da corrente ao longo da linha, indicando os
respetivos valores máximos e mínimos e sua localização, bem como os valores à
entrada e à saída da linha. Determine as amplitudes complexas das tensões e correntes
à entrada e à saída da linha. Determine a impedância vista do gerador.
3) Determine o valor da intensidade do campo elétrico máximo. Justifique, indicando
as aproximações que usou. Comente o resultado.
Resultados:
1)
0 d
L 1μHm -1
r
ln
1
v c 3 108 ms -1
0 0
0 1
C 11,1pFm -1
d 2
v L
ln
r
L
Rw vL 300
C
v 2 2
3m, LC rad m -1
f v 3
69
2)
U r' Z a Rw
1 e j / 2 j
U i Z a Rw
'
j
Za j 300
Ca
U ( y ) U i' e j y (1 e 2 j y )
' j y 2 j y
Rw I ( y ) U i e (1 e )
3
l U g 2 3 e j 0 (V) U i' e j 3 / 2 (1 ) U i' e j 3 / 2 (1 j ) 2 e j / 4 U i'
2
U i' 2 2,121 e j / 4 (V)
3 / 2
Localização do máximo de tensão e mínimo de corrente: ymax 1.125m ;
2
Localização dos mínimos de tensão e máximos de corrente:
y=ymax-/4=0,375 m e y=ymax+/4=1,875 m.
U max
U max U ief' (1 ) 2U ief' 4, 24 V , I max 14,1mA
Rw
U min I min 0
Em y=0 (saída da linha):
Ua
U a U i' (1 ) 2 3 e j 0 (V ), I a 210 e j / 2 (A)
Za
Em y=l (entrada da linha, gerador):
1 ' j 3 / 2 U
Ig Ui e (1 ) 210 e j / 2 (A), Z g g j300
Rw Ig
3)
Tomando a aproximação de condutores finos, d r:
q 1 CU max
Emax 1, 2 103 Vm-1
2 0 r 2 0
U max 2 4, 24(V ) 6 V
Não existe disrupção do ar pois Emax<Edisr.
70
5.7 – Problema LT7
Considere uma linha bifilar, de dielétrico de ar, sem perdas, constituída por dois
condutores cilíndricos paralelos iguais de raio r=1 mm, com coeficiente de autoindução
externo por unidade de comprimento (p.u.c.) Le=1 Hm-1. A entrada da linha está ligada
a um gerador que impõe a tensão sinusoidal u g (t ) 2 U gef cos(t ) , Ugef=3 V, =2f,
f=30 MHz. A saída da linha está ligada a uma resistência Ra=180 em série com um
condensador de capacidade Ca= 22,1 pF.
1) Determine a velocidade de fase v, o comprimento de onda a constante de fase a
capacidade C p.u.c. e verifique que a resistência característica de onda Rw=300.
2) Defina fator de reflecção da carga e determine o seu valor. Defina fator de onda
estacionária SWR e determine o seu valor. Calcule os possíveis comprimentos da
linha de modo que a impedância de entrada da linha seja resistiva pura com valor
maior que Rw. Tome o menor desses valores do comprimento. Determine o valor da
resistência de entrada da linha. Esboce o diagrama de onda estacionária da tensão e
da corrente indicando a localização dos valores máximos e mínimos e respetivos
valores, bem como os respetivos valores na carga. Determine as amplitudes
complexas das tensões e correntes à entrada e à saída da linha.
3) Considere os condutores de cobre cuja condutividade é Cu 5, 7 107 Sm-1.
Determine a profundidade de penetração do campo eletromagnético nos conduto-
res da linha. Determine a resistência R p.u.c. dos condutores da linha. Corrija o valor
da constante de propagação da linha, em particular indicando o valor da constante de
atenuação. Comente a validade da aproximação de linha sem perdas.
Resultados:
1)
1
v c 3 108 ms -1
0 0
v 2
10 m, rad m -1
f v 5
1
C 2 11,1pFm -1
v L
L
Rw vL 300
C
71
2)
U r' Z a Rw
' 0,5 e j / 2
U i Z a Rw
j
Z a Ra 180 j 240 () 300e j 53,1º ()
Ca
U max I max 1
SWR 3
U min I min 1
1 ' Z (l ) Rw
Z (l ) Rw , ' e 2 j l '
1 ' Z (l ) Rw
Z (l ) Z (l ) Rw '
/ 2 2 l 2 k , k 1, 2,...
l k /8
2
lmin 3 / 8 3, 75 m , Z (l ) 900
Deve acompanhar a resolução com um esboço do diagrama vetorial dos vetores
representativos da tensão.
No gerador está localizado o máximo de tensão e mínimo de corrente:
ymax l 3, 75m ;
Na carga:
U a U i' (1 ) 2 2, 236 e j161,6º (V)
I a U a / Z a 2 7, 45 e j108,5º (mA)
72
3)
2
12,2 μm r 1 mm (aprox.altas frequencias)
0
1
R 2 0,458 (Ω m -1 )
2 r
Z R j Le 0,458 j188,5 ( m -1 )
Y jC
1 R
R L ZY j j LeC
2 Le / C
1 R
7,6 10 4 Np m -1 , l 2,85 10 3 Np e l 1!!!
2 Rw
73