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RESUMO IPM II – PA I

MATÉRIA: ●ato médico / ●relação médico-paciente / ●bioética / ●ética médica /


●introdução a semiologia / ●enfermidades / ●erro médico / ●exame físico / ●medicina
psicossomática / ●código de ética médica / ●medicina social, preventiva e curativa.

ATO MÉDICO

- Objetivos da medicina: - Fomentar a saúde


- Evitar as enfermidades
- Diagnosticar as condições patológicas
- Tentar reabilitar os enfermos

- O médico pode atuar nas áreas: Clinicas, periciais (IML por exemplo), administrativas,
políticas...
- Ato médico - É a ação desenvolvida visando a prevenção, o diagnostico, o tratamento
e a reabilitação das alterações que possam comprometer a saúde física e psíquica do ser
humano.
- Porque houve a necessidade da criação do ato médico? – A área de saúde está cheia de
pessoas com áreas diferentes, o que podem gerar conflitos, por exemplo o fisioterapeuta
invadindo a área de tratamento médico. Evitando assim que um profissional entre no
nicho do outro.
- A criação de outras áreas de saúde também proporcionou a necessidade de uma
definição do ato médico.
- Outros conselhos de áreas de saúde médicas agem contra o Ato Médico!

ALGUNS ASPECTOS DO ATO MÉDICO:


- Ser graduado em medicina, e para atuar possuir um CRM.
- Cabe fazer diagnostico funcional.
- Todos os documentos médicos como receitas são somente emitidos por médicos e
dentista e óbito por médico.
- Exames de perícias médico-legais somente feito por médicos.
- O diretor de divisão médica deve ser um médico.
- Exercer a direção de serviços médicos (tem de ser médico).
- Realização de exames deve ser assinada (e dado laudos) somente por médicos.
- Criação do diagnóstico funcional – Um diagnóstico acessível a outras áreas,
representando um ato médico compartilhado. Ex: um fonoaudiólogo tratando uma fala.

RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

- “A perda da RMP faz com que cada vez mais erros aconteçam”.
- É uma pratica milenar, e é o primeiro passo para o sucesso do tratamento.
- Modelos: Sarcedotal, Colegial, Engenheiro, Contratualista (cada vez mais atual)
=> para uma boa RMP – Atenção, competência, bom senso, respeito, boa aparência
(apresentação), etc.
SARCEDOTAL
- Paternal, o médico é o soberano, com exercício de poder e autoridade.
- Dominação do médico, submissão do paciente.

ENGENHEIRO
- Informativo, o médico como mero repassador de informação.
- Executor de ações propostas pelo paciente.
- Paciente é visto como cliente que demanda uma prestação de serviços médicos
- “Médico acomodado”

COLEGIAL
- Não diferencia o papel do médico e do paciente
- O poder é compartilhado
- Perda da finalidade RMP

CONTRATUALISTA
(mais praticado atualmente / preserva a autoridade do médico, mas condiciona a uma
íntima relação de confiança)
- O médico preserva sua autoridade na tomada de decisões técnicas
- Paciente participa ativamente do processo de tomada de decisão, baseado em estilo de
vida e valores morais
- Tomada de decisão do médio ou alto envolvimento
- Tem como base o compromisso

RELAÇÃO RELAÇÃO
TOMADA
DE PODER DE PODER
MODELO AUTORIDADE PODER DE
DO DO
DECISÃO
MÉDICO PACIENTE
Baixo
Sacerdotal Médico Médico Dominação Submissão
Envolvimento

Baixo
Engenheiro Médico Paciente Acomodação Variável
Envolvimento

Alto
Colegial = Igualitário Negociação Negociação
Envolvimento

Alto
Contratualista Médico Compartilhado Compromisso Compromisso
Envolvimento

BIOÉTICA

- Respeita a autonomia do paciente e respeito à pessoa.


- Beneficência / não-maleficência – Não causar o mal / Maximizar os benefícios e
minimizar os danos possíveis. E nunca enganar pessoas com seu conhecimento
- Privacidade – não é permitida a exposição da situação médica do paciente para outros
salvo sob força da legislação [Ex: Testemunho em corte judical / doenças de notificação
compulsória / Abusos de violência, crimes, ferimentos por armas de fogo e brancas, e
abusos sexuais são necessários denúncia e ocorrência policial.]
- Consentimento informado – utilizado para defesa profissional, devidamente
compreendido e voluntário pela parte do paciente.

ÉTICA MÉDICA

- Ética - Estudo dos juízos de apreciação referentes a conduta humana suscetível de


qualificação do ponto de vista do bem e do mal, numa determinada sociedade, em uma
determinada época.
- Moral - Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo
absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.
- A ética começou quando as pessoas criaram uma maneira de viver e conviver entre o
comportamento do bem e do mal.

- A ação baseada em direito é de caráter obrigatório!


- A ação baseada em ética é de caráter justificativo!
- A ação baseada em moral é de caráter voluntário!

- Ética médica – cria/desenvolve valores no aluno, orientado para os aspectos éticos


humanísticos da profissão.
- Ética hipocrática – teve influência religiosa.
- Ética atual – influência política, social e tecnológico.
- A ética médica pode se modificado por questões sociais.

- Deontologia Médica - Conjunto de comportamentos úteis e oportunos que devem ser


praticados por todos os seus membros no exercício da profissão

- Código de ética médica:


- Manter, promover, preservar o prestigio profissional
- Proteger a união profissional
- Garantir padrões de prática
- Garantir deveres e comportamentos

- Toda unidade de saúde deve ter uma comissão de ética médica. A comissão de ética
médica fiscaliza o exercício médico, visando qualidade, recebe denuncias, etc.
(Outras comissões: Comissão de infecção hospitalar, revisão de prontuário, analise de
óbitos, revisão de internações psiquiátricas.)

INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA

- Semiologia – Tratado ou Estudo dos Métodos de Exame Clínico / Observação Clínica.


- Através de um conjunto de sinais e sintomas (ou síndrome), é feita uma hipótese
diagnostica e definido uma conduta terapêutica.

- Hipócrates – Sistematizou o método clínico, dando à anamnese e ao exame físico uma


estruturação que pouco difere da que se emprega hoje (Ex.: Relato ordenado dos
sintomas; os antecedentes pessoais e familiares; e das condições de vida do paciente).
- Sintoma - Sensação acusada pelo paciente (Subjetiva), ou seja, não é percebida pelo
observador. (Ex.: Dor;Ansiedade; Mal estar; Cansaço).
- Sinal - Manifestação objetiva da doença (consegue-se perceber/ver/sentir), e deve ser
observada ou provocada pelo Médico. (Ex.: Alterações de Cor da Pele; Sopros
Cardíacos; Edema de MMII; Ptose Palpebral).
- Síndrome - Associação de Sinais e Sintomas evoluindo em conjunto, podendo ser
provocada por mecanismos vários, e por uma ou mais causas. (Ex.: Síndrome de
Hipertensão Porta - Cirrose, Esquistossomose, Trombose de Veia Porta)

ANAMNESE

- Finalidades / Objetivos: 1- Estabelecer a relação médico/paciente; 2- Colher todos os


dados, todas as informações do paciente que possam servir para o diagnóstico; 3- Obter
os elementos essenciais da história clínica; 4- Conhecer os fatores pessoais, familiares e
ambientais relacionados com o processo saúde/doença; 5- Obter os elementos para guiar
o médico no exame físico; 6- Definir a estratégia de investigação complementar; 7-
Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente.

- Atentar sobre o paciente, que podem ser: 1 - Coléricos - Pacientes Dominadores; Só


falam o que querem; Não aceitam colocações discordantes das suas; Procuram outro
profissional que aceite suas posições. 2 - Fleumáticos - Tranquilos/Observadores;
Costumam inicialmente aceitar as colocações; Refletem e reavaliam a situação. 3 -
Melancólicos - Sensíveis/Emotivos; Tendem a ser deprimidos; Informações muitas
vezes difíceis de serem obtidas. 4 - Sanguíneos - Alegres, de relacionamento fácil;
Tendem a ser superficiais; Escondem muitos fatos. 4 - Prolixos - Perdem-se em
divagações inúteis e intermináveis; Muitos trazem escritas as suas queixas para não
esquecerem detalhes.

- Limitações da anamnese decorrentes do paciente: 1- Deficiência de Fonação/Audição;


2 - Diferentes linguagens; 3 - Estado de Consciência; 4 - Distúrbios Mentais; 5 –
Crianças; 6 - Falta de Objetividade; 7 - Concepções errôneas sobre a Doença;
8 – Simulação; 9 - Rejeição a doença; 10 – Inibição; 11 – Distração; 12 - Deficiência de
Memória; 13 - Falta de confiança na Medicina/Médico

- Participação médica na anamnese: 1 - Convida a iniciar o relato; 2 - Estimula a


liberdade de exposição; 3 - Esclarece dúvidas do relato; 4 - Confere a exatidão do
relato; 5 - Obtém informações adicionais; 6 - Alcança a Relação Médico-Paciente
adequada; 7 - Evita divagações

- Ordem geral da anamnese:


Identificação
Queixa Principal
HDA
HPP
História Fisiológica
História Social
História Familiar
Interrogatório Complementar
- Identificação:
Nome/Iniciais
Sexo/Cor/Idade/Estado Civil
Nacionalidade/Naturalidade
Residência Atual e Anterior
Profissão Atual e Anterior

- Queixa Principal (QP) - Motivo ou Motivos principais pelos quais o paciente procura
o Médico. Deve ser anotada, preferencialmente, com as próprias palavras do paciente.

- História da Doença Atual (HDA) - Informações prestadas devem ser transcritas em


termos médicos. Parte da Anamnese que oferece informações mais importantes, porém a
mais difícil de ser obtida.
Roteiro a ser seguido: 1 - Época e modo do início da doença; 2 - Modo de evolução da
doença e tratamentos efetuados; 3 - Intercorrência de outros sintomas; 4 - Queixas
atuais
(OBS: A HDA não é o registro puro e direto das informações fornecidas pelo paciente.
Estas informações precisam ser elaboradas ou digeridas pelo médico que as purifica dos
elementos inúteis.)

- História Patológica Pregressa (HPP) - É a observação de estados mórbidos passados.


Pesquisar: 1 - Infecções/Infestações/Doenças Degenerativas; 2 – Alergias; 3 –
Traumatismos; 4 – Cirurgias; 5 - Uso de Medicamentos; 6 - Doenças Psíquicas

- História Fisiológica (HF) - Refere-se as Condições de: 1 – Nascimento; 2 -


Desenvolvimento (Marcha, Fala, Dentição, Aproveitamento Escolar, Pubarca,
Menarca); 3 - Início de Atividade Sexual; 4 – Gestações.

- História Social (HS) - Refere-se às Condições de: 1 – Habitação; 2 - Higiene e


Alimentação; 3 - Tipo de Trabalho; 4 - Tabagismo/Etilismo/Drogas Ilícitas; 5 -
Ajustamento na Família/Trabalho/Sociedade/ Religião; 6 – Imunizações

- História Familiar (HF) - Relativa aos Ascendentes e Descendentes. Estado de


Saúde/Causas Mortis de Pais, Irmãos, Filhos. Ocorrência de Patologias de Caráter
Hereditário.Convivência de outras pessoas (cônjuge/ empregados/vizinhos).

- Interrogatório Complementar / Anamnese Dirigida - Efetua-se a indagação específica


dos principais sintomas relacionados com cada aparelho e sistema e que possam ou não
ter conexão com a doença atual.
(Objetivos: 1 - Trazer à luz manifestações eventualmente omitidas pelo paciente; 2 -
Obter completa informação das repercussões da afecção atual em cada setor orgânico; 3
- Fornecer elementos para estudos posteriores, com a segurança de que expressão
sintomática não foi esquecida ou negligenciada.)

ENFERMIDADES

- Doença - É o estado resultante da perda da homeostasia de um organismo, total ou


parcial, estado este que pode cursar devido à infecções, inflamações, isquemias,
modificações genéticas, sequelas de traumas, hemorragias, neoplasias ou disfunções
orgânicas.
- Patologia - pathos = doença ou sofrimento - Ciência que estuda a doença e procura
entendê-la.
- As enfermidade possuem origem baseadas em 3 fatores: - Fatores biológicos; Sociais e
Culturais.
- Processo Saúde/Doença - Conceito variável com o tempo: (1) Concepção ontológica
(aquela que estuda somente o ser, e uma causa para a enfermidade); (2) Concepção
dinâmica (prega o desequilíbrio, com multicausalidade para enfermidade).

- Concepção ontológica:
grego – onthos = ser, ente, indivíduo
(ontologia – Ciência que estuda o ser independentemente do modo pelo qual se
manifesta (tratado dos seres em geral).)
Fator externo
Existência independente
Fator único – unicausalidade

- Concepção dinâmica:
Desequilíbrio entre o organismo e o ambiente
Vários fatores – Multicausalidade
Doença – perda da harmonia entre o corpo e os elementos da Natureza
Ressurge quando a Teoria dos Germes não consegue explicar as doenças não-
infecciosas: (1) Doenças Crônicas; (2) Doenças Degenerativas.

* CONCEITOS ATUAIS:
- Multiplicidade de fatores: - (1) Condições sociais; (2) Condições econômicas; (3)
Acesso à Educação; (4) Acesso à Saúde; (5) Má distribuição de renda.
- A multiplicidade de fatores sintetizam:
Saúde:
Prazer, Alegria, Lazer,Trabalho Gratificante, Alimentação Variada
Doença:
Tristeza, Stress, Desemprego, Desnutrição

ENFERMIDADES
- Doenças Agudas
- Doenças Crônicas
- Doenças Crônico-Degenerativas

- Doenças Agudas: (1) Início abrupto; (2) Sinais e sintomas logo após a exposição à
causa; (3) Período determinado para recuperação; (4) Pode ser decorrente de processos
crônicos e/ou infecciosos.
- Doenças Crônicas: (1) De longo prazo; (2) Acúmulo de distúrbios irreversíveis ou
estados patológicos latentes; (3) Evolução prolongada; (4) Resolução parcial.
- Doenças Crônico-Degenerativas: (1) Evolução lenta e gradual; (2) Geralmente
assintomáticos; (3) Não possuem causa ou tratamento definido; (4) É necessário o
controle dos fatores desencadeantes.
ERRO MÉDICO

- Conceito: - Falha do médico no exercício de sua profissão.


- Podemos classificá-lo em três categorias: (1) Negligência; (2) Imperícia;
(3) Imprudência.

- Negligência: - Falhas por desleixo e falta de atenção, ou em casos nos qual o médico
não oferece os devidos cuidados ao paciente.
- Imperícia: - Quando o médico realiza um procedimento para o qual não foi preparado.
- Imprudência: - Quando o médico assume riscos que colocam em perigo o paciente,
sem que exista amparo científico para esta decisão.

- Identificado o erro, as próximas etapas serão:


- ir à delegacia policial e fazer um boletim de ocorrência;
- formalizar uma denúncia ou queixa ao Conselho Regional de Medicina.

EXAME FÍSICO

- Segunda Etapa da Observação Clínica. Não demonstre angústia ou preocupação


perante o seu paciente. Respeite a privacidade do paciente

- Etapas do exame Físico: INSPEÇÃO / PALPAÇÃO / PERCUSSÃO / AUSCULTA

- Somatoscopia (ou Ectoscopia) – Visão do que está por fora: (1) Estado geral; (2)
Estado de consciência; (3) Biótipo; (4) Atitude; (5) Marcha; (6) Fácies; (7) Altura; (8)
Peso corporal; (9) Mucosas; (10) Pele; (11) Fâneros; (12) Estado Nutricional; (13)
Sinais Vitais; (14) Movimentos Involuntários.

- Estado geral - A impressão geral do estado de saúde do paciente

- Estado geral bom ou Bom Estado Geral (BEG)


- Estado geral regular ou Regular Estado Geral (REG)
- Estado geral ruim ou Mau Estado Geral (MEG)

- Estado de Consciência – Níveis diferentes de classificação:

- Alerta / Lucidez – Paciente responde plenamente a todas as solicitações


- Letargia – Aspecto sonolento, responde as solicitações e volta a dormir
- Obnubilação – Responde de forma lenta e confusa. Redução no interesse pelo
ambiente
- Torpor – É acordado somente por estímulos dolorosos. Respostas verbais
muitas vezes inexistentes
- Coma – Sem resposta ou de pequena intensidade a estímulos
(OBS: Causas de Coma: Causas neurológicas; Intoxicação exógenas; Causas
metabólicas.)

(OBS2: ESCALA DE GLASGOW - é uma escala neurológica que parece constituir-se


num método confiável e objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa, para
avaliação inicial e contínua após um traumatismo craniano)
- Biótipos - De acordo com o tipo, maior propensão a determinadas patologias; 3
classificações: 1 – Longilineo (Ângulo de Charpy menor que 90°); 2 – Brevelíneo
(Ângulo de Charpy maior que 90°); 3 – Normolíneo (Ângulo de Charpy igual 90°)
- Atitude - Posição adotada pelo doente, seja do ponto de vista estático (deitado,
sentado, em pé) ou dinâmico.
Atitude Estática -------- Postura
Atitude Dinâmica ------ Marcha

Atitude Estática: 2 Tipos


- Atípica ou Indiferente (Paciente pode causar qualquer posição sem
que lhe cause qualquer desconforto)
- Típicas (Atitude que o paciente procura adotar com finalidade de
aliviar seus sofrimentos ou se adaptar a novas situações. Ex: Antálgica, Ortopneica)

Atitude Dinâmica:
- Marcha – Avaliação de movimentos automáticos (Helicoidal – Hemiplégicos;
Polineurítico – déficit motor distal / aumento da base de sustentação, olhar para o chão –
Neurocífilis / marcha dos passos miúdos – lentidão, postura inclinada a frente, indica
parkinson / marcha de palhaço – coréia; marcha anserina – gravidez)

- Fácies – Expressão facial do individuo (individuo normal – fácies atípicas)


(hipertireoidismo – expressão de espanto / paralisia facial – impossibilidade de fechar os
olhos, mover partes dos lábios / mongolóide (down) – boca entreaberta, olhos obliquos /
hipocratica – estado terminal / pseudobulbar – parkinson / cushing – fácies de lua
cheia / acromegalia – protusao frontal e prognatismo / renal – edema de rosto,
principalmente palpebral / tetânica – riso sardônico e fenda palpebral estreita /
mixedematosa – hipotireoidismo / leonina – hanseníase)

- Altura – Variam de acordo com a raça e herança familiar. (abaixo de1,40 – nanismo /
acima de 2,00 – gigantismo)

- Peso corporal - Várias patologias relacionadas a Obesidade. Há importância clinica na


perda ou ganho de peso em períodos curtos.

IMC – Índice de Massa Corporal


Método para calcular e avaliar nível de gordura de cada indivíduo.

IMC = _______ PESO______


ALTURA ao quadrado
(abaixo de 18,5 – abaixo do peso / acima de 19,9 – sobrepeso)

- Mucosas - Mucosas observadas: Conjuntival / Labial / Lingual / Gengival

Avaliar: Alterações de coloração e Umidade


- Palidez (hipocorada/descorada) – Anemias
- Hipercoradas – Policitemias / DPOC
- Cianose – Ins. Respiratória / Cardiopatias Congênitas
- Icterícia – Hepatite / Cirrose
- Desidratação – “mucosas secas”
- Hiper-hidratação – “mucosas muito molhadas”
- Pele – Se estuda a textura, coloração, lesões principais [macula ou mancha
(hipocromica, hipercromica); pápula (lesões altas); vesícula (liq. Seroso); pústula (pus)]
e secundarias, alterações das secreções, alteração da temperatura.

- Fâneros - Compreendem: Cabelos, Pelos e Unhas. Algumas alterações são de


considerável importância diagnóstica
Pelos – distribuição irregular, e surgimento em locais onde não deveriam existir.
Unhas – infecções, traumas, patologias gerais
Cabelos – ausência localizadas, alterações características (perda de brilho, e tonicidade)

- Sinais Vitais - TEMPERATURA CORPORAL / FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA /


PULSO ARTERIAL / PRESSÃO ARTERIAL

-> Temperatura corporal: Locais de Verificação:


- Oco Axilar – Mais cômoda / mais utilizada
- Boca
- Prega Inguinal
- Reto
- Timpânica
- Cutânea
Variações
Oco Axilar – 35.5°C a 37°C
Região Inguinal - até 0.2°C acima que a Axilar
Bucal – até 0.4°C acima que a Axilar
Retal - até 0.6°C acima que a Axilar

Alterações
Hipotermia – Diminuição da Temperatura abaixo da média habitual
Causas: Congelamentos / Choque / Estados Sincopais

Hipertermia - Aumento da Temperatura abaixo da média habitual (37°C)

-> Pulso arterial:


Características do pulso:
Parede arterial
Frequência
Ritmo
Amplitude ou Magnitude
Comparação com a artéria homóloga - observar desigualdades

- Pulso Magnus – grande amplitude


Exercício/Estados Febris/Hipertiroidismo/Hipertensão Arterial

- Pulso Parvus – diminuição da amplitude


Choque (pulso filiforme) / Insuficiência Cardíaca / Estenose Aórtica
Frequencia do pulso – número de batimentos por minuto
- Aumento da frequência: Taquicardia (Taquifisgmia)
Emoções / Exercício / Taquicardias Paroxísticas / Estados Febris / Hipertiroidismo
- Diminuição da frequência: Bradicardia (Bradisfigmia)
Atletas / Bloqueios Atrio-Ventriculares

Ritmo – seqüência de batimentos separados por um intervalo de tempo

-> Frequencia respiratória: - Avaliada pela movimentação torácica durante a respiração


. - No adulto - 12 a 20 incursões respiratórias por minuto (irpm)

Eupneia – respiração normal


Dispneia - respiração difícil, trabalhosa ou curta
Ortopneia - dispneia em decúbito dorsal que melhora em posição ereta
Taquipneia - respiração rápida, frequentemente pouco profunda
Bradipneia - respiração lenta
Hiperpneia – aumento da amplitude da respiração
Trepopneia - dispnéia em decúbito lateral
Apneia - ausência de respiração

-> Pressão Arterial: - Pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias

IMPORTÂNCIA DA AFERIÇÃO
Fator fundamental para a adequada perfusão dos órgãos e dos tecidos
Elevada incidência de anormalidades na população geral
Facilidade de aferição
- Fatores necessários – manter o paciente em repouso por 5 min / braço a altura do
coração / se for fumante dar intervalo de meia hora do ultimo cigarro.

MEDICINA PSICOSSOMÁTICA

- Passagem pela historia, que culminou no entendimento atual do processo de


adoecimento:
Integração dos aspectos físicos e anímicos do adoecer
Relação entre a mente e o corpo
Abordagem integrativa da pessoa
Observa a doença com sua dimensão psico-social
Valorização da relação médico-paciente
Ação terapêutica voltada para a PESSOA do doente
Visão holística do indivíduo
- Prega a associação da psique, interferindo no corpo, (visão holística) Ex: bolo na
garganta, cabeça pesada...)

- Parte histórica: Idealismo; Positivismo; Reducionismo; Holismo; Iluminismo

CODIGO DE ETICA MEDICA

- Conjunto de artigos expressando o dever médico.


(supracitado!!!)
MEDICINA SOCIAL, PREVENTIVA E CURATIVA
- Processo saúde-doença – Variáveis biológicas, Sociais e Circunstanciais
- Assistência Médica - Conjunto de práticas sociais que obedecem a determinantes
econômicos, políticos e de outras ordens também não-médicas
- MEDICINA TRADICIONAL -> Técnica!
- MEDICINA SOCIAL -> Visão mais abrangente da doença e dos “doentes” no
contexto social / Proposição de soluções socialmente mais relevantes
(Olhar para o bosque e não para a arvore)
- MEDICINA PREVENTIVA -> Inversão do modelo tradicional de assistência médica,
passando a valorizar a saúde e não apenas a se preocupar com ela na hora da doença
- 3 niveis :
Prevenção Primária:
Conjunto de ações sanitárias que são realizadas em todos os níveis da sociedade
ANTES que apareça uma determinada enfermidade
Prevenção Secundária:
. Diagnóstico precoce/ screening – programa epidemiológico de aplicação sistemática
ou universal – Teste do pezinho
Objetivo – diminuir a taxa de morbi-mortalidade associando um tratamento eficaz ou
curativo
Prevenção Terciária:
. Restauração da saúde, uma vez já instalada determinada enfermidade
Objetivo – tentar curar, reabilitar ou minimizar sintomas

- MEDICINA CURATIVA -> Visa tratar a pessoa que já chega doente – o intervalo
entre o início da doença e o início dos sintomas é curto

A especialização excessiva tornou os médicos incapazes de encarar o paciente como


um todo biológico, psicológico, social e cultural
A única saída para um sistema de saúde eficaz é a inversão dessa pirâmide que prioriza
a medicina curativa - terciária - em detrimento da preventiva de cunho verdadeiramente
social e de inclusão

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