Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cultura surda?
A sociedade passou a ser apresentada, e continua paulatinamente a ser, à língua, aos
hábitos, às diferenças e semelhanças com os ouvintes, às necessidades (educativas)
especiais dos sujeitos surdos.
Aqueles sujeitos que até então eram vistos como deficientes auditivos limitados em
suas capacidades, passam a ser reconhecidos como sujeitos (surdos) complexos, com
identidade própria e com um conjunto de hábitos, transmitidos principalmente através
da sua língua, ao qual tem se convencionado chamar de “cultura surda”.
Embora bastante recorrente, o termo “cultura surda” ainda é alvo de muita polêmica.
Para além da dificuldade habitual de se definir o que é ou não é cultura, os sujeitos
surdos estão – quer queiram, quer não - inseridos em uma comunidade ouvinte e
convivem com esses ouvintes, trocando experiências diariamente.
VOCÊ SABIA?
Não há um país, estado, cidade ou mesmo bairro de surdos. O que se pode encontrar
com facilidade são associações e instituições que constituem uma espécie de reduto
das ditas “comunidades surdas”, embora essas comunidades não estejam restritas a
esses ambientes, suas atividades e formas de interação.
Cultura a partir da relação familiar
Os sujeitos surdos são, em sua grande maioria, filhos de pais ouvintes. Situação que provoca, por
maior a rejeição que tenha sofrido da família ou a falta de conhecimento sobre língua de sinais e
surdez, algum tipo de interação com o que é conhecido como “cultura ouvinte”.
Há também os casos em que pais surdos têm filhos ouvintes, o que pode provocar um
redimensionamento de condutas e valores não no sentido de abandonar ou renegar a “cultura
surda”, mas de estabelecer novas relações e interesses em relação à “cultura ouvinte”.
Cultura surda
A cultura surda surge de maneira mais ou menos involuntária, apoiada pelas escolas
especializadas da atualidade, mas que ultrapassam o espaço físico, abrangendo o
social e imaginário, uma vez que se solidificou a partir da noção de LIBRAS como
uma língua igual a outra qualquer.
Cultura dos surdos
A cultura dos surdos surge como tendo sido criada pelas antigas instituições dos
surdos que os isolavam e tentavam promover uma “higienização social”.
GABARITO
A jovem está sinalizando os números, incialmente de 1 a 10; depois, parte do 10 para
construir o 11, o 12…
Além desta lei, o Decreto Federal nº 5.626 de 2005 também beneficia os surdos, no
que tange à Educação Bilíngue onde, a Língua Brasileira de Sinais é a primeira língua
e a Língua Portuguesa, na modalidade escrita, a segunda.
Por ter a perda auditiva, os surdos compreendem e interagem com o mundo através
da visão e sua expressão se dá na modalidade gestual. Ao nascer surdo ou tornar-se
surdo no período pré-linguístico, este sujeito passa a utilizar o canal visual e gestual
como seus meios expressivos, suprindo assim a falta dos meios auditivo e oral para
sua comunicação.
Para a maior parte dos surdos, não existe o sentimento de falta da audição ou a
necessidade de que esta deficiência seja reparada de alguma forma. Não existe a
necessidade de começar ou voltar a ouvir.
Portanto, com base nesta peculiaridade, podemos afirmar que o sujeito surdo é
considerado diferente e não deficiente em relação aos ouvintes.
Desta forma, como em tantas outras culturas, os membros da Comunidade Surda têm
valores, crenças, comportamentos, bem como uma língua diferenciada daquela usada
pela sociedade majoritária.
Como parte desta cultura, podemos nos ater a alguns aspectos característicos como: a
perda auditiva que, porém, não é imprescindível; a participação assídua em escolas de
surdos, festas, associações e eventos típicos da comunidade surda, como os encontros
em shoppings; a postura política frente aos assuntos relacionados aos surdos e, por
fim, o uso e fluência da língua de sinais, que norteia e embasa tal cultura.
Nas interações entre sujeitos surdos ou mesmo entre surdos e ouvintes existem
algumas características interessantes. Primeiramente apresenta-se a pessoa pelo seu
sinal pessoal e depois seu nome é soletrado. O sinal pessoal é atribuído somente pelos
surdos, como se fosse um batismo. Não necessariamente o seu sinal pessoal está
relacionado com a primeira letra do seu nome.
Este sinal pode ter como referência: a aparência física da pessoa, o uso constante de
objetos como óculos, pulseiras, etc.; um comportamento constante como mexer nos
cabelos, assim como também algo que a pessoa goste de fazer. Para esta última
atribuição é necessário um contato mais prolongado com a pessoa a quem se vai
batizar.
Desta forma, como podemos notar, a Comunidade Surda é dotada de uma diversidade
e riqueza cultural que estão acessíveis àqueles que demonstrarem interesse e
empenho em conhecê-los em sua essência, com o coração e mente abertos para o
lindo mundo dos surdos!