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O Senegal é um país da África Ocidental, limitado a norte pela Mauritânia, a leste pelo Mali, a sul pela

Guiné e pela Guiné-Bissau e a oeste pelo Oceano Atlântico e pela Gâmbia. É o mais próximo vizinho de
Cabo Verde, arquipélago que se espalha pelo Atlântico a ocidente do cabo Verde. Capital: Dakar. Possui
uma particularidade que é a de abrigar dentro do seu território a República de Gâmbia como se fosse uma
ilha dentro do Senegal.

Aspectos gerais

Foram os portugueses, no século XV, os primeiros europeus a estabelecer contactos comerciais com o
território do Senegal, mas só a chegada dos franceses, a partir do século XVII, iria marcar fortemente a
cultura senegalesa. A política colonial francesa foi feita através de uma administração indirecta, utilizando
os chefes locais como intermediários e colaboradores. Nas principais cidades, Dakar, Gorée, Rufisque e
Saint-Louis, era exercida uma administração directa por cidadãos franceses. Foi a única colónia onde
chegou a ser concedida cidadania francesa a africanos. A língua oficial ainda hoje é o francês. Depois da
independência, em 1960, a República do Senegal conheceu uma via política inspirada no chamado
socialismo islâmico, difundido por um conjunto de associações, escolas e jornais, de onde se destacou
Léopold Sédar Senghor como o principal teorizador do sistema democrático e Presidente da República.
Em 1982 o Senegal juntou-se à Gâmbia para formar a confederação Senegâmbia através de um pacto
que unia instituições comuns e uma integração das forças armadas e de segurança. A Senegâmbia foi
dissolvida em 1989 por divergências entre os dois países.

Origens

Em tempos primitivos, muitos reinos se constituíram na região onde é hoje o Senegal. Muitos desses
reinos passaram a fazer parte do Império Sudânico de Gana, que existiu entre os séculos VIII e XI. Partes
do atual Senegal pertenceram ao Império Mali no século XIV, e ao Império Songai no século XVI. Durante
o século XVIII, Fonta Toro, um país islâmico, dominou o vale do rio Senegal.

Colonização

Navegadores portugueses, os primeiros europeus a atingir a região, alcançaram Cabo Verde no século
XV. Fundaram um povoado em Gorée, uma pequena ilha em frente a Dacar. No século XVII, a França
conquistou Gorée e estabeleceu um povoado em Saint-Louis, na foz do rio Senegal. Em 1854, o general
Faidherbe tornou-se governador do Senegal. Expandiu o domínio francês, e tudo o que hoje é o Senegal,
estava sob controle da França em 1895. O Senegal passou a ser sede da administração da Federação da
África Ocidental Francesa.

Independência

Em 1946, o Senegal tornou-se um território da União Francesa e elegeu dois deputados para a
Assembléia Nacional Francesa. O Senegal tornou-se uma república autônoma dentro da Comunidade
Francesa em 1958. O Senegal e o Sudão Francês (atualmente Mali) formaram a Federação do Mali em
1959. A independência do Mali foi proclamada em 1960. O Senegal deixou de ser membro da federação
para se tornar um país independente, em 1960. Léopold Sédar Senghor foi o primeiro presidente a tomar
posse.

Tempos modernos

Em 1962, o primeiro-ministro Mamadou Dia foi preso sob a acusação de tentar derrubar o presidente. O
primeiro-ministro Mamadou Dia e seus correligionários foram julgados e condenados à prisão, em 1963. A
partir daí, o Senegal adotou nova constiuição, dando ao presidente autoridade executiva. Em 1966, o
primeiro Festival Internacional de Arte Negra foi realizado em Dacar. No início da década de 1970, a
economia do Senegal foi grandemente prejudicada pela seca na parte oriental do país. Em 1978, Senghor
foi reeleito presidente para mais um período de cinco anos, mas renunciou em 1981, sendo sucedido por
Abdou Diouf. Em 1982, Senegal e Gâmbia projetaram uma confederação chamada Senegâmbia, para
estreitar os laços econômicos e unir suas forças armadas e segurança pública.

Política

O Islã, a religião dominante de Senegal, chegou primeiro a esta região no século XI. Dos reinos nativos, o
império Jolof do século XIV foi o mais poderoso. Várias potências européias chegaram à área desde o
século XV, até que França acabou controlando do que se tinha convertido num importante ponto de saída
para o comércio de escravos.

Dakar se converteu na capital da colônia francesa de África Ocidental Francesa em 1902. Em janeiro de
1959, Senegal e o Sudão Francês se uniram para formar a Federação de Mali, a qual se voltou totalmente
independente o 20 de junho de 1960, como resultado da independência e a transferência do poder,
acordo assinado com França o 4 de abril de 1960. Devido a dificuldades políticas internas, a federação se
dissolveu o 20 de agosto de 1960. Senegal e o Sudão Francês (renomeado como a República de Mali)
proclamaram sua independência individualmente.

Senegal se uniu com Gâmbia para formar a confederação nominal de Senegâmbia em 1982. No entanto,
a integração concebida dos dois países nunca se levou a cabo e a união foi dissolvida em 1989. Apesar
das conversas de paz, um grupo separatista na região de Casamança chocou esporadicamente com as
forças do governo desde 1982. Senegal tem uma longa história de participações na pacificação
internacional.

O Senegal está dividido em 11 regiões (em francês régions), note-se que as capitais regionais têm o
mesmo nome que a região respectiva:

• Dakar
• Diourbel
• Fatick
• Kaolack
• Kolda
• Louga
• Matam
• Saint-Louis
• Tambacounda
• Thiès
• Ziguinchor

Geografia

Dakar, a capital do país.

O país se encontra na costa atlântica de África, frente ao arquipélago de Cabo Verde e no que era a
antiga África Ocidental Francesa. Senegal limita ao norte com Mauritânia, através do rio Senegal, ao este
com Mali, ao sul com Guiné Bissau e Guiné e no meio do território senegalés, à altura do rio Gâmbia,
Senegal rodeia a Gâmbia. Gâmbia separa às regiões de Cassamance (alta e baixa), com o resto de
Senegal, a exceção da região do este, a qual tem capital em Tambacunda. O território senegalés se
caracteriza por ter poucas elevações; unicamente na zona sudoeste, na fronteira com Mali, há alguma
elevação mais importante.
Economia

Vendedores de rua

Em janeiro de 1994 o Senegal adotou um profundo programa de reforma econômica com o apoio da
comunidade de doadores internacionais. Esta reforma começou com uma desvalorização em 50% da
moeda senegalesa, o Franco CFA, que era mantido a uma taxa de câmbio fixa em relação ao franco
francês. Os controles de preços do governo e os subsídios foram desmantelados. Após disto, o país teve
uma grande mudança graças a este programa de reformas, com o PIB real crescendo a médias
superiores a 5% ao ano entre 1995 e 2004. A inflação anual foi reduzida para um dígito. Como Membro
da União Econômica e Monetária do Oeste da África (WAEMU), o Senegal tem trabalhado pela
integração econômica regional com uma tarifa externa única e uma política monetária mais estável. No
entanto, o país ainda depende de doadores internacionais. Sob o programa do Fundo Monetário
Internacional para a dívida dos países pobres, o Senegal se beneficiará da erradicação de dois terços de
suas dívidas bilaterais, multilaterais, e do setor privado.

A pesca é o setor líder das exportações senegalesas. Suas receitas atingiram US$239 milhões em 2000.
As operações de industrialização pesqueira lutam contra os altos custos, e o atum senegalês tem perdido
o mercado francês para os competidores asiáticos, mais eficientes. As exportações de fosfato, o segundo
produto da economia, têm permanecido estáveis, em torno de US$ 95 milhões anuais.

Demografia

Grande Mesquita de Ouakam,

Senegal tem uma grande variedade de grupos étnicos. O francês é a língua oficial, mas só é utilizada de
forma corrente por uma minoria. Os wolof representam o 43% da população, seguidos pelos fulani (24%),
serer (15%), jola (4%), mandingos (3%), junto a outras pequenas comunidades. Uns 50.000 europeus,
majoritariamente franceses, residem no país, junto com uma minoria libanesa, nas cidades.

94% dos senegaleses são muçulmanos, sendo os animistas só um 1%. O 30% da população é urbana. A
parte oriental do país está quase deserta.

A medicina tradicional é legal, sendo praticada pelos serins ou marabus.

République du Sénégal
República do Senegal

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Bandeira do Senegal
Lema: "Un peuple, un but, une foi" ("Um povo, uma meta, uma fé")

Hino nacional: Pincez Tous vos Koras, Frappez les Balafons


("Todos toquem suas corás, batam seus balafons ")1

Gentílico: senegalense, senegalês(a)[1]

Capital Dakar
14°43′N, 17°27′W

Cidade mais populosa Dakar

Língua oficial Francês

Governo República semi-presidencialista


- Presidente Abdoulaye Wade
- Primeiro-Ministro Souleymane Ndéné Ndiaye

Independência da França
- Data 20 de agosto de 1960

Área
- Total 196.722 km² (85º)
- Água (%) 2,1
Fronteira Mauritânia (N), Mali (E), Guiné,
Guiné-Bissau (S), e Gâmbia (W)
População
- Estimativa de 2008 13.343.424 hab. (67º)
- Densidade 56 hab./km² (119º)

PIB (base PPC) Estimativa de 2007


- Total US$: 20.610 bilhões (114º)
- Per capita US$: 1.685 (146º)

Indicadores sociais
- Gini (2001) 41.3 [2] – alto
- IDH (2006) 0,502 (153º) – médio
- Esper. de vida 63,1 anos (146º)
- Mort. infantil 65.7/mil nasc. (39º)
- Alfabetização 39.3% (décimo pior-168º)
Moeda Franco CFA (XOF)

Fuso horário (UTC+0)

Clima Tropical

Org. internacionais ONU, UA, G15, CEDEAO,


Francofonia, União Latina, CPLP
(observador), ZPCAS

Cód. ISO SEN

Cód. Internet .sn


Cód. telef. +221

1
Corá (um tipo de arpa) e Balafon (espécie de xilofone) são
instrumentos musicais típicos do Senegal

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