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Equação de Bernouilli
1) Considerações gerais
A equação da energia aplicada a um volume de controle onde ocorre um escoamento
ideal considerado sem atrito de um fluido incompressível é conhecida como
EQUAÇÃO DE BERNOUILLI. Esta equação pode ser deduzida partindo da equação
da energia para um volume de controle em regime de escoamento permanente, usando
a equação de definição de entalpia e lembrando que para processos reversíveis o calor
q pode ser expresso pela temperatura T e pela variação elementar de entropia ds pela

relação . De acordo com o procedimento citado acima, indicando por o


trabalho por unidade de massa trocado pelo volume de controle com o meio exterior,
por a massa específica, a pressão absoluta, a velocidade, a aceleração da
gravidade, a altura da secção considerada em relação a uma referência arbitrária,
supondo constante a massa específica e adotando os índices 1 e 2 respectivamente
para as propriedades na entrada e na saída do volume de controle mostrado na figura 1
obtém-se então a seguinte equação:

Figura 1 : Equação de Bernouilli

(1)
Admitindo que o trabalho é fornecido ao volume de controle, portanto negativo de
acordo com a convenção de sinal normalmente adotado na Termodinâmica, conclui-se
que a equação (1) pode ser escrita sob a forma:

(2)

Verifica-se facilmente que, no sistema SI, o termo e que representam


respectivamente a energia cinética e a energia potencial também em . Portanto
o primeiro membro da equação 2 representa o somatório das energias que entram no
volume de controle e o segundo membro o somatório das energias que saem do
volume de controle ou seja = .

2
Na prática, devido à existência de atrito fluido e mecânico o fluido sofre uma perda de
energia e, portanto a energia associada ao fluido que entra é maior que a energia
associada ao fluido que sai e neste caso, designando por  a energia perdida, tem-se que

= + . Introduzindo-se na equação 2 a energia perdida resulta:

(3)

Admitindo em 2 o trabalho w nulo:

A equação 4, expressa em termos de energia por unidade de massa, é a equação da


energia aplicada a um escoamento suposto sem atrito de um fluido incompressível ao
qual não foi fornecido energia externa. Ela é conhecida como EQUAÇÃO DE
BERNOUILLI.
Dutos que conduzem ar ou tubulações de líquidos são modelos físicos que podem ser
associados à equação 4.
Multiplicando ambos os membros da equação (4) por , resulta a seguinte forma para a
equação de Bernoulli:

(5)

Desprezando os termos na equação 5 resulta:

(5a)

Verifica-se facilmente que a unidade de cada termo da equação (5) ou (5a) é J/m3. A
equação (5a) é usada normalmente no estudo de ventiladores e de dutos que conduzem
ar onde a variação de energia potencial é desprezível.
O termo é chamado de pressão estática () e age perpendicularmente às paredes do
duto tendendo a rompê-lo se for maior que a pressão externa ou permitir seu
esmagamento se for menor que a pressão externa. A pressão estática é normalmente
medida em relação à pressão atmosférica podendo ser negativa quando menor que ela
ou positiva em caso contrário. Assim a pressão estática no duto de aspiração de um
ventilador é considerada negativa por ser menor que a pressão atmosférica e a pressão
estática no duto de descarga do ventilador é considerada positiva por ser maior que a
pressão atmosférica.
O termo é chamado de pressão velocidade () ou pressão dinâmica ( ), age na
direção da velocidade do escoamento e é sempre positiva.
A soma da pressão estática com a pressão dinâmica é chamada de pressão total (), ou
seja:

3
(6)

Tendo em vista a equação 5a e a definição de pressão total (equação 6) conclui-se que


e portanto ao longo de um duto a soma da pressão estática com a pressão
dinâmica é constante ou seja:

constante (6a)

A relação (6a) mostra que ao longo de um duto, desprezando o atrito e supondo o


fluido incompressível, a soma da pressão estática com a pressão dinâmica em dois
pontos arbitrários do duto é constante e, portanto a pressão total ou seja a energia
permanece constante.
Por outro lado, supondo a vazão em massa ao longo do duto constante, se ocorrer um
decréscimo de velocidade associado, por exemplo, a um acréscimo na área da secção
reta do duto, a pressão dinâmica  diminui e, portanto a pressão estática aumenta
ocorrendo, portanto uma recuperação de pressão estática. Inversamente ocorrendo um
aumento da velocidade associado a um decréscimo a área da seção do duto a pressão
estática diminui.

Em resumo a relação 5 estabelece que a energia por unidade de volume (Joule por
metro cúbico →) 1) é igual a energia por unidade de volume em uma seção 2 (E2) ou
seja para um escoamento sem atrito de um fluido incompressível E1 = E2 ou seja a
energia que entra é igual a energia que sai. Saliente-se que, no uso normal da equação,
a unidade de cada termo é expressa em Pascal no sistema SI.

Na prática, devido à existência de atrito fluido e mecânico a energia que entra é maior
que a energia que sai. Neste caso, designando por a perda de energia em J/m3
expressa em termos de pressão, a equação que representa o balanço de energia pode ser
escrita sob a forma:

(7)

Sabe-se que a pressão p pode ser expressa pelo produto do peso específico de um fluido
( ) pela altura de coluna de fluido ( ), isto é:

Substituindo a expressão 8 na equação 4 e dividindo a expressão resultante por


pode-se obter a equação de Bernouilli em termos de altura de coluna de fluido, isto é:

n (9)
A equação (9) é usada normalmente estudo de sistemas hidráulicos e bombas.

É conveniente salientar que agora, cada termo da equação 9 está expresso em joule por
Newton () ou seja energia por unidade de peso de fluido que circula no volume de

4
controle. Saliente-se que no uso normal da equação a unidade de cada termo é expressa
em metro de coluna de fluido no sistema SI.
Se indicarmos por  as perdas de energia em termos de altura de coluna de fluido a
equação 9 fica:

(9a)
Sintetizam-se abaixo as equações (7) e (9a) que são as duas formas mais usuais da
equação de Bernouilli que são as vezes conhecidas como equação de Bernouilli
extendida.

(7)

(9a)

2) Cálculo da perda de carga


Na equação 7 representa uma perda de pressão ou decréscimo de pressão designada
normalmente por perda de carga. Ela é função das dimensões e do comprimento do
duto, da velocidade, da massa específica do fluido e da rugosidade do material de
fabricação do duto.
A perda de carga pode ser calculada pela equação de Darcy-Weisbach explicitada
abaixo. Indicando por  a perda de carga em Pascal,  o fator de atrito adimensional, L
o comprimento do duto em metros, DH o diâmetro hidráulico em metros, v a velocidade
em m/s e a massa específica em kg/m3 tem-se;

Determinação do fator de atrito

O fator de atrito  é função do diâmetro hidráulico, da rugosidade da tubulação e do


Número de Reynolds.

Diâmetro hidráulico (DH) é um parâmetro normalmente usado no estudo de escoamento


em dutos de secção não circular. O conceito de diâmetro hidráulico permite, por
exemplo, o cálculo de perda de carga em dutos com secção reta não circular usando a
mesma formulação de dutos com área de secção reta circular.
Indicando por A área da secção reta da tubulação e por P o perímetro da tubulação em
contacto com o fluido, o diâmetro hidráulico é calculado pela expressão:

(11)
Para um tubo circular com diâmetro interno , a área da secção reta é eo
perímetro é e, portanto

5
Os materiais não são totalmente lisos e apresentam na sua superfície saliências (picos)
e reentrâncias (vales) de tamanho micrométrico que vão influenciar na maior ou menor
rugosidade do material. Assim quanto maior a rugosidade maior a aspereza ou a
irregularidade da superfície. A rugosidade é normalmente expressa em termos de
rugosidade absoluta e rugosidade relativa.

Rugosidade absoluta () , expressa em unidade de comprimento, é a distância média


entre a altura de uma saliência e a profundidade de uma reentrância consecutivas em
relação a uma linha de referência. Valores típicos de rugosidade absoluta são
fornecidos abaixo.

Cobre: 0.0015 mm
Aço galvanizado: 0,09 mm
Fibra de vidro: 0.9 mm
Concreto: 3 mm

Rugosidade relativa ( ) de um tubo expressos na mesma unidade.

Número de Reynolds é um parâmetro adimensional que relaciona a velocidade, a


massa específica, a velocidade do fluido e o diâmetro hidráulico do duto. Assim para a
velocidade  em m/s, o diâmetro hidráulico em m, a massa específica em kg/m3 e
a viscosidade em PA. ( o número de Reynolds pode ser calculado pela
expressão:

)
O Número de Reynolds pode ser expresso como função da viscosidade cinemática ( )
definida como o quociente entre a viscosidade absoluta e a massa especifica isto é:

)
No sistema SI tem unidade de

Neste caso, o número de Reynolds pode ser calculado pela expressão:

)
o
Indicando por t a temperatura em C, a viscosidade cinemática do ar em m2/s pode
ser estimada com razoável precisão pela expressão:

v = (13 + 0,1 t) x 10-6 (15)

A relação 15 acima oferece boa precisão na faixa de temperaturas normalmente usada


em sistemas de ar condicionado.
A tabela 1 fornece o valor da viscosidade absoluta do ar em Pa.s a 1 bar na faixa de
temperaturas de 10oC a 80oC.

6
Tabela 1: Viscosidade absoluta do ar

Temperatura (oC) Viscosidade (Pa.s


x10-6))
10 17.72
20 18.20
30 18.68
40 19.15
50 19.61
60 20.06
70 20.51
80 20.96

A tabela 2 fornece o valor da viscosidade da água em Pa.s na faixa de temperaturas de


10oC a 100oC.
Referência: www.ebah.com.br Propriedades do ar seco sobre pressão normal.

Tabela 2: Viscosidade absoluta da água

Temperatura Viscosidade
(oC) (Pa,s x 10-3)
10 1.307
20 1.002
30 0.798
40 0.653
50 0.547
60 0.467
70 0.404
80 0.355
90 0.315
100 0.282

Referência: The Engineering Toolbox

Para números de Reynolds menores que 2100 o escoamento é considerado laminar e


para número de Reynolds maiores que 4100 o escoamento é considerado turbulento
que é o regime mais usual em tubulações para o escoamento de ar e água. No intervalo
entre 2300 e 4000 ocorre um regime de transição podendo o regime ser laminar ou
turbulento.
O diagrama de Moody, mostrado na figura 1 abaixo, é a maneira mais conhecida para a
determinação do fator f em função dos parâmetros acima definidos. A abcissa é o
Número de Reynolds e a ordenada o fator de atrito. O diagrama indica uma região a
esquerda onde o regime de escoamento é laminar e o valor de independe da
rugosidade. No regime laminar o fator de atrito pode ser calculado pela relação:

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Na outra região, que representa o regime turbulento, estão indicadas linhas de
rugosidade relativa constante e neste caso o fator de atrito é função do número de
Reynolds e da rugosidade relativa.

Figura 1: Diagrama de Moody

Portanto, conhecendo-se o número de Reynolds levanta-se uma vertical até sua


intercessão com a linha de rugosidade relativa cujo valor é conhecido definindo-se
então um ponto no diagrama. Por este ponto traça-se uma horizontal que, na
intercessão com o eixo das ordenadas, fornecerá o fator de atrito desejado. Assim, por
exemplo, para um número de Reynolds 2 x 105 e uma rugosidade relativa de 0.0008 o
fator de atrito vale 0.02.
Existem equações que permitem a determinação analítica do fator de atrito f como, por
exemplo, equação de Colebrook considerada como referência para o cálculo do fator
de atrito mas que envolve um cálculo iterativo para o cálculo de f

Uma equação mais simples é a devida a Swamee – Jain (1976) que não envolve um
processo de cálculo iterativo para o cálculo de f. Ela se apresenta sob a forma:

Referência Wikipédia

8
Para sistemas de ventilação e ar condicionado o manual Fundamentals da American
Society of Heating, Refrigeration and Air Conditioning Engineers (ASHRAE)
apresenta o método abaixo para o cálculo do fator de atrito.

A) Calcula-se um fator fo pela relação:

(17)

B) Se fo  0.018, fo = f

C) Se fo < 0.018 o fator de atrito f será calculado pela equação:

A internet oferece aplicativos para o cálculo do fator de atrito. No endereço


www.ajdesigner.com no menu Fluid Mechanics- Colebrook Equation Calculator é
oferecido um aplicativo para o cálculo do fator de atrito f.

Portanto, calculado o fator de atrito por qualquer uma das formas anteriormente
mostrada e conhecendo a velocidade e a massa especifica do fluido na tubulação a
perda de carga pode ser determinada pela expressão 10 abaixo repetida e é conhecida
como perda de carga distribuída.

(10)
Perda de carga localizada é aquela que é associada a acessórios existentes em um
sistema de dutos ou tubulações como curvas, válvulas, peças necessárias à montagem
do sistema como reduções, expansões, etc.

O método de cálculo da perda de carga anteriormente mostrado é genérico e pode ser


usado para qualquer fluido. Na literatura especializada são apresentadas formulações
específicas para o cálculo da perda de carga em determinado tipo de fluido como no
caso de tubulações de fluidos frigoríficos, ar comprimido, água, etc. e que deverão ser
usados de preferência à formulação apresentada. O método para o cálculo da perda de
carga em sistemas que usam água está descrito abaixo.
A perda de carga para o escoamento de água em tubulações pode ser calculada pela
equação de Hazen-Williams. Indicando por L o comprimento da tubulação em metros,
V a velocidade do fluido em metros por segundo, D o diâmetro interno da tubulação
em metros e C o fator de rugosidade que depende do material de fabricação da
tubulação, a perda de pressão ou perda de carga do fluido em metros de coluna de
água pode ser calculada por:

9
A tabela 3, na página seguinte, fornece valores típicos do fator de rugosidade para
alguns materiais.
Tabela 3: Fator de rugosidade

Material Fator de rugosidade


Aço 140
Cobre 130-140
Concreto 100-140
Fibra de vidro 150
Metal corrugado 60

Exemplo 1: Uma corrente de 6800 m3/h de ar a 100 kPa e 10oC escoa em um duto, de
secção reta circular, com velocidade de 5 m/s. Admitindo que a rugosidade absoluta do
material de fabricação do duto vale 0.09 mm e que seu comprimento vale 15 m
calcular em Pa a perda de pressão no duto.

Solução

Vazão de ar:

Área da secção reta do duto

A = 0.378 m2

Diâmetro interno do duto

= 694 mm

Massa específica do ar

Viscosidade absoluta do ar a 10oC : (tabela 1)

Número de Reynolds

Rugosidade relativa:

Com o valor do número de Reynolds e a rugosidade relativa obtém-se do diagrama de


Moody f =0.016
10
Cálculo do fator de atrito pela correlação devida a Swamee (equação 16)

Perda de carga

5.32 Pa =0.55 mmca

Exemplo 2: Resolver o exemplo 1 admitindo que a secção do duto é retangular e que a


altura do duto não deve ultrapassar 20 cm;

Solução

Largura do duto

0.368 = L 0.2 L = 1.84 m

Perímetro do duto

P = 2 x 0.2 + 2 x 1.84 P= 4.08 m

Diâmetro hidráulico

Número de Reynolds

Rugosidade relativa

O cálculo do fator de atrito será feito pelas equações 17 e 17a

Como (maior que 0.018)

11
Perda de carga

= 12.82 Pa

Exemplo 3: Uma vazão de 6.8 m3/h de água escoa em uma tubulação de aço com
comprimento de 10m. Sabendo que a velocidade é de 3 m/s, calcular, usando a equação
de Hazem-Williams, a perda de carga em metros de coluna de água.

Solução

Vazão de água

Q = 6.8 / 3600 Q = 0.00188 m3/s

Área da secção reta

0.00188 = A x 3 A = 6.266 x 10-4 m2

Diâmetro da tubulação

D = 0.0282 m

Perda de carga

Exemplo 4: Uma corrente de 24 litros por minuto de um óleo escoa na tubulação


mostrada no desenho abaixo.

A pressão manométrica no ponto 1 vale 500 kPa. Calcular a pressão manométrica no


ponto 2 sendo conhecidos:

12
a) Densidade do óleo em relação a água: 0.82

b) Diâmetro da secção 1: 12 mm

c) Diâmetro da secção 2: 25 mm

d) Perdas totais entre os pontos 1 e 2 : 2.3 m de coluna de fluido

Solução

Pressão no ponto 1: p1 = 500 kPa = 500000 Pa

Vazão de óleo:

Massa específica do óleo:

Área interna da secção 1

Área interna da secção 2

Velocidade no ponto 1

Velocidade no ponto 2

Perda de carga de 2.3 m expressa em N/ m2 (Pa)

Será usada a Equação de Bernouilli em termos de pressão (equação 7) para a solução


do problema:

13
Deve ser observado que, como o valor adotado para p1 na solução do problema é
pressão manométrica, a pressão p2 calculada também é manométrica.

Exemplo 5: Qual o nível, h, que deve ser mantido no reservatório para produzir uma vazão
volumétrica de 0,03 m /s de água? O diâmetro interno do cano liso é de 75 mm e seu
3

comprimento é de 100 m. A perda de carga associada à entrada do cano na junção com o


reservatório é de 1.178 mca . A água é descarregada para a atmosfera e a pressão na parte
superior do tanque é também a pressão atmosférica.

Solução

Será usada a Equação de Bernouilli em termos de pressão (equação 7) para a solução


do problema:

Será admitido um plano de referência coincidindo com a linha de centro do cano.


Como a parte superior do tanque e a saída do cano estão sujeitas à pressão atmosférica
conclui-se que p1 = p2 = 0 (pressão manométrica). Admite-se ainda que v1= 0.

Área da secção reta do cano

Velocidade na saída do cano

0.03 = 0.00441

Masssa específica da água:

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Perda de pressão junção cano-reservatório

Viscosidade da água:

Número de Reynolds

Rugosidade relativa

Fator de atrito

Perda de carga no cano

Perda de carga total

Altura do reservatório

Exemplo 6: No sistema de dutos mostrado na figura abaixo escoa uma vazão de 13600
m3/h. A perda de carga entre as secções 1 e 2 é de 11 milímetros de coluna de água. A
área da secção 1 vale 0.371 m2 e a área da secção 3 é 1.49 m2. Sabendo que a pressão
estática em 1 vale 28 milímetros de coluna de água e adotando um valor de 1.2
kg/m3para a massa especifica do ar, calcular a pressão estática na secção 2.

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Solução

Vazão no duto

Q = 13600 / 3600 Q = 3.777 m3/s

Pressão estática na secção 1

p1 = 28 x 9.81 = 274.68 Pa

Velocidade na secção 1

3.777 = 0.371 x v1 v1 = 10.18 m/s

Velocidade na secção 2

3.777 = 1.49 x v2 v2 = 2.53 m/s

Perda de carga

Será usada a Equação de Bernouilli em termos de pressão (equação 7) para a solução


do problema:

Exemplo 7: Perdas localizadas são as vezes fornecidas em termos de comprimento


equivalente do tubo. Por exemplo, um registro globo para um tubo com 25 mm de
diâmetro nominal apresenta um comprimento equivalente de 15 m quando todo aberto.

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Isto significa que o registro apresenta a mesma perda de carga que um tubo reto com
comprimento de 15 m. Calcular em pascal e bar a perda de carga no registro globo de
aço galvanizado citado para uma velocidade da água no tubo de 3 m/s.

Solução

Massa especifica da água: = 1000

Rugosidade absoluta do aço galvanizado: 0.09 mm

Viscosidade absoluta da água: 0.001 Pa.s

Diâmetro interno do duto adotado: 25 mm

Rugosidade relativa:

Número de Reynolds:

Fator de atrito: 0.029 (obtido do aplicativo)

Perda de carga:

Exemplo 8: Calcular a perda de carga em um duto, com dimensões de 0.6 m, por 0.3 m
com comprimento de 10 m, rugosidade absoluta de 0.09 mm, sabendo que a vazão é
de 4000 m3/h e que a massa especifica do ar é de 1.2 kg/m3.

Solução

Viscosidade do ar:

Dimensões do duto: 0.6 m por 0.3 m

Área do duto: A = 0.6 x 0.3 = 0.18 m2

Perímetro do duto: P = 2 (0.6 + 0.3) = 1.8

Diâmetro hidráulico: DH = 4 x 0.18 / 1.8 = 0.4 m

Rugosidade absoluta:

Rugosidade relativa: 0.09/400 = 2.25 x 10-4

Velocidade do ar no duto: = 6.17 m/s

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Número de Reynolds:

Fator de atrito

Fator de atrito para cálculo para o cálculo da perda de carga

Perda de carga

VERIFICAÇÃO DO VALOR DE FATOR DE ATRITO PELA EQUAÇÃO DE


COLEBROOK

Substituindo na equação os valores anteriormente calculados resulta:

Efetuando

Ou

7.52 = 7.506

O valor de f calculado pela correlação satisfaz a equação de Colebrook com bastante


precisão.

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