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TECNOLOGIA GERAL – 12º ANO ANO LECTIVO 2011/2012

INSTALAÇÕES TÉCNICAS – PARTE II


REDES DE ÁGUA
As redes de distribuição de água para o abastecimento da população que habita num aglomerado
urbano constam de duas partes distintas, as redes públicas [escoamento permanente de água em
condutas] e as redes domiciliárias, conectadas entre si por ramais de ligação aos diferentes edifícios. Estes são
constituídos por trechos localizados entre o limite exterior do prédio, competindo a sua instalação à
entidade que opera a rede geral.
Designa-se por rede geral o sistema de canalizações instalados na via pública, de preferência sob os
passeios, segundo determinadas regras. Os caudais Q = vA a considerar devem ter em conta a situação
populacional actualizada da zona a servir. As capitações devem basear-se nos consumos verificados
ou, quando não se disponha de suficiente informação, considerar os valores mínimos.

As partes antes do contador e o contador pertencem à entidade das águas e não devemos interferir
nessas partes sem a devida autorização desta, mas somos responsáveis ou guardas dos contadores.
Quando o nosso edifício ainda não se encontra conectada à rede pública e pretendemos fazer à
conecção, nesse caso, devemos endereçar um pedido à companhia fornecedora de água a fim de obter
um encontro de informação no decorrer do qual será determinado a possibilidade do
encaminhamento da água para o local da construção assim como a localização do contador.
Em certos locais, na habitação colectiva, a água faz parte das despesas comuns, quando os
apartamentos são equipados de um contador divisionário, mas é preferível que cada apartamento
tenha o seu próprio contador, conectado na coluna montante.

ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA FRIA E DE ÁGUA QUENTE


Chama-se água fria e quente sanitária as águas que
alimentam os aparelhos sanitários [sanita, lavatório,
bidé, banheiro, etc.] e electrodomésticos [lava-loiça,
máquina de lavar]. Elas são distribuídas por duas
redes distintas: uma para água fria e outra para água
quente.

Elementos que constituem a rede


Encontra-se, sucessivamente, desde a conduta
principal até aos aparelhos, seguindo o sentido de
escoamento da água. Temos:

 Ramal de ligação – Canalização entre a rede pública e o limite da propriedade a servir. Está
habitualmente enterrada no início de percurso;
 O contador de água, que é instalado pelo serviço das águas ou por uma firma credenciada. Está
localizado mais habitualmente no limite de propriedade, numa abertura de visita (obra de maçonaria
permitindo o acesso ao contador);
 Válvula de retenção, órgão de funcionamento automático impeditivo do refluxo;
 Válvula de seccionamento, órgão cuja manobra permite interromper ou restabelecer o suprimento
de água;
 Ventosa, órgão destinado à expulsão do ar acumulado em ponto alto e, eventualmente, à reposição
da pressão atmosférica (neste caso trata-se de uma ventosa de duplo efeito).
 Alimentador predial, canalização compreendida entre a coluna e o contador de água privativo do
utente;
 Coluna montante, trecho de canalização de prumada que conduzem a água para os reservatórios;

1 Arlindo Mendes “A ex de um pode ser tesouro do outro.”


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 Esquentador/aquecedores, eléctrico, a gás, solar e à lenha. O seu papel consiste em aumentar a


temperatura da água;
 Barrilete, a canalização principal, que se localiza em nível abaixo do reservatório e é provido de
registro, para dela distribuir-se a água às várias colunas em prumada;
 Coluna de distribuição, troço da canalização compreendida entre barrilete e ramais de distribuição;
 As canalizações secundária (ramais de distribuição), que asseguram a alimentação de água fria e
de água quente dos diferentes aparelhos. Podem ser feitas em aço, cobre, PVC, polietileno,
polipropileno, polietileno reticular; quando circulam horizontalmente em plinto ou sob o tecto
emprega-se os termos cinturas;

Eng° Tec: Arlindo Mendes 3

SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS USADAS


Chama-se águas usadas (AU) ao conjunto dos efluentes provenientes das sanitas, dos aparelhos
sanitários e electrodomésticos. As águas de despejo das sanitas são águas residuais ou negras ( AR) e
as dos outros aparelhos e electrodomésticos são as águas domésticas ou saponáceas ou cinzentas.
Todas as habitações possuem uma rede de evacuação das águas usadas, constituída principalmente
por canalizações, cujo papel é de recolher as águas e depois encaminhá-los para esgoto (se existir) ou
para o dispositivo de saneamento individual.
As águas residuais domésticas provêm de instalações sanitárias, cozinhas e zonas de lavagem de roupas e caracterizam-se
por conterem quantidades apreciáveis de matéria orgânica, serem facilmente biodegradáveis e manterem relativa
constância das suas características no tempo.

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Elementos que constituem a rede


Encontra-se, sucessivamente, desde os aparelhos sanitários até ao esgoto (seguindo o sentido de
escoamento da água).
 Os despejos, são canalizações de evacuação de pequeno diâmetro, excepto sanita de Ø= 100mm,
ligados aos sifões dos aparelhos;
 Uma ou mais quedas, canalizações verticais cujo número depende da posição dos aparelhos
sanitários. Uma entrada na cobertura assegura a ventilação das condutas e evita o despejo dos sifões;
 Colector predial, ligados às quedas, situados na cave, num vazio sanitário ou escondido sob o
lajeamento, dependem do tipo de sobrado. Os colectores atravessam as paredes das fachadas para se
juntarem às aberturas de visita,
 Uma ou mais abertura / caixa de visita, colocadas na mudança de direcção e de rampa. Permitem
a limpeza eventual das condutas, assegura a função de sifão e a ligação entre os canos,
 Um colector principal, enterrado que recolhe a totalidade das águas usadas da habitação para
dirigir para o esgoto ou para uma fossa séptica quando o esgoto for distante ou inexistente.

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS


A instalação de esgoto pluvial compreende nos serviços de captação e escoamento rápido e seguro das
águas e divide em seguintes partes: calhas, tubos de quedas e rede colectora.
Qualquer habitação deve possuir uma rede de evacuação das águas pluviais, a fim de evitar que estas venham a
escavar o solo junto às fachadas e originar a penetração de humidade nas paredes.

Esta rede recupera e depois evacua as águas pluviais para um saneamento básico ou um colector
exclusivamente reservado às águas pluviais. O despejo pode ser efectuado no meio rural, se não
houver nenhum colector urbano na proximidade.

ELEMENTOS QUE CONSTITUEM A REDE


Desde o telhado até ao esgoto, encontram-se sucessivamente:
 As goteiras ou caleiras (termo impróprio) ou calhas em zinco ou em PVC, colocados nas partes
baixas das vertentes dos telhados;
 As quedas verticais ou canos de descidas, fixos por aros nas fachadas. Elas são munidas, na base,
de um tubo em fonte;
 Abertura de visita, uma por cada queda vertical (em principio), situados no exterior do edifício, na
proximidade das fachadas.
 Rede colectora, conduzem as águas para a destinação final.

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IMPLANTAÇÃO DAS ABERTURAS DE VISITAS:


 Ao pé de cada queda ou despejo;
 A cada mudança de direcção, rampa e do diâmetro das canalizações;
 A cada intersecção das canalizações;
 Todos os 15 a 20 metros na secção recta.

SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA

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