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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1 CLASSIFICAÇÃO DE SINAIS

A ênfase deste curso está voltada para a descrição matemática de sinais elétricos que trafegam por um
sistema de comunicação, bem como para as suas representações no domínio do tempo e da frequência e seu
processamento nas diversas etapas do sistema.

- Sinal Elétrico: é uma função do tempo, representando uma forma de onda de corrente ou de tensão,
carregando consigo alguma informação.
A forma de onda de um sinal elétrico fisicamente realizável (isto é, que pode ser medida em laboratório)
deve satisfazer algumas condições:

1. Ter valores não nulos significantes num intervalo de tempo finito.

2. Ter um espectro de freqüências com valores significantes numa faixa finita de frequências.

3. Ser uma função contínua do tempo

4. Ter um valor de pico finito

5. Ter somente valores reais no domínio do tempo

A primeira condição é necessária porque sinais físicos contêm uma quantidade finita de energia. A
segunda condição é necessária porque qualquer meio de transmissão tem uma banda de frequências restrita. A
terceira implica dizer que nenhum sinal pode sofrer variações instantâneas em seus valores já que os sistemas
físicos sempre contêm elementos armazenadores de energia que retardam essas variações. A quarta condição é
necessária porque dispositivos eletrônicos têm limitações de tensão e corrente. A quinta implica que somente
formas de ondas reais podem ser observadas no mundo real, embora algumas de suas propriedades, tal como o
espectro, possa ser complexo.
Modelos matemáticos que violam algumas ou todas essas condições são, entretanto, usados por uma
principal razão: simplicidade da análise matemática dos sinais físicos. A figura 1-1 mostra uma forma de onda
física e sua forma idealizada.

Fig. 1-1 Forma de onda física e idealizada


Dependendo das características de interesse podemos distinguir algumas classes distintas de sinais:

(1) Sinais Periódicos e Não Periódicos: Alguns sinais incluem variações cíclicas de intensidade e são
chamados de sinais periódicos. Uma forma de onda, g(t), é dita periódica se, para todo o instante de tempo t , ela
satisfaz a condição:

g(t) = g(t ± T) (1-1)

Onde o período To é o menor valor de T que satisfaz essa condição. A função senoidal é um exemplo típico de
um sinal periódico. Se a equação (1-1) não for satisfeita o sinal será dito não-periódico ou aperiódico.
É importante ressaltar que a soma de duas ou mais funções periódicas resultará numa função periódica
contanto que as frequências de cada uma das parcelas sejam múltiplas inteiras de uma frequência fundamental.
Seja qual for a forma das variações de intensidade dos sinais periódicos, estes são sempre computados
por uma soma de sinais senoidais puros de freqüências múltiplas do sinal base e intensidade decrescente. Estas
ondas senoidais com freqüências múltiplas são conhecidas por harmônicas.

(2) Sinais Determinísticos e Sinais Aleatórios: um sinal é determinístico quando existe certeza a
respeito de seu valor em qualquer instante de tempo. Quase sempre são descritos por uma equação bem definida,
como por exemplo:

g(t) = 2e–3t, g(t) = 10cos(2t), g(t) = 3t –7


O sinal é dito aleatório quando existe algum grau de incerteza quanto ao seu valor antes que ele aconteça. Sendo
impossível descrevê-los por equações bem definidas. Eles são geralmente descritos por parâmetros estatísticos
tais como: média, variância, distribuições de probabilidades, etc. Exemplos de sinais aleatórios são: o sinal de
voz, o sinal de áudio, o sinal de vídeo, o ruído, as descargas atmosféricas, etc. Na verdade, todos os sinais que
carregam informações num sistema de comunicação são aleatórios, do contrário não seria necessário transmiti-
los.

(3) Sinais Analógicos, Sinais Discretos e Sinais Digitais: um sinal é analógico se sua forma de onda é
representada por uma função contínua do tempo. Por exemplo, uma onda acústica que é convertida num sinal
elétrico através de um microfone, resulta num sinal analógico que é um sinal de voz. Uma filmadora converte
ondas luminosas em um sinal elétrico originalmente analógico, que o chamamos de sinal de vídeo. A maioria dos
sinais de comunicação é em sua essência analógica. Um sinal é dito discreto no tempo quando ele é definido
somente em instantes discretos de tempo. São, portanto sequências (um conjunto) de amostras que podem
assumir qualquer amplitude numa faixa contínua de valores. Um sinal é dito digital quando as amostras de um
sinal discreto são quantizadas, isto é, são arredondadas para assumirem valores num conjunto finito de
amplitudes discretas que são em seguida codificadas.

(4) Sinais Pares e Sinais Ímpares: um sinal de tempo contínuo é par se, para todo t, for satisfeita a
condição:

g(–t) = g(t) (1-2)

Diz-se que ele é ímpar para todo t, se

g(–t) = – g(t) (1-3)

Em outras palavras, os sinais pares são simétricos em relação ao eixo vertical e os sinais ímpares são
antisimétricos. A figura 1-2 mostra um exemplo de cada um deles.

2
(a) (b)
Fig. 1-2 (a) Sinal par e (b) sinal ímpar

Qualquer função contínua pode ser decomposta em sua porção par e sua porção ímpar, conforme mostra
o exemplo a seguir.

Exemplo: Seja g(t) uma função qualquer, contínua no tempo. Vamos expressá-la como:

g(t) = gp(t) + gi(t) (1-4)

Onde gp(t) é a componente par de g(t) e gi(t) é a componente ímpar de g(t)


Então, pelas equações (1-2) e (1-3) , temos:

gp(–t) = gp(t) e gi(–t) = – gi(t)

Portanto, substituindo t por –t na equação (1-4) obtemos a equação:

g(–t) = gp(t) – gi(t)


Essa equação quando somada membro a membro ou subtraída membro a membro com a equação (1-4), permite-
nos encontrar as componentes par e ímpar de g(t). Obtemos assim:

gp(t) = (1/2)[g(t) + g(–t)]


gi(t) = (1/2)[g(t) – g(–t)]

Exercício: Encontrar as componentes par e ímpar do sinal g(t) = e–t

⇒ Note que, se g(t) é complexo, a definição de par e ímpar não se aplica. Neste caso, podemos falar de
simetria conjugada. Ou seja, diz-se que um sinal é simétrico ou anti-simétrico conjugado se, respectivamente,:

g(–t) = g*(t) e g(–t) = – g*(t) (1-5)

Onde g*(t) expressa o complexo conjugado de g(t). Por exemplo, se g(t) = a(t) + jb(t), então seu
complexo conjugado será g*(t) = a(t) – jb(t) ⇐

1.2. VALOR DC, VALOR EFICAZ, POTÊNCIA, ENERGIA E VALOR EM dB

- Valor dc: O valor dc (“direct current”) de um sinal, g(t), seja ele corrente ou tensão, é dado pelo seu
valor médio no tempo, denotado por <g(t)>, ou seja:
T/2
<g(t)> = lim (1/T) ∫g(t)dt (1-6)
T→∞ -T/2

Para uma forma de onda física qualquer, o valor dc é calculado para certo intervalo [t1,t2]. Então escrevemos:

3
t2
<g(t)> = 1/(t2 – t1) ∫g(t)dt (1-7)
t1

Se g(t) for periódica simplificamos para:


α + To
<g(t)> = 1/To ∫g(t)dt (1-8)
α

⇒ Note que α é um valor inicial qualquer de tempo, escolhido da forma mais conveniente. O valor dc de um
sinal pode ser medido com um voltímetro ou amperímetro na escala dc. ⇐

- Valor rms: também chamado de valor eficaz, é dado pela raiz quadrada do valor médio do sinal ao
quadrado, ou seja:
________
Grms = √ <g2(t)> (1-9)

Para uma função senoidal podemos mostrar que este valor pode ser dado por:
__
Grms = Gp / √2 (1-10)

Onde Gp é a amplitude máxima (valor de pico) da senoide.

⇒ Note que o valor eficaz de um sinal pode ser medido com um voltímetro ou amperímetro na escala ac. ⇐
- Potência: É sabido que a potência instantânea é o produto da tensão pela corrente em qualquer
instante, ou seja:

p(t) = v(t)i(t) (1-11)

Já a potência média, é definida como o valor médio da potência instantânea, isto é:

P = < p(t) > = < v(t)i(t) > (1-12)

Onde a notação < . > denota valor médio. Se essa potência for calculada sobre uma carga resistiva, de resistência
R, e fazendo i(t) = v(t)/R ou v(t) = Ri(t), temos:

P = < v2(t) > / R ou P = < i2(t) > R


Se supusermos uma carga resistiva unitária, chamaremos a essa potência de potência normalizada. Neste caso
podemos observar que, independente do sinal ser uma corrente ou uma tensão, a potência média será sempre dada
pelo valor médio do quadrado do sinal. Para um sinal periódico, por exemplo, podemos escrever:

To/2
P = < g2(t) > = (1/To)∫g2(t)dt (1-13)
-To/2

Onde g(t) pode ser um sinal de tensão ou de corrente. Note que P = G2rms

- Energia: A energia total normalizada, de um sinal g(t) é dada por:


T/2 ∞
E = lim ∫g2(t)dt = ∫g2(t)dt (1-14)
T→∞ -T/2 -∞

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- Valor em dB: Na entrada de um canal de voz temos potência elétrica instantânea variando na razão de
1.000.000 para 1. Esta faixa dinâmica extensa torna pouco prática a medida de potência através de medidores
com escala linear. Por exemplo, para a escala dinâmica de voz, teríamos que prover um medidor com uma escala
graduada de 1 até 1.000.000. Este problema é resolvido comprimindo a escala com o uso de logaritmo, pois para
uma variação linear de 1 para 106 temos uma variação de apenas 6 usando logaritmo decimal. Como a faixa de 0
a 6 é comprimida demais, na prática multiplica-se o logaritmo por 10 obtendo-se o decibel que é portanto uma
medida logarítmica na base 10 da razão entre duas potências. Por exemplo, a razão do nível de potência na saída
de um circuito comparada com aquela na entrada é frequentemente especificada pelo ganho em dB. Assim, o
ganho do circuito em dB é dado por:

GdB = 10log(Pout/Pin) (1-15)

Onde Pout é o nível de potência na saída e Pin é o nível de potência na entrada


Essa relação dá um número (adimensional) que indica o valor relativo da potência de saída com respeito à
potência de entrada. Se cargas resistivas são envolvidas, a equação (1-15) pode também ser escrita como:

GdB = 20log(Vout/Vin) + 10log(Rin/Rout) (1-16)


ou
GdB = 20log(Iout/Iin) + 10log(Rout/Rin) (1-17)

⇒ Note que o mesmo valor em decibéis é obtido independentemente se potência, tensão ou corrente [Eq. (1-15),
(1-16) ou (1-17)] foi usada. ⇐

Se potências normalizadas são utilizadas podemos ainda escrever:

GdB = 20log(Vout/Vin) = 20log(Iout/Iin) (1-18)

Essa equação não dá o valor verdadeiro em decibéis, a não ser que Rin = Rout. Entretanto, é prática comum em
engenharia utilizarmos a equação (1-18) mesmo se Rin ≠ Rout e mesmo se o número obtido não é o estritamente
correto.
O decibel pode também ser utilizado para indicar níveis absolutos de potência com respeito a um nível
de referência. Por exemplo, o nível de potência em decibel com respeito a 1 mW é dado por:

PdBm = 10log(P em Watt/10-3)


= 30 + 10log(P em Watt) (1-19)

Geradores de sinais de RF são usualmente calibrados em termos de dBm. Outras medidas de níveis absolutos de
potência são também utilizadas. Assim, quando um nível de referência de 1 W é usado o nível em dB é denotado
por dBW; quando um nível de 1 kW é usado, o nível em dB é denotado por dBk. Por exemplo, uma potência
de 5 W pode ser especificada como +36,99 dBm, ou 6,99 dBW, ou ainda –23,0 dBk. A indústria de TV a
cabo (CATV) usa o nível de referência de 1 mV rms através de uma carga de 75 Ω. Essa medida em dB é
denotada por dBmV e definida como:

dBmV = 20log(Vrms/10-3) (1-20)

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1.3. OPERAÇÕES BÁSICAS COM SINAIS

Várias operações podem ser realizadas com sinais, envolvendo tanto a variável dependente como a
variável independente, como será visto a seguir, onde consideramos x(t) como a excitação e y(t) como a
resposta.

(1) Operações na variável dependente

- Mudança na escala de amplitudes: y(t) = kx(t). Dispositivos que realizam essa mudança são
chamados de amplificadores ou atenuadores, dependendo se k é maior do que 1 ou menor do que 1,
respectivamente.

- Adição: y(t) = x1(t) + x2(t). Os misturadores de áudio (voz + música) são exemplos de dispositivos
que realizam tal operação.

- Multiplicação: y(t) = x1(t)x2(t). Um modulador de amplitudes pode realizar tal operação como será
visto posteriormente.

- Diferenciação: y(t) = dx/dt. Um dispositivo muito simples que realiza tal operação é o indutor, que
como vimos em circuitos elétricos, a sua tensão é dada por v(t) = Ldi/dt.
t
- Integração: y(t) = ∫x(τ)dτ. Da mesma forma, o capacitor pode realizar esta operação.
-∞

(2) Operações na variável independente

- Mudança na escala de tempo: y(t) = x(at). Se a constante a é maior do que 1, y(t) será uma
versão comprimida de x(t). No caso de sinais discretos, esta operação é conhecida como decimação. Se 0 < a
< 1, y(t) será uma versão expandida de x(t). Para sinais discretos, esta operação é conhecida como
interpolação. Exemplos dessas operações são mostrados na figura 1-3.

Fig. 1-3: Compressão e expansão de sinais

- Reflexão: y(t) = x(–t). Esta operação corresponde a fazer um giro de 180o no sinal x(t) em torno
do eixo vertical. A figura 1-4 mostra um exemplo.

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Fig. 1-4: Reflexão de um sinal

- Deslocamento no tempo: y(t) = x(t – to). Se to > 0, x(t) é deslocado para a direita e diz-se que
y(t) é uma versão atrasada de x(t). Se to < 0, x(t) é deslocado para a esquerda e diz-se que y(t) é uma
versão adiantada de x(t). A figura 1-5 mostra um exemplo.

Fig. 1-5: Deslocamento para a direita (atraso) e para a esquerda (adiantamento)

- Regra de precedência para deslocamento no tempo e mudança de escala no tempo, no mesmo sinal:

Se um sinal, x(t), experimentar uma mudança de escala no tempo por um fator a e um deslocamento no tempo
por um fator b, então escrevemos:

y(t) = x(at – b) (1-21)

Este sinal como podemos observar, obedece às condições:

y(0) = x(–b) e y(b/a) = x(0) (1-22)

que só podem ser satisfeitas se o deslocamento no tempo preceder a mudança de escala no tempo. A figura 1-6
exemplifica a forma correta destas operações para o sinal y(t) = x(2t – 2), onde, primeiro fizemos o
deslocamento de x(t), de 2 unidades para a direita e, somente depois, fizemos a compressão pelo fator 2.

Fig. 1-6: Regra de precedência – primeiro o deslocamento, depois a compressão.

Se fizéssemos primeiro a mudança de escala para depois deslocar no tempo, obteríamos, erroneamente, o gráfico
da figura 1-7, que, como pode ser observado, não satisfaz uma ou ambas as condições da equação (1-22)

Fig. 1-7: Um contra exemplo da regra de precedência

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Para ilustrar como a operação descrita na equação (1-21) pode surgir numa situação prática, considere
um sinal de voz registrado num gravador de fita magnética. Se a fita for executada numa velocidade mais rápida
do que a velocidade de gravação original, obtém-se uma compressão (a > 1). Caso contrário obtém-se uma
expansão. A constante b é responsável por um retardo na execução da fita.
Para sinais discretos no tempo, a compressão significa perdas de algumas amostras do sinal enquanto
que a expansão (interpolação) significa acréscimo de algumas amostras. Em ambos os casos o sinal sofre
distorções.

(3) Operação nas duas variáveis

Veremos apenas um tipo de operação, porém, muito importante em processamento de sinais, que se
chama convolução. A operação de convolução entre duas funções, g1(t) e g2(t), denotada por g1(t)⊗g2(t), é
definida pela integral:
∞ ∞
g1(t)⊗g2(t) = ∫g1(τ)g2(t – τ)dτ = ∫g2(τ)g1(t – τ)dτ (1-23)
-∞ -∞

Exemplo: Sejam os pulsos retangulares dados pela figura 1-8

Fig. 1-8

A integral de convolução expressa pela equação (1-23), nada mais é do que o somatório contínuo
(integral) do produto de uma das funções mantida fixa, pela outra girada de 180o, em relação ao eixo vertical, e
deslocada continuamente de t segundos. Neste exemplo vamos fixar g2(t) e girar g1(t); essa escolha é
arbitrária já que a operação de convolução é comutativa. Como a função girada, g1(t - τ), se deslocará
continuamente de t segundos sobre a função fixa g2(τ), três situações distintas podem surgir, neste exemplo,
durante o cálculo da integral, conforme ilustradas na figura 1-9.

(a) (b) (c)


Fig. 1-9: Etapas da convolução entre dois pulsos retangulares.

Na situação da figura 1-9(a), temos:

t
g1(t)⊗g2(t) = ∫A1A2dτ = A1A2t, 0 < t < 4.
0

Na situação da figura 1-9(b), temos:

8
4
g1(t)⊗g2(t) = ∫A1A2dτ = 4A1A2, 4 < t < 6.
0

Na situação da figura 1-9(c), temos:


4
g1(t)⊗g2(t) = ∫A1A2dτ = -A1A2t + 10A1A2, 6 < t < 10.
t-6

Observe que: g1(t)⊗g2(t) = 0, para t < 0 e t > 10.


O resultado dessa convolução, pode ser “plotado” conforme mostra a figura 1-10.

Fig. 1-10: Resultado da convolução entre dois pulsos retangulares.

(4) Linearidade e Invariância no tempo: A análise espectral de sinais se apoia em duas ferramentas
básicas: a série de Fourier, para sinais periódicos, e a transformada de Fourier, para sinais de energia.
Basicamente, isso é uma consequência do fato de que a resposta de um sistema a uma entrada senoidal é outra
senoide de mesma frequência, sob duas condições: se o sistema for linear e se o sistema for invariante no tempo.
Relembremos, pois, o conceito de linearidade e de invariância no tempo.

- Linearidade: um sistema é dito linear se, para uma excitação a1x1(t) + a2x2(t), com a1 e a2
constantes, a resposta for a1y1(t) + a2y2(t), onde y1(t) é a resposta à x1(t) e y2(t) é a resposta à x2(t),
quando são aplicadas separadamente.

- Invariância no tempo: o sistema é dito invariante no tempo se sua resposta independe do instante em
que sua excitação é aplicada, ou seja, para uma excitação x(t + to) teremos sempre como resposta y(t + to).

(5) Fasores: sinais senoidais ocorrem com muita freqüência em engenharia elétrica, que uma notação
abreviada, denominada de fasor é frequentemente utilizada.
Um fasor nada mais é do que um número complexo cujo módulo é igual à amplitude de pico da senoide
e cuja fase é igual à fase da senoide. Se, por exemplo, a senoide for dada por:

x(t) = Xpcos(ωt + φ) (1-24)

Então, seu fasor representante será o número complexo:

X = Xpejφ. (1-25)

Onde |X| = Xp é o valor de pico da senoide φ é a sua fase.


Quando trabalhamos com fasor, fica subtendido que a freqüência da senoide é conhecida, ou seja, quando
queremos retomar a senoide de volta, fazemos:

x(t) = Re{Xejωt}. (1-26)

A quantidade Xejωt é referida como fasor girante e Re{.} denota a parte real do fasor girante.

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1.4 A FUNÇÃO DEGRAU E A FUNÇÃO IMPULSO (DELTA DE DIRAC)

É oportuno, neste ponto, fazermos um breve estudo sobre duas funções singulares que não são
fisicamente realizáveis, mas que são de grande valia para a análise de sinais no domínio da freqüência.

- Função degrau unitário: é de grande utilidade na representação de sinais que são limitados no tempo ou
na freqüência, ou seja, na representação de sinais truncados. Podemos defini-la como:

u(t) = 0, t < 0
= 1, t ≥ 0 (1-27)

Sua representação gráfica pode ser vista na figura 1-11. O valor dessa função em t = 0 foi definido
como sendo igual a 1/2 por uma questão de conveniência.

Fig. 1-11: Função degrau unitário

Exemplo 1: Represente graficamente as seguintes funções degrau: (a) u(t – 1); (b) u(–t); (c) 3u(t – 2).
Solução: Os gráficos resultantes são mostrados na figura 1-12.

(a) (b) (c)


Fig. 1-12: Exemplos de funções degrau.

Exemplo 2: representar um pulso retangular de tensão, de amplitude 5 V e duração 1 < t < 2 s, usando a
função degrau.

Solução: Esse pulso retangular pode ser visto como a diferença de dois degraus de amplitude 5 V, um
acontecendo em t = 1 s e o outro acontecendo em t = 2 s, resultando assim no pulso mostrado na figura 1-13.
Analiticamente temos:

v(t) = 5u(t – 1) – 5u(t – 2)

Fig. 1-13: Pulso retangular de amplitude 5 V e duração 1 s.

Exercício 1: Esboce a forma de onda dos seguintes sinais:

a) 2sen(πt + π/4)u(t) b) 3e
–2t
u(t) c) 2sen(πt + π/4)e–0,1tu(t)

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- Função impulso unitário: a função impulso pode ser pensada como sendo um pulso (de formato
qualquer), de duração zero, amplitude infinita e área unitária. Naturalmente que essa função não é realizável
fisicamente, mas ajuda a resolver diversos problemas, principalmente na representação de sinais periódicos no
domínio da freqüência. Sua definição pode ser dada como segue.

δ(t) = 0 para todo t, exceto em t = 0, onde sua amplitude é infinita, porém, a área sob sua curva é
sempre unitária, ou seja:
b
∫δ(t)dt = 1 (1-28)
a

onde o intervalo [a,b] é qualquer um que inclua o ponto t = 0.


Se o impulso ocorre em t = to, podemos escrever:
b
∫δ(t – to) = 1
a

Neste caso, o intervalo [a,b] deve incluir o ponto t = to.


A função impulso pode ser representada graficamente por uma seta apontando para cima (se positiva) ou
para baixo (se negativa), colocada no ponto onde o impulso acontece, conforme ilustram os exemplos da figura 1-
14.

Fig. 1-14: Exemplos de funções impulso.

Uma propriedade importante da função impulso é a propriedade da amostragem. Isto é, quando a função
impulso é multiplicada por uma função qualquer, g(t), a integral desse produto fornece uma amostra da função
g(t) no instante onde o impulso acontece. Matematicamente escreve-se:
b
∫g(t)δ(t – to) = g(to) (1-29)
a

Em termos da função degrau a função impulso pode ser escrita como:

δ(t) = du/dt (1-30)

Naturalmente que, em termos da função impulso, a função degrau pode ser escrita como:
t
u(t) = ∫δ (t)dt (1-31)
-∞

Exemplo: encontre a derivada do pulso retangular, v(t), mostrado na figura 1-13 e represente-a graficamente.

Solução: vimos que:

v(t) = 5u(t – 1) – 5u(t – 2)


Logo:

dv/dt = 5δ(t – 1) – 5δ(t – 2).


Seu gráfico é mostrado na figura 1-15.

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Fig. 1-15: Derivada do pulso retangular da figura 1-13.

Da equação (1-28) podemos mostrar que a convolução da função impulso com uma função qualquer, g(t),
produz como resultado a própria função g(t), isto é,

g(t)⊗δ(t) = g(t)

g(t)⊗δ(t - to) = g(t - to) (1-32)

Por definição a função impulso é uma função par de t, ou seja:

δ(-t) = δ(t)
O escalonamento da função impulso dá-se como segue:

δ(at) = (1/|a|)δ(t) (1-33)

1.5 MODELO DE UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ELÉTRICO

Um sistema de comunicação tem a finalidade de transportar informações de um ponto chamado fonte, até um
ponto chamado destino, que estão separados por certo meio físico. Um sistema de comunicação elétrico típico,
pode ser descrito pelo diagrama em bloco mostrado na figura 1-16

Fig. 1-16: Modelo de um sistema de comunicação elétrico

Independente de qualquer aplicação particular, todo sistema de comunicação envolve três principais
subsistemas: o transmissor, o canal e o receptor.
O sinal mensagem, m(t), é uma forma de onda elétrica, analógica ou digital, vinda de um transdutor de
entrada. O sinal mensagem entregue pelo receptor ao transdutor de saída é denotado por m'(t), indicando que a
mensagem recebida pode não ser exatamente a mesma que foi transmitida, mas apenas uma aproximação desta,
já que o canal pode adicionar ruído, ou mesmo o transmissor ou receptor, podem introduzir ruído e distorção no
sinal que foi processado. Em geral os espectros (faixas de frequências) originais de m(t) e de m'(t) estão
centrados na frequência f = 0, e são chamados de sinais banda-base. Sinais de voz, áudio, vídeo, telemetria ou
sinais vindos de um computador, na sua forma original, são exemplos de sinais banda-base.
O bloco de processamento do sinal condiciona o transmissor à fonte para uma transmissão eficiente. Por
exemplo, num sistema analógico, ele pode ser um filtro passa-baixas que restringe a largura de faixa do sinal

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m(t). Num sistema híbrido, ele pode ser um conversor analógico/digital (AD) que produz um sinal digital a
partir de um sinal analógico.
O modulador converte o sinal banda-base processado, num sinal, s(t), deslocado para uma outra faixa de
frequências, mais apropriada (geralmente mais elevada) para transmissão no canal. Por exemplo: se o meio de
transmissão for um cabo de fibras ópticas, o sinal m(t) será deslocado para a faixa de frequências da luz branca,
e assim o sinal s(t) é transmitido sob forma de luz. O sinal s(t) com sua faixa de frequências centrada agora
numa frequência fc >> 0, é dito ser um sinal passa-faixa. Em geral ele terá a forma:

s(t) = A(t)cos[2πfct + θ(t)] (1-34)

O processo de modulação consiste em fazer com que o sinal mensagem, m(t), cause uma mudança em
A(t) ou em θ(t) ou em ambos.
Os canais podem ser classificados em duas grandes categorias: guiados ("wire") e não guiados
("wireless"). Por exemplo: o par de fios de uma linha telefônica, o cabo coaxial, o guia de onda e a fibra óptica
são canais "wire". O vácuo ou espaço livre, o ar e a água do mar são canais "wireless".
O receptor apanha o sinal corrompido, r(t), e o converte para um sinal banda base muito próximo de
m(t), usando o demodulador.
O processador de sinais do receptor tenta "limpar" o sinal banda-base entregue pelo demodulador,
enquanto o detetor tenta reproduzir, o melhor possível, uma réplica estimada, m'(t), do sinal m(t).
O principal objetivo do engenheiro de comunicação é projetar um sistema de comunicação que transmita
informações com o mínimo de deterioração do sinal mensagem, dentro das restrições impostas pelo projeto. Estas
restrições são usualmente: limitação de potência, limitação de largura de faixa e limitação de custo.
Num sistema digital, a avaliação de desempenho do sistema é geralmente dada pela probabilidade de bits
errados (também chamada de taxa de bits errados – BER). Num sistema analógico, a medida de desempenho é
geralmente dada pela relação sinal/ruído na saída do receptor.
Para adquirir uma visão geral do problema de transmissão de informações, analisemos a transmissão de
uma mensagem típica, sob a forma de dados digitais, já que esta forma de transmissão de sinais tornou-se
rapidamente a mais usual; seja porque a mensagem já aparece na forma digital, como nos dados de saída de um
computador; seja porque ela foi convertida para esta forma, como é o caso de telemetria, comunicação telefônica,
TV digital, etc.
Tomemos como mensagem um sinal binário, que é um sinal digital na sua forma mais simples, o qual
consiste de uma sequência de dois tipos de pulso (bit 1 e bit 0), de formas conhecidas, ocorrendo em intervalos
de tempo espaçados regularmente, como mostra a figura 1-17. Embora conheçamos previamente a forma dos
pulsos, a ocorrência de um ou do outro (do bit 0 ou do bit 1), não é conhecida antecipadamente, e é justamente
numa determinada sequência desses bits que está contida a informação. Utilizaremos, por simplicidade, a forma
retangular para esses pulsos, mas outras formas também são utilizadas.
Os pulsos mostrados ocorrem regularmente a cada 1/R segundos, ou seja, com uma taxa de repetição
de R bits por segundo. Por exemplo, se 1/R = 1 ms, R será 1000 bits/s. Se 1/R = 1 µs, R será 10
6

bits/s.

Fig. 1-17: Formas de pulsos para uma mesma mensagem

13
Admitamos agora que esta sequência binária deva ser transmitida pelo sistema de comunicação típico,
mostrado na figura 1-16. Os blocos de processamento de sinal que aparecem na figura, podem representar a
filtragem dos sinais que, ou é inerente aos circuitos do sistema ou é colocado intencionalmente como parte do
projeto.
O esboço de algumas formas de ondas típicas, correspondendo aos pontos numerados na figura 1-16 é
mostrado na figura 1-18. Observe, na forma de onda No 2 que, como consequência da filtragem, os símbolos de
um intervalo se estendem aos intervalos adjacentes. Este efeito, se excessivo, pode causar interferência entre
símbolos, resultando em confusão na interpretação dos símbolos e na possibilidade de erro na saída do sistema.
A interferência entre símbolos é um problema significativo em muitos sistemas de transmissão de dados,
principalmente se o meio de transmissão for uma linha telefônica.
A forma de onda No 3 dessa figura representa a saída de um modulador em amplitude (AM), no qual um
oscilador senoidal varia a sua amplitude proporcionalmente ao sinal de entrada.
As formas de onda No 4, na saída do demodulador indicam a presença de ruído que será adicionado ao
sinal, advindo do canal. Alguns canais (as linhas telefônicas, por exemplo), além disso, produzem distorção do
sinal (embora se possa modelar este efeito, incorporando-o ao filtro que se segue ao demodulador).
O filtro do receptor, destina-se a eliminar parte do ruído à custa, entretanto, de distorção adicional do
sinal transmitido, como mostra a forma de onda No 5.
Para reproduzir o sinal da mensagem original, o detetor deve amostrar a saída do filtro do receptor, uma
vez em cada intervalo de tempo equivalente a um bit, e decidir o melhor possível se um 1 ou um 0 foi
transmitido.

Fig. 1-18: Formas de onda em diversos pontos de um sistema de comunicação

Os instantes convenientes para a amostragem, neste exemplo, ocorrem no fim de cada intervalo de bits,
pois é então que os sinais filtrados atingem sua amplitude máxima. Equívocos podem resultar, entretanto, se o
ruído mascarar o símbolo correto. Um exemplo de ocorrência de erro é mostrado na forma de onda No 6.
É claro que gostaríamos de transmitir qualquer sequência arbitrária de símbolos com a menor ocorrência
de erros possível, a um dado custo. O fato de que ocorrerão erros é evidente. O ruído está sempre presente em

14
um sistema. Os transmissores disponíveis têm limitações de potência, de modo que, geralmente, não se pode
aumentar a intensidade do sinal o necessário para superar o ruído. Interferência entre símbolos é frequentemente
um problema a considerar. Flutuações do sinal durante a transmissão dão origem a possíveis erros, etc.
Um projeto completo de engenharia de um sistema de dados como este deveria levar em consideração
todas as possíveis fontes de erro e tentar minimizar seus efeitos. Isto inclui o projeto adequado dos sinais no
transmissor, ou seja: Que forma deverá ter os pulsos ou qual deverá ser o projeto do filtro? Qual a forma mais
conveniente de modulação para o problema considerado, incluindo o tipo de canal a ser utilizado? Uma vez
escolhida a modulação, como seria o projeto do receptor? Como se poderia minimizar a interferência entre
símbolos e o ruído? Como se projetaria o detetor e o circuito de decisão a ele associado?
Estas são apenas algumas das perguntas que aparecem quando se desenvolve realmente um sistema
digital. Temos, por exemplo, ignorado os problemas relativos à sincronização no tempo das sequências de pulsos
1 e 0, transmitidos a cada 1/R s. Esta sincronização é particularmente importante no projeto de sistemas em
que transmissor e receptor estão separados por milhares, ou mesmo milhões, de quilômetros.

15
1.6 ALOCAÇÃO DE FREQUÊNCIAS

Sistemas de comunicação sem fio ("wireless") geralmente usam a atmosfera como meio de transmissão.
Neste meio, a interferência e as condições de propagação são intensamente dependentes da frequência de
transmissão. Entretanto, para estabelecer alguma ordem na utilização do espectro e minimizar a interferência, os
órgãos governamentais regulamentam o tipo de modulação, a largura de faixa, a potência transmitida e o tipo de
informação que o usuário pode transmitir sobre uma determinada faixa de frequências do espectro disponível.
As atribuições de faixas de frequências e padrões técnicos são estabelecidos internacionalmente pela
ITU (Intenational Telecommunication Union) sediada em Genebra (Suíça) com cerca de 200 nações membros.
Ela é estruturada em três setores (*): Setor de Radiocomunicação (ITU-R), Setor de Padronização de
Telecomunicações (ITU-T) e Setor de Desenvolvimento de Telecomunicações (ITU-D).
O espectro de frequências é dividido em sub-bandas para acomodar várias categorias de serviço. A
tabela 1-2 dá uma listagem geral das sub-bandas de frequências, com suas respectivas denominações, condições
típicas de propagação e serviços típicos atribuídos a elas.

TABELA 1-2

FAIXA NOME CARACTERÍSTICAS DE USO TÍPICO


PROPAGAÇÃO
3-30 kHz VLF Onda superficial; baixa atenuação de dia Navegação de longo alcance;
e de noite; alto nível de ruído Submarinas; Geociências
atmosférico
30-300 kHz LF Similar ao VLF; menos confiável; Navegação de longo alcance;
absorção durante o dia submarina; Rádio farol
300-3000 kHz MF Onda terrestre de dia e onda espacial à Navegação geral; Comunicação
noite; baixa atenuação à noite e alta de marítima; Radiodifusão AM (525-1625
dia; Ruído atmosférico kHz)
3-30 MHz HF Reflexão ionosférica; varia com a hora Radiodifusão internacional;
do dia, com a estação do ano e com a Comunicação militar; Comunicação de
frequência; baixo ruído atmosférico em aeronaves em longa distância;
30 MHz Radioamador, Telefonia; Telegrafia e
Fac-símile
30-300 MHz VHF Propagação aproximadamente em Sistemas móveis; Televisão (canais 2-
visada direta com espalhamento por 13); Radiodifusão FM (88-108 MHz);
causa da inversão de temperatura; Ruído Controle de tráfego aéreo; Rádio
cósmico socorro à aeronaves.
0,3-3 GHz UHF Propagação em visada direta; Ruído Televisão UHF (canais 14-69);
cósmico Sistemas de radar; Telefonia celular;
Socorro à navegação; Satélite; Enlaces
de microondas; GPS; PCS
3-30GHz SHF Propagação em visada direta; absorção Radar; Satélite; Comunicação móvel
por queda de chuva, acima de 10 GHz, terrestre; Enlaces de microondas.
alta absorção por vapor de água em 22,2
GHz
30-300 GHz EHF Similar ao SHF; Alta absorção por Radar, Comunicações militares e de
vapor de água em 183 GHz e absorção segurança; Enlaces de satélites;
por oxigênio em 60 e 119 GHz Experimental
300-107 GHz Infraver Propagação em visada direta Comunicações Ópticas
melho;
Luz e
Ultravio
leta
(*)
Antes de 1992, a ITU era dividida em 2 setores: o CCITT (Comitê Consultivo Internacional de Telefonia e
Telegrafia) e o CCIR (Comitê Consultivo Internacional de Rádio).

16
1.7 SISTEMAS DIGITAIS E SISTEMAS ANALÓGICOS – COMPARAÇÃO

Um sistema de comunicação digital geralmente tem formas de ondas de corrente ou de tensão de


natureza digital; entretanto ele pode ter formas de ondas analógicas. Por exemplo, a informação de uma fonte
binária pode ser transmitida para o receptor usando uma onda senoidal de 1000 Hz para representar o bit 1 e
uma onda senoidal de 500 Hz para representar o bit 0. Aqui a fonte de informação digital é transmitida para o
receptor sob forma analógica, mas o sistema é sempre chamado de digital. Assim o engenheiro de comunicação
digital precisa saber como analisar circuitos analógicos bem como circuitos digitais.
A comunicação digital tem um grande número de vantagens:

» Circuitos digitais são relativamente mais baratos.


» Privacidade de comunicação pode ser preservada usando criptografia.
» Sinais de voz, vídeo e dados podem ser transmitidos pelo mesmo sistema.
» Em sistemas de longa distância, o ruído não é acumulado de repetidor para repetidor.
» Erros podem ser pequenos, mesmo quando existe uma grande quantidade de ruído no sinal recebido.
» Erros podem ser detectados e corrigidos pelo uso de códigos apropriados.

Comunicação digital também tem suas desvantagens:

» Geralmente requer maior largura de faixa do que os sistemas analógicos.


» Um sistema de sincronização é necessário.

As vantagens de um sistema digital usualmente se sobrepõem às suas desvantagens. Consequentemente,


os sistemas digitais tornaram-se mais e mais populares.

17
PROBLEMAS

1) Esboce a forma de onda dos seguintes sinais:

(a)g(t) = Ae–b|t|, onde A e b são constantes, com b > 0.


(b) g(t) = (1 – |t| / 100), |t| < 50
= 0, |t| > 50
(c) g(t) = |Asen(2t)|

2) Calcule a potência média normalizada, o valor dc e o valor rms do sinal periódico

g(t) = 100cos(2πt + 30o)

3) Calcule a potência média normalizada, o valor dc e o valor rms do sinal periódico

g(t) = 100cos(2πt + 30o) + 15

4) Calcule a energia de um pulso retangular de duração τ e amplitude A.


5) Calcule a energia do pulso exponencial dado por:

g(t) = Ae–btu(t)

Onde A e b são constantes e u(t) é a função degrau


6) Calcule a potência média normalizada, da onda retangular periódica mostrada na figura P1-1.

Fig. P1-1

7) Para o sinal g(t) mostrado na figura P1-2, esboce a forma de onda dos sinais:

a) 3g(t) b) g(–t) c) g(–2t) d) g(t + 4) e) g(t – 3) f) g(–t + 2) g) g(3t – 2) h) g(–3t + 2)

Fig P1-2

18
8) Encontre os componentes, par e ímpar, de cada um dos seguintes sinais:

(a) x(t) = cos(t) + sen(t) + sen(t)cos(t)


(b) x(t) = (1 + t3)cos3(10t)
o
9) O sinal senoidal x(t) = 3cos(200t + 30 ) é passado através de um dispositivo de lei quadrática definido
2
pela relação entrada-saída y(t) = x (t). Mostre que a saída y(t) consiste em uma componente dc e uma
componente senoidal.

10) O pulso coseno levantado, x(t), é definido como:

x(t) = (1/2)[cos(ωt) + 1], –π/ω < t < π/ω


= 0, caso contrário

Esboce o sinal x(t) e determine sua energia total.


11) Determine a energia total do pulso trapezoidal mostrado na figura P1-3.

Fig. P1-3: Pulso trapezoidal

12) O pulso trapezoidal da figura P1-3 é aplicado a um diferenciador definido por y(t) = dx/dt. Determine a
saída resultante y(t) e sua respectiva energia.

13) O pulso trapezoidal da figura P1-3 sofre mudança de escala no tempo, produzindo y(t) = x(at). Esboce
y(t) para: (a) a = 5; (b) a = 0,2.
____
14) Calcule a energia do sinal g(t) = √2/Tcos(2πfct) no intervalo 0 < t < T e mostre que ela será unitária
se fc for um múltiplo inteiro de 1/T.

15) Considere o sinal de tensão v(t) = 2cos(10 πt)sen (200πt) V.


4 2

a) Encontre a potência média dissipada quando esse sinal é aplicado num resistor de 100 Ω.
b) Considere que v(t) passa por um filtro que rejeita as componentes de frequências abaixo de 5 kHz.
Encontre a expressão do sinal na saída do filtro.

16) Considere um sinal dado por g(t) = Ac|1 + 2cos(2πfmt)|. Faça um esboço desse sinal e encontre a sua
componente dc.

17) Usando a equação (1-5), mostre que, para um sinal senoidal com valor máximo Vp (valor de pico), seu valor
eficaz é dado por Vp/√2.

18) Para os sinais mostrados abaixo indique se eles são ou não periódicos. Em caso afirmativo, encontre o seu
período.

a) g1(t) = 10sen(10πt + 30o)


b) g2(t) = 2cos(2t)u(t), onde u(t) é a função degrau.

19
c) g3(t) = 5cos(20πt + 10o) +10sen(20πt – 60o)
d) g4(t) = 4cos(1,5t +35o) + 7sen(2t +75o)
e) g5(t) = 5cos(3t) + 3cos(5πt)

19) Um gerador de sinais fornece uma onda retangular de período igual a 2 s, excursionando entre os níveis – 5
e + 10 Volts. Quais serão, respectivamente, as leituras de um voltímetro de tensão contínua e de um
voltímetro de tensão alternada?

20) Encontre o valor das integrais abaixo.



a) ∫ ecos(t) δ(t – π)dt
-∞


b) ∫ t2esen(t) cos(2t)δ(2t – 2π)dt
-∞


c) ∫ δ(1 – πt)cos(1/t)dt
-∞

21) Resolva e esboce o gráfico das seguintes convoluções:

(a) u(t) ⊗ u(t) (b) u(t) ⊗ e-tu(t) (c) rect(t/T) ⊗ rect(t/T) (d) 2rect[(t –2)/2] ⊗ 3rect[(t – 3)/4]

(e) Arect(t/T) ⊗ u(t) (f) g(t – 2) ⊗ δ(t – 2) (g) u(t) ⊗ δ(t – 3) (h) Arect[(t – 2)/5] ⊗ δ(t – 2)
22) Encontre, analiticamente e graficamente, a convolução entre os seguintes sinais:

x(t) = sen(πt)u(t) e h(t) = δ(t) - δ(t – 2)


23) Obtenha as equações (1-16) e (1-17) a partir da equação (1-15).

24) Um medidor de potência média é conectado a saída de um circuito transmissor. A saída do transmissor é
alimentada por uma carga resistiva de 75 Ω, e o Wattímetro lê 67 W. Encontre as potências em dBm, dBk e
dBmV.

25) Um amplificador é conectado a uma carga de 50 Ω e alimentado por uma fonte de corrente senoidal, como
mostrado na figura P1-4. A resistência de saída do amplificador é 10 Ω e a resistência na entrada é 2 kΩ.
Encontre o verdadeiro ganho em decibel desse circuito.

Fig. P1-4.

26) Converter o ganho GdB = 45,44 dB em relação de potência.

27) Encontre o fasor representante das seguintes senoides:

a) v(t) = 12cos(2πt – 25º)


b) i(t) = 12sen(2πt – 25º)

20
28) Um sinal é dado por x(t) = 3sen(100πt – 30º) + 4cos(100πt). Usando fasores, encontre a senoide resultante.

29) Usando fasores, encontre uma senoide única, em termos de seno, para representar o sinal:

v(t) = 5sen(4t – 20o) + 6sen(4t + 45o) – 7cos(4t – 60o) + 8cos(4t + 30o).

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