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N° 50

Ano 4/2016
1ª Edição

www.mundodasespecialidades.com.br

Arqueologia
Bíblica
ATIVIDADES MISSIONÁRIAS

Ministério dos Desbravadores


Divisão Sul-Americana
Igreja Adventista do Sétimo Dia
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EXPEDIENTE

1ª Edição: Disponível em
www.mundodasespecialidades.com.br
Direção Geral:
Khelven Klay de Azevedo Lemos
Diagramação e Edição:
Khelven Klay de A. Lemos
Coord. de Guias das Especialidades:
Thomé Duarte
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie
Autor: Pr Thiago Alves Silva

O que vem por aí ///


Impressão: Servgrafica Editora
por Mundo das Especialidades
SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES

J
esus havia acabado de chegar em Jerusalém. Ele montado em um Telefones:(84)8778-0532
jumentinho entrava de forma triunfal. As pessoas colocavam suas E-mail:mundodasespecialidades@hotmail.com
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vestes sobre o caminho para que Ele passasse como Rei e atrás
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de si uma multidão louvava em alta voz, por todos os milagres que havia
feito e diziam: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Naquele
DIREITOS RESERVADOS:
momento, um grupo de homens observava com ciúmes e raiva. Eram os A reprodução deste material seja de forma total ou
fariseus. Eles então chegaram até Jesus e disseram: Mestre, repreende parcial de seus textos ou imagens é permitida, des-
os seus discípulos! Não deixe que eles façam isso. E foi nesse momen- de que seja referenciado o Mundo das Especialida-
to que Jesus disse: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias des e seus autores pela nova autoria ao fim de seu
material. Todos os direitos reservados para Mundo
pedras clamarão. das Especialidades
O que Jesus queria dizer ali foi, que se Deus quiser, Ele pode
se revelar por qualquer meio, até mesmo pelas pedras. E isso tem se UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
UNIÃO LESTE BRASILEIRA
cumprido ao longo desses 2.000 anos depois da morte de Cristo. A Ar-
queologia tem mostrado que as pedras clamam. Em cada descoberta de IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
uma cidade bíblica, de um objeto relacionado a alguma história sagrada, MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
as pedras têm clamado que Deus e Sua Palavra são a verdade e que Natal, RN, Março de 2016
Jesus é de fato o nosso Salvador.
Se surpreenda querido desbravador, ao ver que com a Arqueolo-
gia Bíblica podemos provar de forma muito clara que a Bíblia é verdadei- AGRADECIMENTO
ra. Veremos muitas descobertas que comprovam a veracidade da Bíblia,
mas antes de tudo, vamos ter um pouco de história. Esta especialidade será usada no I
Campori da APeC(Associação Pernam-
buca Central) - Descobertas Eternas.
QUEM ESCREVE Queremos deixar nosso agradecimento
aos departamentais Pr. Flávio Henrique
Sou pastor a 7 anos e após passar por dois distritos, hoje sou o e Ernando Almeida(Dep. Associado) por
pastor do IAPE (Instituto Adventista Pernambucano de Ensino), apoiar o trabalho do Mundo das Especia-
o mais novo e moderno Internato do Brasil. Meu desejo: Ir aonde
lidades, neste Campori.
Deus mandar!

PR. THIAGO ALVES


Bom Estudo!
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ATIVIDADES MISSIONÁRIAS

História da Arqueologia

Como já disse o Dr. Rodrigo Silva em seu brilhante livro Esca-


vando a Verdade, dizer exatamente quando começou a Arqueologia
Bíblica não é uma tarefa fácil. Pois desde o primeiro século já havia
pessoas que procuravam e colecionavam artefatos da Bíblia, mas mui-
tas vezes faziam isso com métodos no mínimo questionáveis. Porém,
existe um acontecimento que de forma surpreendente impulsionou as
descobertas arqueológicas, foi a descoberta e decifração da Pedra de
Roseta.
Tudo começou quando Napoleão uniu o seu exército para in-
vadir o Egito. Embora não tenha sido bem sucedido na guerra, Napo-
leão trouxe consigo uma grande coleção de peças antigas que seus
homens haviam encontrado, e entre elas estava a Pedra de Roseta,
que era uma placa de basalto com inscrições em 3 línguas: hieróglifo,
demótico e grego. Hoje essa pedra pode ser vista no Museu Britânico,
em Londres.
Até aquele momento, a antiga língua dos egípcios, os hierógli-
Pedra de Roseta fos, nunca haviam sido decifrados, mas com aquela pedra, o francês
Em 1799, soldados franceses do exér- Jean-François Champollion a decifrou. Champollion era um linguista
cito de Napoleão descobriram uma mis- que tinha habilidade em vários idiomas, como latim, grego, árabe e
teriosa pedra negra sob as areias do
hebraico, mas a língua que deu a ele base para sua jornada foi o cop-
deserto
ta, língua utilizada pelos cristãos egípcios
no período tardio. Seu pai era bibliotecá-
rio e por isso o gosto pela leitura veio ain-
da quando Champollion era novo. Nessa
época, ele já mostrava muita intimidade
com outras línguas e tinha facilidade para
aprendê-las.
Ainda na adolescência Champollion
conseguiu obter uma cópia da Pedra de
Roseta e depois desse dia começou um
desafio que terminaria com a decifração
dos hieróglifos egípcios. Ele entendeu que
o texto da pedra era o mesmo só que nos
3 idiomas, e então, foi só partir do grego
que já era conhecido e decifrar as outras
duas línguas.
Para os que se interessavam por his-
tórias bíblicas como o Êxodo e a peregri-
nação do Egito até a terra prometida, tal
descoberta era a chave de acesso a um passado remoto que, median-
te as escavações arqueológicas, poderiam agora se tornar mais próxi-
mos, graças a decifração dos hieróglifos. Assim, o achado da Pedra de
Roseta pode ser considerado o marco inicial da moderna Arqueologia
Bíblica.
O despertamento provocado pelos achados egípcios desper-
tou o interesse em muitas pessoas em busca de tesouros arqueológi-
cos. As terras bíblicas, especialmente na Palestina, a cidade de Jeru-
salém se tornou um verdadeiro centro de escavações, porém ladrões
de sepulturas e comerciantes de antiguidades se tornaram inimigos da
Jean François verdadeira arqueologia fazendo com que muitos objetos fossem perdi-
Champollion dos ou destruídos.

Arqueologia Bíblica * Atividades Missionárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


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w
ATIVIDADES MISSIONÁRIAS

Outro homem se destacou de forma muito positiva no meio


arqueológico, foi o americano Edward Robinson. Ele revolucionou a
exploração na Palestina, inaugurando a pesquisa arqueológica de for-
ma mais cientifica naquele lugar. Seus trabalhos em geografia bíblica
e arqueologia lhe renderam o título de Pai da Geografia Bíblica. Bom
conhecedor de várias línguas semíticas, ele e um amigo percorreram
várias vezes toda a região da Palestina, identificando diversas locali-
dades bíblicas (principalmente Jerusalém) e desenterrando importan-
tes estruturas. Fruto de seu trabalho, foram descobertos os muros que
contornavam Jerusalém no primeiro século e o arco que hoje leva os eu
nome e que nos dias de Cristo, dava acesso ao pórtico do santuário.
Se seguiram a ele muitos outros estudiosos que se dedicaram
a explorar as terras bíblicas e foram realizados muitos achados que
comprovaram importantes histórias do Antigo e Novo Testamento. Mas Edward
de todos esses, o mais ilustre foi William Foxwell Albrith, um dos maio- Robinson
res arqueólogos de todos os tempos. Considerado o pai mundial da Ar-
queologia Bíblica. Ele foi um profundo defensor da historicidade bíblica.
Especialista em cerâmica. Ele recebeu nada menos que 30 títulos de
doutorado honoris causa e por 60 anos trabalhou no departamento de
assiriologia da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos.
Um de seus maiores legados foi confirmar a autenticidade dos
Manuscritos do Mar Morto depois de seu descobrimento em 1947. Al-
bright defendeu teoricamente que Abraão, Isaque e Jacó não foram
apenas personagens bíblicos, mas também históricos, e as incursões
de Josué também foram eventos históricos. Insistiu que como um todo,
a imagem de Genêsis é histórica e não há razões para se duvidar da
precisão dos detalhes biográficos. Ele também confirmou que a con-
quista de Canaã pelos hebreus teria sido um evento histórico.

O que é Arqueologia ? William Foxwell


Albrith

Archae, que vem do grego, significa “antigo”, e ology que vem


da logia grega, significa “ciência”. Arqueologia, então, é o estudo cien-
tífico das coisas antigas.
O que faz um arqueólogo? Como ele trabalha? Devido aos fil-
mes de ação como Indiana Jones, A Múmia e Jurassic Park, se criou
em nossa mente uma imagem errada do que seja Arqueologia. Esses
flmes misturam em nossa mente a imagem do arqueólogo e do pale-
ontólogo. Vamos então saber o que significa e como não confundir a
arqueologia com a paleotonlogia. Você sabia?
A arqueologia é o ramo da ciência que procura recuperar o am-
biente histórico e a cultura dos povos antigos , através de escavações Pra não se confudir!
e do estudo de objetos e documentos deixados por eles. Assim, frag-
mentos de cerâmica, ferramentas, instrumentos de caça, por exemplo, Enquanto um paleontólogo vibra ao encon-
trar o pedaço da coluna vertebral de um di-
são achados arqueológicos. Além disso, o espaço de tempo estudado
nossauro que viveu na terra “há milhões de
pela Arqueologia é menor, pois trabalha somente no período em que as anos”, um arqueólogo ficaria felicíssimo se
civilizações foram formadas. descobrisse um objeto utilizado por alguma
Já a paleotonlogia lida principalmente com as formas de vida civilização já extinta. Para ele, tal objeto seria
mais uma peça para o quebra-cabeça que ele
ditas “primitivas”, ou seja, para nós que acreditamos na Bíblia, “pré-di-
tenta montar, a fim de entender como vive-
luvianas”. O paleontólogo estuda especialmente fósseis (dentes, os-
ram as pessoas nas antigas sociedades.
sos, conchas, sementes, troncos) ou vestígios (pegadas, ovos e até
fezes) de organismos que viveram desde o início do mundo, como a
vida dos dinossauros, por exemplo.

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ATIVIDADES MISSIONÁRIAS Hieróglifos

Terminologias

Agora você sabe porque que Indiana Jones só resgata amu-


letos e urnas funerárias, por exemplo, e não fósseis como aqueles que
Alan Grant e Ellie Sattler encontram no início do filme Jurassic Park.
Se tratando de Arqueologia, existem alguns termos técnicos
que precisamos entender, vejam só:
Papirólogo: Pessoa responsável pela preservação, identificação e pu-
blicação de antigos manuscritos;
Egiptólogo: Estudioso do Antigo Egito;
Assiriólogo: Estudioso das antiguidades assírias;
Papiro
Orientalista: Pessoa versada no estudo das línguas e das civilizações
orientais.
Escrita Cuneiforme: foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designa-
ção geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos
Escrita cuneiforme
em formato de cunha.
Hieróglifo: São os sinais da escrita de antigas civilizações, tais como os Com quem você se parece mais
egípcios, os hititas, e os maias.
Paleografia: estudo das antigas formas de escrita, incluindo sua data-
ção, decifração, origem, interpretação etc;
Antiquário: é uma loja que vende artigos antigos, como por exemplo
livros raros, obras de arte, móveis, entre outras coisas.
Réplica: Uma réplica é um objeto muito semelhante a um achado ar-
queológico usado geralmente em museus para exposição. Devido ao
grande valor das peças originais, em algumas exposições, as réplicas
é que são apresentadas.

Como trabalha um arqueólogo Indiana Jones


Se você gosta de aventuras em vários
lugares do mundo em busca de relíquias
raras e valiosas enfrentando perigos di-
Podemos dizer que o trabalho de um arqueólogo pode ser di- versos, enfrentar uma naja não seria pro-
vidido em 3 partes: blema pra você

Levantamento dos locais onde possivelmente há artefatos:


O arqueólogo faz um estudo detalhado do local, onde ele acredita ter
vestígios de materiais enterrados. Estes lugares são chamados de Sí-
tios Arqueológicos. Esses vestígios são os restos de suas casas, de sua
alimentação, seus instrumentos de trabalho, suas armas, seus enfeites
e pinturas. Exemplos de sítios arqueológicos: templos e sepulturas.
As escavações: O Arqueólogo deve escavar o local com o máximo
de cuidado para não danificar o artefato, para isso ele utilizadas diver-
sas ferramentas. Existem várias fases em uma escavação e para cada
fase o arqueólogo usa ferramentas diferentes.
Escavadeira: Em alguns sítios arqueológicos, grandes quantidades de
areia ou solo sobreposto precisam ser removidas antes que os arque- Jurassic Park
Se você for uma pessoa destemida à buscar
ólogos comecem a escavação. Equipamentos como uma retroescava- seres vivos que um dia já passaram pela
deira ou uma escavadeira são usados para esta tarefa. As preparações terra através de escavações e estudos
de anatomia comparada e reconstrução de
da pesquisa de campo são feitas antes da escavação para garantir que esqueletos, dá de cara com um tiranossau-
o maquinário grande não remova solo demais e estrague os artefatos ro rex era o momento ideal para uma ótima
selfie.
abaixo.

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Você sabia? >>> Escovas e Pincéis: Um número de tipos de escovas e pincéis (de
largura e tamanho variado) são comumente utilizadas pelo arqueólogo
como recurso para a limpeza de solo e varredura da sujeira, e manter a
Escavando Cidades Antigas
unidade limpa de terra/poeira solta.
Se tratando da Arqueologia Bíblica é Bússola: usada para orientar o material dentro da quadrícula e para o
muito importante quando uma cidade mapeamento do local e localização no mapa topográfico.
antiga é descoberta. Por exemplo, até Diversos modelos de pás: Para raspar delicadamente finas camadas
o século 19 se duvidava que a Babilô- de Terra, mantendo uma superfície uniforme.
nia teria existido. Diziam que era apenas
uma cidade criada na mente de antigos Mapas: Político e mapas topográficos que são usados para observar a
escritores, até que finalmente em 1899, localização de um sítio.
as ruínas da cidade de Babilônia foram Sacos plásticos: Usado para a guarda de pequenos artefatos recupe-
descobertas por Robert Koldewey, que rados em um sítio. Cada saco é marcado para indicar quando e onde
demorou pelo menos 14 anos para es- os artefatos foram descobertos.
cavar as suas estruturas. Há 3 modos
de classificar as cidades descobertas: Peneira: Um filtro de tela ou malha de arame usado para separar obje-
tos pequenos da terra solta.
Tell: Quando se refere a sítios com no-
mes árabes Estacas e cordas: Usado para dividir uma escavação arqueológica em
quadrados.
Tel: Quando se refere a sítios de nomes
hebraicos. Essas expressões se referem Espátula: ferramenta usada por pedreiros e arqueólogos para raspar
a cidades que, antes da escavação, finas camadas de solo. Mais conhecidas como “colher de pedreiro”,
encontram-se completamente cobertas para a investigação arqueológica em campo, é necessário ter tama-
por uma coluna de entulhos que se for- nhos e formas diferenciadas para que possa facilitar a coleta de mate-
mou ao longo dos anos. riais.

Khirbet: que Significa ruína de pedras Papel, lápis, máquina fotográfica: Um arqueólogo não só escava arte-
e diz respeito àquelas ruínas que ainda fatos, mas também registra diariamente observações sobre os itens e
permanecem visíveis acima da terra, o sítio. Essas são importantes ferramentas para documentar pequenos
mesmo antes da chegada dos escava- detalhes que serão importantes uma vez que a escavação tenha sido
dores. feita e que os artefatos tenham sido dirigidos para um museu ou la-
boratório.
Se tratando de cidades muito
antigas, era normal que ao longo dos
séculos, desastre naturais e eventos Trabalho Laboratorial: Numa última etapa, e após ter concluído o
como a guerra pudessem destruir mui- chamado trabalho de campo, surge o trabalho laboratorial que consiste
tas casas. A população que chegava na análise, limpeza, tratamento e classificação dos objetos encontra-
em seguida, por questões econômicas, dos. É nessa fase que os Arqueólogos formulam as hipóteses e tiram
aproveitava os alicerces da vila anterior as suas conclusões sobre os povos estudados. A tarefa de selecionar
e por cima dela construíam as suas ha- e preparar os objetos que serão expostos em museus é igualmente da
bitações. Se o processo de demolição responsabilidade destes profissionais.
se repetia várias vezes podemos encon-
trar então, em um mesmo local, desco-
bertas arqueológicas de várias épocas
diferentes. Depois de uma época de
abandono, a terra cobre todas as cons-
truções, formando uma colina, ou seja,
um Tell. Quando os arqueólogos des-
cobrem um monte em que eles sabem
que existe uma cidade inteira debaixo
da terra, eles precisam usar na escava-
ção a Estratigrafia, que é uma técnica
derivada da geologia, que é um mape-
amento das várias camadas do monte.
Esse mapeamento ajuda no processo ruínas da cidade de Ai
de datação dos objetos e estruturas ali ruínas da fortaleza em Khirbet el-Maqatir, a 9 km ao norte de
Jerusalém, ajudou arqueólogos a comprovar mais um relato bíbli-
encontrados. co. O Velho Testamento conta a história da cidade de Ai, que
foi conquistada e incendiada pelos israelitas durante a con-
quista de Israel. No livro de Josué há um relato sobre isso.

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Datando objetos encontrados



Quando finalmente um objeto é encontrado, chegou a hora de
datá-lo, ou seja, descobrir a que época aquele objeto pertenceu, isso
também faz parte do trabalho da arqueologia. Existem pelo menos dois
métodos de datação da arqueologia. Um é baseado em técnicas rela-
tivas, e o outro em absolutas.

Técnicas Relativas
Dentre as técnicas relativas, temos a estratigrafia e a seriação:
Estratigrafia: Essa técnica se baseia na sobreposição de estratos de
um Tell que se formou ao longo dos anos. O que está nas camadas
superiores é, logicamente, mais recente e o que está nas bases é mais
antigo.

Seriação: Essa outra técnica baseia-se na eventual


alteração que os objetos sofrem de uma para outra
geração, como é o caso das moedas e das cerâmi-
cas de um modo geral que recebem novos formatos,
à medida que as gerações passam. Sabendo em que
formato tal vaso se encontrava podemos descobrir de
que época ele foi feito.

Técnicas absolutas
As técnicas absolutas mais conhecidas são a dendro-
cronologia e o Carbono 14.
Dendrocronologia: Essa técnica foi elaborada por An-
drew Ellicott Douglas. Ele se baseou no fato que as
árvores desenvolvem anéis concêntricos que são indi-
cadores de ciclos solares. Assim, árvores localizadas
nas proximidades de grandes sítios arqueológicos aju-
dariam na datação dos objetos ali encontrados.

Radiocarbono ou Carbono 14: É considerado um dos Crer na vida após a morte,era uma carac-
mais revolucionários métodos de datação do mundo científico. Essa terística marcante dos antigos egípcios.
Dito isso, os faraós eram mumificados para
técnica utiliza o montante de Carbono 14 disponível em organismos que estivessem preservados no além vida.
vivos como instrumentos medidores de tempo. Esse sistema pode ser Retiravam todos os órgãos do poderoso
utilizado em qualquer resto de material orgânico como madeira, ossos, líder e passavam em seu corpo uma comple-
petróleo, plantas, etc. Na arqueologia ele é eficaz para, por exemplo, xa mistura para embalsamamento. Somente
o coração permanecia, por ser um órgão
datar o madeiramento de um barco, de uma folha misturada a argila de ligado as emoções. Após esse preparo,
uma cerâmica, ou um tecido encontrado numa múmia. enrolavam faixas de linho em todo corpo.
Na foto acima belíssimo sarcófago de Tu-
tankamon.

A arqueologia e a Bíblia

Por muito tempo os críticos da Bíblia questionam a sua valida-
de histórica. Duvidam da existência de personagens bíblicos, de cida-
des e de acontecimentos. O uso da Arqueologia vem então trazer um
rigor científico ao Livro Sagrado. São várias as suas contribuições para
a Bíblia em seus dois séculos de existência. Wayne Jackson enumerou
cinco contribuições. São elas:
1.Ajudado na identificação dos lugares e no estabelecimento de datas;
2.Contribuído para o melhor conhecimento de antigos costumes e obs-
curos idiomas;
3.Trazido luz sobre o significado de numerosas passagens bíblicas;
4.Aumentado nosso entendimento sobre certos pontos doutrinários do
Novo Testamento;
5.Silenciado progressivamente certos críticos que não aceitam a inspi-
rada Palavra de Deus.
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O Dr. Rodrigo Silva no entanto enfatiza que haverá declarações


bíblicas que nunca conseguirão ser provadas pela Arqueologia. Para
elas é necessário ter fé, afinal, a maior confirmação deve vir de Deus, o
verdadeiro autor das Escrituras e não de qualquer estudo humano. No
entanto, as descobertas arqueológicas confirmam em muitos aspectos
as declarações da Palavra de Deus.
Neste contexto entre fé e evidências, encontramos duas postu-
ras diferentes: o Maximalismo e o Minimalismo.
Os Maximalistas se sentem suficientemente satisfeitos com as
evidências já desenterradas e não questionam a Bíblia com base ape-
nas no que ainda não foi encontrado, já o Minimalistas, tendem a supor
que tudo o que não é minunciosamente comprovado pelas evidências
contemporâneas deve ser corrigido ou abandonado. Os minimalistas
então só acreditam, por exemplo, que existiu um rei de Salém, cha-
mado Melquisedeque, se acharmos alguma coisa daquela época que
mencione explicitamente o nome desse personagem. Para os minima-
listas, até que se prove a existência dele, o personagem não passa de
um mito.
Atualmente existe várias escavações ao redor do mundo que
com certeza trarão descobertas que irão esclarecer várias passagens
bíblicas, veja algumas:
Escavações na cidade bíblica de Hazor: Há muito tempo se fa-
zem escavações na cidade da alta Galiléia, localizada na estrada que
vai do lago de Tiberíades até às fontes do Rio Jordão. A novidade é que
há pouco tempo foi aberto a visita ao palácio real, que foi descoberto
nas escavações durante os anos 1990 a 2003, feitas pelas universida-
des de Jerusalém e de Madrid. Um dos argumentos mais discutidos
nestes tempos, no campo da história e arqueologia bíblica, é exata-
mente o da origem de Israel. Com as escavações dos “tell” (colinas,
ruínas de cidades antigas) mais importantes da Palestina, como o de
Hazor, existe a esperança de poder esclarecer como se deu a con-
quista das cidades cananéias por parte dos hebreus e determinar a
extensão da conquista que os textos bíblicos dizem que foram dados
como herança às várias tribos de Israel. Hazor foi dada à tribo de Nef-
Agora que já tivemos uma tali.
boa aula teórica de Arque-
ologia, vamos ao que in- Escavações em Laquis: As escavações em Laquis também reve-
teressa. Quais foram até
hoje as maiores descobertas laram destruições em massa que datam da campanha babilônica de
arqueológicas que ajuda- Nabucodonosor em 586 a.C. (2 Reis 25), na qual dezenas de vasilhas
ram a comprovar relatos da
Bíblia? Veremos algumas no inteiras foram encontradas, assim como da destruição de Senaqueribe,
próximo tópico: rei da Assíria, que aconteceu antes, em 701 a.C. (2 Reis 18; Isaías 36-
37). Nas escavações, no nível que continha a destruição da Assíria, fo-
ram encontrados na superfície vários dos chamados vasos de LMLK. O
termo LMLK em hebraico significa “para o rei”. Em expedições anterio-
res, mais de 400 alças de vasos de conserva de LMLK foram descober-
tas em Laquis, muitas que remontam especificamente ao rei Ezequias.
Escavações em Khirbet Qeiyafa: Situada no Vale de Elah, no Sul
de Israel já testemunhou algumas descobertas como a inscrição de
Eshbaal. A inscrição data dos dias de Saul e Davi e menciona um ho-
mem chamado Eshbaal, o mesmo nome de um dos filhos do rei Saul.
Khirbet Qeiyafa tornou-se o sítio crucial de um debate atual sobre os
primórdios da história de Judá. Novos dados encontrados no sítio, in-
cluindo essa inscrição, estabeleceram uma data mais antiga para as
monarquias de Saul e Davi, o que alguns estudiosos gostariam de ex-
cluir da história

06 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arqueologia Bíblica * Atividades Missionárias


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Antigo Testamento

Selo da Tentação
O Gênesis descreve o tentador, Satanás, influenciando Eva e por sua
vez o marido, Adão, a desobedecer a seu Criador. Deus disse a Adão e
Eva que eles morreriam se comessem da árvore. Mas a serpente disse
a Eva: “Certamente, Você não vai morrer”. Então Eva comeu, achou
o fruto agradável, em seguida, ofereceu a seu marido, “e ele comeu”
(Gênesis 3:1-6). É este relato apenas um mito? Muitos críticos pensam
assim. No entanto, a arqueologia descobriu, não no Israel bíblico, mas
no sítio da civilização mais antiga, conhecida como Suméria, um selo
representando esta sequência dos acontecimentos descritos no livro
de Gênesis. Este achado, conhecido como o Selo tentação, está no
Este selo com a sua impressão à direi-
Museu Britânico. Ele data do terceiro milênio antes de Cristo, cerca de ta é conhecido como o Selo da Tentação.
5.000 anos atrás. Este artefato mostra um homem e uma mulher vendo Descoberto no local da antiga Suméria,
descreve uma serpente, uma árvore, a
uma árvore, e atrás da mulher está uma serpente. O homem e a mulher mulher e o homem, todos os elementos
estão ambos alcançando o fruto da árvore. importantes no relato do Gênesis da
tentação.

Selo de Adão e Eva


Outro selo sumério, datado de cerca de 3500 a.C. e agora no Museu
da Universidade da Pensilvânia, mostra eventos que ocorreram após o
homem e a mulher comerem o fruto proibido. Este selo retrata as figu-
ras nuas de um macho e uma fêmea, curvando-se em humilhação, sen-
do expulsos, seguido por uma serpente. Este selo também descreve a
história da expulsão do Jardim do Éden: “ ... Pelo que o Senhor Deus
enviou ele [Adão] para fora do jardim do Éden para o lavrar a terra de
que fora tomado “ (Gênesis 3:23). É difícil explicar o que as três figuras,
gravado em um selo que data dos primórdios da antiguidade humana,
está fazendo se o artefato não é outra descrição do relato de Gênesis.

Os épicos do dilúvio
Um dos mais questionados relatos da Bíblia é o dilúvio do tempo de
Noé. Séculos atrás, críticos liberais consideraram um dos mais fanta-
siosos mitos bíblicos. No entanto, mais do que um século de escava-
ção arqueológica revelou contos da inundação nas mais antigas das
civilizações.
Uma das descobertas das mais surpreendentes é a Epopeia
de Gilgamesh, gravado em tábuas de argila que foram traduzidas em
1872 por George Smith, do Museu Britânico. Os tabletes narram o re-
lato do dilúvio da perspectiva de antigos babilônios. Um relato seme-
lhante foi encontrado em tábuas sumérias, que são os primeiros escri-
tos ainda descobertos. Certamente, se o dilúvio de Noé foi apenas um
evento local que afetou pessoas de uma região geográfica limitada,
o seu impacto não teria sido indelevelmente gravado nas mentes de
tantos distantes povos.
Esta tablete de
argila, inscrito em
caracteres cunei-
Inscrição de Deir Allar - Balaão formes, foi recu-
perado a partir da
Em 1967 arqueólogos escavaram os restos de Deir Alla, uma cidade antiga cidade de
amonita antiga na margem leste do rio Jordão (provavelmente a cidade Nínive. Ele des-
creve uma inundação
bíblica de Sucote), e encontraram uma inscrição em aramaico, men- que devastou o mun-
cionando Balaão, filho de Beor. As 16 linhas de uma inscrição incom- do todo. Um relato
muito semelhante ao
pleta sobre uma parede acabaram por ser parte de uma das profecias dilúvio do tempo
de Balaão, em linguagem semelhante a que é registada em Números. de Noé descrito no
livro de Gênesis.
Juntos, eles trazem um episódio na vida de “Balaão, filho de Beor” – o
mesmo Balaão de Números 22. Os textos ainda descreviam uma de
suas visões, indicando que os canaanitas mantiveram lembrança des-
se profeta.

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Escravidão no Egito
O que faziam os patriarcas bíblicos e suas famílias? A Bíblia fala da
riqueza de Abraão em bovinos e ovelhas (Gênesis 12:16). Mais tarde,
ele fala sobre a inveja dos irmãos sobre o casaco colorido que Jacó
deu a José (Gênesis 37:3). Ela fala sobre as ovelhas e cabras que Jacó
inteligentemente criou para evitar serem confiscadas por seu sogro
(Gênesis 30:33-43). São mencionados instrumentos musicais, como a
harpa (Gênesis 31:27) e armas, como arco e flecha usados para pro-
teção (Gênesis 27:3). Foram todas estas invenções apenas o produto
de fábulas?
Na virada do século, vários túmulos reais foram escavados a
150 milhas ao sul do Cairo. Existem em uma das paredes uma bonita
pintura, posterior datada de cerca de 1900 a.C., de semitas que entra-
ram no Egito para vender seus produtos. Homens, mulheres e crianças
são retratados, alguns com roupas multicoloridas. Eles têm harpas, ar-
cos e flechas e lanças. São acompanham por cabras e burros para
alimentação e transporte. Esta pintura mostra pessoas da mesma li-
nhagem, como Abraão, Isaque e Jacó vestindo a roupa, cuidando do
mesmo tipo de animais e usando instrumentos como descrito no regis-
tro bíblico. É impressionante descobrir o que faz a descrição bíblica da
época, até mesmo nos mínimos detalhes.

José no Egito
Quando Deus interveio na vida de José e ele interpretou o sonho de
Faraó (literatura da época indica que interpretar sonhos era uma prática
comum), ele foi colocado como segundo no comando sob Faraó.
O governante egípcio elogiou-o: “Na medida em que Deus lhe
mostrou tudo isso, não há ninguém tão criterioso e sábio como você.
Estes painéis de uma pintura de pa- Você estará na minha casa, e todo o meu povo deve ser governado de
rede descoberto em uma tumba egípcia acordo com a tua palavra, apenas em relação ao trono é que eu serei
em Beni-Hasan retratam estrangeiros
que entram no Egito. Muitos dos arti- maior do que você ‘E Faraó disse a José: “Veja, eu te constituí sobre
gos israelitas, “animais, ferramentas, toda a terra do Egito” Então Faraó tirou o seu anel de sua mão e colo-
utensílios e armas descritos na Bíblia
são mostradas nas pinturas, incluindo cá-lo na mão de José, E ele vestiu com roupas de linho fino e colocou
burros, cabras, harpas, lanças, arcos e uma corrente de ouro no pescoço. E ele o fez subir no segundo carro
flechas.” Esta pintura, de quase 4.000
anos de idade, retrata a vida no tempo que tinha, e clamavam diante dele, ‘Dobrem o joelho! “ Então, ele o pôs
dos patriarcas bíblicos. sobre toda a terra do Egito “(Gênesis 41:39-43).
Numa das paredes de uma tumba real egípcia está uma bela
gravura da cerimônia de posse para um novo primeiro-ministro. O fun-
cionário está vestido com um vestido de linho branco e usa uma cor-
rente de ouro em torno de seu pescoço. Como Werner Keller disse:
“A elevação de José para ser vice-rei do Egito é reproduzida na Bíblia
exatamente de acordo com o protocolo.” Ele é investido com a insígnia
de seu alto cargo, recebe o anel, o selo do faraó, uma vestimenta de
linho caro, e uma corrente de ouro. Isto é exatamente como os artistas
egípcios descrevem esta cerimónia solene em murais e relevos.

Esta ilustração, de uma escultura numa


tumba egípcia, mostra um dignitário
sendo instalado no escritório do gover-
no. Uma corrente de ouro está sendo co-
locado em volta do pescoço, um paralelo
exato da inauguração de José descrito
em Gênesis 41:41-42.

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Bezerro de Ouro
Depois de atravessar o Mar Vermelho, os israelitas fizeram seu caminho
para o Monte Sinai. O relato da apropriação de Israel de um bezerro
de ouro para adorar era muito questionado por estudiosos seculares.
Eles observaram que a adoração de touro era comum no Egito e Ca-
naã, mas não a adoração de um bezerro. No entanto, em 1991 uma
estátua de prata de um bezerro foi encontrada em uma escavação da
antiga Asquelom na costa de Israel. Autoridades dataram este bezerro
de mais de 100 anos antes do Êxodo.
Quando Arão gritou para o povo: “Este é o seu deus, Ó Israel,
que te tirou da terra do Egito” (Êxodo 32:4), ele sabia muito bem o quão
popular era o culto ao bezerro. Quatro séculos depois, quase as mes-
mas palavras foram ditas pelo rei Jeroboão, quando fez dois bezerros
Esta estátua de prata de um bezerro,
de ouro e disse ao povo: “Aqui estão os seus deuses, Ó Israel, que escavado a a partir do sitio da anti-
te fez sair da terra do Egito, um extenso artigo sobre a descoberta do ga Asquelom, data de mais de um século
antes do Êxodo. Esta descoberta provou
bezerro de prata observa: O Bezerro de Ouro adorado ao pé do Monte que o culto ao bezerro era praticado na
Sinai pelo impaciente Israel (Êxodo 32) pode ter se assemelhado a esta época do Êxodo, ao contrário das opini-
ões de alguns críticos.
estatueta

Estrela de Tel Dan


Em 1993 arqueólogos descobriram os nomes de David e Israel em uma
inscrição esculpida em pedra apenas 100 anos após a morte de David.
Uma descoberta em Tel Dan, um bonito monte, norte da Galiléia, ao
pé do Monte Hermon e ao lado de uma das cabeceiras -do rio Jordão.
Avraham Biran e sua equipe de arqueólogos encontraram uma notável
inscrição a partir do século IX a.C. que se refere tanto à ‘Casa de Davi’
e ao ‘Rei de Israel. “Este é a primeira vez que o nome de David foi
encontrado em qualquer inscrição antiga fora da Bíblia “(Revisão de
Arqueologia Bíblica, Março-Abril de 1994, p. 26). Cada vez mais evi-
dência extra-bíblica envolvendo nomes Bíblicos e lugares estão sendo
descobertos como o passar dos anos.

Obelisco negro e o prisma de Taylor


Estes artefatos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro
traz o desenho do rei Jeú oferecendo tributo, prostrado diante de Sal-
manazar III, e o segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusa-
lém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.

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Novo Testamento

Ossário de Caifás
Surpreendentemente, o túmulo do sacerdote foi descoberto em 1990.
Arqueólogo israelense Zvi Greenhut, que confirmou o achado, descre-
ve o evento:
Duas das 12 caixas de pedra encontradas possuía o nome
Caifás escrito no lado, e uma continha o nome completo: “José, filho
de Caifás”. Dentro desta caixa estavam os restos de um homem de
60 anos de idade, juntamente com os ossos de uma mulher e quatro
pessoas mais jovens, provavelmente aqueles de sua própria família.
“Uma pessoa de nome José, com o cognome Caifás era o sumo sacer-
dote em Jerusalém, entre 18 e 36 D.C. O Novo Testamento fornece ape-
nas seu cognome na forma grega: Caifás (ver Mateus 26:3, 57, Lucas
3:02, João 11:49, 18:13-14, 24, 28, Atos 4:6. Os arqueólogos, assim,
confirmam a existência dessa importante figura do Novo Testamento.
Eles também têm comprovado a existência de outro personagem prin-
cipal fundamental para os eventos que cercam o julgamento, a prisão
e execução de Jesus Cristo.

A inscrição de Pilatos
Durante séculos, Pilatos era conhecido apenas em escassos registros
históricos e os Evangelhos. Nenhuma evidência física direta havia sido
encontrada. Então, em 1961, uma placa de pedra gravada com o nome
de Pilatos, o título foi descoberto em Cesaréia, o porto romano e capital
da Judéia na época de Cristo. “De dois pés por três mede a placa, ago-
ra conhecida como a Inscrição de Pilatos, foi... aparentemente escrita
para comemorar a ereção de Pilatos e a dedicação de um Tiberium, um
templo para a adoração de Tibério César, imperador romano durante o
tempo de Pilatos na Judéia”.
“A inscrição em latim de quatro linhas dá o título como” Pôn-
cio Pilatos, prefeito da Judéia, “um título muito semelhante ao utilizado
para ele no Evangelho (cf. Lc 3:1). Este foi o primeiro achado arqueo-
lógico a mencionar Pilatos, e novamente testemunha a precisão dos
escritores dos Evangelhos.

A prova da crucificação
Até recentemente alguns estudiosos consideravam a descrição da cru-
cificação de Cristo como falsa. Eles pensaram que era impossível para
um corpo humano a ser perfurado por pregos nas mãos e nos pés,
porque a carne acabaria se rompendo. Em vez disso, achavam que as
vítimas eram presas por cordas.
No entanto, em 1968, o corpo de um homem crucificado que
data do primeiro século foi encontrado em Jerusalém. Aqui, o verdadei-
ro método de crucificação foi descoberto: seus tornozelos, não os pés,
foram pregados e poderia facilmente suportar seu peso.
O arqueólogo Price Randall explica: “Este achado raro provou
ser uma das testemunhas mais importantes arqueológicas para a cruci-
ficação de Jesus como registrada nos Evangelhos. Primeiro, ele revela
novamente os horrores do castigo romano... Este método de execução
forçava o peso do corpo sendo colocado nos pregos, causando espas-
mos musculares terrivelmente dolorosos e eventualmente a morte pelo
processo excruciante de asfixia... Segundo, foi uma vez afirmado que a
descrição dos Evangelhos do método da crucificação é historicamente
precisa... a descoberta dos pregos perfurados no osso dos tornoze-
los refuta aqueles que dizem que pregos não poderiam ser usados”

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Cafarnaum
A cidade em que Jesus morou foi escavada e preservada para visita-
ção. Ali é possível se ver os restos de uma sinagoga e uma igreja bi-
zantinas que foram respectivamente construídas sobre a sinagoga dos
dias de Jesus, e a casa de Pedro, o líder dos doze apóstolos.
Em uma das colunas de pedra calcária branca há uma inscri-
ção em aramaico que diz: “HLPW, filho de Zebida, filho de Johanan, fez
esta coluna. ” Estes nomes, correspondem aproximadamente a Alfeu, a
Zebedeu e a João, mencionados no Novo Testamento ... nas listas dos
discípulos de Jesus e se suas famílias (Mc 3:17-18)
Existem ainda inúmeras outras descobertas que você pode
pesquisar querido desbravador. Como você viu, as pedras estão cla-
mando, falando de um Deus vivo, verdadeiro e confirmando que Sua
palavra, a Santa Bíblia, é verdadeira. Cafarnaum

Para saber mais

Escavando a Arqueologia Bíblia de Estudo


Verdade Bíblica em Arqueologia
Dr. Rodrigo P. Silva Dr. J. Randall Price A primeira Bíblia que
vem com um vasto subsí-
A escavação é um ponto Descubra o que os novos dio e ilustrações das
de partida. A verdade é achados arqueológi- descobertas arqueológi-
o único objetivo final cos têm para nos contar cas mais recentes. Fun-
que realmente interessa. sobre a peregrinação de damental para quem quer
Entre estes dois extre- Israel no deserto rumo à conhecer mais sobre a
mos cabem: aventuras, Terra prometida, a queda Arqueologia Bíblica.
descobertas, polêmicas dos muros de Jericó, a
e conclusões. Se isto é arca da Aliança, os reis
contado através de uma e profetas de Israel,
narrativa cativante e as invasões assírias e
ilustrado com fotos e babilônicas, os Rolos do
mapas, o resultado só Mar Morto, à época do
pode ser um livro ex- Novo Testamento e muito
tremamente agradável e mais.
informativo.

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Para fazer!

Mapa Bíblia de Estudo Andrews


Montar uma maquete simples de Jerusalém observando o seguinte:
a) Relevo
b) Os diferentes perímetros da cidade nas épocas do 1º templo (Davi e Sa-
lomão), 2º templo (Herodes e Jesus Cristo) e a Jerusalém atual.
c) Os principais sítios arqueológicos
d) Os principais pontos de visitação religiosa

12 .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arqueologia Bíblica * Atividades Missionárias


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