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E.F.A
ESCOLA DE FORMAÇÃO APOSTOLICA.
CURSO DE FORMAÇÃO DE LIDERES
EM PRÁXIS PASTORIS
DISCIPLINA
Introdução a Teologia do
Novo Testamento
Pr. CLAUDIO VIEIRA DE ALMEDA
CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERES EM PRÁXIS PASTORÍS
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Sumário
1 . A EXISTÊNCIA DE DEUS .................................................................................................................................. 3
1. 1 Israel, em cujo benefício moisés escreveu primariamente, já cria em Deus. .................................................... 3
1. 2 As evidências da existência de Deus são visíveis e vigorosas.......................................................................... 3
1.2.1 Criação inanimada ..................................................................................................................................... 3
1.2.2 Criação animada ........................................................................................................................................ 3
2 . A CONSCIÊNCIA HUMANA............................................................................................................................. 3
3 . O FATO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE ......................................... 4
4 . A BÍBLIA E SUA ORGANIZAÇÃO ................................................................................................................... 5
5 . GÊNESIS .............................................................................................................................................................. 6
6 . AS CINCOS DISPENSAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO .......................................................................... 8
6.1. PRIMEIRA DISPENSAÇÃO DA INOCENCIA ............................................................................................ 8
6.2. SEGUNDA DISPENSAÇÃO DA CONCIÊNCIA (Duração: 1656 anos) ...................................................... 9
6.3. TERCEIRA DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO (Noé viveu 950 anos.) ....................................... 9
6.4. A QUARTA DISPENSAÇÃO (DISPENSAÇÃO DA PROMESSA) Gn 12.1-Êx 18 27. ............................. 11
6. 5. A QUINTA DISPENSAÇÃO -A LEI .......................................................................................................... 13
6.5.1. ALIANÇA MOSAICA ........................................................................................................................... 13
6.5.2. OS DEZ MANDAMENTOS .................................................................................................................. 14
6.5.3. O TABERNÁCULO.............................................................................................................................. 14
7 . ANÁLISE DO ANTIGO TESTAMENTO .......................................................................................................... 24
7.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................. 24
7.2 O CÂNON DAS ESCRITURAS .................................................................................................................... 24
7.3 O PENTATEUCO .......................................................................................................................................... 25
7.4. LIVROS HISTÓRICOS ............................................................................................................................... 27
7.5 LIVROS POÉTICOS..................................................................................................................................... 31
7.6 PROFETAS MAIORES ................................................................................................................................ 32
7.7 PROFETAS MENORES ............................................................................................................................... 45
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................................................. 49
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“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42.5).
1 . A EXISTÊNCIA DE DEUS
O fato da existência de Deus é o ponto de partida lógico porque o fato da existência de Deus põe por
baixo a todas as outras doutrinas da Bíblia. Sem a existência de Deus, todas as outras doutrinas da Bíblia
seriam sem sentido. É o ponto de partida escriturístico porque disso nos capacita o primeiro verso da
Bíblia. A Bíblia principia por assumir e declarar a existência de Deus sem empreender prová-la. Isto é um
fato digno de nota. Ao comentá-lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moisés, sob inspiração
divina, teve, sem dúvida, as melhores boas razões para o curso adotado por Moisés”.
1.2.1.2 A matéria deve ter sido criada por outro processo que não os naturais; logo, a evidência de um
criador pessoal.
Diz o Prof. Price.: "Há uma ambiguidade de evidência. Tanto quanto a ciência moderna pode lançar luz
sobre a questão, deve ter havido uma criação real dos materiais de que se compõe o nosso mundo, uma
criação inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau".
(Q. E. D. pág. 25). Assim está a Bíblia de inteiro acordo com os achados da ciência moderna quando ela
declara: "No princípio Deus criou os céus e a terra." (Gênesis 1:1).
2 . A CONSCIÊNCIA HUMANA
A consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas
ações numa base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos,
que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam (veja Romanos 2:15).
1
(Evolution of Today, pág. 26).
2
(The Other Side of Evolution, pág. 25).
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Paulo assim afirmou de homens que não aprenderam de um padrão moral autorizado tinham um
senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da
terra têm consciência.
2.1. Ordem, Desígnio e Adaptação no Universo,
Ordem, desígnio e adaptação permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocação útil
permeiam o universo, deve existir uma inteligência adequada para dirigir esta colocação a fins úteis" 3.
Isso nos leva a crer que não somos produto do acaso.
2.2. A Bíblia
A referência aqui não é ao testemunho da Bíblia concernente à existência de Deus. É ilógico dar
autoridade da Bíblia como prova da existência de Deus, porque a autoridade da Bíblia implica a
existência de Deus. Então o que se sugre aqui é:
2.2.1. A natureza do conteúdo da Bíblia
A Bíblia é um livro tal que o homem não o podia ter escrito, se o quisesse, como não o teria
escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. E,
se o homem pudesse, porque escreveria ele um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida,
rebelde, merecendo a ira de Deus? É da natureza humana condenar-se assim a si mesma?
2.2.2. A profecia cumprida
O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento está arquivado em o
Novo Testamento, o qual traz a evidência interna de uma história verossímil. O cumprimento da profecia
evidencia um ser supremo que inspirou a profecia.
2.2.3. A vida de Jesus
Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma história verossímil,
vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas forças naturais na
formação do caráter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidência de um ser divino que habitou
Jesus.
2.2.4. A ressurreição de Jesus
A ressurreição de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Há
muitos que contestam a ressurreição, mas o fato é que ele vive. Temos assim subsequente evidência de
que há um ser divino.
2.2.5. A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.
"Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em seções separadas, por
centenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos anos, - um volume que antedata
nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento
em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses
inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenário se pode
dizer isto?" (Manly, The Bible Doctrines of Inspiration).
3
(Strong, Systematic Theology, pág. 42).
4
(Strong, Systematic Theology,pág. 31).
5
(Livingstone).
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3.1. A tradição
Cronologicamente, nossa crença em Deus vem da tradição. Recebemos nossas primeiras idéias de
Deus de nossos pais. Não há dúvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva geração desde o
princípio. Mas não basta a tradição para dar conta da aceitação quase universal do fato da existência de
Deus.
3.2. A Intuição
Intuição é a percepção imediata da verdade sem um processo cônscio de arrazoamento. Um fato
ou verdade assim percebidos chama-se uma intuição. Intuições são "primeiras verdades", sem as quais
seria impossível todo pensamento refletivo. Nossas mentes são constituídas de tal modo a envolverem
estas "verdades primárias" 6. logo que se apresentem as devidas ocasiões. "A gente mais irrazoável do
mundo é aquela que no sentido estreito depende unicamente da razão" (Strong). "A crença em Deus não é
a conclusão de uma demonstração, mas a solução de um problema" (Strong); e esse problema é o
problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanação racional e ...
e a explanação que se pode possivelmente dar é essa fornecida na concepção de um tal Ser (como Deus).
Nesta conclusão a razão descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic
Argument). "Chegamos a uma crença científica na existência de Deus tanto como a qualquer outra
verdade humana possível. Assumímo-la como uma hipótese absolutamente necessária para dar conta do
fenômeno do universo; então evidência de todos os cantos começa a convergir sobre ela, até que, no
processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre
crescente, pronuncia-se sobre a validade da hipótese com uma voz escassamente menos decidida e
universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convicções científicas" (Morell, Philosiphic
Fragments).
Logo, podemos dizer: "Deus é o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne,
Metaphysics).
A existência de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente. Os
fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamação do fato da existência de Deus, não
temendo de proclamá-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta
verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem. Vezes há, talvez, quando o
pregador no púlpito deverá discutir as evidências da existência de Deus; todavia, como uma coisa usual,
ele deveria assumi-la e declará-la como Moisés fez. E quando ele trata das evidências da existência de
Deus, não as sobrecarregue de modo a deixar a impressão que a validade do fato da existência de Deus
depende de uma rigorosa demonstração racional.
PENTATEUCO (5 LIVROS):
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Da criação até o começo da antiga nação de Israel
6
"Uma verdade primária é um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasiões de observação e reflexão, delas não se
deriva, - um conhecimento, pelo contrário, que tem tal prioridade lógica que deve ser assumido ou suposto para se fazer
qualquer observação e reflexão possíveis.
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PROFETAS MENORES
Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias
OS EVANGELHOS (4 LIVROS):
Mateus, Marcos, Lucas e João. Vida e ministério de Jesus
ATOS DOS APÓSTOLOS (1 LIVRO):
Relatos sobre o começo da congregação cristã e o serviço missionário
CARTAS (21 LIVROS):
Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses
CARTAS A VÁRIAS CONGREGAÇÕES CRISTÃS
1 e 2 Timóteo, Tito, Filêmon
CARTAS A CRISTÃOS INDIVIDUAIS
Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2, e 3 João, Judas
CARTAS AOS CRISTÃOS EM GERAL
APOCALIPSE (1 LIVRO):
Visões proféticas dadas ao apóstolo João
5 . GÊNESIS
ִׁ ב ֵר
וְ אֵ ת הָ אָ ר, אֵ ת הַ שָ מַ יִ ם, בָ ָרא אֱֹלהִ ים, אשית
“Bereshit Bara Elohiym et haShamayim veet haAretz”;
“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1)
A palavra Gênesis significa ORIGEM. Gênesis, sem dúvida nenhuma, é o livro das origens. Em
Gênesis nós temos a origem do universo, do nosso sistema solar, da vida, do homem, do pecado, do
casamento, dos idiomas, da indústria, do governo, da religião e da nação de Israel. Dez vezes no livro de
Gênesis somos dados a história de várias gerações. A palavra “geração” basicamente significa origem, ou
no contexto, o relato da origem.
Note as seguintes gerações:
1. Gerações do Universo -- Gênesis 2:4. 6. Gerações de Terá -- Gênesis 11:27.
2. Gerações de Adão -- Gênesis 5:1. 7. Gerações de Ismael -- Gênesis 25:12.
3. Gerações de Noé -- Gênesis 6:9. 8. Gerações de Isaque -- Gênesis 25:19.
4. Gerações dos filhos de Noé -- Gênesis 10:1. 9. Gerações de Esaú -- Gênesis 36:1, 9.
5. Gerações de Sem -- Gênesis 11:10. 10. Gerações de Jacó -- Gênesis 37:2.
Os seguintes erros têm escravizado milhões, mas em apenas um versículo Deus contradiz todos eles:
A. Ateísmo – Não existe Deus. Gênesis 1:1 afirma a existência de Deus.
B. Agnosticismo - Os agnósticos afirmam que ninguém pode saber se Deus existe. Gênesis 1:1 assume
que todo homem por natureza sabe que Deus existe.
C. Politeísmo - A maior parte da humanidade acredita em muitos deuses. Gênesis 1:1 fala de um só Deus.
D. Panteísmo - Esta filosofia afirma que Deus e o universo são um. A maioria das religiões orientais são
baseadas em tais conceitos. Gênesis 1:1 ensina que Deus é separado e transcende ao universo. Ele é um
Deus pessoal, e não apenas uma força universal.
E. Materialismo - Esta filosofia afirma que a matéria é eterna. Evolucionistas verdadeiras são
materialistas. Gênesis 1:1 declara que a matéria teve um começo.
F. Dualismo - Os dualistas ensinam que o universo foi criado e é controlado por duas forças opostas: uma
boa e a outra má. Gênesis 1:1 ensina que existe um Deus, vivo e verdadeiro, que evidentemente é
supremo.
Estes e uma multidão de outros “ismos” são destruídos por uma simples declaração de Deus. O homem
sem uma revelação inspirada é como um navio sem bússola.
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DEUS É CRIADOR:
Em Gênesis não difícil falar em um Deus Criador: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. O
relato da criação em Gênesis é realizado em duas etapas para ressaltar o Criador: Enquanto o primeiro
relato aponta para um fato (há um Criador de todas as coisas) o segundo relato mais específico sobre a
criação do homem apresenta o Criador como zeloso, atencioso e relacional. Essa descrição de Deus é
certamente uma demonstração do Seu poder e de Seu cuidado graciosos.
A unicidade de Deus nos primeiros versos de Gênesis são também uma descrição de contraste entre
YAHWEH, o verdadeiro Deus e os deuses pagãos. Até por que, a descrição de Deus como Criador,
solitário e auto-suficiente difere gritantemente de outros relatos antigos da criação.
DEUS É SOBERANO
A soberania de Deus é observada em quase todos os eventos apresentados nesse livro: Ele é o
Criador Soberano, o Juiz soberano sobre o pecado do homem, na punição de Caim, no Dilúvio, em Babel.
Ele é o Soberano na separação e eleição de Abraão como herdeiro das promessas. Não havia qualquer
característica em Abraão digna da atenção de Deus, mas em Sua Soberania Deus o separa para dele fazer
uma grande nação.
DEUS É JUSTO
Na retribuição justa de Gn.3 vemos que Deus é severo no trato com o pecado e na imposição das
punições para cada um dos participantes da rebelião contra Ele no Éden. Entretanto, é importante lembrar
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que “quando Sua bondade original foi desprezada no jardim do Éden em troca da independência que as
criaturas queriam Dele, foi Deus quem tomou a iniciativa de buscar o homem (Gn.3 8-9), de prometer a
vitória definitiva sobre a serpente pela semente da mulher (3.15) e remediar a nudez e a vergonha do
primeiro casal”.
DEUS É GRACIOSO:
“Pelo contrário, ele opera exclusivamente em benefício do mundo que não tem intenção alguma de
fazer o que é certo. Neste caso a eleição demonstra a misericordiosa bondade de Deus com o mundo.
DEUS É ÚNICO:
Em oposição ao conceito do Oriente Médio Antigo, Gênesis apresenta um Deus que é Único,
“nenhuma outra divindade questiona o direito divino de criar; nenhuma outra divindade ajuda Deus a
criar nem se opõe à sua atividade criadora”. Desde o princípio, ou desde a origem do tempo e da
história, só Deus existe ou age.
A prova. Gênesis 4.7. como a dispensação da Inocência e as outras, esta também tinha que ter sua
prova.}
Sua lei foi sua consciência.
Pelo pecado na primeira dispensação o homem perdeu a "Consciência de Deus" e ganhou a "consciência
de si mesmo". Isso quer dizer que em vez da conhecer e ver os atos, estado e caráter de Deus, que ele
começou a prestar conta a seus próprios atos, estado e caráter, quer fossem justos ou injustos.
A - O primeiro filho de adao e eva
Com o nascimento de seu primeiro filho, é provável que o casal esperasse o cumprimento da promessa
feita por Deus, que mandaria "um" para ferir a cabeça da serpente. Isso se pode ver no nome dado ao seu
filho "CAIM": "alcancei um varão". Porém com o tempo eles viram que esse não era o filho da promessa.
B - O fracasso.
Primeiro: por não trazer uma oferta de sangue ao altar de Deus (Gênesis 4.3)
Segundo: por matar a seu irmão, Abel (v.8). Certamente Adão havia ensinado a seus filhos sobre a
necessidade de trazer e oferecer sacrifícios de sangue para a remissão de seus pecados. Um aceitou, o
outro recusou.
C - O castigo.
Caím e os homens semelhantes a ele perderam a vida eterna.
Sua raça se terminou com o dilúvio.
D - A redencao.
A redenção prevista por Deus foi a arca de Noé. Enoque escapou por ser arrebatado por Deus.
Circunstancias favoraveis
1. Noé, o guía, tinha 601 anos ao sair da arca. Era uma pessoa com experiência natural e espiritual.
2. Tinha a promessa de Deus que não destruiria a humanidade outra vez por agua. Gênesis 9.13-15.
O arco-íris foi o sinal.
3. Receberam um novo paco de Deus. Gênesis 9.9.
4. Tinham o costume de adorar ao Deus verdadeiro. Gênesis 8.20-21.
5. Tinha a completa vontade e liberdade de Deus. Gênesis 9.1-7. Isso incluía:
a) Permissão para formar um governo humano e governar-se a si mesmo;
b) Permissão para comer carne;
c) (Adão não tinha permissão para fazê-lo. Ainda que se crer que alguns pecadores no seu tempo
o fizeram);
A prova.
A vontade da humanidade foi provada por ter que obedecer a lei feita por seu próprio governo.
Não tinham que obedecer sua consciência doente como anteriormente. Deus lhes deus três conselhos
como base de seu governo.
1. Contra assassinar (Gênesis 9.5)
2. Contra comer sangue. Gênesis 9.4. ( Deus nunca mudou essa determinação – Atos l5.29. O sangue
sempre foi precioso aos olhos de Deus).
3. Como se devia castigar um assassino. Gênesis 9.6. Isso não foi aplicado no caso de Caím na outra
dispensação.
O fracasso.
1- A embriaguez de Noé. (Gênesis 9.20-21)
2- Cão olhando o corpo nu de seu pai.
a) Parece que Cão o fez propositalmente pois saiu para dizer a seus irmãos. Eles conheciam o que era
correto e cobriram o corpo de Noé.
b) Ainda que não se especifica bem, parece que o fato de contemplar a nudez do pai, consistia em um
pecado grave.
3- A construção da torre de Babel. Gênesis 10.8-10.
a) O líder do governo era Nimrod
b) foi construída com o propósito de rebelar-se contra Deus
c) Era um sinal do orgulho e rebelião, além da adoração de um líder chamado Ninrod.
O castigo.
1. Dispersão do povo ao ter sua língua confundida, dando origem a vários idiomas, tornando necessário
separar-se em pequenos grupos que falassem o mesmo idioma.
2. Cão e seus descendentes foram destinados a ser serventes. Gênesis 11.5-9; 9.25.
Notamos também, como a maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai,
e desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente extintos da Terra, Is
17.18. Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois,
povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande
Vale dos rios Tigre e Eufrates.
a) Jafé: zona Norte das nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da
Europa e Ásia.
b) Cão: zona Sul das nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do
Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão).
c) Sem: zona central das nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do
vale do Eufrates.
A Aliança com Noé, Gn 9.1-17:
1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn 8.21;
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Para estudar o assunto mais detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb 5.7.
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Em Gn 15.6 , pela primeira vez, a Fé é mencionada, e lemos "E creu ele no Senhor, e foi-lhe
imputado isto por justiça"; Rm 4.3; Tg 2.23. Abraão nasceu quando seu pai Terá tinha 26 anos, Gn 11.25.
Abraão tinha 75 anos quando foi convidado por Deus a deixar sua parentela e partir para uma terra
desconhecida (Canaã). Contava com 80 anos quando encontrou-se com Melquisedeque e foi abençoado
por ele.
Tinha 86 anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida. Persuadido pela
esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança quanto a conseguir as promessas de
Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé
foi provada mais 13 anos.
Em Gn 17, seu nome foi mudado.
Um quadro interessante foi as três vezes que Deus apareceu a Abraão:
1a) Apareceu o Senhor a Abraão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um
altar ao Senhor, que lhe aparecera” Gn 12.7;
2a) "Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o
Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito", Gn 17.1,
3a) "Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da
tenda, no maior calor do dia", Gn 18.1.
Isaque nasce - Ismael é despedido
Afinal, nasce Isaque, depois de muitos anos de fé alternada com incredulidade da parte de seus
pais, Abraão e Sara. Vemos que Ismael, o filho "nascido segundo a carne ", Gl 4.29, persegue o filho da
promessa, e é despedido, porque não pode herdar com este. Os que são das obras da Lei, Gl 3.10, não
herdarão as promessas dadas a Abraão, mas sim aqueles que têm fé em Cristo, Gl 3.12-14. Uma religião
carnal é sempre inimiga da religião espiritual.
1°) Certeza da Palavra Divina. Para agirmos em algum sentido contrário ao sentimento natural,
ao procedimento comum, aquilo que nossas convicções e as dos vizinhos aprovam, precisamos ter uma
palavra de Deus mui positiva, que não admita dúvidas;
2°) Falta de Explicação. O mandado divino não trouxe consigo um porquê"; contudo, havia um
raio de luz nas palavras "a quem amas", revelando que Deus não estava esquecido da forte afeição natural
de Abraão para com Isaque;
3°) A Completa Confiança de Abraão. Isto nos faz pensar nas palavras de Jó:
"Ainda que me mate, nele esperarei",Jó 13.15. A explicação dada em Hb 11.18, é que Abraão "considerou
que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar (a Isaque)";
4°) O Conhecimento de Deus. Fruto de longos anos de experiência da divina proteção e bondade,
progrediu até que, afinal, Abraão podia obedecer a Deus cegamente;
5°) A Submissão de Isaque a Vontade do Pai. Um belo tipo da obediência de Cristo até a morte;
6°) A Palavra Profética De Abraão. Disse Abraão: "Deus proverá para si o cordeiro ". Também
havia um sentido profético no nome que Abraão deu ao lugar: Jeová-Jireh: "ü Senhor proverá". Em Jo
8.56, permite pensar que ele tinha alguma vaga previsão do "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo";
7°) A Lição da Substituição. O carneiro "travado pelas suas pontas num mato ", y j veio a ser o
substituto do moço; e quantos seres humanos desde o tempo de p;
Isaque têm dado graças a Deus por Ele ter "fornecido um substituto "
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8°) A maneira maravilhosa como Deus operou em Abraão, uma semelhança a si mesmo.
Num dia futuro Deus havia de ceder seu Filho, em sacrifício pelo pecado, Mas então não haveria outro
cordeiro para tomar o lugar dele:
"Nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós", Rm
8.32.
A obediência de Abraão era agradável aos olhos de Deus; por isso o mandamento foi dado. A
morte de Isaque não teria sido agradável a Deus, visto que o ato da matança foi impedido". No Monte do
Senhor se Proverá".
A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação
de Cristo".
1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que 6) A Lei - Um Deus de santidade;
mantém aliança; 7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de
2) As pragas - Um Deus de punição; comunhão;
3) A Páscoa - Um Deus de redenção; 8) A punição devida do bezerro de ouro - Um
4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de Deus de disciplina;
poder; 9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça;
5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão; 10) A vinda da glória - Um Deus de glória.
"Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo” Jo l. 17.
É bom lembrar que esta Dispensação pode ser chamada de Dispensação dos Israelitas.
Devemos lembrar que o cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do
Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida pêlos estudiosos do AT, a de
1290 a.C.
Em Gn 19.3 começa a Quinta Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de
Deus.
Israel chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem. Neste momento. Deus chama-o a
um Concerto mais sério, e passa-lhe uma nova lição:
1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus;
2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;
3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus.
Em Gl 3.6-25, aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:
1. A Lei não pode anular esta aliança;
2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado;
3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo;
4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente ".
A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no
julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz.
Podemos considerar:
1) O estado do homem no começo da jornada, Êx 19.1-3;
2) Sua responsabilidade, Êx 19.5,6; Rm 10.5;
3) Seu fracasso, II Rs 17.7-17; At2.22.23,
4) O julgamento, II Rs 17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24.
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Notemos neste capítulo o cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua
santidade. No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora precisam
aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível.
6.5.3. O TABERNÁCULO
(Romanos 15.4, “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que
pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”;
I Pedro 2.2, “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não
falsificado, para que por ele vades crescendo”;
João 5.39, “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de
mim testificam;”).
Tabernáculo pode ser traduzido como habitação, tenda da congregação e tenda do testemunho
(Nm 9:15; 18:2). Esta tenda não era uma mera barraca aonde o povo podia se proteger do sol ou da chuva
enquanto prestava seu culto; era muito mais do que isso: ele era figura e sombra das coisas celestiais (Hb
8:5); e simbolizava também a obra redentora de Jesus Cristo (Hb 9:11,12). Dentro dele havia várias
peças, cada uma com um grandioso significado. Muitas passagens do Novo Testamento só podem ser
entendidas com o conhecimento desse assunto, pois são cumprimentos de sua simbologia. Estudar sobre o
tabernáculo não é simplesmente adquirir conhecimento histórico, mas entender coisas futuras que Deus
revela subliminarmente através das Escrituras Sagradas àqueles que buscam conhecimento. Portanto, não
ignoremos a importância dos ensinos teológicos ( 1 Co 2:6-16)!
Ele é cercado de mistérios e todas as peças existentes em seu interior têm um significado. Ele é
uma grande prova da importância da adoração a Deus
AS CORES
Azul – Natureza Celestial de Cristo, O Espiritual, ou homem celestial, I Coríntios 15.47,48; João
1.18; Hebreus 7.26; a origem celestial de Cristo.
Púrpura – Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, Apocalipse
19.16; Marcos 15.17-18.
Carmesim – Sacrifício, Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28.
Branca – do linho fino – Perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados
no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9).
TECIDOS
Linho Fino – Justiça, Cristo é o Justo, e os que são dEle têm a Sua justiça, II Coríntios 5.21;
Apocalipse 19.8; I Coríntios 1.30.
CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERES EM PRÁXIS PASTORÍS
15
Pelos de Cabras – Útil para servir. Tecido para fazer pano das cortinas para servirem de tenda
sobre o tabernáculo, Êxodo 26.7; 36.14. É também crido que os profetas usavam roupa feita de pelos de
cabra, Zacarias 13.4,5.
Peles de carneiro tingidas de vermelho – Expiação de Cristo, ou a devoção do Sacerdote no seu
oficio.
Peles de texugos – Humanidade ou a aparência de Cristo. A santidade que repele toda forma de
iniquidade, Hebreus 7.26. A pele de texugo era sem formosura, manifestando o fato que o homem natural
não vê em Cristo nenhuma formosura, Isaías 53.2; a capacidade de Cristo proteger o Seu Povo, João
10.27,28.
MADEIRA
(Acácia) – A humanidade de Cristo, separada de iniquidade, Sal 16.10; João 14.30.
AZEITE
Azeite – O Espírito Santo, ou Sua unção, I João 2.27. O Espírito Santo foi dado a Cristo sem
medida, João 3.34. Cristo fez as Suas obras pela virtude do Espírito Santo, Hebreus 9.14; Sal 45.7; Isaías
11.2-4; Efésios 1.19. Cristo a Luz do mundo, João 8.12; a Sua sabedoria divina, I Cor 1.30.
PEDRAS: Pedras de ônix e pedras de engaste – a preciosidade dos Cristãos a Deus por Cristo,
Malaquias 3.17; As perfeições de Cristo como Sacerdote.
OS QUATRO EVANGELHOS
✓ Mateus: Cristo – Rei - Púrpura
✓ Marcos: Cristo – Servo Sacrificatório - Carmesim
✓ Lucas: Cristo – Perfeito Homem - Branca
✓ João: Cristo – Filho de Deus – Azul
NO TABERNÁCULO
✓ A Porta do Pátio – Filho Divino – Azul (Ex 26.31-33)
✓ A Porta da Tenda – Soberano Divino – Púrpura (Ex 26.36,37)
✓ O Véu do Tabernáculo – Salvador Divino – Carmesim (Ex 27.16,17)
✓ As cortinas do Tabernáculo– Servo Divino – Branca (Ex 26.1-3)
(Êx 27:09); Caro estudante examine sua Bílbia e faça as anotações necessárias.
O Pátio era um lugar especial para servir Deus publicamente. Além dos cultos domésticos (Dt 6.6-
9). As cortinas do pátio eram brancas, as suas colunas, talvez de madeira, tinham bases de cobre que
reluziram gloriosamente. As suas faixas e os seus colchetes de prata em cada coluna manifestaram a
glória tanto do pátio quanto o serviço ali ministrado. Aquele que desejava ser santo, vendo o uso do cobre
nessas cortinas e colunas, percebia que não somente os pecados seriam julgados, mas a prata (nos
colchetes e faixas) pregava da expiação dada pelo Cordeiro de Deus.
A expiação de Cristo (colchetes de prata) posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de
Deus (linho fino). Os pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação
idônea.
Jesus é o único por Quem a salvação é dada e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é
aceita (Jo 14.6). Posso imaginar, as pessoas naquela época são como hoje, muitas pessoas estão ao redor
da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber onde a Porta é localizada.
Podem avisar a todo mundo que essa é a Porta Única para ter acesso a Deus. (Jo 10.9)
As quatro colunas desta Única Porta podem ser comparadas aos quatro Evangelhos do Novo
Testamento e aos quatro animais diante e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9). (leão como rei, Mateus;
bezerro como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem, Lucas; águia como Deus, João), as
quatro colunas podem representar a verdade que Cristo é universalmente: o Salvador de qualquer pecador
arrependido de “toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também podem
significar que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).
6.5.3.3. AS TÁBUAS
O Ouro que cobriu as tábuas aponta a Jesus como Deus (Mt 1.23, “Deus conosco”; “habita nEle
toda a divindade”, Cl 2.9). Sendo Deus, Ele pode dar vida nova e vida eterna para todos que venham a
confiar nEle de coração (Jo 10.10; Jo 3.16; Jo 3.36) Jesus é Deus e assim sendo, pode salvar todos que
veem a Ele pela fé.
• O AZEITE PURO
“Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido, para o candeeiro,
para manter uma lâmpada acesa continuamente”. (Êx 27:20)
• O CANDELÁBRO
luz iluminava a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso, mantendo assim iluminada
constantemente a glória do Santo Lugar. O castiçal tipifica Cristo como a Luz do mundo (Jo 8:12; 9:5). A
profecia de Isaías diz que o Rebento do tronco de Jessé brotará e repousará sobre ele o Espírito do Senhor
e assim lista sete características deste Espírito (Is 11.1,2).
O Apóstolo João, no livro de Apocalipse refere a Cristo tendo junto dEle os sete espíritos que
estão diante do Seu trono (Ap 1.4). Não deve haver dúvida nenhuma que a obra de Cristo foi com o poder
e presença do Espírito Santo. (Lc 12.10).
• O INCENSO SANTO
• O VÉU DO TABERNÁCULO
“Farás também um véu de azul, púrpura, carmesim, e linho fino torcido; com querubins, obra de
artífice, se fará”; (Êx 26:31)
CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERES EM PRÁXIS PASTORÍS
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O véu a todos mostrava a separação do homem do Santo Deus. Por Deus ser santo, e o homem ser
destituído da glória de Deus, ou seja, da glória da santidade, há separação (Is 59.1-3). O véu mostrava a
maneira de aproximação do homem pecador para o Santo e Glorioso Deus. Essa aproximação era
somente por um sacerdote idôneo e somente com sangue (Lv 16.14; Jo 9.7, 14).
Cristo é quem foi representado pelo véu do Tabernáculo (Hb 10.19, 20; Ef 2.12-16; Cl 2.13-15;
3.7-11; Rm 3.23,). Cristo é a Entrada – Isa 53.10, 11. Por Ele, o pecador arrependido e crente pela fé em
Cristo Jesus, não apenas tem entrada à presença de Deus, mas, ousadia para entrar no santuário, pelo
sangue de Jesus (Hb 10.19).
Os querubins representavam: somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos
resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus (Gn 3.24). Não há como chegar a
Deus sem responder pelo julgamento dos pecados. Pelo motivo de os querubins terem presença no véu do
Tabernáculo entende-se que a entrada à presença de Deus é somente através do julgamento dos pecados.
Assim aponta para Cristo: O Espiritual com natureza celestial (azul), O Soberano (púrpura), O Sacrifício
idôneo (carmesim), O Justo (linho fino) e O Perfeito (branco do linho fino). Cristo, nessas qualidades,
deu-Se a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co
5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21) e repassando a estes a Sua justiça (II Co 5.21; I Pe 3.18).
• O PROPICIATÓRIO
8
Ninguém sabe o que aconteceu com a arca; segundo o livro apócrifo de 2º Macabeus 2:4-7, ela teria sido levada pelo profeta
Je-remias e escondida numa caverna; imagina-se que ele teria feito isso para protegê-la, pois sabia que Jerusalém seria
invadida.
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21
Como nos mostram várias passagens bíblicas, A ARCA ficava escondida no Santo dos Santos, que
era uma parte separada do Lugar Santo por uma grossa cortina também chamada de véu, dentro do
tabernáculo. Algo tão especial, deveria ter também uma tampa especial, essa tampa se chamava
PROPICIATÓRIO (ÊX 25:17-22), que pode ser traduzido COMO COBRIR, COBERTA OU TAMPA;
A utilidade do propiciatório de ouro puro é entendida quando se percebe que foi o lugar que Deus
comunicava com Moisés, (“falava de cima do propiciatório”, Nm 7.89). Outra vez percebemos que o
propiciatório aponta à uma obra de Cristo. O Novo Testamento revela claramente que Cristo é essa
comunicação de Deus. Cristo é o Verbo eterno! Cristo é o Verbo divino! Jo 1.1. Um ‘verbo’ é algo que é
parte de um código usado para transmitir algo entre pessoas. É comunicação. Portanto, a comunicação de
Deus para o homem é Cristo! Por isso Cristo é chamado “Palavra” em I Jo 5.7.
Há três passagens no Novo Testamento que mostram essa beleza que Cristo é esse propiciatório de
ouro fino sobre o qual habita Deus. Considerando essas três referências entendemos uma verdade eterna.
Ro 3.25-26; I Jo 2.2; I Jo 4.10. Tem o sangue de Cristo cobrindo os seus pecados? Se tiver o
propiciatório sobre os seus pecados, como o propiciatório de ouro puro era entre a nuvem e a lei do
testemunho (Ex 25.21; Gl 3.13; 4.4,5), a sua vida deve ser santa como o propiciatório se posicionou num
lugar santo. Sem Cristo nada é feito, mas por Cristo podemos fazer tudo que devemos (Fp 4.13).
“O tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e de estofo azul, púrpura e carmesim;
com querubins as farás, obra de artífice”. (Êx 26:01)
No tabernáculo vemos as glórias de Cristo de vários focos: os Seus atributos divinos e humanos (a
madeira coberta de ouro), Seu Sacrifício (o altar de bronze, os animais sacrificados, etc.), a Seu
Ministério (o Sumo Sacerdote, o cordeiro, etc.) e a Sua posição diante de Deus (as vestes do Sumo
Sacerdote, como o próprio sacerdote, o propiciatório, etc.).
Portanto a adoração a Deus não pode ser adaptada a qualquer que seja a cultura.
Deus deve ser adorado na maneira que Ele rege. Ele especificou que essa adoração, como Divino,
deve ser “em espírito e em verdade” (Jo 4.23, 24). Dessa maneira o homem natural não pode nunca O
adorar (Rm 8.7, 8; I Co 2.14). Com a regeneração, o homem torna a ter vivificado o seu espírito, ou seja,
o homem novo (Ef 2.1-5; Rm 7.22; Cl 3.10).
O Significado
O Linho Fino Torcido, nota, não é somente linho, mas linho fino, e este, torcido. Este linho fino
torcido era superior e especial acima de qualquer outro linho. O significado de linho fino é dado em
Apocalipse 19.8, “as justiças dos santos”. As cortinas de linho fino torcido do tabernáculo apontam tanto
às justiças dos santos quanto às justiças de Cristo, pois Sua justiça é imputada aos que creem de um
coração preparado pelo Espírito de Deus (II Co 5.21).
A cortina de linho fino fez o tabernáculo (Ex 26.1,6), as cortinas de pelos de cabras serviram de
tenda sobre o tabernáculo (Ex 26.7). O significado do uso de pelos de cabras para a cortina da tenda
representava Cristo como o holocausto pelos pecados de Seu povo.
O bode que foi usado para fazer expiação do povo de Israel não tinha pecado, mas foi posto sobre
ele os pecados dos outros simbolicamente (Lv 16.22) Assim aquele bode levará sobre si todas as
iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto”). Assim o bode representa Cristo! Ele
não conheceu pecado, mas foi feito pecado pelo Seu povo, para que nEle fossem feitos a justiça de Deus
(II Co 5.21).
“Uma coberta de peles de carneiro, tintas vermelhas, e em cima outra coberta de peles de texugo
”. (Ex 26.14).
A primeira menção do uso de peles para cobrir é (Gn 3.21(. Com a impossibilidade de Adão e Eva
de cobrirem-se a si mesmos (as obras de qualquer homem nunca podem cobrir satisfatoriamente o
resultado dos seus pecados), Deus os vestiu com túnicas de peles.
As cobertas de peles podem apontar a Cristo...lemos (At 4.12) As peles de carneiro tingidas de
vermelho apontam para Cristo também. Mesmo que essas peles não foram visíveis do lado de fora ou de
dentro, eram importantes para essa habitação de Deus entre o Seu povo. O carneiro era um animal usado
para os sacrifícios de expiação de pecado (Lv 5.15-19) e para a consagração de algo ao Senhor (Ex 29.15-
22). O vermelho somente pode apontar ao sangue do carneiro dado em sacrifício para a expiação do
pecado. Lembremo-nos que foi um carneiro que foi sacrificado no lugar de Isaque na terra de Moriá (Gn
22.1-13). Veja também. (Jo 3.16; II Co 5.21; (Is 55.7,).
A beleza do tabernáculo estava no seu interior como a beleza do cristão é Cristo no seu coração
(Sl 45.13). Essas verdades apontam para Jesus e à vida Cristã. Notou que de todas as cortinas e
cobertas do tabernáculo, somente essas duas não foram dadas suas medidas? Isso pode indicar que
não há pecado maior que o sangue de Cristo não possa cobrir, no caso da coberta de peles de carneiro
pintadas de vermelho. A falta de medida dada para a coberta de peles de texugos pode indicar que não
há limite da influência que a vida cristã possa ter diante do mundo (I Pd 3.1,2; 4.14. Pode indicar
também que não há como descrever a necessidade e utilidade de termos Cristo como Salvador.
Veja também. Sl 22.6, 7; Fl 2.8; Mt 5.10-16; Jo 3.19-21; I Pd 2.7; I Co 2.14).
6.5.3.9. SACERDOTES
(Êx 28:1). Caro estudante examine sua Bílbia e faça as anotações necessárias.
Existia uma correlação de suma importância entre o Tabernáculo e o Sacerdócio. O sacerdócio
fazia parte do modelo divino que devia ser seguido detalhadamente. Não eram mencionados os sacerdotes
na primeira lista de necessidades do Tabernáculo (Ex 25.1-9). Todavia em Hebreus 8.1-5, o sacerdócio é
incluído como fazendo parte integral com os móveis mostrando assim a importância do sacerdócio.
“Como estamos prestando nossos sacrifícios diante do altar? ”
• AS VESTES SACERDOTAIS
(Êx 28:04). Caro estudante examine sua Bílbia e faça as anotações necessárias.
O Tabernáculo representa a Cristo, o Único meio pelo qual Deus habita no meio dos pecadores.
Portanto estas vestes nos ensinam de Cristo no Seu ofício de Único Mediador entre Deus e os homens (I
Tm 2.5, 6). Sabemos que as vestes do sumo sacerdote e dos seus filhos “são para glória e ornamento”
(Ex 28.2, 40).
• ÉFODE
Representava a divindade de Cristo (ouro), a origem de Cristo, dos céus (azul), a Sua realeza
(púrpura), a Sua humilhação na morte (carmesim) e a Sua justiça e pureza (linho fino torcido de cor
branca). O éfode era a parte exterior, a última peça das vestes sacerdotais, era uma peça comum de todos
os sacerdotes (I Sm 22.18). Até Samuel, sendo ainda jovem foi “vestido com um éfode de linho” (I Sm
2.18). Todavia, para o Sumo Sacerdote, era reservado o éfode com matérias preciosas.
sacerdote. As pedras são doze em número e os nomes de todas das doze tribos são esculpidas “como
selos, cada uma com o seu nome” (Êxodo 28.21). Existe uma lição que vem do fato dos nomes das doze
tribos sendo esculpidos nas pedras (Ex 28.21). Essa lição nos ensina que cada um dos filhos de Deus é
conhecido por Deus individualmente (João 10.3, “chama pelo nome às Suas ovelhas”; II Timóteo 2.19,
“O Senhor conhece os que são Seus”). “Nunca se separará o peitoral do éfode” (Ex 28.28) como também
nunca se separará o amor de Deus pelos Seus (Rm 8.35-39).
7.1 INTRODUÇÃO
Muitos séculos antes de Cristo, os escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu
mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Esses registros tinham grande
significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas vezes, e passados de geração
em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por:
A Lei: Composta pelos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Os Profetas: Incluíam os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué,
Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.
As Escrituras: Reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios - Jó, Ester,
Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do
Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele
de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um
pergaminho separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto
era escrito em hebraico – da direita para a esquerda – e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo
Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao
pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros
documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.
7.3 O PENTATEUCO
Os cincos primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. O
escritor foi Moisés. Alguns teólogos, rejeitando a veracidade dos acontecimentos registrados nos
primeiros capítulos do Gênesis, mas ao mesmo tempo reconhecendo seu valor religioso, chamam “mito”
tais narrativas como as do Éden e da queda, querendo dizer “mito” não apenas uma lenda, mas, antes,
uma história que transmite ensinamento espiritual de significado permanente. Contudo a historicidade do
livro de Gênesis está tão relacionada à autoridade de Cristo, que não pode ser colocada numa categoria
mítica, sem impugnar a perfeição do Seu conhecimento. A inspiração do Gênesis e o seu caráter de
revelação estão autenticados pelo testemunho de Jesus Cristo (Mt 19:4-6; 24:37-39; Mc 10:4-9; Lc 11;49-
51; 17:26-29, 32; Jô 7:21-23; 8:44, 56). Os cinco livros que compõe o Pentateuco têm lugar peculiar na
estrutura da Bíblia e uma ordem que inegavelmente é a ordem da experiência do povo de Deus em todas
as dispensações.
7.3.1 - GÊNESIS
O nome significa “princípio ou Origem”. Foi escrito provavelmente no deserto, por volta de mais ou
menos 1.500 a.C. e cobre mais de 2.315 anos da história da humanidade. É a história do princípio de
todas as coisas - o princípio dos céus e da terra, o princípio de todas as formas e de todas as instituições e
relações humanas. Abrange um período de cerca de 4004 a 1689 AC. Com Gênesis também começa a
progressiva auto-revelação de Deus que culmina em Cristo. Os três primeiros nomes da Divindade –
ELOIM, JEOVÁ E ADONAI, também aparecem aqui. A inspiração do Gênesis e o seu caráter de
revelação divina estão autenticados pelo testemunho de Jesus Cristo (Mt 19:4-6; 24: 37-39; Mc 10:4-9; Lc
11:49-51; 17:26-29; Jo 7:21-23; 8:44,56).
Conteúdo: Criação (1, 2); Queda (3); As primeiras civilizações (4) ; Os primeiros Patriarcas (5); O
dilúvio (6-9); Dispersão das nações (10,11); Abraão (12-27); Jacó (25-36) e José (37-50).
Ponto Histórico; É bem provável que o período que vai do surgimento da humanidade até o de Abraão,
que aparece pela primeira vez no final de Gênesis 11, seja bem maior do que o período aproximado de
4000 anos que vai deste até os nossos dias. Evidências arqueológicas têm demonstrado que por volta do
ano 8000, ou seja, 6000 anos antes das peregrinações de Abraão pelos territórios de Canaã, esta região já
era habitada por comunidades bem desenvolvidas. Pode-se dizer que o período dos patriarcas de Israel,
vai do surgimento de Abraão no Capítulo 11 de Gênesis até o primeiro capítulo de Êxodo, o qual
apresenta uma lista dos filhos de Jacó. A história dos patriarcas teve seu início na Mesopotâmia, mais
especificamente na cidade de Ur dos Caldeus, passou por Canaã e terminou no Egito. Na opinião de
muitos, os Patriarcas entraram no Egito na época em que este era dominado pelos hicsos. Isto explicaria
em parte a benevolência para com Jacó e seus filhos, pois existe a possibilidade destes conquistadores,
serem de origem semítica.
7.3.2 - ÊXODO
O nome Êxodo vem do grego e significa “sair”, e foi assim chamado porque registra a saída de
Israel do Egito. Os filhos de Israel se haviam multiplicado muito, até serem 3.000.000 de almas. Uma
substituição da Dinastia reinante do Egito sentenciou-os a uma cruel escravidão. Oprimido pelos
Egípcios, Israel necessita de Libertação. Esta libertação foi realizada por intervenção Divina e foi
milagrosa. Depois da realização da redenção do Egito, foi dada a lei, seguida pela revelação do culto
aceitável, quando prestado no tabernáculo, com seus sacrifícios e o sacerdócio assistente.
Os acontecimentos registrados em Êxodo abrangem um período de 1706 a 1490 AC. Conteúdo: Israel
redimido (3-15:22); Israel viajando ao Sinai (15:23-19); Israel recebendo as Leis (20-24); Tabernáculo e
Sacerdócio (25-29); Idolatria e Concerto (34) e o Levantamento do tabernáculo (35-40).
Ponto Histórico; Muitos anos se passaram, depois que Jacó e sua família entraram no Egito, antes que de
lá saíssem. O primeiro capítulo de Êxodo nos informa que um novo rei assumiu o poder. Uma dinastia
realmente egípcia, a qual teria expulsado os dominadores anteriores que, possivelmente, eram
estrangeiros. Possivelmente tenha sido Ramsés II o faraó que oprimiu o povo. Depois de muito
sofrimento surge o libertador. Ele era Moisés: homem culto, descendente de Levi, criado pela filha de
faraó. Moisés se aresenta para libertar o pvo com a ajuda de seu irmão Arão. A libertação só acontece
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26
depois da demonstração do poder de Deus a faraó e seus súditos, por um período que não deve ter sido
muito curto, pela natureza das pragas que atingiram o Egito. Lendo no relato bíblico e observando a
relação das pragas podemos perceber que o período foi longo. Vejamos:
7.3.3 - LEVÍTICO
Chama-se assim pelo fato de ser um registro de leis referentes aos Levitas e seu serviço. Baseia-se
no nome de Levi um dos doze filhos de Jacó. O tema do livro é a santidade. O vocabulário do sacrifício
permeia o livro; as palavras ‘sacerdote’, ‘sacrifício’, ‘sangue’ e ‘oferta’ ocorrem com muita freqüência; e
‘qodesh’, traduzido para ‘santidade’ ou ‘santo’, aparece mais de 150 vezes. Observemos também a
seqüência: ‘Sereis santos, porque eu sou santo’ (11:44,45; 19:2; 20:7, 26).
O novilho ou Tipo de Cristo como Servo paciente e sofredor, ‘obediente até a morte’ (Is. 4,5; Fl 2:5-
boi 8). Sua oferta neste sentido é substitutiva, pois nós somos desobedientes.
A ovelha ou Tipo de Cristo em submissão sem resistência a morte da cruz (Is.53:7; Atos 2:32-35)
cordeiro
O cabrito Tipo do pecador (Mt 25:33,41-46) e, quando usado sacrificialmente é tipo de Cristo
“aquele que não conheceu pecado... o fez pecado por nós (II Co 5: 21). O Santo foi feito
maldição em nosso lugar (Gl 3:13), quando pregado na cruz.
A Rola Símbolo da humildade e da pobreza ( Lev. 5:7). Ofertado pelo pecado e por holocausto.
A Pomba Símbolo da humildade, da pobreza e da inocência sofredora (Lev. 5:7; Is 38:14; 59:11).
Ofertado pela pecado e po
Conteúdo: Levítico é um livro de leis. Leis referentes as ofertas (1-7); Leis referentes ao Sacerdócio (8-
10); Leis referentes á purificação (11-22); Leis referentes ás Festas: “O Sábado, a Páscoa e a festa dos
pães asmos, As primícias, Pentecostes, festas das trombetas e o dia da expiação.” (23-24) e Leis
referentes á Terra.
7.3.4 - NÚMEROS
Aqui vemos Israel servindo. Além de ser um livro de serviço e ordem, é o livro que registra o
fracasso de Israel, que por não crer nas promessas de Deus, não entrou em Canaã, e , conseqüentemente,
peregrinou no deserto por 40 anos. O livro recebe este nome pelo fato de registra os dois recenseamentos
de Israel antes em Canaã.Conteúdo: Leis no Sinai a Cades-Baméia (10-19) e de Cades a Moabe (20-36).
O quarto livro do Pentateuco deriva seu nome dos dois censos de Israel mencionados no livro. Narra
eventos que ocorreram na região do monte Sinai, durante as peregrinações dos israelitas no ermo e
Moabe. Este nome Números foi usado pela primeira vez na tradução grega da versão LXX, sendo
bastante adequado, pois todo o livro esta repleto de números.A narrativa abrange um período de 38 anos,
entre 1512 a 1473 a.C. (Números 1:1; Deuteronômio 1:3, 4) Estas descrições incluem os acampamentos
das tribos (1:52, 53), a ordem de marcha (2:9, 16, 17, 24, 31) e os sinais de trombeta para a assembléia e o
acampamento (10:2-6). A lei sobre a quarentena. (5:2-4) Diversas outras ordens são dadas: o uso de
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trombetas (10:9), a separação das cidades para os levitas (35:2-8), a ação contra a idolatria e os cananeus
(33:50-56), a escolha das cidades de refúgio, instruções sobre como lidar com homicidas acidentais (35:9-
33), e leis sobre heranças e o casamento. (27:8-11; 36:5-9).
7.3.5 - DEUTERONÔMIO
Significa “Segunda Lei”. Chama-se assim pelo fato de repetições das Leis. Conteúdo:Resumo das
jornadas de Israel (1-4); Resumo da Lei (5-27); Bênçãos e Maldicões possiveis (27-30) e a despedida de
Moisés(31-34). Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra
Prometida por Deus. O nome é de origem grega e quer dizer segunda lei ou repetição da lei. Os discursos
contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua lei. Moisés
enfatiza a obediência em conseqüencia do amor: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de
toda a tua alma, e com todo o teu entendimento". Também é enfatizado o "caminho da benção e da
maldição", no qual Deus previne o povo a seguir seus mandamentos, pelos quais o povo ou seria
abençoado, ou receberia maldições, (porém, caso se arrependesse e voltasse a seguir de coração a Deus,
ele se arrependeria e perdoaria o povo). No Novo Testamento cristão, Jesus é a principal autoridade que
atesta a autenticidade de Deuteronômio, citando-o três vezes ao repelir as tentações de Satanás, o Diabo.
(Mt 4:1-11; De 6:13, 16; 8:3) Também, Jesus respondeu à pergunta quanto a qual era o maior e o primeiro
mandamento por citar Deuteronômio 6:5. (Mr 12:30) E Paulo cita
Deuteronômio 30:12-14; 32:35, 36. — Ro 10:6-8; He 10:30. Algo notável em Deuteronômio é a
exortação à santidade. Admoestava-se os israelitas a não se casarem com pessoas das nações em sua
volta, porque isto representaria uma ameaça para a adoração pura e a lealdade a Jeová. (De 7:3, 4) Foram
avisados contra o materialismo e a autojustiça. (8:11-18; 9:4-6) Foram feitas fortes leis referentes à
apostasia. Eles deviam cuidar-se bem, a fim de que não se desviassem para outros deuses. (11:16, 17)
Foram avisados contra os falsos profetas. Foram dadas instruções, em dois lugares, sobre como identificar
um falso profeta e como lidar com ele. (13:1-5; 18:20-22) Até mesmo se um membro da própria família
se tornasse apóstata, a família não devia ter pena dele, mas devia tomar parte em apedrejá-lo até a morte.
— 13:6-11.
As cidades de Israel que apostatassem deviam ser devotadas à destruição e nada delas devia ser
preservado para benefício pessoal de alguém. Tal cidade nunca deveria ser reconstruída. (De 13:12-17)
Os delinqüentes cujos pais não conseguissem controlá-los deviam ser apedrejados até morrerem. —
21:18-21.
A santidade e o isentar-se da culpa de sangue foram destacados pela lei relativa ao modo de se
lidar com um caso de homicídio não solucionado. (De 21:1-9) Indicando o zelo pela adoração pura,
Deuteronômio continha regulamentos sobre quem podia tornar-se membro da congregação de Jeová, e
quando. Nenhum filho ilegítimo, até a décima geração, nem moabita ou amonita, por tempo indefinido, e
nenhum eunuco podia ser admitido. Todavia, egípcios e edomitas da terceira geração podiam tornar-se
membros da congregação. — 23:1-8.
Deuteronômio esquematiza o arranjo judicial para Israel, quando se fixasse na Terra da Promessa.
Delineia as habilitações para juízes, e o arranjo de tribunais nos portões das cidades, sendo o santuário o
supremo tribunal do país, cujos julgamentos deviam ser seguidos por todo o Israel. — De 16:18–17:13.
7. 4. 1 - JOSUÉ
Autor: Josué. exceto os últimos versos (24:29-33) que teriam sido adicionados pelo sacerdote (Finéias).
Tema:A conquista de Canaã ;Data : Cerca de 1425 AC. Abrange um período de mais ou menos 25
anos.Josué foi o sucessor de Moisés ( 1: 1-9) .
Conteúdo:Conquista (1-12); A terra dividida (13-22) ; A despedida de Josué (23-24).
Yehoshua ou Josué é designado por Moshê (Moisés) com a missão de introduzir o povo de Israel na terra
prometida. O livro narra como a terra de Kanaam (Canaã) foi conquistada (Jos. 1-12) e a posterior
repartição da terra entre as tribos (13-21). Seguem alguns apêndices (22-24) que dão conta da Assembléia
de Sikhem e das disposições finais de Yehoshua ao povo.
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Conforme o relato do livro, após a morte de Moisés, Josué entra na terra de Canaã, atravessando
milagrosamente o rio Jordão. Sob a orientação divina, os israelitas conquistam a fortificada e temida
cidade de Jericó, cujas muralhas vieram a ser derrubadas enquanto o povo tocava as trombetas. A partir
dessa vitória estratégica, ocorrem várias batalhas nas quais, quase sempre, os israelitas saíam vencedores.
Outras cidades importantes como Ai também são tomadas e Josué vence a vários reis, demorando em
torno de sete anos para ocupar parcialmente a terra prometida.
7.4.2 - JUÍZES
Autor: Segundo a tradição judaica, foi Samuel.
Tema: Derrota e Livramento. Israel se contamina com o pedado das nações ao seu redor, idolatria e
imoralidade. Isto lhes trouxe o juízo de Deus em forma de servidão. Quando clamavam a Deus, Ele lhes
enviava um libertador. Depois da morte deste libertador, tornavam-se aos velhos pecados. Data: Escrito
no 11º século a.C.
Conteúdo: A razão para os Juízes (1-3:4); História dos 13 Juízes: “Otnie, Eúde, Sangar, Débora, Baraque,
Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elon, Abdom, Sansão” (3:5-16:31) A anarquia de Israel (17-21:25). Juízes
trata da história dos israelitas entre a conquista da terra de Canaã no final da vida de Josué até o
estabelecimento do primeiro reinado. Escrito originalmente em hebraico, sua autoria é até hoje incerta,
embora alguns afirmem que poderia ter sido profeta Samuel, durante o reinado de Saul, em torno de 1050
a.C.. Outros, porém, defendem a tese de que o livro teria sido elaborado durante o exílio na Babilônia,
depois de 586 a.C., por pessoas anônimas.
Juízes retrata um período de aproximadamente três séculos em que os israelitas, encontrando-se na terra
prometida, desviaram-se dos mandamentos divinos praticando a idolatria e que por isso chegaram a ser
derrotados pelas nações vizinhas ou próximsa que passavam a oprimir o povo. Então os israelitas
arrependiam-se e pediam a ajuda de Deus. Surgiam assim líderes heróicos para resgatarem o povo de
Israel dos inimigos e restabelecerem a obediência à lei mosaica.
Os principais juízes foram quinze:
1-Otniel (Jz 3.9) – De Judá, livrou a Israel do rei 7-Tola (Jz 10.1) – Subjugou os amonitas;
da mesopotâmia; 8-Jair (Jz 10.3) – Subjugou os amonitas;
2-Eúde (Jz 3.15) – Expulsou os amonitas e os 9-Jefté (Jz 11.11) – Subjugou os amonitas;
moabitas; 10-Ibsã (Jz 12.8) – Perseguiu os filisteus;
3-Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou 11-Elom (Jz 12.11) – Perseguiu os filisteus;
a Israel; 12-Abdom (Jz 12.13) – Perseguiu os filisteus;
4-Débora (Jz 4.5) – Associada a Baraque, 13-Sansão (jz 16.30) – Perseguiu os filisteus;
guiando a Naftali e Zebulom à vitória contra os 14-Eli (1Sm 4.18) – Julgou a Israel como sumo
cananeus; sacerdote;
5- Gideão (Jz 6.36) – Expulsou os midianitas do 15-Samuel (1Sm 7.15) – Agiu principalmente
território de Israel; como profeta
6-Abimeleque (Jz 9.1) – Pseudo libertador sem
autoridade divina;
7.4.3 - RUTE
Autor: A tradição diz ser Samuel;
Tema: O parente remidor; Data de acontecimento: Aproximadamente 1.325 AC. O livro de Rute abrange
um período de cerca de 11 anos no tempo dos juízes.
Conteúdo: Rute decidindo (1); Rute Servindo (2); Rute descansando (3); Rute recompensada (4).
O momento histórico exato não se conhece; todavia, Josefo, historiador judeu, opina que Rute é do
tempo do sacerdote Eli (Antig. 5,9,1). Alguns acreditam que é da época de Gideão.
Este livro da Bíblia deriva seu nome de um dos seus personagens principais, Rute, a moabita. A narrativa
mostra como Rute se tornou uma ancestral de Davi por meio do casamento de cunhado com Boaz, em
favor de sua sogra, Noemi. O apreço, a lealdade e a confiança em YHVH que Boaz, Noemi e Rute
demonstraram permeiam o relato. — Rute 1:8, 9, 16, 17; 2:4, 10-13, 19, 20; 3:9-13; 4:10.
7.4.4 - I SAMUEL
Autor: Desconhecido ou Samuel até o capítulo 24 e Natã e Gade, o restante do livro;
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Tema: Samuel, Saul e Davi. Vai de mais ou menos 1171 a 1056. (115 anos). I Samuel 8:1- 9, (queda da
teocracia).
Conteúdo: Ministério de Samuel (1-7); Saul, o primeiro rei (8-15); Davi perseguido (16:30) e a Derrota e
morte de Saul (28-31). Vai do nascimento de Samuel até a morte de Saul.
Conta a história de Samuel, um importante profeta, e do reinado do rei Saul até a sua morte,
incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a grande façanha do jovem pastor David (mais tarde rei de
Israel), ao derrotar o gigante Golias.
Os Reis de Israel são retratados nestes livros como cabeças legais e visíveis dum estado nacional
organizado. No entanto, compreende-se que a transição não foi abrupta, mas seguiu-se de forma gradual.
Logo depois do período dos Juízes, Deus escolhe o rei de Israel: Saul. O apoio e a direção de Deus sobre
este israelita leva-o a alcançar grandes realizações. Logo após, o reinado de Saul recebe reconhecimento
como autoridade nacional. - 1 Samuel cap.11. O objetivo da união das 12 tribos, para maior glória de
YHVH teria fracassado se não fosse o êxito da escolha do sucessor de Saul, Davi, monarca ideal do ponto
de vista do cronista bíblico. Já Salomão e outros Reis posteriores mereceram a reprovação dos escritores
de Crónicas e Reis.
Depois da reprovação de Saul, chega a fidelidade de Davi, nome que foi eleito como modelo de
liderança esperado por YHVH. Sua autoridade não se compara com nada antes dele. De sua semente
nasceria o Messias e esta promessa de esperança messiânica se estende por todos os tempos, até se
consolidar com a vinda do Messias (Jesus Cristo).
Saul foi sucedido por David, em torno do ano 1000 a.C., que expandiu o território de Israel e
conquistou a cidade de Jerusalém, onde instalou a capital do seu reino. Sob o reinado de Salomão que
Israel alcançou o apogeu, entre os anos 966 a.C. e 926 a.C..
6.7.4.5 - II SAMUEL
Autor: Desconhecido ou Natã e Gade (I Cr. 29:29).
Tema: O reinado de Davi. Abrange um período de mais ou menos 40 anos. Vai da morte de Saul até a
compra do local do Templo.
Conteúdo: A elevação de Davi (1-10); A queda de Davi (11-20) e Os últimos anos de Davi (21-24).
II Samuel conta a história de Israel a partir da morte de Saul (II Sam. 1-20) e o subsequente reinado de
Davi, com um suplemento no final.(II Sam. 21-24). Em outras palavras, abrange, com seu livro irmão (I
Samuel), o período que vai desde o estabelecimento de uma monarquia formal ate o fim do reinado de
Davi. Inclusive um período de guerra civil, o transporte da Arca da Aliança a Jerusalém, o relato do
pecado de Davi, um cântico de ação de graças, e a promessa de Deus sobre a descendência do rei. Digno
de nota é a franqueza dos escritores, que não passam por alto nem mesmo os pecados e as faltas do Rei
Davi.
Segundo o relato, Deus fez uma promessa a Davi:
2 Samuel 7:16: “A tua casa, porém, e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será
estabelecido para sempre.”
7.4.6 - I REIS
Autor: Desconhecido. Diz a tradição que Jeremias tenha compilado os registros de Natã e Gade; Tema:
História de Israel sob os reis: Reino Unido e Dividido. Vai desde a morte de Davi até o reinado de Jorão.
Abrange um período de 118 anos, de 1015 a 897 AC.
Conteúdo: O estabelecimento do reino de Salomão (1-2); O reinado de Salomão e o Templo (3-11);
Divisão e primeiros reis (12-16); O profeta Elias e o rei Acabe (17-22).
I Reis é um dos livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia. É formado por 22 capítulos e
sua narrativa dá continuidade aos acontecimentos narrados em II Samuel, iniciando-se com a coração do
rei Salomão sobre todo Israel até o final dos reinados de Acabe e Josafá, os quais, respectivamente
governaram o Reino de Israel e o Reino de Judá.
Assim, o livro trata do apogeu do reino de Israel, sua divisão em dois países entre as doze tribos
após a morte de Salomão, a perversão moral tanto dos governantes quanto do povo que abandonaram a fé
num único Deus para praticarem a idolatria aos deuses pagãos, mencionando os feitos do profeta Elias em
seu ministério.
Roboão, filho de Salomão, sucede-lhe como rei em 922 a.C.
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Porém, o Reino de Israel foi dividido em dois: a Norte, o Reino das Dez Tribos, também chamado de
Reino de Israel, e ao Sul, o Reino das Duas Tribos, também chamado de Reino de Judá, cuja capital ficou
sendo Jerusalém.
7.4.7 - II REIS
Autor: Acredita-se ser Jeremias;
Tema: Reinos de Israel e Judá. Vai desde o reinado de Jorão em Judá e Acazias em Israel, até o cativeiro,
predito pelo profeta Jeremias (II Cr. 36:21; Jr. 29:10). Abrange um período de 308 anos, de 896 a 588
AC. Este foi o grande período profético de Israel.
Conteúdo: Final do ministério de Elias (1-2:13); Ministério de Elizeu (4:14-13:21); Declínio e queda de
Israel (13:22-17:41) e declínio e queda de Judá (18-25).
II Reis é um dos livros históricos do antigo testamento da Bíblia. Possui 25 capítulos. Narra a história do
profeta Eliseu (sucessor do profeta Elias) e dos reis de Israel e Judá, dando prosseguimento aos
acontecimentos narrados no livro de I Reis. Menciona a destruição do Reino de Israel pela Assíria e a
milagrosa resistência do rei Ezequias ao cerco de Senaqueribe. Termina com a destruição da cidade de
Jerusalém por Nabucodonosor, rei da Babilônia, o qual leva os judeus como escravos para a
Mesopotâmia, conforme foi profetizado por Jeremias.
7.4.8 - I E II CRÔNICAS
Autor: Acredita-se que tenha sido Esdras; Vai desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, rei da Pérsia,
abrangendo um período de 520 anos; de 1056 a 536 AC. Crônicas abrange, na sua maioria, a matéria que
se encontra em II Samuel e I e II Reis, mais fornece muitas informações que não se encontram nos livros
dos Reis. Reis foram escritos Pouco depois do princípio do cativeiro da Babilônia. Crônicas foram
escritas pouco depois do regresso do cativeiro. Reis tratam de Judá e Israel; Crônicas principalmente de
Judá. Reis é um livro político e régio; Crônicas, eclesiástico e sacerdotal.
I CrônicasDe autoria incerta, a tradição judaica afirma que o livro de I Crônicas teria sido escrito por
Esdras, por volta de 430 a.C., o qual tinha o propósito de resgatar os padrões de culto e de adoração a
Deus no período após o cativeiro babilônico, resgatando assim a história do seu povo. Após mencionar
uma longa lista de genealogias dos israelitas, desde Adão até Zorobabel, o qual foi um dos líderes
judaicos que retornou do exílio na Babilônia, o livro narra a história do reinado de Davi, contando suas
proezas e vitórias militares. Pode-se afirmar que o livro de I Crônicas seria uma obra paralela a II Samuel,
porém escrito a partir de um ponto de vista sacerdotal, com um enfoque maior na história religiosa dos
israelitas.
II Crônicas foi desmembrado de I Crônicas com o qual formava originalmente um único livro. Narra
acontecimentos de um período da história dos judeus, desde o reinado de Salomão, por volta de 970 a.C.,
até a destruição do Reino de Judá por Nabucodonosor, imperador da Babilônia, fato ocorrido em torno de
586 a.C.. Embora seja incerta a sua autoria, a tradição judaica afirma que o livro de II Crônicas teria sido
escrito por Esdras, por volta de 430 a.C., o qual tinha o propósito de resgatar os padrões de culto e de
adoração a Deus no período após o exílio babilônico, resgatando assim a história do seu povo. s principais
pontos de destaque do livro seriam os reinados de Asa e de Josafá, a morte de Acabe, o reinado de Uzias,
a destruição do Reino de Israel pelos assírios, o reinado de Ezequias e a resistência de Jerusalém ao cerco
de Senaqueribe, a idolatria de Manassés, o reinado de Josias, o achado do livro da lei mosaica e a derrota
de Judá pela Babilônia.
5- Zinri (890 aC) 1Rs 16.15
Reis de Israel/Judá 6- Onri (890 aC) 1Rs 16.16
reis antes da divisão 7- Acabe (876 aC) 1Rs 16.29
1- Saul (por volta de 1.060 aC) 1Sm 10.1 8- Acazias (856 aC) 1Rs 22.40
2- Davi (+/- 1.020 aC) 2Sm 2.1 9- Jeorão ou Jorão (854 aC) 2Rs 1.17
3- Salomão (980 aC) 1Rs 1.39 10- Jeú (842 aC) 1Rs 19.16
Reis de Israel: 11- Joacaz (814 aC) 2Rs 10.35
1- Jeroboão I (937 aC) 1Rs 11.28 12- Joás (797 aC) 2Rs 13.10
2- Nadabe (915 aC) 1Rs 14.20 13- Jeroboão II (781 aC) 2Rs 14.23
3- Baasa (914 aC) 1Rs 15.16 14- Zacarias (741 aC) 2Rs 14.29
4- Elá (891 aC) 1Rs 16.8 15- Salum (741 aC) 2Rs 15.10
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16- Manaém (740 aC) 2Rs 15.14 9- Amazias (796 aC) 2Rs 14.1
17- Pecalias (737 aC) 2Rs 15.23 10- Uzias ou Azarias (777 aC) 2Rs 14.21
18- Peca (736 aC) 2Rs 15.25 11- Jotão (750 aC) 2Rs 15.5
19- Oséias (730 aC) 2Rs 15.30 12- Acaz (734 aC) 2Rs 15.38
13- Ezequias (727 aC) 2Rs 16.20
Reis de Judá: 14- Manasses (697 aC) 2Rs 21.1
1- Reoboão (937 aC) 1Rs 11.43 15- Amon (642 aC) 2Rs 21.19
2- Abias (920 aC) 1Rs 14.31 16- Josias (640 aC) 1Rs 13.2
3- Asa (917 aC) 1Rs 15.8 17- Joacaz ou Salum (608 aC) 2Rs 23.30
4- Josafá (878 aC) 1Rs 15.24 18- Joaquim (608 aC) 2Rs 23.34
5- Jeorão (851 aC) 2Cr 21.1 19- Jeoaquim ou Jeconias (598 aC) 2Rs 24.6
6- Acazias (843 aC) 2Rs 8.25 20- Zedequias ou Matanias ( 598 aC) 2 Rs 24.17
7- Atalias (rainha) (842 aC) 2Rs 8.26
8- Joás (836 aC) 2Rs 11.2
7.5.2 - SALMOS
Autores: Davi, 71 Salmos levam o seu nome; Hemã (1 Salmo), Asafe (12 Salmos) e Etã (1 Salmo), (I
Cr.15:19); Os filhos de Coré, dirigentes do Culto em Israel (12 Salmos), (I Cr. 6); Jedutum (Icr. 25: 3);
Salomão; Ezequias, Rei de Judá; Moisés ( 1 Salmo) ; Esdras ( Salmos 1 e 19, atribuídos pela
Septuaginta); e vários Salmos são anônimos. Na Bíblia Hebraica os Salmos são divididos em cinco livros:
I- (1-41), II- (42-72), III- (73-89), IV- (90-106) e V- (107-150). O título “Salmos” significa uma
composição musicada. É uma coleção de poesia hebraica inspirada. Tema: Louvor. Data da composição:
1000 anos, desde Moisés (1500 AC.) até Esdras (450 AC.).
Classificação dos Salmos:
1) “Salmos de instrução: ex.:1,19,119,90,82,13;
2) Salmos de Louvor e Adoração: ex.: 23,103,8,24,136,148;
3) Salmos de Ações de Graças: ex.: 18,34,81,85;
4) Salmos Devocionais: ex.: 6,32,38,51,102,130,143,3,27,13,77,4,28,120,42,44,20,67;
5) Salmos Messiânicos: ex.: 2,16,22,40,45,72,110,118; 6) Salmos Históricos: ex.: 78,105 e106.
7.5.3 - PROVÉRBIOS
Autores: Salomão, Agur e Lemuel. Tema: Sabedoria Prática, “O temor do Senhor é o princípio do saber”.
É uma coleção de expressões curtas e concisas, que contêm lições morais. Conteúdo: Sabedoria
principalmente para os jovens (1-9); Vários assuntos para todos (10-24); Coleção do rei Ezequias (25-29)
e Instruções por Agur e Lemuel (30-31). Salomão compôs 3.000 provérbios (I Reis 4:32).
Salomão escreveu e compilou a maior parte do livro de Provérbios no princípio de seu reinado (cerca de
950 a.C.). Conforme declara a sua introdução, tem como propósito ensinar a alcançar sabedoria, a
disciplina e uma vida prudente e a fazer o que é correto, justo e digno. Em suma, ensina a aplicar e
fornecer instrução moral. O título do livro vem originalmente de sua forma hebraica Míshlê Shelomoh
("Provérbios de Salomão"). Como é comum na Bíblia Hebraica, o título hebraico do livro é simplesmente
um conjunto de palavras do primeiro verso do livro. Na Septuaginta esse livro se chama Paroimiai, que
significa “provérbios, parábolas”. Podemos encontrar diversas formas literárias no livro de provérbios:
poemas, pequenas parábolas, lições de vida.
7.5.4 - ECLESIASTES
Autor: Salomão. A palavra “eclesiastes” significa “o pregador”. Não temos registro do arrependimento de
Salomão pelo seu pecado; possivelmente este monólogo fosse a expressão do seu arrependimento, após
considerar que sem a benção de Deus, sabedoria, posição e riquezas não satisfazem, muito pelo contrário,
trazem cansaço e decepção; o resultado de tudo é vaidade (vaidade aqui significa “vazio, sem valor”). O
Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na Bíblia hebraica é chamado Kohelet. Embora tenha
seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido traduzida para o português como pregador
ou preletor. Faz parte dos escritos atribuídos tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que
coincidiriam com aqueles de sua vida.
podia esperar contra a esperança. Tendo sido iniciado por Amós, foi encerrado por Malaquias. João
Batista é visto como o último representante deste movimento.
7.6.2 - CONCLUSÃO
Os profetas do Altíssimo foram aqueles homens extraordinários que são chamados de ―vidente (1
Sm 9.9,19) e ―homem de Deus (1 Sm 9.6). Elias e Eliseu, por exemplo, foram considerados assim, como
podemos ler, por exemplo, em 2 Reis 1.9 e 4.9. Eles também foram conhecidos como ―mensageiro e
―servo como em Isaías 42.19, ―sentinela ou ―atalaia, como em Ezequiel 33.7. Em Oséias 9.7 ele é o
―homem do espírito conforme o original hebraico. Sua famosa máxima “Assim diz o Senhor...” era uma
espécie de ―selo que autenticava suas mensagens como de fato procedentes do Senhor.
em 44. 9-20. Exemplo notável de jogo de palavras temos como aliteração e assonância em 24.17. A
calamidade destruidora de 28.15,18 é no original um exemplo de metáfora mista.
Isaías muitas vezes alude a acontecimentos anteriores da história de Israel, sobretudo ao êxodo do
Egito. A travessia no mar Vermelho serve de cenário de 11.15 e de 43.2,16, 17, e outras alusões ocorrem
em 4.5,6; 31.5 e 37.36. A destruição de Sodoma e Gomorra é mencionada em 1.9, e a vitória de Gideão
contra Midiã é mencionada em 9.4 e em 10.26. Várias vezes Isaías aproveita o cântico de Moisés de Dt
32. Isaías da mesma forma que Moisés, conclama a nação ao arrependimento e a fé num Deus santo e
Todo-poderoso (49.8). Ao todo, existem em Isaías pelo menos 25 palavras ou formas hebraicas que não
aparecem em nenhum outro escrito profético. O livro de Isaías possui os escritos que estão entre os mais
profundos de toda a literatura bíblica. O livro pode ser estudado reconhecendo-se nele três seções: a
primeira, englobando os caps. 1 a 39, a segunda, 40 a 55 e a terceira, 56 a 66.
• A primeira seção tem um caráter de correção, indicação do pecado do povo e dos líderes da nação
Israelita. Grande parte da mensagem de Isaías é endereçada a líderes políticos e militares que
firmavam alianças com nações estrangeiras e não confiavam no Senhor.
• Na segunda seção, temos um vibrante discurso de consolo que é direcionado, profeticamente, aos
israelitas exilados nas distantes terras da Babilônia. Esta seção já inicia com palavras de grande
conforto: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém...” (Is
40.1,2a).
• A terceira seção, que compreende os caps. 56 a 66 avança no tempo, com mensagens aos judeus
repatriados da Babilônia. A descrição das condições históricas contida nesta última seção indica uma
época por vir, posterior às que fazem referência às outras duas seções anteriores do livro.
deu muitas informações sobre Ele. Diante desse fato, muitos estudiosos tem considerado Isaías ― “O
Evangelho do Antigo Testamento”.
1. A invasão de Israel pelo rei assírio Tiglate-Pileser III serve de pano de fundo para os
capítulos 7-12. Essa foi a reação militar de Damasco (capital de Arã) e do Reino do Norte, Israel, contra o
Reino do Sul, Judá. O motivo da agressão (a guerra siro-eframita, 735-732 a.C.), não é mencionada no
texto. Contudo, é evidente que a ação foi considerada uma ameaça real contra a sobrevivência da
monarquia davídica. A resposta de Acaz, rei de Judá, foi convocar a Assíria para manter a ordem na
região, convite aceito por Tiglate-Pileser. Conseqüentemente, Damasco foi conquistada, seu povo
deportado e toda a terra de Arã incorporada ao Império Assírio (732 a.C.). Partes do reino do Norte foram
anexadas, e um novo rei colocado no trono. Vários anos depois, Israel rebelou-se novamente e foi
totalmente dominada pelo Império Assírio, com a destruição da capital Samaria em 721. Esses
acontecimentos, contudo, recebem pouca atenção no livro de Isaías.
2. A invasão de Judá pelo rei assírio Senaqueribe, em 701, resultou no envolvimento de
Ezequias na coligação antiassíria. Isso causou a destruição de várias cidades fortificadas de Judá e,
finalmente, o cerco de Jerusalém. Ao contrário do pai, Acaz, Ezequias confiou no socorro do Senhor, e o
exército assírio foi destruído.
época, que atende sua solicitação atacando a Síria e o norte de Israel. Mas foi no início do ataque siro-
israelita que Isaías pronunciou sua profecia indicando que esse ataque contra Judá haveria de fracassar:
“... Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá” (cf. v. 7b). Com o intuito de confirmar a veracidade
dessa profecia, o próprio Deus oferece a Acaz “... um sinal, quer seja embaixo, nas profundezas, ou em
cima, nas alturas” (v. 11). A rejeição desse sinal por parte de Acaz indicava sua propensão a confiar mais
na aliança com o rei da Assíria do que no Senhor. O próprio Deus então oferece o sinal: “Portanto, o
Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará
Emanuel” (v. 14).
Ross E9. Price afirma que mais uma vez vieram aquelas alternativas inescapáveis para Acaz:
Confie em Deus e aceite o significado de Isaías (Deus é salvação) ou confie no homem e conheça o
signficado de Sear-Jasube (somente um remanescente deverá escapar). Esse sinal extraordinário
oferecido pelo Senhor a Acaz – o nascimento de uma criança com o nome de Emanuel (Deus conosco) –
indicava a iminência de um livramento dentro de um curto prazo. A frase no versículo 15 – “Ele comerá
manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem” – pode indicar a idade de 12 ou 13
anos.
... o momento da determinação da responsabilidade moral sob a Lei. Assim, ―quando‖ o menino tivesse
12 ou 13 anos de idade (722/721 a.C.), ele estaria comendo coalhada (um tipo de iogurte) e mel, em vez
de produtos agrícolas, por causa da devastação de Israel, provocada pela Assíria. Alguns acreditam que
a expressão envolvia um período de tempo mais curto, em razão do que lemos no versículo 16 e em
8.424.
Interessante notar que Mateus viu no nascimento de Jesus o cumprimento completo e cabal dessa
profecia (Mt 1.22,23). “Mais de uma vez os autores neotestamentários aplicaram profecias do Antigo a
eventos ocorridos no período do Novo Testamento como cumprimento da Palavra do Senhor, por
intermédio dos profetas, indicando um segundo cumprimento ou um cumprimento maior da profecia,
conforme a Lei da Dupla Referência25 (cf. Os 11.1 e Mt 2.15).
BREVE RESUMO 10
O autor ou os autores, o lugar e o tempo: [Jeremias, filho de Hilquias, sacerdote,
nasceu em Anatote (Jr 1:1). Nasceu como sacerdote e foi chamado para ser profeta no
décimo terceiro ano do reinado do rei Josias. Falou pelo Senhor até o cativeiro de Israel (Jr
1:2-3, 5-7).
Dentre todos os profetas, foi ele que mais perseguição sofreu. À exceção de alguns
poucos reis, líderes, sacerdotes e algumas outras pessoas, todos estavam contra ele e o
aborreciam. Os falsos profetas, que afirmavam falar em no me de Deus, mentiam e
contradiziam suas profecias. Finalmente, Azarias, Joana e os que estavam perto do Egito
obrigaram a ir ao Egito (Jr 43:2 -7).]
A maior parte do livro foi escrito em Judá. Os últimos capítulos foram escritos no
Egito. Estende-se desde o ano 629 a.C até o ano 588 a.C.
O tema: A salvação que Jeová efetua por meio de Cristo, o Renovo justo, administrado
segundo a nova aliança.
O contexto: Os reis e o povo de Israel haviam cometido pecados e estavam cheios de
maldade; adoravam ídolos, rejeitavam a palavra de Deus e levavam uma vida extremamente
desenfreada. Jeremias profetizou que tinham que se arrepender e voltar a Jeová; do
contrário, seriam levados cativos e sua nação seria destruída.
O pensamento central: O juízo de Jeová sobre o pecado é concreto. Seu amor e fidelidade
também são concretos e eternos. Os que se desviaram deveriam se arrepender e voltar a Seu
seio.
9
PRICE, Ross E. Comentário Bíblico Beacon. vol. 4, 2ª ed., 2005, CPAD, p. 47.
10
http://salujasan.blogspot.com.br/2011/06/estudo-panoramico-da-biblia-livros_13.html
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37
O esquema geral: Jeová repreendeu os reis e o povo por seus pecados. Eles haviam
deixado a Deus e haviam abandonado Sua palavra (2:13; 9:13). Adoravam ídolos e
cometiam fornicação (1:16; 11:13). Falavam mentira, enganam e cometiam iniqüidades
(9:13, 5; 11:10). Os reis espalharam o povo de Deus e não cuidaram deles. [Jeremias, por
um lado, repreendeu aos reis e ao povo por seus pec ados, e os exortou que se
arrependessem; por outro lado, os advertiu que seriam levados para cativeiro, que sua nação
seria destruída e que a cidade de Judá e Jerusalém seriam desoladas.]
Sessões: 1) O chamado e a comissão do profeta (cap. 1);
2) O profeta em Judá antes da queda de Jerusalém (caps. 2 -38);
3) A queda de Jerusalém (cap. 39);
4) O profeta em Judá depois do cativeiro (caps. 40 -43:7);
5) O profeta no Egito (caps. 43:8-51); e
6) A conclusão (cap. 52).
A VIDA DE JEREMIAS
➢ SUA PESSOA
O nome Jeremias foi construído em torno do nome hebraico de Deus, Yahweh.
Significa Yahweh estabelece. Ele era filho de Hilquias, que operava em Ananote, no
território de Benjamim (Jr. 1.1). Muitos estudiosos tem pensado que seu pai foi o sumo
sacerdote do mesmo nome (II Rs. 22.8), que se encontrava o rolo do livro da lei, no décimo
oitavo ano do reinado de Josias. Porém muitos eruditos pensam que isso é impro vável, pois
Jeremias em seus escritos não menciona nada disso. Naturalmente seu pai era sacerdote,
mas não necessariamente aquele sumo sacerdote. O nome Hilquias era bastante comum na
época. Além disso os sacerdotes que residiam em Ananote eram da casa de Abiatar (I Rs.
2.26,35), enquanto que o sumo sacerdote era da linhagem de Eleazar. Salomão havia banido
Abiatar para Ananote, e dessa linhagem nunca mais surgiu um sumo sacerdote. O próprio
Jeremias nunca serviu como sacerdote. Ele cresceu em Ananote e fic ou familiarizado com a
vida rural daquele lugar. Sem dúvida, ele aprendeu sobre os escritos dos profetas
anteriores, e tinha excelente educação religiosa.
➢ A CHAMADA DE JEREMIAS
Jeremias residia na cidade rural de Ananote, uma aldeia cerca de três quilômetros a
nordeste de Jerusalém. Quando ainda era bem jovem, recebeu sua chamada divina e foi
nomeado profeta pelo Senhor (Jr. 1.4 -10). Como era usual, ele sentiu sua incapacidade pa ra
tão elevada tarefa; mas a vontade de Deus acabou prevalecendo. Logo ele recebeu duas
visões, uma de uma vara de amendoeira e outra de um caldeirão fervente, cuja boca estava
voltada para o norte (Jr. 1.11-19). A vara de amendoeira simbolizava a ameaça do governo
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➢ A ÉPOCA DE JEREMIAS
• A CONDIÇÃO ESPIRITUAL DOS REIS CONTEMPORÂNEOS
No cenário internacional, Jeremias foi o principal profeta do Senhor no período de 627 a 587 a.C. para
Judá e para as nações vizinhas. Os profetas Ezequiel, Daniel, Habacuque e Sofonias foram
contemporâneos a ele. Ezequiel, assim como Jeremias, era oriundo da classe sacerdotal, mais jovem que
Jeremias, e diferentemente dele, ministrou entre os cativos da Babilônia. O teor de sua mensagem era
basicamente o mesmo da de Jeremias.
• Daniel, de linhagem real, também ministrava no cativeiro, mas no palácio de Nabucodonosor.
• Habacuque e Sofonias ajudaram Jeremias em Jerusalém.
• Jeremias sempre insistiu que a Babilônia prevaleceria sobre Judá. Chegou a sugerir que se Judá se
submetesse à Babilônia, seria poupada. Se Isaías, cem anos antes, não contemplou a destruição de
Israel pela Assíria, Jeremias não teve a mesma felicidade em relação à Judá, pois ele contemplou a
destruição da cidade e do templo. Ele inicia seu ministério em 626 a.C. e durante 40 anos
profetiza. Em 606 a.C., 20 anos após sua chamada, Babilônia invade Jerusalém deixando-a
parcialmente destruída. Tem início aí o cativeiro babilônico, que duraria 70 anos. Em 586 a.C. o
―profeta das lágrimas vê Jerusalém ser arruinada até as cinzas! 11
É interessante notar que Deus, para corrigir seu povo, irá usar uma nação pagã, a Babilônia. Pode
parecer estranho, muitas vezes, a maneira de Deus agir. O profeta Habacuque, contemporâneo de
Jeremias, também foi avisado por Deus de que a Babilônia invadiria Jerusalém. Inicialmente, ele clama a
11
Importante notar que ocorreram três invasões sucessivas: a primeira, em 606 a.C., que marca o início da contagem dos 70
anos profetizados por Jeremias (25.11,12; 29.10); a segunda, em 597 a.C., e a terceira em 586 a.C., quando tanto a cidade
como o templo são totalmente destruídos.
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39
Deus por causa da injustiça e da violência praticadas em Judá, e Deus lhe responde dizendo que os
caldeus castigarão Judá. O profeta Habacuque acaba por ficar ainda mais confuso, afinal, como Deus
poderia usar um povo ainda mais cruel para corrigir Jerusalém e Judá? Todavia, o Senhor lhe diz: “Eis o
soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4).
Egito, Nabucodonozor perdeu a paciência e mandou um exercito para por fim ã cidade de
Jerusalém.
➢ O CATIVEIRO BABILÔNICO
• INÍCIO, LEVAS E DESTRUIÇÃO DE JERUS ALÉM
Egípcios e Babilônicos disputavam a supremacia no Oriente Próximo. O Egito
encorajou Judá a rebelar-se contra Judá e o controle Babilônico, o que fez Jeoaquim em 600
a.C., retendo os tributos. Isso provocou a invasão da babilônia a Judá em 598, além d e
invasões dos inimigos vizinhos de Judá, particularmente dos edomitas no sul. O jovem
Joaquim quando da morte de seu pai, sucedeu -o no trono de Judá , mas não foi capaz de
fazer frente a pressão babilônica. Rendeu -se em Jerusalém no ano de 597. Ele e muitos
judeus nobres foram deportados para a Babilônia , enquanto um rei fantoche, Zedequias, era
colocado no trono (II Rs. 24.18).
Mais uma vez Judá deixou-se persuadir a rebelar-se, e Jerusalém viu-se cercada de
novo em 589 a.C.. Hofra, rei do Egito, enfrentou os babilônicos no oeste, mas foi
derrotado. O cerco de Jerusalém foi retomado. Apesar de resistir por quase dois anos, a
cidade foi finalmente incendiada em 586, e seus habitantes levados para o exílio (II Rs.
25.1-12).
Um dos conceitos teológicos mais lindos expressos no Novo Testamento – Cristo como herdeiro
do trono davídico – encontra base também em Jeremias. Lucas cita Jeremias 23.5 afirmando que Deus
daria a Jesus o trono de Davi (cf. Lc 1.32). O apóstolo João, escrevendo o Apocalipse, salienta a
onisciência de Cristo citando Jeremias 11.20 e 17.10. Aliás, o próprio Cristo foi comparado com
Jeremias, quando chorou sobre Jerusalém (cf. Mt 16.14). Essa comparação se deu pelo fato de que
Jeremias, em seu tempo, lamentava a pecaminosidade de Jerusalém e viu o que lhe ocorreria em função
disso. Cristo, sendo Deus, anteviu a destruição da cidade pelos romanos, em 70 d.C., e lamentou por isso.
Ao todo, os autores do Novo Testamento citam Jeremias 40 vezes, sendo a maioria das citações
relacionadas com a queda de Babilônia (o livro de Apocalipse).
O esquema geral: Lamentações, que consta de cinco capítulos que são cinco canções, pode ser dividido
em cinco sessões: o sofrimento, a lamentação, a esperança, a confissão e a oração. Com exceção da quinta
canção, cada uma das canções fala primeiramente da trágica destruição de Jerusalém e logo da justiça e
do severo juízo de Deus.
➢ A TEOLOGIA DO LIVRO
Da mesma forma como o livro de Jó trata da calamidade e suas consequências na vida de um
homem, as Lamentações de Jeremias focalizam dor similar em escala nacional ao retratar a crise extrema
que resultou do fim da vida comunitária de Judá. Outra verdade teológica revelada nas Lamentações de
Jeremias diz respeito ao fato de que Deus não castiga seus filhos apenas como retribuição ao pecado e,
sim, como forma de correção. Por esse mesmo motivo Jeremias não deixa de reconhecer (capítulo 3:25-
30) que à tribulação se seguirão a restauração e a bênção no âmbito da Aliança, que Deus não deixa de
cumprir. Assim sendo, as Lamentações são totalmente coerentes com o autor de Hebreus, que nos lembra
que "o Senhor disciplina a quem ama e castiga a todo aquele que aceita como filho" (Hebreus 12:6).
➢ ESBOÇO DO LIVRO
O livro é composto por cinco poemas que estão dispostos no livro, respectivamente, em cinco
capítulos. Pode ser considerado uma espécie de cântico fúnebre da cidade de Jerusalém. A impressão que
temos ao ler as comoventes palavras do “profeta das lágrimas” é de que ele está de pé em meio aos
escombros da cidade e do templo. Quem sabe não foi assim de fato!? Mas no livro de Lamentações
encontramos um clarão de luz de esperança em meio à escuridão da desolação que se abatera sobre a
cidade:
1. Primeiro lamento: Tristeza da Sião cativa (1.1-22)
2. Segundo lamento: As tristezas de Sião vêm do Senhor (2.1-22)
3. Terceiro lamento: Esperança de libertação através da misericórdia de Deus – um vislumbre de
esperança em meio ao caos! – (3.1-66)
4. Quarto lamento: O castigo de Sião consumado (4.1-22)
5. Quinto lamento: Oração do povo afligido (5.1-22)47
4. Usando bagagens, Ezequiel encena a queda de Jerusalém e chega a fazer um furo no muro da
cidade. O Senhor lhe disse: “... eu fiz de você um sinal para a nação de Israel” (12.6 – cf. todo o cap. 12).
5. A morte da esposa de Ezequiel é usada como um sinal para Israel. Ele é proibido por Deus de
pranteá-la! (24.15-27).
Ezequiel era membro de um família sacerdotal associada ao templo em Jerusalém. Seu pai
chamava-se Buzi, como lemos em 1.3. No exílio, estabelece-se às margens do Quebar, um rio ou canal na
Babilônia. Ezequiel se refere ao cativeiro como o ―nosso exílio‖ (33.21 e 40.1). Teve uma esposa e uma
casa, como vemos em 24.15-18 e 8.1.
Ezequiel é descrito como o Filho do homem 87 vezes em toda a extensão do livro. Essa expressão
hebraica indica que alguém pertence ao gênero humano e indica a pequenez humana, sua posição humilde
face à majestade de Deus. Interessante notar que essa expressão – ―Filho do homem‖ – foi usada também
no livro de Daniel e no Novo Testamento, mas com um novo significado53. Ocorre duas vezes em Daniel
(7.13 e 8.17) e cerca de 70 vezes nos quatro livros do evangelho54: 30 vezes em Mateus, 5 em Marcos,
25 em Lucas e 10 em João. Sobre a relação dessa expressão com a Pessoa de Cristo e o uso que Ele
próprio fez dela, conclui-se duas coisas:
1. Cristo estava identificando-se como homem no sentido típico da palavra, realçando sua
humanidade. A expressão ―filho de...‖ ao longo das Escrituras sempre indica isso.
2. Cristo estava identificando a si mesmo como o Messias profetizado, já que esta expressão, como
aparece em Daniel 7.13,14, foi usada como um dos nomes do Messias vindouro.
Ezequiel e Apocalipse A relação de Ezequiel com Apocalipse pode ser notada na semelhança de visões
que ocorrem em ambos os livros:
Os querubins e/ou seres viventes57 (Ez 1 e Ap 4)
Gogue e Magogue (Ez 38 e Ap 20)
Tanto Ezequiel como João comem um livro (Ez 2 e Ap 10)
A descrição da Nova Jerusalém (Ez 40-48 e Ap 21)
João, assim como Ezequiel, fala do rio da água da vida (Ez 47 e Ap 22)
12
Daniel era membro da família real. Nasceu em Jerusalém, por volta do ano 623 a.C., durante a reforma de Josias e no
começo do ministério de Jeremias. Foi levado cativo para a Babilônia na primeira leva de exilados, no ano 605 a.C. O
ministério de Daniel foi muito extenso. Ele era adolescente por ocasião dos eventos registrados no capítulo um de seu livro e
devia já estar na faixa dos oitenta anos quando recebeu de Deus as visões dos capítulos 9 a 12.
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44
c) Que se trata aqui de semanas de anos não resta dúvidas. Primeiro porque o hebraico diz
simplesmente ―sete setes‖ (sete semanas, no versículo 25 – pois a palavra ―semana‖ no hebraico é
shabua – ׂשבע
–, que significa ―sete‖). Segundo, porque se fossem semanas de dias então teríamos 70 X 7 = 490 dias. É
simplesmente impossível que Jerusalém fosse destruída e reedificada em apenas 490 dias, como lemos no
versículo 25.
d) A profecia divide as setenta semanas em três grupos, ou três períodos, a saber: 1) sete semanas
= 49 anos; 2) sessenta e duas semanas = 434 anos, e 3) uma semana, a semana final, a 70ª semana – a
Grande Tribulação = 7 anos. Assim temos: 49 + 434 + 7 = 490 anos.
Os eventos pertinentes aos dois primeiros grupos, ou seja, aos 483 anos, já se cumpriram no
passado, restando agora o cumprimento dos últimos sete anos – a última semana profética. No versículo
25 de Daniel nove lemos sobre “... a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”. Abalizados
estudiosos do assunto concordam que se trata aqui da saída de Neemias da Pérsia para a cidade de
Jerusalém a fim de restaurar a cidade e os muros. Leiamos: “No mês de nisã, no ano vigésimo do rei
Artaxerxes... E ainda disse ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém
do Eufrates, para que me permitam passar e entrar em Judá” (Ne 2.1a,7). É necessário salientar que a
Bíblia menciona quatro decretos pertinentes à Jerusalém e ao Templo; são eles: o de Ciro, em 536 a.C.
(cf. Ed 1.1-3); o de Dario, entre 521 e 486 a.C. (cf. Ed 6.6- 8); o de Artaxerxes, no sétimo ano de seu
reinado, provavelmente em 458 a.C. (cf. Ed 7.12,21) e o quarto decreto, também promulgado por
Artaxerxes, mas no vigésimo ano de seu reinado, situado no ano 445 a.C. (cf. Ne 2.1,7). O evento descrito
em Daniel 9.25 teve seu cumprimento neste último decreto, o de Artaxerxes, em 445 a.C. A contar desta
data iniciam-se as setenta semanas de anos.
A Bíblia nos informa, porém, que a contagem destas semanas seriam interrompidas: “Depois das
sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará...” (Dn 9.26a). O leitor deve ter cuidado
para não confundir-se pensando se tratar aqui de 62 dentre as setenta semanas, pois o texto está se
referindo aqui ao segundo período, ou seja, ao período de 434 anos após o primeiro período de 49 anos, o
que perfaz um total de 483 anos, ou, 69 semanas (69 X 7 = 483). Assim, fica faltando uma semana, e
entre a 69ª e a 70ª semana há um intervalo de tempo indefinido, no qual insere-se a Igreja. Esse intervalo
de tempo indefinido é chamado de ―Dispensação da Igreja‖ e ―Tempo dos Gentios‖. Abalizados
estudiosos afirmam que foi a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt 21.1-10) que marcou o fim do
segundo período, pois a Bíblia diz que “Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já
não estará...” (Dn 9.26). Logo após a entrada triunfal do Ungido em Jerusalém, ocorre a sua morte – “será
morto o Ungido e já não estará”; os demais eventos descritos neste texto tiveram então o seu
cumprimento (ainda que não totalmente completo) por ocasião da destruição de Jerusalém pelos exércitos
romanos em 70 d.C. – “e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim
será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas”. Assim, ―a septuagésima
semana, diferente das primeiras 69, não vem a seguir, imediatamente e consecutivamente. Nos 1.900 anos
subsequentes não há sequer um período de sete anos que cumpra satisfatoriamente a profecia do versículo
27. Uma conclusão justa é que este período ainda é futuro e deve ser identicado com a tribulação que será
precedita pelo arrebatamento da Igreja, e que é descrita e revelada em Apocalipse 6-19‖66.
Sua datação atribuída é do ano 830 a.C., porém existem os que datam dos anos 775 a 725 a.C. ou de 500
a.C.. A mensagem do livro fala sobre o "julgamento que Deus fará contra os inimigos de Israel e, de uma
perspectiva escatológica, o vitória final do povo de Deus".
A passagem de Joel 2:28, 29 é citada por Simão Pedro no sermão de Pentecostes em Atos dos Apóstolos
2:14-36. Sendo assim, Joel tem uma grande importância na teologia cristã.
7.7.3 - AMÓS
Profetizou especialmente à Israel, embora tivesse também uma mensagem para Judá e países
vizinhos, durante os reinados de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel. Escrito cerca de 785 a
750 AC.
A profecia deste livro da Bíblia hebraica foi dirigida primariamente ao reino setentrional de Israel.
Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente, durante os reinados de Jeroboão II e de Uzias,
respectivamente reis de Israel e Judá, cujos reinados coincidiram entre 829 e cerca de 804 a.C. (Am 1:1)
Por volta de 804 a.C. foi assentada por escrito, presumivelmente após o profeta voltar a Judá.
É fato histórico que todas as nações condenadas por Amós foram, no devido tempo, devoradas
pelo fogo da destruição. A própria grandemente fortificada cidade de Samaria foi sitiada e capturada em
740 a.C., e o exército assírio levou os habitantes “para o exílio além de Damasco”, conforme predito por
Amós. (Am 5:27; 2Rs 17:5, 6) Judá, ao sul, recebeu igualmente a devida punição quando foi destruída em
607 a.C. (Am 2:5) E, fiel à palavra de Jeová mediante Amós, descendentes cativos tanto de Israel como
de Judá voltaram em 537 a.C. para reconstruir sua terra natal. — Am 9:14; Esd 3:1.
O livro termina com uma mensagem de que, apesar de Deus castigar a Israel, Deus irá restaurar a
nação, quando ela se voltar a Deus.
7.7.4 - OBADIAS
Tema: É o grande pecado de Edom - violência contra Judá; seu castigo - extinção nacional.
Obadias (de origem desconhecida) foi contemporâneo de Jeremias. Há muitos com este nome no Antigo
testamento. Data: 586-583 AC. O seu livro, constituído apenas por vinte e um versículos, é o menor do
Antigo Testamento e trata do tema da falta de solidariedade do povo de Edom (descendentes de Esaú -
Génesis 36:1) para com Israel, considerado como seu povo irmão. O livro divide-se em duas partes: o
"Oráculo contra Edom" a a "Proclamação do Dia de Javé".
A primeira parte de Abdias (1-14) profetiza a queda de Edom (ver Iduméia), tradicional inimigo de Judá.
7.7.5 - JONAS
O livro não contém uma mensagem direta a Israel, mais sim à cidade de Nínive. Mas Jonas pregou
`a Israel durante o reinado de Jeroboão II (II Reis 14:25). Escrito entre 785 a 767 AC. Época: logo após
Elizeu. É um relato biográfico do profeta Jonas, na qual o Deus de Israel o terá mandado profetizar ao
povo de Nínive, grande capital do Império Assírio, para persuadi-los a se arrependerem ou seriam
destruídos dentro de 40 dias. O Livro de Jonas fala foi tido como o profeta Jonas, filho de Amitai, que
profetizou no Reino de Israel Setentrional, no 7.º Século A.C., no reinado de Jeroboão II. (Jonas 1:1; II
Reis 14:25)
A Assíria, inimiga do povo de Israel de longa data, era império dominante aproximadamente entre 885
A.C. a 665 A.C.. Segundo o relato, parece evidente que a agressividade militar assíria era mais fraca
durante o tempo de Jonas. Além disso, o Rei Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde
Hamate até o Mar Morto, como teria sido profetizado por Jonas.
7.7.6 - MIQUÉIAS
Profetizou durante os reinados de Pecaías, Peca e Oséias em Israel, e de Jotão, Acaz e Ezequias,
em Judá.. Foi contemporâneo de Isaías e Oséias (Jeremias 26:18). Data: 751-693 AC. Profetizou tanto
para Israel quanto para Judá.
O nome do autor do livro de Miquéias aparece na septuaginta como Michaías. A Vulgata Latina diz
Michaeas. Ele foi um profeta do século VIII a.C. morador de Morasti-Gat, na Shefelá em Judá, talvez
tenha sido um líder (ancião, heb. zaqen) da comunidade.
7.7.7 – NAUM
Pouco se sabe a seu respeito. Profetizou durante o reinado de Ezequias (663 a 633 AC.). Prediz a
ruína de Nínive (Assíria), que aconteceu 100 anos depois. Naum é um Livro da Bíblia, que conta sobre a
destruição de Nínive, capital da Assíria, a cidade que Jonas advertiu. Este livro é uma “pronúncia contra
Nínive”, capital do Império Assírio. Para os crentes, o cumprimento histórico daquela pronúncia profética
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atestaria a autenticidade do livro. O livro teria sido escrito algum tempo depois de a cidade egípcia de Nô-
Amom (Tebas) sofrer uma derrota no sétimo século antes da era comum e completado antes da predita
destruição de Nínive em 632 antes da era comum. Segundo o livro, a agressividade militar dos assírios
tornara Nínive uma “cidade de derramamento de sangue”. Seu tratamento dos cativos de guerra era cruel
e desumano. Alguns eram queimados ou esfolados vivos. Outros eram cegados ou se lhes cortavam o
nariz, as orelhas ou os dedos. Os cativos eram conduzidos por cordões com ganchos que furavam o nariz
ou os lábios.
7.7.8 - HABACUQUE:13
Pouco se sabe sobre ele. Conclui-se que profetizou durante os reinados de Jeoacaz e Jeoiaquim
em Judá, possivelmente, em 612 a 598 AC. Profetizou a queda do ímpério caldeu. Foi contemporânio de
Jeremias. Habacuque ou Habacuc é o livro bíblico cuja autoria é atribuída ao profeta de mesmo nome,
que significa "abraço", e está incluso na subdivisão da Bíblia chamada de Profetas Menores, sendo um
livro de apenas três capítulos. Provavelmente tenha sido escrito no século V a.C.. Habacuque nos sugere
que observava a sociedade judaica a partir do templo, onde possivelmente servia como levita, isto é
cantor, podemos notar o capítulo três de seu livro é uma canção, sendo que os últimos versos são
considerados uma das maiores expressões de fé do Antigo Testamento. Entre seu texto há no capítulo dois
a expressão: "O justo viverá da fé", que mais tarde inspiraria o Apóstolo Paulo a escrever a mais teológica
de suas cartas, a Carta aos Romanos, que posteriormente inspirou também Martinho Lutero na elaboração
das 95 Teses "gatilho" da Reforma Protestante.
7.7.9 - SOFONIAS
Profetizou durante o reinado de Josias, Rei de Judá. Seu ministério: 638 a 608 AC.
A repetição freqüente da frase “o dia do Senhor” sugere imediatamente que Sofonias tinha uma
mensagem de julgamento. Mas como os demais profetas tem também uma mensagem de restauração.
Resumiremos o tema da seguinte maneira: A noite do Juízo sobre Israel e sobre as nações, seguida da
manhã da restauração do primeiro e da conversão das últimas. Alguns acreditam que ele tenha sido o
autor do Livro, com exceção do último capítulo, pelo fato de haver um contraste entre o quadro de juízo
terrível e o da restauração.
7.7.1O - AGEU
Um dos três profetas pós-exílicos. Época: após os 70 anos de cativeiro na Babilônia. Data: 520-
518 AC. Ageu voltou com a primeira expedição dirigida por Zorobabel e Esdras, o escriba, no segundo
ano do rei Dario (Ed.5:1;Ag.1:1). Sua missão era animar o povo na reconstrução do templo ( Ag.1:4-9 –
Edificai a casa; 2:9 – A glória da Segunda casa). Ageu, seu escritor, foi um profeta hebreu e
contemporâneo de Esdras e Neemias. Sua mensagem foi de exortação e motivação a respeito da
restauração de Jerusalém e seu Templo. Possui quatro principais mensagens de YHVH para os judeus que
retornaram do exílio em Babilónia. São fortes repreensões devido ao descaso na reconstrução do Templo.
Escrito por volta do ano 520 a.C., cerca de 17 anos depois do retorno dos judeus do exílio, quando ainda
não se completara a construção do Templo. O profeta Ageu, indicava que o povo estava se preocupando
com as próprias vidas e esquecendo do principal - a casa de Deus . Este livro frisa a importância nas obras
de Deus e que Ele deve estar sempre em primeiro lugar, na vida e nas obras das pessoas. O Autor pode ser
chamado " O Profeta do templo", provavelmente tenha nascido durante os setenta anos de exílio na
Babilônia. Deve ter regressado a Jerusalém com Zorobabel.
7.7.11 - ZACARIAS
Possivelmente nasceu na Babilônia e começou a profetizar ainda jovem ( Zc. 2:4) e pouco depois
de Ageu, tornando-se seu companheiro. Profetizou animando o povo através de visões de um futuro
glorioso. Zacarias, cujo nome significa “YHVH se Lembra”, foi um dos chamados "profetas" pós –
exílicos, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu, ele foi chamado para despertar os judeus que
retornaram, para completar a tarefa de reconstruir o templo de Jesusalém.(ver Esdras 6:14). Como filho
de Baraquias, filhos de Ido, ele era de umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais
messiânicos de todos os profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do
Messias. O "ministério" de Zacarias começou em 520 A.C., dois meses após Ageu haver completado sua
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O livro de Habacuque é diferente dos demais livros dos profetas em seu estilo literário, pois em momento algum
há profecias contra esta ou aquela nação ou pessoa em particular, porém o que se pode ver é um diálogo entre o
profeta e Deus.
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profecia. A visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem
(Zacarias 2:4). Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13 pode
indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia como o grande
poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475
aC. Zacarias e Ageu "persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o
templo". Zacarias "encorajou o povo de Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um
templo restaurado, numa cidade restaurada". O livro começa com a veemente palavra de YHVH (O Deus
dos judeus) para o povo se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro está repleto de
referências de Zacarias à suposta "palavra do Senhor". O profeta não entrega sua própria mensagem, mas
ele, "fielmente", transmite a mensagem dada, supostamente, a ele por seu Deus. O povo é chamado para
se "arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada".
"Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, através de oito visões. A visão
do homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado de Deus. A Visão dos quatros chifres e dos quatro
ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus. A Visão do homem com um cordel de medir, existe
uma olhada apocalíptica na vele e pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do castiçal todo revestido
de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos
somente pelo seu Espírito. A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra
o juramento falso. A visão da mulher num efa significa a santidade de Deus e a remoção do pecado. A
visão dos quatro carros retrata o soberano controle de Deus sobre a Terra". As visões "são seguidas por
uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote". Isso é considerado pelos
crentes, poderosamente, um simbolismo da vinda do Messias".
Nos caps 7-9, "Deus usa a ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para
justiça e juízo, para substituir as formalidades religiosas".
Os caps 9-14 contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas).
Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de todos os livros do Antigo Testamento.
Os caps 9-14 sãos as seções mais citadas dos profetas nas narrativas dos Evangelhos. No apocalipse,
Zacarias é citado mais do que qualquer profeta, exceto Ezequiel.
Ele profetizou que o Messias virá:
• Como o Servo do Senhor, o Renovo (Zacarias 3:8),
• Como o homem cujo nome é Renovo (Zacarias 6:12),
• Como Rei e como sacerdote (Zacarias 6:13),
• Como o verdadeiro Pastor (Zacarias 11:4-11).
Ele dá um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por trinta moedas de prata (Zacarias
11:12-13), sua crucifixão (Zacarias 12:10), seus sofrimentos (Zacarias 13:7) e sua segunda vinda
(Zacarias 14:4). Duas referências a Cristo são consideradas pelos religiosos como de profundo
significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é descrita com detalhes em Zacarias 9:9,
quatrocentos anos antes do acontecimento (ver Mateus 21:4; Marcos 11:7-10). Um dos versículos mais
dramáticos das Escrituras proféticas é encontrado em Zacarias 12:10, quando, na maioria dos manuscritos
a primeira pessoa é usada: "E olharão para mim, a quem traspassaram.". Jesus Cristo, acreditam os
religiosos, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepção pela cada de Davi.
O versículo mais freqüentemente citado do Antigo Testamento em referência ao chamado Espírito
Santo é Zacarias 4:6. Zorobabel é confortado na segurança de:
1) que a reconstrução do templo não será por força militar ou por proeza humana, mas pelo
ministério do Espírito Santo;
2) que o Espírito Santo removerá cada obstáculo que está no caminho, que impede a conclusão do
templo de Deus.
Um triste comentário em Zacarias 7:12 recorda ao povo sua rebelião contra as palavras do Senhor pelos
profetas. Palavras que teriam sido transmitidas pelo Espírito Santo.
7.7.12. MALAQUIAS:
Em Neemias lemos a última página da história do Antigo testamento; em Malaquias, lemos a
última página da profecia do Antigo testamento. Ambos foram contemporâneos, durante a época do rei
Artarxerxes. Profetizou cerca de 100 anos depois de Ageu e Zacarias, sendo o último dos profetas pós-
exílicos. Nada se sabe da sua vida pessoal. Data: cerca de 435 a 425 AC. O assunto de reter os dízimos e
as ofertas é tratado como roubo (Ne.13:10-12 com Ml. 3:8-10). Prediz a vinda de Elias (4:5), cumprida
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em João Batista (Mt.11-14). A última palavra do Antigo Testamento é maldição; O profeta Malaquias foi
contemporâneo de Esdras e Neemias, no período após o exílio do povo judeu na Babilônia em que os
muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445 a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da
apatia religiosa aos princípios da lei mosaica. Nas últimas linhas deste livro do Antigo Testamento
bíblico, vemos uma exortação de Deus às famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos
aos seus pais". No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento da família como alicerce
da sociedade.Um outro tema tratado no livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos, nos versos
de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o objetivo de se justificar com amparo
bíblico a contribuição da décima parte das rendas dos fiéis de uma organização religiosa.
Embora o dízimo tenha sido reconhecido desde a época de Moisés, nos dias de Malaquias o povo havía
ignorado o mandamento, enfraquecendo a instituição religiosa, isto é, a manutenção dos sacerdotes e do
próprio templo.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Disponivel em http://www.missaocampinas.com.br/novo/site/paginas/detalhes/127/.
SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento Ed. Vida Nova SP 1. Edição
CHAMPLIM, Russel Normam. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia . Ed. Candeia 3. Edição 1995
São Paulo
RAMPIM, José Domingos . Apostila Profetas Exílicos e Pós Exílicos
DIAS, Luiz Valdenir. Apostila Livros Históricos
PINTO, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento. São Paulo: Hagnos,
2006):
SIMMONS, D.Th Thomas Paul. Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica