Você está na página 1de 57

1

Tema: Palavra do Diretor

Antes de começar nossos estudos, quero agradecer por ter se matriculado no


nosso Seminário Maior de Estudos Teológicos, quero dar-te as boas vindas e te desejar
bons estudos. Quero que saiba que estarei aqui pra te auxiliar no que for necessário,
contudo, quero que se esforce com toda dedicação pra obter um bom estudo.

Fazer um estudo teológico não é algo difícil, mas também não é tão fácil,
contudo, quando buscamos a direção do Espírito Santo, com toda dedicação e devoção,
somos levados a ter toda revelação que necessitamos.

Tenho total confiança em você, querido aluno, confiança essa que me leva a
saber que no futuro próximo, será um grande defensor da fé, e quem sabe um grande
obreiro capaz de pregar o evangelho com toda excelência e amor.

Quero aqui fazer uma aliança com você, uma aliança a qual primeiramente será
feita com o Senhor JESUS CRISTO, filho de Deus. A aliança é que irá estudar com desejo de
aprender mais de Deus, com intenção de ser edificado, com amor e alegria, e quando
possível, poder falar e compartilhar tudo quanto tem aprendido a outros para a glória de
Deus.

Busquem estudar a Bíblia todos os dias com a intenção de conhecer intimamente


seu autor, o Espírito Santo, que a Palavra de Deus seja seu alimento constante, isso fará
que venhas a ter um conhecimento e crescimento espiritual.

Não estude e não leia a Bíblia somente com um objeto de estudo, mas estude
com os olhos espirituais pedindo sempre a revelação de Deus e aplicando tudo que
aprender e ler em sua vida, tudo que ler, veja como um espelho pra você e não como algo
que somente serve pra outras pessoas, e o mais importante, leia crendo sem duvidar.
(Hebreus 11.1)

Diretor: Pr.Clesilvio de Castro Sousa


3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. CORRENTES DA ESCATOLOGIA PROTESTANTE

1.1 Os amilenistas

1.2 Os posmilenista

1.3 Os premilenistas históricos

1.4 Os premilenistas dispensacionalistas

2. ESCATOLOGIA E REINO DE DEUS

3. AS VÁRIAS DIMENSÕES DA ESCATOLOGIA

4. A PROCURA DA DEFINIÇÃO DO TEMPO.

5. OS SINAIS DOS TEMPOS.

6. AS PROMESSAS DO REINO DE DEUS A ISRAEL

7. A ESCATOLOGIA E A MISSÃO.

8. ESCATOLOGIA - DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS.

9. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

9.1 Posição Pós-milenista.

9.2 Posição Amilenista

9.3 Posição Pré-milenista.

10. O ARREBATAMENTO

10.1 Arrebatamento pré-tribulacional:

10.2 Arrebatamento mesotribulacional:

10.3 Arrebatamento pós-tribulacional:


4

10.4. Arrebatamento parcial:

11. A TRIBULAÇÃO

12. O MILÊNIO:

13. OS JUÍZOS FUTUROS

13.1 O Julgamento das Nações (ou gentios):

13.2 O Julgamento de Israel:

13.3 O Julgamento dos Anjos Caídos:

13.4 O Julgamento dos Mortos Não-Redimidos:

14. AS RESSURREIÇÕES

15. ÚLTIMAS COISAS

16. CRONOLOGIA DO FIM

16.1 Sinais precursores da vinda de

16.2 intensidade

16.3 O Arrebatamento

16.4 Tribunal de Cristo

16.5 As Bodas do Cordeiro

16.6 A Tribulação

16.7 Anticristo

16.8 Grande Tribulação

16.9 A Vinda de Jesus (Segunda fase)

16.10 O Julgamento das Nações

16.11 O Milênio

16.12 Última revolta de Satanás

16.13 Juízo Final

16.14 Novos Céus e nova Terra

17. SINAIS DA VINDA DE JESUS

18. ANÁLISE CUIDADOSA DESSES SINAIS


5

19. CONTAGEM REGRESSIVA PARA O JUÍZO FINAL:

21. O ARREBATAMENTO DA IGREJA

21.1 As Duas Fases da Vinda de Jesus

21.2 O Arrebatamento, o Que Ocorrerá no Céu

21.3 O Que Ocorrera na Terra

21.4 A Ressurreição dos Mortos

22. O TRIBUNAL DE CRISTO

23. DO TRIBUNAL DE CRISTO ÀS BODAS DO CORDEIRO

23.1 Os Nossos Motivos Serão Julgados

23.2 As Bodas do Cordeiro

24. EVIDENCIAS APOCALIPTICA

25. QUANDO VAI COMEÇAR A GRANDE TRIBULAÇÃO?

26. QUEM SÃO OS 144.000 DO LIVRO DE APOCALIPSE?

27. AS 70 SEMANAS DE DANIEL

27.1 A estátua

27.2 As Setenta Semanas - Dn. 9:24-27

27.3 490 anos lunares (490 X 360 = 176.400 dias) - tempo total da profecia

27.4 Faltam 7 anos (uma semana) para que a profecia se complete.

27.5 É no verso 27 que a 70a. semana aparece.

27.6 Estes 7anos são chamados de tribulação.

28. O ARREBATAMENTO

28.1 A Tribulação foi bem profetizada no V.T. e ali é chamada de:

28.2 O que a Igreja espera

28.3 A volta de Cristo vem cumprir 2 objetivos:

29. QUEM TOMARÁ PARTE NO ARREBATAMENTO?

30. OS 7 JULGAMENTOS PREVISTOS NA BÍBLIA

31. O TRIBUNAL (BEMA) DE CRISTO


6

32. A TRIBULAÇÃO

32.1 Ap21 - O Reino milenar e a última revolta

32.2 1º - O julgamento da Cruz

32.3 2º - O auto julgamento do salvo

32.4 3º - O Tribunal (Bema) de Cristo

32.5 4º - O julgamento de Israel

32.6 5º - O julgamento das Nações

33. O MILÊNIO - PROPÓSITOS E CARACTERÍSTICAS DO REINO DE JESUS

34. A ÚLTIMA REVOLTA - SATANÁS É SOLTO E DERROTADO - AP 20:7-10

34.1 Israel não precisou fazer nada. Assim será a batalha no final do milênio.

34.2 O julgamento dos anjos caídos Jd 6 ; I Co 6:3 e Mt 25:41

35. AP.22 - O JUÍZO FINAL E A NOVA JERUSALÉM

36. A NOVA JERUSALÉM - O ESTADO ETERNO NOVOS CÉUS E NOVA TERRA - AP 21:1,27

37. A NOVA JERUSALÉM

38. APOCALIPSE 22

INTRODUÇÃO

ESCATOLOGIA: Estudo das ultimas coisas. (Teologia). Um estudo amplo, complexo, curioso e
que faz com que todos os cristãos tenham desejo de ver relado na integra todos os mistérios que
envolvem essa matéria.

ESCATOLOGIA: Teoria ou doutrina do destino do homem após sua morte, bem como do
universo depois da sua desaparição. (Dicionário Escolar. Rios, Dermival Ribeiro. Pág.255).

A Escatologia tem várias ramificações dentro da Teologia Bíblica. Há pelo menos três teorias
defendidas pelos teólogos, as quais cada uma em sua interpretação tenta mostrar fielmente a
vinda de Cristo e o Arrebatamento da igreja.
7

Neste trabalho procuro colocar todas as visões escatológicas possíveis, no intuito de conhecer
mais do mistério apocalíptico. E poder ensinar, para que o conhecimento seja patente aos nossos
olhos e enfim venhamos descobrir mais sobre a vinda do Messias. (Pr.José de Barros).

A preocupação com a escatologia tem tomado formas diferentes em grupos diferentes. Dentro
dos círculos cristãos conservadores, relacionam-se com a ordem dos eventos ligados com a
segunda vinda de Cristo. Os conservadores atingiram um consenso acerca dos aspectos
principais da escatologia já no começo do século XX. Todos os seres humanos (a não ser
aqueles que ainda estiverem com vida na ocasião da volta do Senhor) devem passar pela morte
física e, neste momento, passam para um estado intermediário apropriado para sua condição
espiritual. Aqueles que confiaram à obra salvadora de Jesus Cristo irão para um lugar de bem
aventurança e galardão. Os que não confiaram assim irão para um lugar de castigo e tormento.
Nalgum tempo futuro, Cristo voltará de modo corpóreo e pessoal. Então, todos os mortos serão
ressurretos e consignados ao seu destino final. O Céu ou o Inferno. Ali permanecerão
eternamente numa condição inalterável. (Erikson, Millard J. Pág.9-10).

Partindo do principio que a Bíblia é a perfeita e infalível palavra de Deus, o que ela afirma do
porvir é a palavra definitiva sobra a questão. O essencial nesta questão é o cuidado especial que
deve acompanhar o estudo da Bíblia, para que não se deixe levar pelas interpretações fantasiosa
e muito futurísticas.

Alguns “futurólogos” bíblicos os quais não raros, comprometem os conceitos verdadeiros sobre
o assunto, “o que há de vir”.(Sampaio, Pr. Daniel. Pág 1).

Espero que este trabalho seja realmente um instrumento de aprendizado para todos os amantes
de escatologia.

1. CORRENTES DA ESCATOLOGIA PROTESTANTE

Nós, evangélicos protestantes, cremos que a Bíblia responde às questões básicas


levantadas em todas as épocas e em todos os lugares. Entretanto, a questão que está sempre
presente na mente e no coração de todos os seres humanos é a questão relacionada com o
futuro. "O passado a gente conta, o presente a gente curte, e o futuro a gente tenta adivinhar".
Esta parece ser a filosofia da maioria das pessoas e de várias religiões. Historicamente falando,
a igreja protestante tem passado por épocas nas quais se pode detectar a falta de um balanço
escatológico. Algumas vezes, a igreja se mostrava tão apegada ao presente, que dava pouca
atenção ao futuro. Outras, a igreja se apegava tanto ao passado, que chegava a esquecer de
sua relevância para o presente e de seu destino futuro.

A história da escatologia cristã em geral reflete essa batalha entre o passado, o presente
e o futuro. Vários teólogos evangélicos protestantes têm escrito sobre o assunto. A história da
igreja tem revelado que, durante os primeiros cinco séculos, os cristãos não se preocupavam
muito em desenvolver uma doutrina escatológica. É bom ressaltar, entretanto, que a ausência
de um dogma sistematicamente formulado nunca significou a ausência de crenças e esperanças
escatológicas. Pelo contrário, durante os primeiros cinco séculos os cristãos criam na vida após
a morte, na segunda vinda do Senhor Jesus, na ressurreição dos mortos, no julgamento final,
8

em tribulações e na criação de um novo céu e de uma nova terra. Mas a escatologia, como
doutrina sistematizada, tal qual nós a temos hoje, não foi desenvolvida durante aquele período.

Basta lermos o credo apostólico para percebermos essas crenças, porém sem um
desenvolvimento cronológico ou sistemático da doutrina. Mesmo durante a Idade Média, até o
início da Reforma Protestante, os cristãos daquela época também criam nesses ensinos, mas
havia “pouca reflexão sobre a maneira pela quais os fatos se desenvolveriam, especialmente
sobre o aspecto cronológico da escatologia bíblica”. Já os reformadores protestantes sem dúvida
refletiram mais sobre a questão escatológica. Em parte, foram motivados pela disputa teológica
com a Igreja Católica, que ensinava o purgatório, por exemplo. Os teólogos reformados, portanto,
fizeram muita ligação entre a escatologia, à soteriologia (a glorificação dos salvos) e a
eclesiologia (a igreja triunfante etc.).

Na atualidade, o racionalismo, o evolucionismo, o existencialismo, juntamente com o


liberalismo teológico, provocaram uma reflexão mais profunda por parte dos protestantes
ortodoxos, já que todos aqueles ismos atacavam todo tipo de ensino sobre a certeza de alguma
realidade futura. Berkhof e outros protestantes reformados reconheciam que o liberalismo
teológico ignorava totalmente os ensinos escatológicos do próprio Jesus Cristo, colocando toda
a ênfase simplesmente nos preceitos éticos do Senhor. O racionalismo, o evolucionismo e o
existencialismo filosófico, por sua vez, desconsideram qualquer ensino escatológico: na melhor
das hipóteses, a escatologia bíblica não passa de uma utopia mitológica.

Os protestantes evangélicos, entretanto, baseados no ensino da Palavra de Deus, crêem


na vida após a morte, na segunda vinda do Senhor Jesus, na ressurreição dos mortos, no
julgamento final, na criação de um novo céu e de uma nova terra. Em outras palavras, os
protestantes conservam as mesmas crenças que os demais cristãos que aceitam as Escrituras
Sagradas como única e última regra infalível de fé e prática. Mas o fato de crerem nessas
doutrinas não significa que todos os protestantes as aceitem do mesmo modo, em relação à
forma como elas se cumprirão. Assim, há uma variada divergência hermenêutica no meio
protestante, com pelo menos três escolas de interpretação: aminelista, posmilenista e
premilenista.

Os amilenistas

Como L.Berkhof, O.T.Allis, G.C.Berkhouwer e outros crêem que as Escrituras Sagradas não
fazem nenhuma distinção cronológica entre a segunda vinda de Cristo, o arrebatamento da
igreja, e a participação do crente no novo céu e na nova terra. Para os amilenistas haverá apenas
uma ressurreição geral dos crentes e dos incrédulos, a qual ocorrerá durante a segunda vinda
de Cristo. O julgamento final será para todos os povos. A tribulação é algo que experimentamos
na presente era. O milênio referido nas Escrituras (Apocalipse 20) não significa um milênio literal,
pois o reino de Deus, inaugurado visivelmente com a primeira vinda do Senhor Jesus, continua
espiritualmente presente, embora invisível (invisibilidade não é sinônimo de inexistência), e será
consumado com a segunda vinda visível do Rei da Glória. Entramos neste reino pela fé (João
3). Para os amilenistas as Escrituras não fazem distinção entre a igreja no Velho Testamento
(Israel)e a igreja do Novo Testamento ("o novo Israel", composta de circuncisos e incircuncisos).

1.2 Os posmilenista

Como Charles Hodge, B.B.Warfield, W.G.T. Shedd, e A.H.Strong, crêem que a segunda
vinda de Cristo ocorrerá após o milênio (não literal). A era presente se misturará com o milênio
de acordo com o progresso do evangelho no mundo. Em geral, os posmilenista assumem a
mesma postura amilenista com relação ao ensino da ressurreição, do julgamento final, da
tribulação e da posição sobre Israel e igreja.
9

Os premilenista se dividem em dois grupos principais: os premilenista históricos (como G.E.Ladd,


A.Reese e M.J.Erickson) e os premilenistas dispensacionalistas (como L.S.Chafer,
J.D.Pentecost, C.C.Ryrie, J.F.Walvoord e Scofield).

1.3 Os premilenistas históricos

Crêem que a segunda vinda de Cristo para reinar nesta terra e o arrebatamento da igreja
acontecerão simultaneamente; haverá a ressurreição dos salvos no início do milênio (a primeira
ressurreição) e a ressurreição dos incrédulos no final do milênio. O milênio, entretanto, na
posição premilenista histórica, é tanto presente como futuro. No presente, Cristo reina nos céus.
No futuro, Cristo reinará na terra, embora os premilenistas históricos em geral não considerem o
período da tribulação e façam uma certa distinção entre Israel e igreja (o Israel espiritual).

1.4 Os premilenistas dispensacionalistas

Ensinam que a segunda vinda do Senhor Jesus acontecerá em duas fases: na primeira,
o Senhor Jesus se encontrará com a igreja nos ares, levará os salvos para participar das bodas
do Cordeiro nas regiões celestiais; e, após sete anos de tribulação na terra sem a presença da
igreja, regressará com ela para reinar neste mundo por mil anos. Eles fazem uma distinção entre
a ressurreição para a igreja, na ocasião do arrebatamento, a ressurreição para aqueles que virão
a crer durante a tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorrerá na segunda vinda do
Senhor, no final da tribulação) e a ressurreição dos incrédulos no final do milênio.

Os premilenista dispensacionalistas fazem, também, uma distinção entre o julgamento dos


crentes após o arrebatamento, o julgamento de judeus e gentios convertidos no final da tribulação
de sete anos e o julgamento dos incrédulos no final do milênio. Sem dúvida, para os membros
desta escola de interpretação, os sete anos de tribulação será literal, mas a igreja neo-
testamentária será arrebatada antes dessa tribulação. O milênio será inaugurado e estabelecido
com a segunda vinda do Senhor Jesus, após a tribulação e durará, literalmente, 1.000 anos. Sem
dúvida, esta posição distingue completamente Israel e igreja.
De todas essas perspectivas protestantes, a meu ver, a que mais se coaduna com a exegese
bíblica é a posição amilenistas. Pessoalmente creio que esta posição é a mais condizente com
o ensino dos profetas, do Senhor Jesus e dos apóstolos, tanto hermenêutica quanto
exegeticamente falando (Mateus 24-25).

Se o leitor estudar com mais afinco essas posições escatológicas, poderá perceber suas
implicações imediatas no que tange à evangelização mundial e ao envolvimento da igreja nas
questões sociais e políticas de nossa era. A posição escatológica mais fraca, em termos
hermenêuticos e exegéticos, é a posição premilenista, devido à sua grade cronológica pré-
estabelecida. Os premilenista, em geral, começam com um quadro cronológico pré-estabelecido
e passam a fazer uma "cirurgia textual" nas Escrituras, de acordo com o quadro já pré-desenhado
por eles.

2. ESCATOLOGIA E REINO DE DEUS

Iniciaremos proclamando que o nosso Senhor é Rei e o seu reino é eterno! É uma
realidade atemporal. Na sua primeira manifestação, Israel reconhece e declara: "O Senhor reina
para sempre; o teu Deus ó Sião, reina de geração em geração" (Sl.146:10). O nosso Deus está
assentado num alto e sublime trono, e governa sobre os filhos dos homens. Temos consciência
10

do seu domínio porque cremos na sua soberania e afirmamos que absolutamente nada foge do
seu controle. Todo o poder e toda a majestade lhe pertencem. "Ninguém há semelhante a ti, Ó
Senhor; Tu és grande e grande é o poder do teu nome. portanto: "Quem não te temeria a Ti, ó
Rei das nações? “Pois isso é a Ti devido; porquanto, entre todos os sábios das nações e em
todo o seu reino, ninguém há semelhante a Ti.” (Jr.10:6-7)

3. AS VÁRIAS DIMENSÕES DA ESCATOLOGIA

Se o nosso Deus reina eternamente e reinará para sempre, falaremos, "neste sentido, de
uma escatologia perfeita, de uma escatologia presente e de uma escatologia futura, bem como
de uma escatologia que poderíamos chamar de transcendental, enquanto está se referindo ao
agir do Deus eterno dentro, aquém e além de todos os tempos escatológicos."

1 A escatologia perfeita, para Claus Schwambach é a irrupção da eternidade para dentro do


tempo, da presença da salvação escatológica na pessoa e na obra de Cristo. A escatologia
presente é apresentada como o Evangelho que anuncia o perdão, se manifesta já agora, de
forma antecipada, o veredicto de Deus como Juiz final. A palavra da cruz atualiza tanto o passado
como o futuro, fazendo-os valer no presente. A escatologia futura, tem como conteúdo a
esperança cristã da ressurreição, o arrebatamento, a segunda vinda de Cristo, o juízo final, o fim
do mundo, a nova criação, céu e inferno, a vitória final, "quando Cristo entregar o reino ao Deus
e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder, porque
convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés." (I Co.
15:24-25) "O reino de Deus não tem significado estritamente temporal. Ele expressa
dinamicidade, atividade e está sempre orientado teocraticamente."

2 Reconhecendo a limitação humana não ousaremos medir o tempo nem tão pouco nos
deteremos a examinar os sinais do tempo do fim, pois não limitamos a escatologia ao estudo dos
eventos finais. Porque "todos os temas teológicos apresentam uma dimensão escatológica." 3
Atentaremos ao fato de que a promessa escatológica da inserção do reino na história dos
homens deve ser o incentivo, o impulso, a força do nosso compromisso de proclamar, como
arautos do Rei, a vinda do seu Reino.

4. A PROCURA DA DEFINIÇÃO DO TEMPO.

Deus domina sobre o tempo e os homens não têm capacidade de cronometrá-lo nem
entendê-lo. O tempo pertence a Deus. Ele domina sobre as épocas, "é Ele quem muda os tempos
e as estações(...)" (Dn.2:21) O controle do homem sobre o tempo é tão restrito e tão inseguro,
que a humanidade vive na inquietação acerca do tempo do fim. Na virada do milênio todo mundo
viveu sob o temor do que poderia acontecer. Mesmo vivendo a época mais avançada da ciência
e da tecnologia, onde o homem se põe no centro do universo exibindo seu domínio sobre a
criação, a incerteza quanto ao tempo escatológico apavora, tanto os mais ignorantes como os
mais entendidos, tanto os religiosos como os céticos. Segundo Stephen Jay Gould, cientista
paleontólogo, a descoberta, no século XVIII, de que a história do universo não se contava em
milhares mas em bilhões de anos perturbou os sábios e constituiu a maior revolução intelectual
dos tempos modernos. Porém, o Criador do tempo exibe sua sabedoria tão alta e tão profunda
que inibe uma aproximação definida dos números, o que induz o cientista a dizer: " O problema,
é que a natureza não produz regularidades astronômicas que permitam estabelecer ciclos
11

numéricos simples.(...) a relação entre o calendário e os ciclos astronômicos não se exprime em


termos matemáticos simples. O problema vem da maneira como a natureza funciona." A maneira
como Deus lida com a sua criação, põe a cronologia do tempo e dos fatos numa escala acima
do entendimento e da inquirição humana. E é percebendo esta verdade que Gould acuado com
as pequenas brechas deixadas pelo Criador para percepção da luz do tempo, ele conclui: "A
complexidade do calendário é um desafio à astúcia humana. É por isso que dizemos: se Deus
existe, ou tem senso de humor ou é uma nulidade em matemática (...) ou é simplesmente
incompreensível para um espírito humano." 5 A ciência tem que se dobrar diante da inescrutável
força e sabedoria do Criador do tempo e dos tempos.

5. OS SINAIS DOS TEMPOS.

Dentre tantas catástrofes que o planeta já sofreu e vem sofrendo, desde o dilúvio quando
o mundo de então foi destruído com água, predições têm sido feitas, por cientistas e religiosos,
quanto a destruição do planeta e o tempo do fim, citaremos apenas algumas: o aquecimento da
terra seguida do esfriamento do sol, a perda da camada de ozônio, previsão de possível queda
dos meteoros e asteróides, os terremotos, as injustiças sociais, as opressões dos sistemas
políticos, a miséria, o desenvolvimento científico, etc. Esta palestra foi escrita antes do dia 11 de
setembro quando aconteceu o atentado ao World Trade Center em New York que insere no
mundo o pavor do terrorismo. Fica evidente na guerra entre o ocidente e o oriente,que o ódio ao
povo da promessa - Israel e a rejeição ao Cristianismo constrói uma barreira de separação que
nenhum tratado de paz, nem negociação econômica nem poder bélico pode quebrar. Ficou
revelado o esquema do Al Qaedar montado em todo o mundo. Se Osama bin Laden tem
comando organizado em 40 países, como será possível vencer o terrorismo? Arnaldo Jabor,
comentarista da rede Globo disse, que o ocidente precisa mudar de cara de diabo e malignidade
como é visto pelo oriente para aproximar uma reconciliação. Não será essa a hora do
aparecimento do anti-cristo para promover a paz mundial? Diante disso, a tarefa missionária fica
ainda mais difícil porque a cara do ocidente se confunde com a face do cristianismo em seu
desenvolvimento ocidental. Não será esse um específico sinal do fim?

Muitos têm estado atentos aos sinais e eventos preditos por Jesus no sermão do Monte
das Oliveiras, no cap. 24 de Mateus. As guerras, e rumores de guerras, a fome e terremotos, o
aumento da iniquidade e falsos profetas, as perseguições sofridas pelos servos de Deus, os
massacres e os martírios que a Igreja do Senhor tem sido alvo ao longo dos séculos, tudo isso
nos leva ao anseio escatológico e nos põe a questionar: quando virá o fim?

Magno Paganelli 6 trabalha com os sinais no campo astronômico, no campo atmosférico


e meteorológico e no campo hidrológico, como acontecimentos apocalípticos e assinala que já
estamos vivendo o cenário que antecede o estabelecimento do anticristo. Muitas especulações
surgiram no decorrer dos anos. Muitos tentam prognosticar a parousia, o segundo advento, com
a intenção de encontrar uma resposta que satisfaça a curiosidade e a inquirição humana, no
entanto, as previsões têm sido frustrantes. O tempo do fim, é segredo de Deus e não cabe ao
homem identificá-lo. Disse Jesus: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os
anjos dos céus, nem o Filho senão o Pai."(Mt. 24:36)

6. AS PROMESSAS DO REINO DE DEUS A ISRAEL

A vinda do reino de Deus é o tema central do Antigo Testamento. Quando o Senhor


escolheu Abraão para fazer dele uma nação separada, era o seu propósito constituir um reino
Teocrático. "Agora pois, pergunta aos tempos passados que te precederam,(...) se jamais
aconteceu coisa tamanha como esta(...)ou se um deus intentou ir e tomar para si um povo do
meio de outro povo(Dt. 4:32,34). A intenção divina persistia fazer Israel uma testemunha do seu
Rei, para que todos os povos da terra percebessem que a nação era governada e dirigida por
12

um Deus sábio e Todo-Poderoso. E os povos ouvindo os estatutos dirão: "Certamente este


grande povo é gente sábia e inteligente. Pois que grande nação há que tenha deuses tão
chegados a si como o Senhor, nosso Deus,(...)e que grande nação há que tenha estatutos tão
justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?(Dt. 4:6-7)

Deus fez aliança com seu povo: "Não vos esqueçais da aliança do Senhor nosso Deus,
feita conosco(Dt. 4:23). Mas Israel quebrou a aliança, porém o ministério profético em Israel
condenava o pecado da nação que impedia a ação divina e apontava para uma nova aliança. A
esperança profética apontava não apenas para uma restauração, mas para um novo pacto. "Eis
ai vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel(...) dar-lhes-ei um
só coração e um só caminho para que me temam todos os dias. Farei com eles uma aliança
eterna(Jr. 31:31; 32:39-40).

Tendo em vista que a monarquia teocrática não alcançou a legitimidade dentre as


dinastias, tendo apenas algumas sinalizações no reinado de Davi e Salomão, evidenciou-se o
contraste entre aquilo que era e aquilo que deveria ser, renovando assim, a esperança
escatológica. "Logicamente, não se duvida que Deus seja Rei, mas a concretização de sua
realeza torna-se objeto de esperança. Em outros termos, a 'teocracia' é aguardada no futuro, ela
passa a ser escatológica."

O profeta Isaías identifica sua mensagem escatológica, no que diz respeito ao


estabelecimento da Casa do Senhor, para a qual afluirão todos os povos. Após o julgamento e a
correção de Deus os povos gozarão paz universal.(Is.2:1-5) "A expressão usada por Isaías
"naquele dia" é também indicadora da mensagem escatológica do profeta, na qual anuncia "o
Renovo do Senhor que será de beleza e de glória(...) Será que os restantes de Sião serão
chamados santos; todos os que estão inscritos em Jerusalém para a vida"(Is. 4:2-3) O profeta
prevê a extensão mundial do reino quando declara que: "Naquele dia, recorrerão as nações à
raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será morada" (Is.11:10)."

Há um kerigma escatológico na profecia de Isaías identificada à luz do Novo Testamento.


"A glória do Senhor se manifestará e toda a carne a verá. Eis aqui o meu Servo a quem sustenho,
pus sobre ele o meu Espírito, e Ele promulgará o direito para os gentios"( Is.40:1-5; 42:1) Isaías
também profetiza: "Ano aceitável do Senhor," a mesma diz respeito ao ministério do Messias na
unção do Espírito do Senhor Deus. "Porque o Senhor me ungiu para pregarem boas-novas aos
quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos
cativos e a pôr em liberdade os algemados e apregoar o ano aceitável do Senhor(...) Indo Jesus
a sinagoga, levantou-se leu esta profecia e identificou o seu cumprimento na sua própria pessoa
e obra. "Hoje se cumpriu a Escritura quer acabais de ouvir." (Lc.416-20) O kerigma escatológico
de Isaías tem o cumprimento no advento do Messias, através do qual Deus executa a salvação
do seu povo. "Para os homens, a vinda escatológica de Deus significa o juízo e a salvação. “Para
Deus, ela equivale à manifestação da sua glória, ou de seu Nome e à instauração do seu Reino.”

O profeta Daniel também vaticina e renova a esperança do reino escatológico. Cativo na


Babilônia, apresenta-se ao grande rei Nabucodonosor e relata a interpretação da visão dos
reinos que sucederiam no cenário mundial, e deixa claro que o Soberano reina sobre a terra
acima dos poderosos. "É Ele quem remove reis e estabelece reis. O Altíssimo tem domínio sobre
os reinos dos homens e o dá a quem quer." (Dn. 2:21; 4:25). Mesmo que o seu braço não seja
percebido e seus feitos ofuscado pela soberba humana. Ele determina o tempo de cada reino
até que o reino escatológico se estabeleça. Daniel nos dá algumas características deste reino.

Primeiro - o Reino é eterno. "O Deus do céu suscitará um reino que não será jamais
destruído."(v.44) Só o Deus infinito pode estabelecer um reino sem fim.
13

Segundo - O Reino de Deus é o reino do seu povo. "Não passará a outro povo." (v.44) Os
escolhidos do Senhor reinarão com Ele. "Os santos do Altíssimo
receberão o reino e o possuirão para todo sempre, de eternidade em eternidade."(7:18)

Terceiro - o reino é divino, ele se estabelecerá sem o auxílio de mãos, sua erupção no reino dos
homens é sobrenatural, não dependerá de acordos de paz nem de estruturas mercadológicas
ou de sistemas políticos. "(...)uma pedra foi cortada sem o auxílio de mãos, feriu a
estátua(...)esmiuçará e consumirá todos estes reinos."(v.34,44) O profeta relata ainda outra
visão(7:13-14) na qual: "(...)vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem,(...)foi-lhe
dado domínio, e glória e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o
servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.
O Senhor Jesus em Mateus 26:64 reivindica para si a profecia deixando claro que o reino
escatológico está acima do reino de Davi. "É o novo status do Jesus ressurreto: autoridade
absoluta, a autoridade do Filho do Homem. É evidente que Jesus demonstrava autoridade divina
durante o seu ministério, mas essa autoridade estava encoberta pela forma humilde que ele
assumiu. Depois de ressurreto ele assume uma autoridade cósmica, universal que lhe é de
direito."

Quarto - O reino é escatológico -"O Grande Deus fez saber ao rei o que há de ser futuramente."
(v.45) Era para Daniel um futuro distante, para nós, mais próximo, mas ainda a se cumprir. É
para o futuro mas é certo porque a interpretação é fiel!

Quinto - O reino é universal. Não dominará apenas o espaço geográfico da Palestina e não se
limitará a nação de Israel. "A pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha que ncheu
toda a terra." (2:35) Estamos hoje aqui, voltados para a visão de Daniel, a maior parte já
cumprida, mas a expectativa e esperança do seu total cumprimento nos faz pedir: Venha o teu
reino em toda a terra! Venha o teu reino entre todas as nações!

7. A ESCATOLOGIA E A MISSÃO.

Quando Daniel recebeu as revelações acerca dos acontecimentos escatológicos, ele


ouviu a pergunta de um ser que dizia: "Quando se cumprirão essas maravilhas?" depois o próprio
Daniel indaga: "meu senhor, qual será o fim destas coisas?" Em nenhum momento Deus se
deteve a responder acerca do tempo. Jesus foi indagado por seus discípulos: "Dize-nos quando
sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação dos séculos." O Senhor
Jesus lhes respondeu dando alguns sinais e eventos que precederiam a queda de Jerusalém e
o tempo do fim. Um futuro imediato e a consumação escatológica. Após a ressurreição de Jesus
os discípulos voltaram a expor suas preocupações com o tempo da vinda do reino. "Senhor, será
este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer
tempos ou épocas que o Pai reservou para a sua exclusiva autoridade." (At. 1:7) Mas, o homem
continua a indagar: Quando será o fim? A quase dois mil anos o apóstolo Pedro fala dos
escarnecedores que diziam: "Onde está a promessa da sua vinda?" porque julgavam a promessa
demorada. (IPd.3:4,9)

O apóstolo João ouviu a voz dos mártires clamando em grande voz: "Até quando, ó
Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam
sobre a terra? (Ap. 6:10) O retorno do Senhor Jesus, o estabelecimento final e concreto do seu
reino, nós não sabemos o tempo, nem especulamos acerca disto, mas procuraremos entender
como o Senhor Jesus e os apóstolos trataram o assunto, identificando o que de fato deve nos
preocupar e dando algumas razões da sua aparente demora. "Jesus é movido em primeiro lugar
pelo teocentrismo e não pela escatologia; em última análise revelar a Deus e o tornar visível no
seu ser de Senhor e de Pai é mais fundamental para Jesus que anunciar a proximidade do
14

reino(...) Cristo como Filho deste Pai, é o princípio hermenêutico de todas as afirmações
escatológicas.". Ele é o amem para todas as promessas de Deus.

Porém, o Mestre divino não deixou os discípulos sem respostas e ofereceu-lhes alguns
sinais escatológicos, mas assegura que ainda não é o fim, e, de imediato lhes propôs o que na
verdade deveria preocupá-los. Antes da sua vinda, o mundo deveria ouvir o testemunho e a
pregação do evangelho, que é na verdade a mensagem do reino que está presente de um modo
espiritual e que deve ser levado até a última fronteira. "O reino, era esperado para o final da
história mas veio na história de um modo inaugural antecipando sua vinda apocalíptica."

O Senhor Jesus traça, no entanto, alguns acontecimentos que servirão de indicadores do


tempo do fim, mas segundo o Dr. Russell Shedd, "Todos estes sinais apenas criam o ambiente
para a manifestação do grande sinal, a pregação do evangelho até aos confins da terra." "E será
pregado o evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então,
virá o fim." (Mt. 24:14) Ele profetiza acerca do fim falando de um período muito mais distante que
a destruição de Jerusalém. Ele aponta o período em que se dará a evangelização mundial, a
profecia tem uma abrangência muito maior que Mateus poderia imaginar, nós, a Igreja apostólica
podemos presenciar nesta geração uma expansão bem maior. Segundo o pesquisador Ralph
Winter, nunca em toda história da Igreja tem havido tantas conversões como em nossos dias.
Porém ainda temos 140 tribos brasileiras sem conhecer a Jesus. Temos 8.000 povos ainda
esperando o anúncio da redenção pela primeira vez. São bilhões que ainda não creram. O fim
virá quando o Evangelho se espalhar entre todas as nações, fato que haverá de preceder
imediatamente o estabelecimento do reino eterno.

A Igreja em todos os séculos deve aguardar a vinda do Senhor Jesus como a Igreja
primitiva, esperando o fim em nossos próprios dias. A expectativa do fim, deve ser um
estimulante da ação missionária da Igreja. "Os discípulos de Jesus não deveriam esquecer sua
grande tarefa por causa da expectação do reino. Esta tarefa é para ser realizada entre a
ascensão de Jesus e parousia do Filho do Homem. Eles deveriam assumir a vocação à luz da
salvação já revelada e doada na sua vinda ao mundo."

A nossa preocupação escatológica deve ser a preocupação Joanina. Segundo George E.


Ladd a sua preocupação é com o destino dos homens, não com destino dos cosmos. O que
inquietava o seu coração era a vida eterna, que é a entrada no reino de Deus, porque Deus se
decidiu definitivamente pela salvação pela salvação dos homens.

Na perspectiva do Senhor Jesus, à luz de Marcos 1:15, o reino de Deus é uma realidade
presente para ser recebida agora, a qual defini a posição futura e prepara o homem para entrar
no Reino de Deus, porvir. "Sendo assim, presente e futuro são inseparáveis, o reino de Deus
presente, é também uma bênção escatológica." 15. A vida do reino é experimentada em dois
estágios: presente e futuro. Ela é para ser gozada tanto aqui como na eternidade. Por isso,
"Falando sobre o seu retorno, o Senhor Jesus não fala de um segundo evento escatológico, mas
da consumação e da fruição que está sendo trazido ao cumprimento."

Fica claro então, que a Igreja deve lidar com a tensão do reino que já veio e o reino que
virá. "Quando os profetas do Antigo Testamento declaravam: 'O dia do Senhor está
perto'(Is.56:11; Jl 3:14;Zc.1:14); eles ainda tinham uma perspectiva futura. Eles eram capazes
de sustentar o presente e o futuro juntos numa tensão não resolvida. A tensão entre a iminência
e a demora numa expectação do fim é uma característica de toda escatologia bíblica."

O Senhor Jesus trabalhou com seus discípulos para fazê-los entender essa tensão. Ele
mesmo se colocou como o reino escatológico de Deus que emergiu dentro da história. "Para
Jesus, a vinda do Reino equivale à vinda de Deus em pessoa. A vinda do reino para Jesus, é,
15

em primeiro lugar, a manifestação da soberania do que Deus mesmo fará, é a realização da


santificação do seu Nome. E neste sentido o Reino de Deus, para Jesus, é exclusivamente obra
de Deus." A era messiânica chegou e as profecias nele se cumpriram. Após a descida do Espírito
Santo foram possíveis os discípulos perceberem essa verdade, mesmo, ainda sob a tensão do
tempo.

Quando o apóstolo Pedro se levantou no dia de Pentecostes explicou aos seus ouvintes
a vinda do reino na pessoa de Cristo: "Deus cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos
os profetas: que o seu Cristo havia de padecer." E imediatamente revela a expectação da sua
vinda: "(...) e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o
céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou pela boca de
seus santos profetas desde a antigüidade" (At. 3:18,20,21).

Pedro anuncia que Ele veio e que Ele virá. O reino de Deus é o desenrolar da história, tem
um já agora e ainda não. É a história que se cumpre desde os tempos passados em toda
revelação vétero-testamentária, que se cumpriu nos tempos da comunidade neo-testamentária,
que se cumpre hoje com o avanço da Igreja no cumprimento da sua missão, e que se cumprirá
até que Ele venha. Por isso, os que estão no reino não devem deixar de clamar: Venha o teu
reino! Esta é a meta da história, o reino escatológico.

Refutando aos escarnecedores que julgavam a demora do cumprimento da promessa da


sua parousia, com a qual viria o reino escatológico em sua plenitude, Pedro declara:

Primeiro - A fidelidade da Palavra de Deus - A promessa da sua vinda é tão certa, como os céus
e a terra que agora existem, porque a Palavra do Criador, que trouxe o universo à existência é a
mesma que procede da boca do Senhor garantindo seu segundo advento.

Segundo - O Juízo divino é inevitável! Assim como o dilúvio expressou o juízo divino para a
geração de Noé, o juízo final é uma realidade, porque "Os céus e a terra estão entesourados
para o fogo, estando reservados para o dia do Juízo e a destruição dos ímpios." (3:7)

Terceiro - A julgada demora da sua vinda é uma expressão da longanimidade de Deus em


harmonia com o propósito de sua graça, necessária para a plenitude dos salvos ser
alcançada."Não retarda o Senhor a sua promessa, (...)pelo contrário, Ele é longânimo para
conosco." (3:9) O caráter misericordioso de Deus tarda a sua ira e o julgamento final, Ele espera
para que o homem se arrependa e aguarda o retorno das ovelhas perdidas. Sua paciência
também é aplicada à Igreja que tem sido falha na sua missão. Deus está trabalhando com
longanimidade em suportar a nossa indiferença com a situação dos povos. Para entender a sua
paciência, precisamos olhar para o seu caráter bondoso. "A bondade radical de Deus apareceu
no meio dos homens através de Jesus(...) Ele integra a sua compreensão de Deus como Pai
bondoso dentro do seu anúncio da vinda do reino, da sua mensagem escatológica."

Quarto - A sua aparente demora prova seu amor pelos pecadores. Porque Ele ama, Ele continua
a dar oportunidade para o arrependimento. Só Ele na sua onisciência sabe o horror de uma
eternidade, onde o fogo não queima e onde haverá choro e ranger de dentes.(Mt.13:42;25:41;
Ap.21:8) Sua compaixão nos eleitos já alcançados, deve ser revelada aos bilhões que ainda
estão sob a ira da condenação eterna. A misericórdia divina é tão infinita que ultrapassa qualquer
cômputo de tempo.
16

Quinto-A sua longanimidade sustenta o seu querer: "não querendo que nenhum pereça, senão
que todos cheguem ao arrependimento." (v.9) Como porém se arrependerão se não ouvirem do
seu perdão? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?
Diante desse desafio, Pedro fala que devemos esperar e apressar a vinda do Dia de Deus, (v.12)
Só há uma forma de antecipar a sua vinda, pregar as Boas Novas a cada criatura, e fazer
discípulos de todas as nações! Temos o grande privilégio e a grande responsabilidade de
apressar a vinda do Senhor. "Lembrando que a graça preocupa o Senhor mais do que o juízo."
20 Por isso, a Igreja deve assumir o compromisso da obediência missionária e cumprir a sua
missão - evangelização mundial.

Sexto - A longanimidade é prova da sua justiça. O Senhor Jesus declarou para Israel: "Enchei
vós, pois, a medida de vossos pais(...) para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado
sobre a terra." (Mt.23:32,35) O nosso Deus tem uma medida extensa para suportar a iniquidade,
porque quando estabelecer o julgamento, terá todas as provas necessárias para aplicação da
sua justiça que é perfeitamente reta. A resposta divina ao clamor dos que tinha sido morta por
causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam foi que repousassem
ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos mártires. Então, Ele
julgará o sangue dos justos. . (Ap. 6:9-11)

Sétimo - Pedro responde que Deus tem o tempo determinado, porque Ele não cronometra o
tempo como nós, Ele é o Senhor do tempo. porque "(...)para o Senhor, um dia é como mil anos,
e mil anos como um dia."(v.8) Então não há demora. A nossa fé, deve formar uma nova
mentalidade, nos pondo em direção a uma nova categoria de tempo, a eternidade.

Que posição devemos tomar diante da realidade do reino já presente e do reino futuro, ou
o reino espiritual e o reino escatológico?

Para o reino presente devemos: Ser responsáveis pela expressão do reino na era
presente, isto é, não viver alienado do mundo, mas influenciá-lo com o nosso testemunho de
vida, com uma conduta digna e uma ética cristã, que possa ser a expressão do reino de Deus.
Com um compromisso sério com a missão integral da Igreja, lutando pela transformação social
como sal e luz do mundo, fazendo diferença em todos os segmentos da sociedade. Expressar o
caráter do reino em todas as suas dimensões, e isso não significam fazer algo para Deus, mas
o como fazemos. Porque servir a Deus está muito mais relacionado com o como fazemos do que
com o que fazemos. Não importa se temos formação teológica e missiológica se usamos
tecnologia de ponta no nosso ministério ou se somos um simples membro da igreja, se
trabalhamos de tempo integral ou se usamos a nossa profissão à serviço do reino, o que importa
é que tudo que façamos para Deus expresse as virtudes do seu reino. "Visto que, o reino de
Deus não é simples sinônimo de justiça e paz social, mas é uma nova ordem de todas as coisas,
de tudo que é bom, justo, puro e de tudo que compõe a realidade da vida presente e porvir em
todas as suas dimensões."

Para o reino futuro devemos: Ser responsáveis pela expansão do reino. Possuir um senso
de urgência sentindo a pressão da iminência do tempo do fim. Estar consciente de que a vinda
do reino escatológico em sua plenitude é precedida pela pregação do evangelho, por isso
devemos dispor a nossa vida e tudo que temos para cumprir a missão de expandir o reino entre
todas as nações. Comprometer-nos com a obediência missionária, como participante ativo na
evangelização mundial, seja na missão de interceder, na missão de prover o sustento financeiro,
na missão de enviar, na missão de ir e proclamar que a boda do Cordeiro já está preparada, e
que ainda há lugar, pois urge que a Casa do nosso Senhor se encha. Depender da sua presença
até a consumação dos séculos, assegurando-nos que a tarefa continua inacabada até que Ele
venha. Outro componente deve ter lugar em nossa perspectiva escatológica, a certeza, na
linguagem apostólica, a firme esperança de que estaremos diante do trono de Deus e do
17

Cordeiro, com aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, porque cumprimos a
nossa missão e poderemos proclamar juntos e em grande voz: "Digno é o Cordeiro, que foi morto
de receber o poder, e riqueza e sabedoria, e força, e honra e glória e louvor e domínio pelos
séculos dos séculos." (Ap.5:9,12)

8. ESCATOLOGIA - DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS.

Em relação à volta do Senhor Jesus, a única unanimidade que há entre os teólogos é que ela
acontecerá. Nos demais aspectos, são várias correntes defendidas. Cada um com sua teoria e
opinião. É praticamente impossível definir como será a volta do Senhor e os demais
acontecimentos dos últimos dias. São os mistérios do Senhor! A seguir, transcrevo as principais
correntes defendidas pelos teólogos.

Os assuntos são:

I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

II - O ARREBATAMENTO DA IGREJA

III - A TRIBULAÇÃO

IV - O MILÊNIO

V - OS JUÍZOS FUTUROS

VI - AS RESSURREIÇÕES

9. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

9.1 Posição Pós-milenista. Significado: A segunda vinda de Cristo se dará depois do milênio.

Ordem dos acontecimentos:

A parte final da Era da Igreja (i.e.. Os seus últimos mil anos) é o Milênio, que será uma época de
paz e abundância promovida pelos esforços da igreja. Depois disso, Cristo virá. Seguir-se-á
então uma ressurreição generalizada, e depois desta um juízo geral e a eternidade.

Método de interpretação

A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que tange a profecia. Apocalipse


20, todavia, será cumprido num reino terreno, estabelecido pelos esforços da igreja.

9.2 Posição Amilenista

Significado: A Segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da igreja e não existe um Milênio
na Terra. Estritamente falando, os amilenistas crêem que a presente condição dos justos no céu
é o Milênio, e que não há ou haverá um Milênio terrestre. Alguns amilenistas tratam a soberania
de Cristo sobre os corações dos crentes como se fosse o Milênio.

Ordem dos acontecimentos:


18

A Era da Igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará, haverá ressurreição e juízo
gerais e, depois, a eternidade.

Método de interpretação:

A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel como nação, dizendo que
são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20 descreve a cena
das almas nos céus durante o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.

9.3 Posição Pré-milenista. Significado: A segunda vinda de Cristo acontecerá antes do Milênio.

Ordem dos acontecimentos:

A Era da Igreja termina no tempo da Tribulação, Cristo volta à Terra, estabelece e dirige seu
reino por 1.000 anos, ocorrem a ressurreição e o juízo dos não-salvos, e depois vem a
eternidade.

Método de interpretação:

O pré-milenismo segue o método de interpretação normal, literal, histórico-gramatical.


Apocalipse 20 é entendido literalmente.

A questão do arrebatamento: Entre os pré-milenistas não há unanimidade quanto ao tempo


em que vai ocorrer o arrebatamento.

10. O ARREBATAMENTO

Ocasião do Arrebatamento: Pós-milenistas e amilenistas vêem o arrebatamento da igreja no final


desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Entre os pré-milenistas, há vários pontos
de vista.

10.1 Arrebatamento pré-tribulacional:

Significado: O arrebatamento da Igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os Seus santos)
ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação. Por isso, a Igreja não passará
pela Tribulação, segundo este ponto de vista.

Provas citadas: A promessa de ser guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10)

A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a


remoção dos crentes. (2Ts 2)

A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está isenta. (Ap
6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9)

O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional. (1Ts 5.6)

10.2 Arrebatamento mesotribulacional:

Significado: O arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da


tribulação.

Provas citadas: -A última trombeta de 1Co 15.52 é a sétima trombeta de Apocalipse 11.15, que
19

soa na metade da tribulação.-A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e
meio da septuagésima semana da profecia de Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da
Igreja só se aplica a esse período. (Ap 11.2; 12.6)

A ressurreição das duas testemunhas retrata o arrebatamento da Igreja, e sua ressurreição


ocorre na metade da tribulação. (Ap 11.3,11)

10.3 Arrebatamento pós-tribulacional:

Significado: O arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. O arrebatamento é distinto da


segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja
permanecerá na terra durante todo o período da tribulação.

Provas citadas: -O arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras.
-Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação, não
libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas
protegido de seus efeitos).

Há santos na terra durante a tribulação. (Mt 24.22)

10.4. Arrebatamento parcial:

Significado: Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes de a ira de Deus
ser derramada sobre a terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na terra durante a
tribulação.

Provas citadas: Versículos como Hebreus 9.28, que exigem vigilância e preparo.

A Descrição do Arrebatamento:

1- Os textos: 1Ts 4.13-18; 1Co 15.51-57; Jo 14.1-3

Os acontecimentos:

Descida de Cristo.

A Ressurreição dos mortos em Cristo.

Transformação de corpos mortais para imortais dos crentes vivos na ocasião.

-O encontro com Cristo nos ares para a subida ao céu.

11. A TRIBULAÇÃO

Sua Duração: É a 70ª semana de Daniel e, portanto, durará sete anos (Dn 9.27). A metade desse
período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3)
20

Sua Distinção: (Mt 24.21; Ap 6.15-17)C- Sua Descrição:

Julgamento sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem esse julgamento (selos, Ap 6;
trombeta, Ap 8-9; taças, Ap 16)-Perseguição contra Israel. (Mt 24.9,22; Ap 12.17)
-Salvação de multidões (ap 7). Ascensão e domínio do anticristo (2Ts 2; Ap 13).

Seu Desfecho: A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom
e com o retorno de Cristo à terra (Ap 19).

12. O MILÊNIO:

Definição:
O Milênio é o período de 1000 anos em que Cristo reinará sobre a terra, dando cumprimento às
alianças abraâmica e davídica, bem como à nova aliança.

Suas Designações: O Milênio é chamado de “reino dos céus” (Mt 6.10), “reino de Deus” (Lc
9.11), “reino de Cristo” (Ap 11.15), a “regeneração” (Mt 19.28), “tempos de refrigério” (At .19) e o
“mundo por vir” (Hb 2.5).

Seu Governo: -Seu cabeça será Cristo (Ap 19.16)

Seu caráter. Um reino espiritual que produzirá paz, equidade, justiça, prosperidade e glória (Is
11.2-5).
-Sua capital será Jerusalém (2.3).

Sua Relação com satanás:

Durante este período satanás estará acorrentado, sendo liberto ao seu final, para liderar uma
revolta final contra Cristo (Ap 20). Satanás será derrotado e lançado definitivamente no lago de
fogo.

13. OS JUÍZOS FUTUROS

O Julgamento das Obras dos Crentes:

Tempo: Depois do arrebatamento da Igreja.

Lugar: No céu.

Juiz: Cristo.

Participantes: Todos os membros do Corpo de Cristo.

Base: Obras posteriores à salvação.

Resultado: Galardões ou perda de galardões.

Textos: 1Co 3.11-15; 2Co 15.10

13.1 O Julgamento das Nações (ou gentios):

Tempo: Na segunda vinda de Cristo.


21

Lugar: Vale de Josafá.

Juiz: Cristo.

Participantes: Os gentios vivos na época da volta de Cristo.

Base: Tratamento dos “irmãos” de Cristo, i.e., Israel.

Resultado: Os salvos entram no reino; os perdidos são lançados no lago de fogo.


Textos: Mt 25.31-46; Jl 3.2

13.2 O Julgamento de Israel:

Tempo: Na segunda vinda de Cristo.

Lugar: Na terra, no “deserto dos povos” (Ez 20.35).

Juiz: Cristo.

Participantes: Judeus vivos ao tempo da segunda vinda de Cristo.

Base: Aceitação do Messias.

Resultado: Os salvos entrarão no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo.


Textos: Ez 20.33-38

13.3 O Julgamento dos Anjos Caídos:

Tempo: Provavelmente depois do milênio.

Lugar: Não especificado.

Juiz: Cristo e os crentes.

Participantes: Anjos caídos.

Base: Desobediência a Deus ao seguirem a satanás em sua revolta.

Resultado: Lançados no lago de fogo. Textos: Jd 6; 1Co 6.3

13.4 O Julgamento dos Mortos Não-Redimidos:

Tempo: Depois do Milênio.

Lugar: Perante o Grande Trono Branco.

Juiz: Cristo.

Participantes: Todos os não-salvos desde o principio da humanidade.

Base: O que faz serem julgados é a rejeição da salvação em Cristo, mas o fogo do juízo é a
demonstração de que pelas próprias más obras merecem a punição eterna.
22

Resultados: O lago de fogo.Textos: Ap 20.11-15

14. AS RESSURREIÇÕES

A Ressurreição dos Justos: (Lc 14.14; Jo 5.28,29)

Inclui os mortos em Cristo, que são ressuscitados no arrebatamento da igreja (1Ts 4.16).

Inclui os salvos durante os período da tribulação (Ap 20.4). Inclui os santos do A. T. (Dn 12.2 -
Alguns crêem que serão ressuscitados no arrebatamento; outros pensam que isso se dará na
segunda vinda). Todos estes são incluídos na primeira ressurreição.

A Ressurreição dos Ímpios:

Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do milênio para comparecerem perante o


Grande Trono Branco e serem julgados (Ap 20.11-15). Esta segunda ressurreição resulta na
segunda morte para todos os envolvidos.

15. ÚLTIMAS COISAS

O Arrebatamento, a Segunda Vinda e o Milênio

A escatologia é o aspecto da doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego
eschatos, “final”). Em 1 Jo 2.18, João descreve os momento em que escreveu como sendo a
“última hora”, evidenciando que ele, como em todas as gerações, vivia em expectativa imediata
da segunda vinda de Cristo e via o seu tempo como um no qual a presente evidência parecia
afirmar que a sua geração era mesmo a última. Não é uma atitude doentia: Cristo Jesus deseja
que as pessoas aguardem ansiosamente a sua volta ( Mt 25.1-3; 2Tm 4.8).

João não aponta apenas para o avançado da hora da história como ele a vê; ele também
se volta para o assunto do anticristo, um tema comumente discutido quando se estuda a
escatologia. O espírito do anticristo, o arrebatamento da igreja, a grande tribulação, a restauração
da nação de Israel e o reino milenar de Cristo na Terra estão todos ente os muitos assuntos que
a Bíblia descreve como “últimas coisas”. A Bíblia claramente diz que essas coisas devem
acontecer. Entretanto, o momento exato não está claro: em muitos casos não é dada a seqüência
ou maneira correta do cumprimento de tais acontecimentos.

Este site não segue qualquer ponto de vista conclusivo em relação a esses assuntos
popularmente discutidos. Pelo contrário, ele procura ajudar os companheiros cristãos a
compreender o ponto de vista dos outros e a fim de auxiliar no diálogo e repudiar o fanatismo.
Provavelmente não seja razoável para um cristão ser separado de outro na interpretação
de coisas ainda futuras, coisas das quais não se pode saber o resultado final até que realmente
ocorram. Tanto o arrebatamento da igreja (incluindo a segundo vinda de Cristo) quanto o milênio
(ou o período de mil anos do reino de Cristo) são peças centrais no futuro profético. Honestidade
em relação a esses dois acontecimentos, que são absolutamente certos nas Escrituras, mostra
que não são absolutamente precisos em se designar uma época especifica ou método ou ordem
definitiva de ocorrência.

Os quadros a seguir são apresentados num sincero esforço para exibir cada ponto de
vista com uma exposição simples porém substancial, em nome da compreensão e estudo
mútuos. Agradecemos especialmente a Robert Lightner e Marvin Rosenthal pela permissão em
utilizarmos os recursos de suas obras. Nos quadros, os comentários entre colchetes [ ] forma
feitos por J.W.H.
23

São apresentados oito possibilidades, todas com base bíblicas, sobre a ordem das coisas
dos últimos dias. Isto sugerem, que nenhuma dessas correntes é a correta, mas, que são teorias
apenas. Portanto, não se deve jamais discuti-las ou serem ensinadas como verdade absoluta.

Visão pré-milenista pré-tribulacionista


Visão pré-milenista pós-tribulacionista
Visão pré-milenista mid-tribulacionista
Visão pré-milenista pré-tribulacionista com arrebatamento parcial
Visão pré-milenista do arrebatamento pré– ira
Visão pós-milenista evangélica
Visão amilenista de Sto Agostinho
Visão amilenista (uma segunda versão)

DANIEL
1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões
da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas.

2 Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do
céu agitavam o Mar Grande.

3 E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar.

4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as
asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração
de homem.

5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de
um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te,
devora muita carne.

6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas
quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio.
7 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e
espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele,
e tinha dez chifres.

8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três
dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem,
e uma boca que falava grandes coisas.

9 Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o
seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono
era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente.

10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de
miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos.

11 Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive
olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser
queimado pelo fogo.
24

12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação
de vida por um prazo e mais um tempo.

13 Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um
como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele.

14 E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o
servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será
destruído.

15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça
me perturbavam.

16 Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo


isso. Ele me respondeu e me fez saber a interpretação coisas.

17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra.

18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para
todo o sempre.

19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de
todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava,
fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava;

20 e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante
do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas,
e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros.

21 Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra
eles,

22 até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e
chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.

23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de
todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.

24 Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se
levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.

25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar


os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de
um tempo.

26 Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer
até o fim.

27 O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo
dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe
obedecerão.
25

28 Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram
e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração.

16. CRONOLOGIA DO FIM

Com relação aos eventos futuros, todos nós desejamos obter as seguintes respostas: quando,
como, onde e porquê. Não é fácil colocarmos os acontecimentos em tal ordem que nos dê uma
idéia do que irá acontecer em primeiro, em segundo ou em terceiro lugar. Tentaremos fazê-lo.

16.1 Sinais precursores da vinda de Jesus Surgimento de falsos profetas; fome, guerras e
terremotos em maior

16.2 intensidade; maior perseguição aos servos fiéis; maior desobediência à Palavra; aumento
da desobediência na relação familiar; aumento da crueldade, do orgulho, da ganância, da traição
(Mt 10.21; 24.4-11; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-9; 4.3-4; 2 Pe 2.1-3; 2 Pe 3.3-5; Jo 15.19-20; At 14.22).

16.3 O Arrebatamento

A Igreja será arrebatada na primeira fase da vinda do Senhor; não sabemos quando será.
Teremos nossos corpos transformados. Estaremos livres da ira vindoura (Mt 24.42-44; 1 Ts 1.10;
4.16-17; Ap 3.10-11; Rm 8.23; 1 Co 15.50-55).

16.4 Tribunal de Cristo

O julgamento dos crentes segundo as suas obras. Não será julgamento para condenação. Uns
receberão muitos galardões; outros, reprovação, poucos galardões ou nenhum (Mt 5.11-12;
25.Jo 5.22; Rm 14.12; 1 Co 3.12-15;9.25-27; 2 Co 5.10; Gl 6.8-10; Cl 3.23-25; Hb 6.10; Ap 2.26-
28).

16.5 As Bodas do Cordeiro

Dar-se-á o encontro do noivo (Jesus) com a sua noiva (Igreja). Estaremos com Jesus para
sempre. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" (Ap 19.7-
9).

16.6 A Tribulação

Eventos anteriores à Tribulação: grandes sinais e maravilhas realizados por falsos profetas;
grande atividade satânica e considerável aumento da apostasia (abandono da fé).

16.7 Anticristo

Inteligente e carismático, surgirá como líder mundial logo no início da Tribulação. (2 Ts 2.3-9; 1
Jo 2.18; Ap 13.1-10) Surgimento do Falso Profeta (Ap 13.11-16). Início da abertura dos sete
selos de Apocalipse 6. Grande perseguição a todos os que permanecerem fiéis a Cristo (Dn
12.10; Ap 6.9-11; 20.4).

16.8 Grande Tribulação

O tempo total da Tribulação será de sete anos. Chama-se Grande Tribulação os últimos três
anos e meio desse período. Será um tempo de aflição sem medida. A feitiçaria e as atividades
demoníacas alcançarão grau máximo. Deus continuará derramando seus juízos sobre a terra
26

(Ap 9.1-21; 16.1-21). Tempo de grande sofrimento para os judeus (Dn 9.27; Is 13.9-11; Mt 24.15-
28; Jr 30.5-7).

16.9 A Vinda de Jesus (Segunda fase)

Jesus surgirá de forma visível e triunfará sobre o Anticristo e seus exércitos na Batalha do
Armagedom. Virá com os crentes, os anjos e os santos da tribulação. Satanás será preso por mil
anos (Zc 12.10; 14.3-7; Ap 20.2; 19.11-21).

16.10 O Julgamento das Nações

Esse julgamento objetiva selecionar os povos que participarão do Milênio (Jl 3.2,11,12,14; Mt
25.31-46).

16.11 O Milênio

Período de mil anos sob o reinado de Jesus (Ap 20.4; 2 Tm 2.17; Rm 8.17).

16.12 Última revolta de Satanás

“Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as
nações”... a fim de ajuntá-las para a batalha. Mas desceu fogo do céu, e os consumiu. E o diabo
foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite
serão atormentados para sempre (Ap 20.7-10).

16.13 Juízo Final

Os ímpios de todas as épocas ressuscitarão para serem julgados segundo suas obras (Ap 20.11-
15).

16.14 Novos Céus e nova Terra

"Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o
mar já não existe" (Ap 21.1).

17. SINAIS DA VINDA DE JESUS

Apesar de Jesus não ter revelado o dia exato do arrebatamento da Igreja, evento este que
conduzira a plenitude do Seu reino sobre a terra, Ele deixou algumas coordenadas através das
quais podemos concluir estar longe ou perto esse auspicioso dia.

Aos Seus discípulos que em particular lhe pediram: Declara-nos quando serão essas
coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo. Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-
vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a
muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis;
porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação
contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas
essas coisas são o princípio das dores. Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis
odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de se
27

escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. Igualmente hão de surgir
muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; e, por se multiplicar a iníquidade, o amor de muitos
esfriará.

18. ANÁLISE CUIDADOSA DESSES SINAIS

Os fenômenos previstos por Jesus como sinais da consumação do século não parecem
tão fenomenais assim. Afinal de contas, sempre tivemos nações se insurgindo contra nações,
guerras e rumores de guerras, terremotos, fome e pestes sempre os tivemos conosco. Assim
sendo, como considerar qualquer desses sinais como se o evento final e tremendo das idades
estivesse para começar? Uma análise de Mateus 24.8 à luz do grego poderá nos ajudar
compreender melhor o papel desses eventos como elementos prenunciadores da iminente volta
do Senhor. Na nossa Bíblia, versão de Almeida, parece sugerir apenas que esses eventos SÃO
O PRINCÍPIO DOS SOFRIMENTOS, enquanto que o original grego é dito que TODAS ESSAS
COISAS SÃO O PRINCÍPIO DAS DORES DE PARTO. Note, portanto que Jesus não disse
“sofrimentos”, mas “dores de parto”.

Quanto a isto, disse Hal Lindsey no seu livro, OS ANOS 80:

19. CONTAGEM REGRESSIVA PARA O JUÍZO FINAL:

Essa diferença de tradução me levou a pensar na experiência pela qual a mulher passa
durante o parto. visualizei o pai nervoso que aguarda o primeiro filho contando os intervalos entre
as contrações dolorosas da parturiente a fim de determinar a proximidade do nascimento. Não é
a dor inicial em si que dá o sinal. Somente quando elas Se tor- nam mais frequentes, continuas
e intensas é que a mulher sabe que o bebê está prestes a nascer.

Notemos, portanto que a simples presença no mundo dos sete tipos de eventos
vaticinados por Jesus não eram sinais a serem observados. Só quando esses eventos, essas
“dores de parto” se tornassem mais frequentes e intensas saberíamos que os ultimos dias do
sofrimento da Igreja e o nascimento duma nova era se aproximava. E sabemos que essa era se
aproxima de forma iminente, pela intensidade e frequência com que se materializam os seguintes
sinais preditos por Jesus:

• Proliferação de religiões falsas.

• Aparecimento de falsos messias.

• O renascimento e avanço generalizado do ocultismo.

• Sinais naturais e físicos, como seja: guerras, rumores de guerras, pestes, terremotos, etc., em
vários lugares.

Tudo nos mostra que Cristo não tarda voltar.

20. O ARREBATAMENTO DA IGREJA

A vinda de Jesus se dará em duas fases distintas. A primeira diz respeito ao


arrebatamento da Igreja. Isto concerne somente a Igreja fiel que O espera velando. A segunda
28

fase, diz respeito à manifestação física e pessoal de Jesus, acompanhado dos seus santos e
anjos. Isto concerne a Israel e demais nações do mundo, sobreviventes naquela ocasião.

O arrebatamento da Igreja é um mistério só plenamente compreendido quando ocorrer.


Ele será o evento inicial de uma serie, como já dissemos, abrangendo a Igreja, Israel e as nações
em geral. No céu ouvir-se-á o brado de Jesus, a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão. Nesse instante Jesus também trará consigo os fiéis que estavam
com Ele, os quais unir-se-ão a seus corpos, já ressuscitados e glorificados. A seguir, os fiéis
vivos na ocasião serão transformados, e glorificados, e todos juntos seguirão com Jesus para o
céu.

Somente os fiéis, mortos e vivos ouvirão os toques divinos de chamada, vindos do céu,
e serão arrebatados pelo poder de Deus ao encontro do Senhor nos ares.

Nessa fase da Sua vinda, a saber, no arrebatamento, Jesus não vem a terra, ao solo,
O mundo também não tomará conhecimento do fato como testemunha ocular do evento em si.
O mundo tomará conhecimento depois, quando notar a ausência, a falta e o desaparecimento
de milhões de salvos.

Em seguida ao arrebatamento da Igreja, os salvos serão levados ao Tribunal de Cristo,


onde serão julgados segundo as suas obras para efeito de ganho ou perda de galardão. Esse
julgamento se dará em cumprimento da Parábola dos Talentos (Mt 25.14-19). Do Tribunal de
Cristo a Igreja será conduzida festivamente as bodas do Cordeiro.

21. O ARREBATAMENTO DA IGREJA

A Segunda Vinda de Cristo é mencionada 318 vezes no Novo Testamento, mas um exame
descuidado de muitos trechos pode levar a conceitos conflitantes. Por exemplo, um trecho nos
diz que Cristo virá “nos ares” (1 Ts 4.17), enquanto outro diz que Ele vira a terra. Um trecho diz
que vira em secreto, “como ladrão”; outro diz que “todo olho o verá”. Um trecho ensina que sua
vinda será um tempo de regozijo, enquanto outro diz que os povos da terra se lamentarão.

21.1 As Duas Fases da Vinda de Jesus

A vinda de Jesus se dará em duas fases distintas. A primeira diz respeito ao arrebatamento da
Igreja. Isto concerne somente a Igreja fiel que O espera velando. A segunda fase, diz respeito à
manifestação física e pessoal de Jesus, acompanhado dos seus santos e anjos. Isto concerne a
Israel e demais nações do mundo, sobreviventes naquela ocasião. A população do mundo estará
muito reduzida no momento da aparição de Jesus para julgar as nações. Diz o Senhor Jeová, o
Deus Todo-poderoso

“Naquele dia procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém... Todos os que
restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém...

(Zc 12.9; 14.16). Esta passagem tem a ver com aquela ocasião, quando Israel estará também
dizimado. “Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-a a iniquidade de Israel, e
já não haverá; os pesados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei aos remanescentes
que eu deixei” (Jr 50.20).

21.2 O Arrebatamento, o Que Ocorrerá no Céu


29

O arrebatamento é um mistério só plenamente compreendido quando ocorrer (1 Co


15.51). Ele será o evento inicial de uma série, abrangendo a Igreja, Israel e as nações em geral.
No céu ouvir-se-á o brado de Jesus, a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão. Nesse instante Jesus também trará consigo os fiéis que estavam com Ele,
os quais unir-se-ão a seus corpos, já ressuscitados e glorificados. A seguir, os fiéis vivos na
ocasião serão transformados e glorificados, e todos juntos seguirão com Jesus para o céu (1 Ts
3.13; 4.13-17; 1 Co 15.51 ,52)

Somente os fiéis, mortos e vivos ouvirão os toques divinos de chamada, vindos do céu, e
serão arrebatados pelo poder de Deus ao encontro do Senhor nos ares. Mas esses atos
preliminares do arrebatamento da Igreja tem maior alcance do que pensamos. Referimo-nos aqui
ao brado de Jesus, à voz do arcanjo e a trombeta de Deus (1 Ts 4.16). O brado de Jesus pode
ter significado limitado á Igreja, mas a voz de arcanjo pode estar relacionada também a Israel. A
trombeta pode estar também relacionada às nações.

A trombeta de Mateus 24.31 relaciona-se com os judeus, para congrega-los muito depois
do rapto da Igreja e antes da revelação de Cristo para o julgamento das nações. Entre os judeus,
uma das finalidades da trombeta era a de congregar o povo.

A trombeta de Apocalipse nada tem a ver com a trombeta mencionada no arrebatamento


da Igreja.

Nessa fase da Sua vinda, a saber, no arrebatamento, Jesus não vem a terra, ao solo. O
mundo também não tomara conhecimento do fato como testemunha ocular do evento em si. O
mundo tomará conhecimento depois, quando notar a ausência, a falta e o desaparecimento de
milhões de salvos. O rapto da Igreja e um acontecimento secreto, reservado para os que são
dEle. O mundo não tem direito de testemunhar tal fato. Jesus após ressuscitar, ministrou aos
seus durante 40 dias, sem o mundo ter qualquer participação e ingerência (At 1.3). Também em
João 12.28,29 e Atos 22.9 fatos ocorreram da parte de Deus a que o mundo ficou alheio.

É esta bem-aventurada esperança que nos anima e fortalece até mesmo nas horas mais
escuras. Vale a pena lutar com todo o empenho até o fim, no poder do Espírito Santo, contra o
pecado, o mundo e o Diabo, para atendermos a chamada final, o toque de reunir do Senhor. Não
será outro que vira ao nosso encontro nas nuvens, mas o Senhor mesmo descerá! O mesmo
que nos salvou e nos guardou na peregrinação da vida. O mesmo que morreu e ressuscitou para
a nossa redenção e justificação. O mesmo que subiu ao céu para interceder por nós. O mesmo
Jesus, bondoso, paciente, poderoso, amoroso! (At 1.11; 1 Ts 4.16; Lc 24.15).

No arrebatamento, Jesus virá até às nuvens. Seus pés não tocarão o solo desta vez, como
ocorrera mais tarde, quando Ele se revelar publicamente, descendo sobre o Monte das Oliveiras
em Jerusalém. Portanto, nos ares ocorrerá o encontro de Jesus com Sua Igreja, para nunca mais
haver separação.

21.3 O Que Ocorrera na Terra

Por ocasião do arrebatamento da Igreja, na terra dar-se-á a ressurreição dos mortos


justos, bem como a transformação dos vivos (justos) segundo o que está escrito em 1
Tessalonicenses 4.16,17. Este duplo milagre é chamado na Bíblia “redenção do corpo” (Rm
8.23). Quanto a ressurreição dos justos, o que temos no arrebatamento da Igreja e a continuação
da primeira ressurreição, iniciada por Jesus — “Cristo, as primícias (1 Co 15.23) , e concluída
em Apocalipse 20.4. Em 1 Coríntios, o termo “ordem” com relação à ressurreição física dos justos
30

falecidos, o original grego indica fileira, grupo, turma, como em formaturas de militares ou de
colegiais.

21.4 A Ressurreição dos Mortos

A ressurreição dos santos e dos ímpios é claramente ensinada nas Escrituras. Ela e prova
de que os que agora morrem não deixam de existir. Se os que morrem agora deixassem de
existir, para que eles reaparecessem para serem julgados (como João já os viu, em Apocalipse
20.11-15) , teriam que ser recriados e não ressuscitados. Ressurreição só pode ser de quem já
existe. Se o caso fosse recriação e não ressurreição, essa neutralizaria toda a base da
recompensa, porque aqueles que saíssem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles
que praticaram as obras deste mundo, em sua vida anterior.

Há na Bíblia, duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos, havendo um intervalo de


mil anos entre ambas (Jo 5.28,29; Ap 20.5; Dn 12.2) . A expressão bíblica “ressurreição dentre
os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica uma ressurreição em que somente
os justos participarão, continuando sepultados os ímpios. Sempre que a Bíblia trata da
ressurreição de Jesus ou dos salvos, emprega esta expressão. Ela nunca é usada em se tratando
de não-salvos.

A primeira ressurreição abrange pelo menos três grupos distintos de ressuscitados (1 Co


15.23), identificados da seguinte maneira:

a. As primícias da primeira ressurreição. Este grupo é formado por Cristo e os santos que
ressuscitaram por ocasião da Sua morte na cruz (1 Co 15.20,23; Mt 27.53; Cl 1.18). A Festa das
Primícias (Lv 23.10-12) tipificava isto, quando um molho (que e um coletivo) era movido perante
o Senhor. Molho implica em grupo. Esta festa típica previa Jesus ressuscitar com um grupo, o
que de fato aconteceu. Desse modo a ressurreição dos fiéis começou, pois Cristo — as primícias
da ressurreição — já ressuscitou (At 26.23).

b. A colheita geral da ressurreição. Este grupo e formado pelos santos que vão ressuscitar no
momento do arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16) . São todos os mortos salvos desde o tempo
de Adão (Dt 16.9,10).

c. Os rabiscos da colheita (Lv 23.22). Este ultimo grupo e formado por gentios salvos e
martirizados durante a Grande Tribulação, os quais ressuscitarão logo antes do Milênio (Ap 6.9-
11; 7.9-14; 15.2; 20.4). Levítico 23 é a história da Igreja escrita de antemão. Temos aí entre
outras coisas a ressurreição prefigurada.

A ressurreição dos justos falecidos e o corruptível se revestindo de incorruptibilidade. É o


mortal se revestindo da imortalidade. São as limitações humanas sendo anuladas pela
comunicação da vida eterna emanente da pessoa de Cristo, que é a própria vida!

O arrebatamento da Igreja marca o início do chamado “dia de Cristo” (1 Co 1.8; Fp 1.6; 2


Co 1.14; 2 Tm 4.8). Esse “dia” é relacionado com a Igreja, e vai do arrebatamento da Igreja à
revelação de Cristo em gloria.

A Igreja fiel será arrebatada ao encontro do Senhor, antes da Grande Tribulação, que é
também denominada na Bíblia, de “ira futura” (Mt 3.7; 1 Ts 1.10; 5.9; AP 6.16,17).

Segundo as Escrituras, Jesus virá para:


31

a. Levar Sua Igreja para Si, Jo 14.3.

b. Consumar a salvação dos Seus, Rrn 13.11.

c. Glorificar os Seus, Rm 5.27; 8.17.

d. Reconhecer publicamente os Seus, 1 Co 4.5.

e. Prender Satanás, Ap 20.1,2.

f. Recompensar a todos, Mt 16.27.

g. Ser glorificado nos Seus, 2 Ts 1.10.

h. Ser admirado pelos Seus, 2 Ts 1.10.

i. Revelar mistérios que ora, tanto nos intrigam, 1 Co 4.5.

22. O TRIBUNAL DE CRISTO

O crente foi julgado como pecador, em Cristo. Isto teve lugar no passado, no drama do Calvário.
O crente foi julgado como filho durante sua vida. Agora o crente será julgado como servo, isto é,
quanto ao seu serviço prestado a Deus. Este julgamento terá lugar nos céus, no lugar chamado
‘tribunal de Cristo”, (2 Co 5.10; 1 Jo 4.17; Em 14.12; Lo 14.14; 1 Co 3.13-15; 2 Tm 4.8; 1 Co 4.5;
1 Pe 5.4; Ap 22.12)

Como Será Esse Julgamento: O julgamento da Igreja no “tribunal de Cristo” terá lugar entre o
seu arrebatamento e a revelação de Jesus em glória, com os seus santos. Ele é o cumprimento
da Parábola dos Talentos (Mt 25.14-19), e está baseado em três aspectos da vida do cristão.

1. Será um julgamento do trabalho do cristão, feito para Deus (1 Co 3.8,14,15; 2 Co 9.6). Não se
trata de julgamento dos pecados do crente. Não. Nossos pecados já foram julgados em Cristo,
pela misericórdia e graça de Deus (2 Co 5.21; Gl 3.13; 5.24; Rm 8.13). Também não e julgamento
quanto o nosso destino eterno. Não. Nossa salvação não depende daquilo que fazemos para
Deus, mas daquilo que Deus fez por nos através da obra redentora que Jesus consumou uma
vez para sempre (Hb 7.27) O julgamento das nossas obras perante o tribunal de Cristo mostrara
como administramos aqui nossos bens, dons, dádivas, nossa vida, energias, dotes, talentos,
enfim, tudo o que de Deus recebemos. Como remidos por seu sangue, fomos por Ele comprados,
e desde então não somos mais nossos. Não temos mais direito de fazermos o que quisermos
com a nossa vida e tudo o que temos. Não somos mais donos de nada e sim administradores de
Deus - “bons” ou “maus”. Esse dia de prestação de contas esta chegando, e nos convém estar
preparados para enfrenta-lo. Conforme Jesus deixou claro em Mateus 20.1-16, será um
julgamento mais da qualidade do trabalho feito, do que da quantidade. Ali encontraremos
pessoas que trabalharam o dia todo e receberam o mesmo salário de quem trabalhou apenas
uma hora.

2. Será um julgamento da conduta do cristão. Cada crente será julgado neste particular. Trata-
se do procedimento de cada crente por meio do corpo. Bom ou mau procedimento. “Porque
32

importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba
segundo o bem ou mal que tiver feito, por meio do corpo” (2 Co 5.10). Portanto, temperança em
tudo é coisa de grande valor e importância na vida de qualquer cristão.

3. Será um julgamento do tratamento dispensado aos irmão na fé (Rm 14.10; T g 5.4; M.t 18.23-
35). o resultado desse julgamento será recompensa ou perda de recompensa, de acordo com
aquilo que se faz e a qualidade daquilo que se fez. Se somos verdadeiros no intimo, não há nada
que temer nesse julgamento, pois reto é o Juiz (Sl 51 .6) . Não haverá injustiças. Jesus, sendo
divino e onisciente e justo, e sendo homem conhece perfeitamente a natureza humana.

Todo crente receberá pelo menos um louvor da parte de Deus (1 Co 4.5) . Haver galardão
para aqueles que suportam a provação (Tg 1.12). Também haverá recompensa para aqueles
que sofreram com paciência por causa do Senhor (Mt 5.11,12). Todo ato de bondade
despretensiosa, movido por amor, terá galardão (Gl 6.9,10). Até um copo de água fria, dado
desta maneira, não ficará sem galardão (Mt 10.42). A oportunidade bem aproveitada para fazer
o bem e uma fonte de galardão. Por outro lado, a preguiça resultará na perda de galardão (Mt
24.45,46; Lc 19.26). Aqueles que servem no ministério tem uma grande oportunidade de obterem
galardões, isto é, se forem fiéis, zelosos, imparciais, justos, e abnegados no trabalho que lhes
for confiado. Desse tipo de obreiro, muito se exigirá (1 Pe 5.3,4; Tg 3.1).

23. DO TRIBUNAL DE CRISTO ÀS BODAS DO CORDEIRO

Logo após o arrebatamento da Igreja virá o tempo descrito na Bíblia como sendo a Grande
Tribulação. Esse será um tempo de horror para o mundo gentílico e de aperturas para a nação
de Israel. Nesse tempo, como já foi dito no Texto anterior, os crentes arrebatados comparecerão
diante do tribunal de Cristo, para serem julgados e receberem galardão. Já dissemos que esse
julgamento não terá a finalidade de revelar quem é salvo ou quem não é. Por ele só passarão os
salvos. Note que ele terá lugar no céu, onde só entrarão os salvos lavados pelo sangue do
Cordeiro. A função desse tribunal está descrita em Mateus 20.8: “Ao cair da tarde, disse o Senhor
da vinha ao seu administrador: chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos
ultimos, indo até aos primeiros”.

23.1 Os Nossos Motivos Serão Julgados

Diante do tribunal de Cristo manifestar-se-ão não só as obras dos crentes, mas também
a fonte de suas motivações. Se esses motivos foram injustos, egoístas, ilícitos, inarmônicos
quanto ao plano de Deus, os trabalhos realizados decorrentes deles serão nulos para efeito de
galardão. Veja o que o apóstolo Paulo escreve em 1 Corintios 3.11-15:

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas•,
madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o dia a demonstrará, porque
está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo a provará. Se
permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou essa receberá galardão; se a
obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas será salvo, todavia, como que através do
fogo.

Se Cristo é o fundamento, o motivo, das boas obras do cristão, então ele receberá
galardão naquele dia; do contrário o crente apenas se salvará como alguém que escapou dum
incêndio apenas com a roupa do corpo.

23.2 As Bodas do Cordeiro


33

Findo o julgamento do tribunal de Cristo, a Igreja fiel será chamada a ter acesso à festa
das Bodas do Cordeiro. Quanto a isto, diz as Escrituras: “Para que comais e bebais a minha
mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para, julgar as doze tribos de Israel” (Lc.22.30).
“Alegremo-nos, exultemos, e demos-lhe a gloria porque são chegadas as bodas do Cordeiro,
cuja esposa a si mesma já se ataviou” (Ap 19:7).

Nas bodas do Cordeiro, Cristo e a Igreja se tornarão o centro de atenções de todos os


seres celestiais. Cumprir-se-á. finalmente parte da oração sacerdotal de Jesus, proferida no
capitulo 17 de João, que diz: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo
os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da
fundação do mundo” (v.24). Ali a Igreja será vista no seu aspecto universal. Ali estarão juntos
todos os santos do Antigo e do Novo Testamentos, desde Abel. Todos os crentes do Oriente e
do Ocidente tomarão assento á sua mesa (Mt 8.18).

Os salvos chegados de todas as partes da terra e de todos os tempos, saudar-se-ão


festiva e alegremente. Findou a batalha na terra! Chegou o dia triunfal em que os salvos serão
elevados e os ímpios castigados. Os salvos estarão livres de todas as lutas, angústias, pecado
e mal. Uma só mirada na augusta e divina face de Jesus compensará todas as lutas e tristezas
sofridas neste lado da vida.

24. EVIDENCIAS APOCALIPTICAS

O anúncio dos Tsunamis

Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2005 10:51 ROBSON BRITO

O tsunami que assolou a costa do Oceano Índico, envolvendo diretamente oito paises do
continente asiático chocou o mundo. Segundo a BBC, até o meio dia do dia quatro de janeiro, já havia
cerca de 150 mil mortes confirmadas como resultado do maremoto, ocorrido há duas semanas.

Essa tragédia tem levado muitos a pensar e falar sobre o fim do mundo. O nome técnico na
Teologia para a matéria que envolve esse assunto é a Escatologia - o estudo dos últimos eventos da
história -, cujas possibilidades de interpretação tornam-na o tema mais polêmico para os estudiosos da
Bíblia.

cristãos, que estudam minuciosamente a escatologia bíblica não aguardam propriamente o fim do
mundo. Eles esperam um evento a que Jesus chamou de Sua segunda vinda. Ela é mencionada mais de
trezentas vezes no Novo Testamento. Isso significa que em média ela é referida uma vez a cada vinte e
cinco versículos. O último livro da Bíblia, o Apocalipse, escrito por um dos amigos mais chegado de Jesus
de Nazaré, o apóstolo João declara que, depois de Sua segunda vinda, Jesus ressurreto instaurará um
reino na terra de mil anos.

Entre as maiores diferenças de interpretação que separam os teólogos, encontramos a


divergência no que se refere à relação entre o tempo em que irá ocorrer a volta de Jesus e esse milênio.
Existem três posicionamentos diferentes a esse respeito.
Há o Amilenismo, que prega que o número mil é simbólico e se explica como um tempo de “completude
absoluta” que fica entre a primeira vinda e a segunda vinda de Cristo. Ele governa simbolicamente no
coração dos homens. É o momento da perfeição de Deus nos homens e na Terra.

Existe também o Pós-Milenismo que entende que o milênio é de um tempo indeterminado e não
localizado geograficamente neste mundo, de modo que onde há indivíduos que recebem a Cristo e
reconhecem Sua soberania sobre suas vidas, aí está o reino de Deus.
34

Outra forma de interpretar a escatologia bíblica é o Pré-Milenismo. Os defensores dessa escola


crêem na segunda vinda de Cristo, antecedendo o milênio, em duas fases distintas: primeira - invisível ao
mundo, para raptar a sua Igreja fiel da terra, antes de um período denominado como a grande tribulação,
tempo em que politicamente o globo será governado por um governo único e totalitário; na segunda fase
- visível e corporal, com sua igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos. Mais de 400
milhões de crentes no mundo inteiro crêem assim.

Antes de morrer, ressuscitar e ser exaltado novamente ao céu, Jesus avisou seus discípulos que
Ele voltaria pela segunda vez à Terra. Quando lhe perguntaram se eles poderiam esperar alguma pista
de quando isso ocorreria, Cristo lhes apresentou cerca de quinze sinais. Tais sinais iriam convergir com
grande intensidade em um determinado momento da história da humanidade. O médico e discípulo de
Jesus, Lucas, dentre outros, escreveu: “haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia
entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas” (Lc 21.25).
Logo, independentemente de como interpretam a escatologia, os cristãos de modo geral entendem que,
antes de anunciar o fim do mundo, os Tsunamis são anúncios de um evento futuro maravilhoso. Por isso,
o povo de Deus está “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande
Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2:13). É preciso estar preparado para isso. (*) Robson Brito é
pastor da Assembléia de Deus em Sarandi e professor em Maringá).

25. QUANDO VAI COMEÇAR A GRANDE TRIBULAÇÃO?

A Grande Tribulação. Um período de sofrimento e horror. Muitos pregadores hoje dizem


que os fiéis serão arrebatados e as outras pessoas terão que passar por terrível sofrimento
durante um período de sete anos conhecido como "A Grande Tribulação".

Você já encontrou tudo isso na Bíblia? As palavras "arrebatados" e "grande tribulação" se


encontram lá, mas não da maneira que muitas pessoas pregam hoje. Vamos considerar o
ensinamento bíblico sobre a grande tribulação.

A palavra "tribulação" aparece 43 vezes na Bíblia (ARA2) e tem o sentido de sofrimento,


opressão e perseguição. É usada em muitos contextos diferentes para descrever diversos tipos
de agonia. A frase "grande tribulação" se encontra apenas quatro vezes nas Escrituras (ARA2).
Ao invés de elaborar uma doutrina bem definida de um período que segue o "arrebatamento" e
traz angustia sobre os que ficam na terra, a Bíblia usa a expressão "grande tribulação" para
descrever coisas diferentes. Considere as passagens:

Mateus 24:21 fala sobre o sofrimento que aconteceu na destruição de Jerusalém em 70


d.C. A profecia foi cumprida naquela geração (Mateus 24:34).

Atos 7:11 usa essas palavras quando cita a grande fome da época de Jacó. Os detalhes
históricos se encontram em Gênesis, capítulos 41 a 46.

A grande tribulação de Apocalipse 2:2 é o castigo que Deus prometeu aos cristãos em
Tiatira que toleravam a imoralidade de Jezabel.

Apocalipse 7:14 faz parte de uma visão consoladora que foi revelada a João para
confortar os cristãos perseguidos. A mensagem dessa visão, e do livro no qual ela se encontra,
foi escrita para assegurar os perseguidos no primeiro século que receberiam a recompensa
depois do sofrimento.

Sofrimento e perseguição podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, mas


nenhuma destas passagens fala de um período futuro de grande tribulação. A doutrina popular
que haverá sete anos de Grande Tribulação vem da imaginação de homens hábeis em tirar
35

versículos do seu contexto para defender suas idéias. A Bíblia não ensina tal doutrina.

Ao invés de nos preocupar com predições do arrebatamento e da Grande Tribulação, devemos


nos preparar para a volta de Jesus, que virá como ladrão (2 Pedro 3:10). (por Dennis Allan)

26. QUEM SÃO OS 144.000 DO LIVRO DE APOCALIPSE?

Os 144.000 servos que Deus selou em Apocalipse 7:1-8 e que são mencionados
novamente em 14:1-5 têm sido assunto de muita controvérsia e especulação. Alguns têm usado
descuidadosamente estes textos para "provar" um número exato de pessoas que estarão no céu.
Uma leitura cuidadosa do contexto e do livro inteiro de Apocalipse mostra que isto não é um
número literal daqueles que irão para o céu.

O livro de Apocalipse usa linguagem simbólica para descrever a grande vitória do povo de
Deus sobre os inimigos que o perseguiram. Neste livro, candelabros representam igrejas (1:20),
estrelas algumas vezes simbolizam anjos (1:20), Jesus é pintado como um leão e um cordeiro
(5:5-6), Satanás é um dragão e uma serpente (12:3,9), uma cidade perversa é descrita como
uma prostituta (17:1-6), reis são representados como cabeças de horríveis bestas ou chifres
(17:9,12). Há muitos outros exemplos; estes, porém, são suficientes para mostrar a linguagem
altamente simbólica do livro.

Os números são especialmente significativos no livro de Apocalipse. Sete é repetidamente


usado para representar a inteireza. Quatro representa o mundo (7:1). Várias formas de três anos
e meio (42 meses; 1260 dias; um tempo, tempos e a metade de um tempo) simbolizam um breve
período de sofrimento e perseguição. Os números têm um significado simbólico no livro de
Apocalipse.

Pensemos agora no número 144.000. Doze é usado para representar o povo de Deus (12
tribos no Velho Testamento e 12 apóstolos no Novo). Dez é um número completo. Quando Deus
quer descrever simbolicamente a totalidade de seu povo, ele usa 12 x 12 x 10 x 10 x 10. Outros
termos simbólicos dão significado extra a este número. Eles são israelitas, 12.000 de cada tribo,
homens virgens puros. Estes textos não devem ser interpretados como uma designação literal
daqueles que irão para o céu. Mulheres, não só homens, estarão no céu. Pessoas que são
casadas na terra, não exatamente virgens, estarão lá. Gentios, junto com judeus, estarão no céu.
As descrições são simbólicas, tal como é o número. Podemos com certeza esperar ver muito
mais do que 144.000 pessoas redimidas no céu.

Não fique confuso por falsas doutrinas de homens que oferecem a terra quando você pode
ter o céu! Ainda há lugar para mais. Sirva o Senhor para que você possa estar entre as multidões
que o adoram eternamente na glória do céu. (por Dennis Allan).

27. AS 70 SEMANAS DE DANIEL

Jr 25:11; 29:10; II Cr 36:18-21 Este foi o início do chamado "Tempo dos Gentios".
NABUCODONOSOR - (UM GENTIO) teve a visão da ESTÁTUA (Dn.2) que profetizava o futuro
das NAÇÕES (embora tivesse sido Daniel, um judeu, o intérprete do sonho). DANIEL - recebeu
também a revelação do que aconteceria ao SEU povo (Israel).

27.1 A estátua

Cabeça de Ouro: - Império Babilônico


36

Peito e braços de Prata: - Império Medo-Persa

Ventre e quadris de Bronze: - Império Grego

Pernas de Ferro: Império Romano (primeira forma)

Pés: (parte ferro, parte barro) Império Romano (Última forma do reino do Anti-cristo)

Pedra cortada sem auxílio de mãos: Reino do Senhor Jesus Cristo.

Os quatro animais do cap.7 são os reis destes quatro impérios (reinos): Dn.7:2,3, 17 -25.

27.2 As Setenta Semanas - Dn. 9:24-27

A palavra hebraica traduzida em nossas Bíblias por "semanas", significa simplesmente "SETES".
Os judeus tinham tanto "setes de dias" como "setes de anos":

Um exemplo do uso da palavra "semana" para indicar sete anos está em Lv 25:8.

Outra evidência de que se trata de "semanas de ANOS" é que, não seria possível acontecer tudo
em 490 dias, no caso de ser "70 semanas de DIAS".

Portanto, devemos ler Dn.9:27 assim:

"Setenta SETES estão determinados sobre o TEU povo..."

A maior segurança para esta afirmação, é que a maior parte desta profecia já foi cumprida
literalmente, e dentro do tempo previsto.

As 70 semanas de anos somam 490 anos.

Este é o tempo TOTAL do programa de Deus para Israel até o final.

A profecia mostra 6 objetivos que serão atingidos quando as 70 semanas forem


cumpridas:

1 - Extinguir a transgressão

2 - Dar fim aos pecados

3 - Expiar a iniqüidade

4 - Trazer a justiça eterna

5 - Selar a visão e a profecia

6 - Ungir o Santo dos Santos (O Senhor Jesus Cristo).


37

Tudo isso acontecerá somente quando o Reino de Cristo for estabelecido na Terra. Dn.7:13,14

27.3 490 anos lunares (490 X 360 = 176.400 dias) - tempo total da profecia

- Início : Ordem do Rei Artaxerxes para restaurar Jerusalém em nisã (março) de 445
A.C.Ne.2:1-8
- Término : Segunda vinda de Jesus.

Os 490 anos dividem-se em 3 partes: 49 anos + 434 anos + 7 anos.


As duas primeiras partes (49 + 434), terminaram ANTES que o Messias seja cortado, e elas
somam 173.880 dias.

Contando 173.880 dias à partir de março de 445 AC, nos leva ao mês de abril de 32 DC - A única
vez que Jesus se apresentou oficialmente como Rei em Jerusalém. Lc 19:28-42. Neste exato
dia, terminam as 69 semanas, isto é, 483 anos da profecia.

27.4 Faltam 7 anos (uma semana) para que a profecia se complete.

Foi DEPOIS de Sua entrada em Jerusalém, apresentando-se como Rei, que Jesus Cristo foi
morto. Note que no texto da profecia, o tempo exato do intervalo que haveria entre a 69a. e a
70a. semana, não é mencionado, mas apenas os dois fatos importantes que ocorriam neste
intervalo: v.26

1. O Messias seria morto.

2. A cidade e o Santuário seriam destruídos.

O V.26 menciona outro príncipe, agora com letras minúsculas, e sem unção: "...e o POVO de um
príncipe que há de vir destruirá a cidade".

Notem, é o POVO que destruirá a cidade, e não o príncipe. O povo que destruiu Jerusalém depois
que o Messias foi morto foi o Romano, no ano 70 DC, sob o comando de Tito (o 4. império
mundial revelado na estátua).

27.8 É no verso 27 que a 70a. semana aparece.

Ela se inicia com uma ALIANÇA de 7 anos ( são os 7 anos restantes que completam os 490
anos).
Quem fará esta aliança? O "príncipe que há de vir", isto é, um governante que sairá do povo que
destruiu Jerusalém no ano 70 (Império Romano), no qual Israel crerá a ponto de firmar um pacto
(Jo 5:43). Naturalmente esta aliança será com Israel, pois Deus está revelando a Daniel o que
acontecerá ao seu povo e à Jerusalém.Quando esta aliança for firmada, terão começado os
últimos 7 anos da profecia para Israel, os últimos 7 anos que precedem a volta de Cristo à Terra
para estabelecer o Seu Reino.

27.8 Estes 7anos são chamados de tribulação.

Deus revela a Daniel que, três anos e meio depois de firmado o pacto (na metade da semana),
o "príncipe" quebrará a aliança, ao alterar o ritual no Templo (que estará reconstruído em
Jerusalém), trazendo "abominações", tornando-se "assolador": veja II Ts 2:3,4,9. Mas Deus
também revela que ele será destruído. II Ts 2:8
38

O ressurgimento do Império Romano, através da unificação européia, hoje já é uma realidade; e


a descrição dos pés da estátua de Daniel 2: "Os pés em parte de ferro, em parte de barro" -
significam a união de países que são independentes, mas que terão um homem forte os
regendo. Daniel recebeu estas profecias 550 anos AC, com tamanha precisão que determinava
até o dia em que o Messias se apresentaria como "Príncipe de Israel"!

28. O ARREBATAMENTO

Israel está aguardando o Reino.

E a Igreja? Ela está esperando que seu Noivo, o Senhor Jesus Cristo, venha buscá-la, para levá-
la ao lugar que Ele preparou para estar para sempre com Ele.(Jo.14:1-3). A este ato do Senhor
retirar Sua Igreja da Terra é que se dá o nome de ARREBATAMENTO
Aí termina o programa da Igreja na Terra. As passagens que descrevem diretamente este evento
são: I Co.15:51-55; I Ts.4:13-18. E se darão na seguinte ordem:

1- Os que morreram em Cristo ressuscitarão já com os corpos transformados.


2- Os que estiverem vivos terão seus corpos transformados.
3- Os dois grupos (ressuscitados e transformados) subirão JUNTOS .

Notem que o Senhor não virá até a Terra como será na segunda vinda (sete anos depois do
arrebatamento), Mt.24:27,30; Zc.14:3,4.

O encontro de Jesus com a Igreja será nos ares. O arrebatamento será ANTES da tribulação,
este é o princípio que Deus está mostrando desde o início : Is.57:1 (o princípio); Gn.18:22-32 (a
aplicação do princípio), e o mesmo aconteceu com Noé e outros. O período da Tribulação é de
juízo, é o derramamento da IRA de Deus: Ap.6:16,17; 14:6-10. Para a Igreja está prometido que
ela NÃO ENTRARÁ EM JUÍZO: Jo.5:24; e que estará fora da Ira de Deus: I Ts.5:8,9; Rm.5:9; I
Ts.1:10; Ap.3:10.

28.1 A Tribulação foi bem profetizada no V.T. e ali é chamada de:

"DIA DO SENHOR " - Is.2:12-19; 13:6-11; Joel 1:15; 2:1; Sf.1:7; Zc.14:1.

“GRANDE DIA DO SENHOR”; - Joel 2:11,31; Sf.1:14-18; Mal.4:5; Rom.2:5.

“ANGÚSTIA DE JACÓ” - Jr.30:7; Dn.12:1 (tempo de angústia).

“SUA IRA E SEU FUROR” - Sl.2:5.

28.2 O que a Igreja espera

Só foi profetizado no N.T. é bem diferente, e é chamado:

"DIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO" - I Co.1:8.

"DIA DO SENHOR JESUS" - I Co.5:5.

"DIA DE JESUS CRISTO" - Fp.1:16.

"DIA DE CRISTO" - Fp.1:10; 2:16.


39

O "DIA DE CRISTO" é o arrebatamento, é dia de ALEGRIA E TRIUNFO, é o cumprimento da


promessa feita em Jo.14:1-3. é um dia completamente diferente do "DIA DO SENHOR".

28.3 A volta de Cristo vem cumprir 2 objetivos:

1. Para a Igreja : tirá-la da Terra para o encontro do Senhor nos ares

2. Para Israel : estabelecer o Reino dos Céus sobre a Terra (Rm.15:8).

A Igreja espera "A ESTRELA DA MANHÃ": Ap.2:28; 22:16. Israel espera o "SOL DA JUSTIÇA":
Ml.4:1-3. Trata-se, nos dois casos, da volta do Senhor Jesus, mas a Estrela da Manhã aparece
antes do Sol.

29. QUEM TOMARÁ PARTE NO ARREBATAMENTO?

Somente os que fazem parte da IGREJA VERDADEIRA, isto é, todos os que realmente
aceitaram CRISTO como seu ÚNICO Salvador e Senhor, a partir do dia de Pentecostes, até a
hora do arrebatamento.

OS SANTOS DO V.T. NÃO TOMARÃO PARTE NESTE ACONTECIMENTO. Cristo virá buscar
a Sua Noiva somente. Israel é chamado "amigo do Noivo": Jo 3:29; Lc 5:38.

A Igreja aguarda os seguintes acontecimentos:

1. Seus últimos dias na Terra.

2. O arrebatamento.

3. O Tribunal (Bema) de Cristo.

4. As Bodas do Cordeiro.

5. A volta com Cristo (2a. vinda). Ap.19:11-16

6. O Reino com Cristo

30. OS 7 JULGAMENTOS PREVISTOS NA BÍBLIA

1. O da Cruz - Jo.5:24; Rm.5:9; 8:1; II Co.5:21; Gl.3:13; Hb.9:26-28; 10:10,14-17.

2. O auto-julgamento do crente - I Jo.1:9; I Co.11:31; Sl.32; Sl.51. Se não fizermos este


auto-julgamento, reconhecendo o pecado, o Senhor nos julga para DISCIPLINAR: I
Co.11:31, 32 ; Hb.12:5-11.

3. O Tribunal (Bema) de Cristo - Rm.14:10; II Co.5:10; ICo.3:11-15; 4:5. é a avaliação


das obras dos crentes e a distribuição de galardões.

4. O julgamento de Israel - Ez.20:37,38; Zc.13:8,9.

5. O julgamento das nações - Mt.25:31-46; Is.34:1,2.


40

6. O julgamento dos anjos caídos - Jd.6

7. O julgamento do Grande Trono Branco - Ap.20:11-15.

é muito comum confundir-se o 5º com o 7º julgamento.

31. O TRIBUNAL (BEMA) DE CRISTO

Após o arrebatamento, realizar-se-á o chamado TRIBUNAL DE CRISTO.(Rm.14:10; II Co.5:10).


É somente para pessoas SALVAS, portanto, não se trata de SALVAÇÃO ou PERDIÇÃO, mas
da AVALIAÇÃO DAS OBRAS que fizemos DEPOIS de salvos.
Há duas palavras gregas traduzidas por "tribunal" em nossas Bíblias:

KRITERION = "O meio para julgar qualquer coisa", "tribunal de um juiz", "regra pela qual se
julga", ex. Tg.2:6; I Co.6:2,4. A outra palavra é:

BEMA = "Plataforma", "Palanque". Rm.14:10; II Co.5:10. Nos jogos gregos, era a plataforma de
onde o "Presidente da Arena" recompensava os vencedores. Nunca esta palavra foi usada para
designar um assento judicial. Paulo usa a figura de atleta em I Co.9:24,25. Note a palavra

COROA. As obras que o salvo deve realizar são as de Ef.2:10, porque Só DEUS é AUTOR DE
BOAS OBRAS.

I Co.3:10-15, descreve o Bema de Cristo (é o exame do enxoval da noiva).

A principal pergunta é: QUAL FOI A MOTIVAÇÃO? Satisfazer a CARNE? ou foi para HONRA E
GLÓRIA DO SENHOR? Para receber o louvor dos homens? Ou a aprovação de Deus? Para a
glória da carne ou para a GLÓRIA de Deus?

As obras podem ser: Madeira, Feno, Palha ou Ouro, Prata, Pedras Preciosas .
Ouro, prata, pedras preciosas são as obras que eu permito que Deus faça através de mim, por
isso são indestrutíveis.

Madeira, feno, palha são obras feitas pelo nosso esforço próprio e para promover a nossa
pessoa, por isso são destrutíveis.

Lc.19:11, provavelmente, descreve a distribuição dos GALARDÕES.

O N.T. menciona 5 coroas que os vencedores podem receber:

1- COROA DA VIDA - Tg.1:2; Ap.2:10. Para os que resistem às provações, com


fidelidade; para os mártires.

2- COROA DA JUSTIÇA - II Tm.4:7,8. Para os que combatem até o fim, e amam a vinda
do Senhor Jesus, (muitos crentes tem medo desta vinda, ou colocam realizações deste
mundo, na frente).

3- COROA DA GLÓRIA - I Pe.5:4. Para pastores, missionários, e obreiros fiéis.

4- COROA INCORRUPTÍVEL - I Co.9:25-27. Pelo auto-domínio (domínio sobre o velho


41

homem) Para os que têm um alvo eterno Fl.3:13,14, e não colocam coisas terrenas na
frente das eternas.

5- COROA DA ALEGRIA - I Ts.2:19,20; Fl.4:1. Para ganhadores de almas.

É legítimo querermos galardões: Hb.11:24-26.

Para que as coroas? Ap.4:9-11.

A responsabilidade no Reino, será de acordo com a nossa fidelidade aqui nesta vida. I Co.4:1,2.

RESUMINDO :

O Noivo (Jesus Cristo) virá buscar a Sua noiva ( a Igreja).

O enxoval da noiva será examinado (as obras) e ficará só o que for digno do Noivo. (Ouro, Prata
e Pedras Preciosas).

Então o casamento será consumado no que se chama "AS BODAS DO CORDEIRO": Ap.19:7.
Isto é o que acontecerá com a Igreja após o arrebatamento.

Mas o que acontecerá aqui na Terra, após a retirada da Igreja?


Começará um período de 7 anos chamado TRIBULAÇÃO e a GRANDE TRIBULAÇÃO (os
últimos 3 anos e meio).

A TRIBULAÇÃO é o derramar da Ira de Deus sobre a Terra para purificar Israel, julgar os gentios
(para preservá-los), julgar o "cristianismo" apóstata, destruir o sistema demoníaco de nações.

Há muitas passagens dirigidas à Israel, avisando de um Tempo sem comparação, de grande


aflição, que esta nação passaria antes de entrar para o Reino. Também para as nações há avisos
de castigos divinos: Sl.2:1-3. Quanto à Israel, veja: Jr.30:7; Mt.24:21,22.

32. A TRIBULAÇÃO

A Tribulação é um período em que Deus terá terminado Seu programa para a Igreja e volta a
tratar com Israel. Ele volta a oferecer o REINO e mais que isto, Ele avisa que o Reino será
implantado.
Neste período o Senhor estará levando a nação de Israel ao ponto de um reencontro real e
definitivo com Ele - Jeová. No final, esta nação reconhecerá a VERDADE sobre si mesma e
sobre Deus. O instrumento para que isso aconteça é o Anticristo e seu governo mundial. Deus
sabe que, como Jó, os olhos de Israel só serão abertos desta maneira!

32.1 Ap21 - O Reino milenar e a última revolta

Embora o Cap. 20 seja curto, ele é um capítulo denso, pois resume todo um período profético,
quando centenas de profecias serão cumpridas. Ele está mostrando alguns momentos em que
Jesus está arrumando as coisas para então implantar o seu reino. A primeira coisa que ele faz é
42

acorrentar Satanás, incluindo toda potestade, demônio e principado. Não vemos em nenhum
momento, descrição de como será o milênio, porque ele, que é o Reino de Jesus prometido a
Israel, está inteiro profetizado no velho testamento, na medida em que o homem possa suportar.
A única coisa descrita é que duraria mil anos, o que não tinha sido revelado.

1. Vi descer do céu um anjo, tendo na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
2. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, satanás, e o prendeu por mil
anos;
3. lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar
as nações até que se terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja
solto por pouco tempo.

4. Vi tronos em que assentavam aqueles a quem havia sido dado a autoridade para julgar.
Vi as almas dos que foram, decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra
de Deus. Eles não haviam adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a
sua marca na testa nem na mão. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil
anos.

Os versos de 1 à 4, descrevem acontecimentos que terão lugar antes do Reino ser implantado.

75 dias demandará Jesus para reorganizar o sistema da terra, julgar Israel e as nações para
somente então implantar o seu Reino milenar.

O período da Tribulação (7 anos), está dividido em 2 períodos de 3 anos e meio cada um


(3 anos e 1/2 = 42 meses = 1260 dias)

Mas Dn 12:12 nos fala em 1335 dias!!!! (1335 = 1260 + 75)

Este é o tempo necessário para a implantação do Reino!


Nestes 75 dias;

- Satanás e seus demônios, serão presos no abismo e ali ficarão por mil anos.
- Iniciam-se os julgamentos (tronos) de Israel e das nações.

Os salvos destes dois julgamentos, entrarão em seu Reino e os perdidos irão para o Hades (ante
sala do inferno).

Vamos abrir um parêntesis aqui, para estudarmos os 7 julgamentos revelados nas escrituras:

32.2 1º - O julgamento da Cruz

(Is 53 ; Jo 5:24 ; Rm 8:1 ; I Pe 2:24 ; Gl 3:13 ; Hb 9:26,27 ; 10:10)


A cruz é a base para os demais julgamentos; sem o julgamento do pecado na cruz, não haveriam
os demais julgamentos. Quando Jesus recebeu em si o julgamento pelo pecado do mundo
inteiro, Ele estava retornando ao homem a possibilidade de reconciliação com Deus. Este
julgamento já se realizou.

32.3 2º - O auto julgamento do salvo


43

(santificação) Pv 28:13 ; I Co 11:31 e I Jo 1:9 Este julgamento está a nossa disposição, é nele
que o salvo enxerga o pecado da forma como Deus o vê (I Co 11:28-30).

Muitas vezes o Espírito nos mostra um pecado e ficamos dando desculpas para ele. Mas quando
começamos a enxergar o pecado como Deus vê, e odiamos o pecado como Deus odeia, aí nossa
confissão é verdadeira, Deus a recebe e nos perdoa. Caso nós não o façamos (I Co 11:31),
Deus, por querer nossa salvação, o fará (I Co 11:32 ; Hb 12:5-11).

32.4 3º - O Tribunal (Bema) de Cristo

Rm 14:10 ; I Co 3:11-15 e II Co 5:10 Este julgamento atribuirá galardões aos salvos segundo as
obras que apresentarem a Jesus logo após o arrebatamento. (ver o estudo sobre as Setenta
Semanas de Daniel).

32.5 4º - O julgamento de Israel

Ez 20:37,38 ; Mq 6:2 ; Mt 24 ; Mt 25:1-13 Vejamos o que nos relata Mateus 24: :4-28, resume o
período da Tribulação. Jesus está respondendo as perguntas de seus discípulos;
:29,30, falam da volta de Jesus. Correspondem a Ap 19:17 e 21;
:31-41, descrevem o julgamento de Israel propriamente dito. É a separação entre salvos e
perdidos pois todo o contexto está tratando da nação de Israel no período da Tribulação;
:42-52, são duas parábolas de exortação à vigilância para Israel.

A parábola das 10 virgens (Mt 25:1-13), fala da separação do povo de Israel. Não é possível
tratar-se da Igreja porque o verso 1 inicia com o conetivo então o que liga este capítulo, ao
anterior, que fala da Tribulação, tempo em que a Igreja (a noiva) já foi arrebatada. Aqui Jesus
está falando da sua 2ª vinda (Lc 12:36 "... que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas
de casamento").

As virgens "prudentes", representam o Israel salvo: elas tem azeite em suas lâmpadas - o azeite
é símbolo do Espírito Santo (Zc 4:1-6 ; At 10:38 ; Rm 8:9 e Hb 1:9).

As virgens "néscias", simbolizam o Israel religioso mas não salvo. Elas não tem o Espírito Santo
(azeite) e se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não é dEle (Rm 8:9).
Paulo antes de se encontrar com Jesus (nascer de novo) era irrepreensível (Fl 3:4-5), mas não
era salvo. Romanos 9:6-33, nos fala "... porque nem todos os que são de Israel são israelitas".
Daniel 12:1, nos diz: "... mas naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado
inscrito no Livro.

Ou seja, Mateus 24, descreve todo o julgamento dos judeus, como Deus irá separá-los, fala que
só serão salvos os que permanecerem.

Lucas 12:35,37- confirma que esta parábola não se aplica a igreja e sim, a Israel (na 2ª vinda).
É Jesus já voltando da festa das Bodas.

Cingido estejai vosso corpo, e acesas vossas candeias. Sede vós semelhantes a homens que
esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que quando vier e bater
à porta, logo lhe a abram. Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, quando vier, os
encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e,
aproximando-se, os servirá".

É o mesmo aviso de antes, e é sobre o segunda vinda de Cristo, pois não existia a igreja no
tempo em que foram escritos os Evangelhos. Essa palavra era para os judeus. As profecias para
44

a igreja começaram nas Epístolas. As dez virgens são Israel salvo e não salvo.

Dn 12:1 - "Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos do teu
povo, e haverá tempo de angustia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo;
mas naquele tempo será salvo teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro".
O povo de Daniel era o povo judeu, mas Deus não fala que todo o povo seria salvo, mas só o
que estivesse inscrito no livro.

Depois da destruição dos exércitos, muitos ficaram vivos, tanto salvos como não salvos, e Jesus
irá julgar.

Terminando o julgamento de Israel aqui na terra, os crédulos vão com Jesus para o milênio, e os
incrédulos vão para o Hades aguardando o juízo final quando então saberão o seu grau de
tormento.

32.6 5º - O julgamento das Nações

Mt 25:31-43 ; Is 34:1,2 ; Jl 3:11-16 Jesus já separou os de Israel e agora Ele se volta para os
gentios, as demais nações. Note que existem três grupos distintos de pessoas:

Ovelhas são os salvos das nações;


Cabritos são os não salvos das nações;
Pequeninos irmãos são os judeus salvos no período da Tribulação. (pequeninos => Mt 10:42 ;
Zc 13:7 e irmãos => Sl 22:22,23 ; Mq 5:3).

Mt 25:31,46 - "Quando o filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu
trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará uma das outras
como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua
esquerda. Então o rei dirá aos que estiverem à sua direita:"
"Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o reino que lhes foi preparado desde a criação
do mundo. Pois eu tive fome e me deram de comer; tive sede e me deram de beber; fui estrangeiro e me
acolheram; pois necessitei de roupas e me vestiram; estive enfermo e cuidaram de mim; estive preso e
me visitaram.".
"Então os justos lhe responderão: 'Senhor, quando tivestes sede e lhe demos de beber; tivestes fome e
lhe demos de comer? Quando te vimos estrangeiros e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te
vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?' O Rei responderá: 'Digo-lhes a verdade:
O que vocês fizeram a algum do meus menores irmãos, a mim o fizeram'
Então dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado
para Satanás e seus anjos. Pois tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de
beber; fui estrangeiros e vocês não me acolheram; estive doente e vocês não cuidaram de mim; estive
preso e não me visitaram'.
"Eles também responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome e não lhe demos de comer e com sede
e não lhe demos de beber ou estrangeiro e necessitando de roupas ou enfermo ou preso e não te
ajudamos?' Ele responderá:"
"Digo-lhes a verdade: O que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim
deixaram de fazê-lo"
Essa é a mesma informação de Ap 20:4, Jesus estará separando as nações, e Ele explica que ao vir, irá
se assentar no trono, e todas as nações serão reunidas diante dele.
45

Mt 10:39,42 - "Quem acha a sua vida a perderá, quem a perde por minha causa a encontrará. Quem os
recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, porque ele é
um profeta, recebe galardão de profeta, e quem recebe um justo, porque ele é justo, recebe galardão de
justo. E se alguém der mesmo que um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu
discípulo, eu lhes asseguro, que com certeza, não perderá o seu galardão".
Essa é a interpretação do que Deus quis dizer com meus pequeninos irmãos, são discípulos. Na tribulação
são 144 mil israelitas que estarão pregando a palavra nos dias da tribulação, e junto com eles os que
forem sendo salvos pela sua pregação.

Durante a tribulação o Anti-Cristo irá querer destruir os judeus, e qualquer um que ajudar a esses
judeus, estará exposto à fúria do Anti-Cristo. E ninguém irá ajudar a não ser que haja uma direção
do Espírito, e não há mover do Espírito se não for salvo.
As obras não salvam, mas evidenciam em quem temos crido. Deus só julga através de obras
concretas. E a obra concreta dessas ovelhas que mostram ao universo que eles são salvos é o
fato deles terem ajudado judeus durante o período da tribulação, mesmo arriscando as próprias
vidas.

Não foi a ajuda (obra) que os salvou, mas sim, eles ajudaram porque eram salvos.

Durante a tribulação não haverá espaço para mornidão entre os cristãos.

Deus criou a terra e o homem para um propósito, e seus planos não podem ser frustrados. No
tempo de Adão tudo era perfeito, a criação conversava com Deus nos fins de tarde. Mas o pecado
entrou no mundo, e é ele que tem separado o homem de Deus. Mas essa terra não vai acabar
sem que antes os homens vejam todos os propósitos de Deus cumpridos. Essa terra não vai
passar sem que o homem veja tudo o que Deus tem para ele.

5. O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos. Esta é a primeira
ressurreição!
6. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a
segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele os mil anos.

33. O MILÊNIO - PROPÓSITOS E CARACTERÍSTICAS DO REINO DE JESUS

Os 2 julgamentos que acabamos de ver, são sobre pessoas que sobreviveram a Tribulação, e
cujo objetivo foi separar os salvos dos perdidos.

Os perdidos serão mortos, seus corpos irão para a sepultura e suas almas e espírito irão para o
hades. Os salvos entrarão para o milênio com Jesus.

Portanto, no início, haverá somente pessoas salvas, mas ainda com seus corpos naturais, e é
sobre estes que Jesus Cristo irá reinar juntamente com os santos da Igreja e os que morreram
na Tribulação, todos já com seus corpos glorificados.
Os "naturais" vão gerar filhos que nascerão com a natureza adâmica (pecadora), e como hoje,
terão de fazer individualmente, a sua decisão de receber ou não Jesus Cristo como Senhor e
Salvador.

O reino de Jesus é o reino que ele quis instalar desde o princípio, primeiro com Adão, depois
com Noé. A promessa da terra, a promessa de que todas as famílias da terra seriam abençoadas
em Abraão, ainda não foram cumpridas, e a terra não pode terminar sem que antes sejam
cumpridas todas as promessas de Deus para Israel. O reino que começará ali em Israel, será o
46

cumprimento da promessa a Davi, de que no seu trono se sentaria para sempre um rei filho de
Davi.

Durante o milênio, as instituições continuarão como antes, só que de modo perfeito. Os homens
se casarão, gerarão filhos e esses filhos terão que fazer a decisão por Jesus. E nascerá muita
gente nesse período. As maldições serão tiradas, e também as doenças. Os homens durarão
tempos como no começo dos tempos. Não haverá falta de nada, nem alimentos, nem nada.

Propósitos

“Deus fez a terra para ser ela uma réplica de Seu reino, através do homem, sua criação máxima;
A entrada do pecado postergou os planos de Deus; Os planos de Deus não podem ser
frustrados” e "Ele fará toda a Sua vontade" (Ef 1:4-14); Jesus desfez toda a obra do diabo e do
pecado trazendo de GRAÇA a salvação ao homem, de modo a este poder se reconciliar com
Deus; Toda a organização que vemos hoje na terra, não se originou em Deus. A desarmonia,
conflitos e injustiças nunca fizeram parte de Seu plano; O tempo não vai cessar, nem o estado
eterno vai se iniciar sem que esta terra e o homem vejam a vontade de Deus totalmente
observada e as Suas promessas, totalmente cumpridas.

Isto vai acontecer durante o Milênio.


O Milênio é a última etapa a ser vivida pelo homem na "velha" terra. As estruturas e instituições básicas
continuarão a existir: nascer; trabalhar; casar; ter filhos; comer; dormir. Haverá cidades; nações;
indústrias; escolas; lojas etc...

A grande diferença estará no relacionamento das pessoas com Deus e entre si. “O povo vai pensar
e conversar normalmente com e sobre Deus”.

Vai voltar a ser como em Gn 3:8.

Algumas características

Não haverá MANIFESTAÇÃO do pecado, isto é, existirá pecado mas não a sua manifestação;

Satanás é preso para que as nações não sejam enganadas (Ap 20:3), e se Satanás pode
enganar as nações é porque elas não estarão perfeitas.
Quando Satanás for solto, sairá para seduzir as nações, e o número delas será como a areia do
mar (Ap 20:7).

Isto acontecerá porque, apesar de salvos, os homens ainda possuem sua "velha natureza", que
permite brecha à satanás. O Milênio, vai evidenciar quão "desesperadamente corrupto é o
coração" do homem sem Deus (Jr 17:9).

Jesus Cristo, estabelecerá o Seu governo sobre a terra e reinará de maneira a mostrar que
somente Deus pode produzir verdadeira paz e prosperidade.

Jesus e os que reinam com ele, todos com corpo glorificado, farão do milênio o governo perfeito,
com justiça perfeita, benignidade, verdade absoluta, e muito amor. Os que reinam com Jesus,
serão um testemunho vivo da obra completa de restauração que Deus faz no homem através de
Jesus Cristo (Ef 2:6-7).
47

As pessoas que nascerão no milênio, terão que decidir por Jesus e aceitá-lo como Senhor e
salvador, exatamente como é hoje. Só que com um ambiente mais propício para isso. Com Jesus
reinando pessoalmente, com o testemunho dos que já tem o corpo glorificado e daqueles que
estiveram na terra no tempo da tribulação. Os povos serão divididos em nações Dn.7:14; . Cada
nação terá um "vice-regente" Is.62:2. Davi será o de Israel: Ez.37:24,25; Jr.30:8,9. Haverão
pessoas glorificadas governando sobre as cidades Lc.19:11-19;II Tm 2:12; Ap 5:10;

Israel será cabeça das nações Jr.33:7-9; Zc.8:21-23;

Ez 37:22:25 - "Farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel, e um só rei será rei de
todos eles. Nunca mais serão duas nações; nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos.
Nunca mais se contaminarão com seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com
qualquer de suas transgressões; livrá-los-ei de todas as suas apostasias em que pecaram e os
purificarei. Assim eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. O meu servo Davi reinará sobre
eles; todos eles terão um só pastor, andarão nos meus juízos, guardarão os meus estatutos e os
observarão. Habitarão na terra que eu dei a meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram;
habitarão nela, eles e seus filhos e os filhos dos seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo,
será príncipe eternamente".

Haverá justiça Is.11:3-5;

Jesus governará as nações com cetro de ferro(Sl 2:9), haverá muita disciplina entre os que
habitam na terra.

. Os apóstolos, serão juízes sobre as doze tribos de Israel Mt 19:28;

Haverá paz Is.2:4;

. Haverá alegria: Is.12:3,4; 61:3,7;

. O Espírito Santo será abundante Is.32:15; 44:3; Ez.39:29; . O conhecimento do Senhor será
completo Jr.31:34; Is.11:9;

. Jr 31:34 - "Não ensinará jamais, cada um com seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo:
'Conhece ao Senhor' porque todos me conhecerão, desde o menor até o maior deles diz o
Senhor, porque perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei.

. A maldição sobre a natureza e animais será removida Is.11:6-8; Am.9:13,14;


. A vida será prolongada Is.65:20-22;

Os homens terão até os 100 anos para confessarem Jesus;

. As doenças serão removidas Is.33:24;

. O mar Morto voltará a ter vida Ez.47:8-10;

. A adoração será constante. Ez.40 a 44:1-27, descreve o Templo e a função sacerdotal; Quem
não adorar em Jerusalém uma vez por ano será punido Zc.14:17;

Zc 8:21 - "E os habitantes de uma cidade dirão a outra, vamos, depressa suplicar o favor do
Senhor, e buscar o Senhor dos exércitos. Eu também irei. Virão muitos povos e poderosas
nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos exércitos e suplicar o favor do Senhor. Assim diz o
Senhor dos Exércitos: 'Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das
48

nações e pegarão sim, na orla das vestes de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco porque
temos ouvido que Deus está convosco".

. Haverá abundância de alimentos: Jr.31:12; Ez.34:35-37; Jl.12:22-26;

. A terra será habitada como nunca: Jr.30:19,20; Ez.47:22.

O verso 6 nos fala de:

"Primeira ressurreição". Ressurreição, significa que o CORPO se une novamente com a ALMA
e o ESPÍRITO. (At 24:15 e Jo 5:28,29).

A 1ª ressurreição é a dos salvos, também chamada de ressurreição dos "justos" (Lc 14:14)

. "segunda morte", é a ressurreição dos ímpios citada em Jo 5:29, como a ressurreição do juízo.
Os ímpios desde Caim até o último no final do Milênio, serão ressuscitados no dia do julgamento
do Grande Trono Branco.

Quem participará da 1ª ressurreição?

. A igreja => no arrebatamento (I Ts 4:13-18);

. As 2 testemunhas => durante a Tribulação (Ap 11:11,12);

. Os santos do V.T. => no final da Tribulação (Is 26:19-21 e Dn 12:1,2);

. Os santos mortos pelo Anticristo na Tribulação (Ap 7:13,14 e 20:4).

34. A ÚLTIMA REVOLTA - SATANÁS É SOLTO E DERROTADO - AP 20:7-10

7. “Quando, porém se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão”,

8. e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a
fim de reuni-los para a peleja. O número desses é como a areia do mar.

9. Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a


cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu.

Todos os que seguem a Satanás nesta revolta, são os que nasceram no milênio e não
confessaram Jesus como Senhor e Salvador. Este número comprova que o homem sem o novo
nascimento, permanece inimigo de Deus, esteja onde estiver (Is 26:10).

"Gogue e Magogue" - a Batalha que não houve Is 2:1-4 -, significa que esta tentativa de guerra
terá a mesma característica da batalha de Gogue e Magogue descrita por Ezequiel nos capítulos
38:1-6; 8-12; 15-16; 21-23 e 39; 1-4, 9-12. Satanás e seus seguidores, virão de todos os lados
contra Jerusalém. O Senhor deixará que eles sitiem a cidade, mas não chegarão a guerrear, pois
cai fogo do céu e os consome. Esta "batalha" evidencia de forma concreta o que está nos
corações dos seguem a Satanás nesta empreitada.
49

Ez 38 fala dos exércitos do Norte. Gogue, Magogue, Meseque e Tubal, são povos mostrados no cap.10 de
Gênesis. Quando estudamos esses povos e essas palavras, vemos que são povos que habitaram a região que
hoje é a Rússia.

Ez 38:1,3 - "Veio a mim a palavra do Senhor dizendo: Filho do homem, volve o rosto para Gogue, da terra
de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal; profetiza contra ele e dize: Assim diz o Senhor Deus:
Eis que sou contra ti, ó Gogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal".

É quase certo que a palavra Rússia venha da palavra Rôs, Moscou de Meseque e Tubolzk de Tubal.

Ez 38:4,6 - "Farte-ei que te volvas, porei anzóis no teu queixo e te levarei a ti e todo o teu exército, cavalos
e cavaleiros, todos vestidos de armamentos completos, grande multidão, com pavês e escudo,
empunhando todos a espada; persas e etíopes e Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer e
todas as suas tropas; a casa de Togarma da banda do Norte, e todas as suas tropas, muitos povos
contigo".

Persas é o Irã, etíopes e Pute é Líbia, Gômer é Turquia, Togarma é parte da Turquia. Deus está dizendo
que ele está permitindo que eles invadam Israel.

Ez 38:11,12 - "E dirás: Subirei contra a terra das aldeias sem muros, virei contra os que estão em repouso,
que vivem seguros, que habitam, todos, sem muros e não tem ferrolhos nem portas; isso a fim de tomares
o despojo, arrebatares a presa e levantares a mão contra as terras desertas que se acham habitadas e
contra o povo que se congregou dentre as nações, o qual tem gado e bens e habita no meio da terra".

Ez 38:21,23 39:1,2 - "Chamarei contra Gogue a espada em todos os meus montes, diz o Senhor Deus; a
espada de cada um se voltará contra o seu próximo. Contenderei com ele por meio da peste e do sangue;
chuva inundante, grandes pedra de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, sobre as suas tropas e
todos que estiverem com ele. Assim engrandecerei e vindicarei a minha santidade e me darei a conhecer
aos olhos de muitas nações.; e saberão que eu sou o Senhor. Tu, pois, ó filho do homem, profetiza ainda
contra Gogue e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe de Rôs, de
Meseque e de Tubal . Far-te-ei que te volvas e te conduzirei, far-te-ei subir das bandas do norte e te trarei
aos montes de Israel".

Ez 39:9,12 "Os habitantes das cidades de Israel sairão e queimarão, de todos, as armas, os escudos e
os paveses, os arcos, as flexas, os bastões de mão e as lanças; farão fogo com tudo isso por sete anos.
Não trarão lenha do campo, nem a cortarão dos bosques, mas com as armas acenderão fogo; saquearão
aos que saquearam e despojarão aos que despojaram, assim diz o Senhor. Naquele dia darei a Gogue
um lugar de sepultura em Israel, o vale dos viajantes, ao oriente do mar; espantar-se-ão a quem por ele
passarem. Nele sepultarão a Gogue e todas as suas forças e lhe chamarão o Vale das Forças de Gogue.
Durante sete meses, estará a casa de Israel a sepultá-los, para limpar a terra ".

34.1 Israel não precisou fazer nada. Assim será a batalha no final do milênio.

“O diabo, o sedutor deles, foi lançado no lago do fogo e enxofre, onde se encontram não só a
besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”.

A carreira de Satanás chega ao seu fim. Seu julgamento foi afixado na cruz do Calvário, mas é
neste momento que ele é definitivamente lançado no inferno que é o Lago do Fogo, onde os
vermes não morrem, nem o fogo se apaga (Mc9:46).

34.2 O julgamento dos anjos caídos Jd 6 ; I Co 6:3 e Mt 25:41

Jd 6 "e a anjos, os quais não guardaram o seu estado original, mas abandonaram seu próprio
domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o dia do juízo do grande dia".
50

I Co 6:3 "Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos ..." Mt 25:41 "Então o Rei dirá aos
que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, reparado para
o diabo e seus anjos" "... os quais não guardaram o seu estado original ..."Gn 6:4 "Ora naquele
tempo havia gigantes (Nm 13:33 ; Dt 3:11) na terra; e também depois, quando os filhos de Deus
(no VT, somente o homem Adão era considerado filho de Deus - Lc 3:38) possuíram as filhas
dos homens, as quais lhes deram filhos..."

35. AP.22 - O JUÍZO FINAL E A NOVA JERUSALÉM

O 7º julgamento, o do Grande Trono Branco - O juízo final

O v.10 mostrou como a carreira de Satanás terminou.

A carreira do homem começou em baixo e foi subindo. Começou no pecado, Deus foi
restaurando primeiro a alma e o espírito; na ressurreição, o corpo; vai para nova terra e vai para
eternidade. A de Satanás começa no trono junto a Deus; peca e desce para o segundo céu; no
meio da tribulação vem para terra; da terra vai para o Abismo e de lá para o lago de fogo.

Apocaplipse 20:11-15

11. "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta de cuja presença fugiram a
terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

É para o julgamento final que TODOS os incrédulos (ímpios) de TODAS as épocas (desde Caim
até o último do milênio) ressuscitam (Jo 5:29). Este julgamento se dará logo após a destruição
da Terra e do céu (Jó 14:12 ; Dn 2:35 ; II Pe 3:10).

12. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos postos em pé diante do trono. Então


se abriram os livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. “E os mortos foram
julgados, segundo as suas obras, conforme se achava escrito nos livros”.

Eles estão em pé, mas são chamados de mortos (separação de Deus). Isto significa que
receberam novos corpos mas são perdidos; seus corpos são adequados para sobreviverem ao
Lago do Fogo.

O Livro da Vida,

Prova que os nomes destes mortos não estão ali, e isto determina onde passarão a eternidade
(II Ts 1:8,9). Os outros Livros mostram suas obras e isto determina o grau de punição ou tormento
(Rm 2:5,6 e Mt 11:20-24). Lc 12:47,48 "Aquele servo que conhece a vontade do seu Senhor, e
não prepara o que ele deseja, nem o realiza, esse receberá muitos açoites. Mas aquele que não
conhece, e pratica coisas merecedoras de castigo, esse receberá poucos açoites".

13. "Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que
neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras".

Morte refere-se ao corpo; e além ou hades se refere à alma e espírito.


Deram o mar os mortos que nele estavam. Não sabemos o porquê desta distinção (Dt 29:29).

14. “Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do Lago do Fogo”. Esta é a
segunda morte, o lago do fogo.
51

15. E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do
lago do fogo".

O Lago do Fogo, foi criado somente para Satanás e seus anjos, porém o homem que segue a
Satanás, vai junto com ele para lá (Sl 9:17).

O Lago do Fogo, fala de "tribulação e angústia" (Rm 2:9), de "pranto e ranger de dentes" (Mt
22:13; 25:30), de "eterna perdição" (II Ts 1:9), de "fornalha de fogo" (Mt 13:42,50), de "cadeias
de escuridão" (II Pe 2:4), de "tormento eterno" (Mt 25:46), "de um fogo que nunca se apaga" (Mc
9:43)de "horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:41).

36. A NOVA JERUSALÉM - O ESTADO ETERNO NOVOS CÉUS E NOVA TERRA - AP 21:1,27

O novo céu e a nova terra

1. “Então vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já haviam
passado; o mar já não existia”.

O céu e a terra como hoje conhecemos, serão abalados (Ag 2:6; Hb 12:26-28) e desaparecerão
como fumaça (Is 51:6); as estrelas se derreterão (Is 34:4). A terra renovada se tornará a
habitação de Deus e dos homens; todos com seus corpos semelhantes ao corpo ressurreto de
Cristo, isto é, corpo real, visível e tangível, porém incorruptivel, poderoso e imortal (Rm 8:23; I
Co 15:51-56).

Novamente o "mar" é citado em destaque no verso 1. Existe algo contra o mar que somente
saberemos mais tarde. Uma coisa pode dizer sobre ele; é um fator de separação entre os povos.
Na nova terra, a liberdade de movimentação não terá obstáculos!

2. Vi a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada
como uma noiva adornada para seu marido.

A nova Jerusalém, está agora no céu (Gl 4:26); dentro em breve, ela descerá à terra como cidade
de Deus.

3. Ouvi uma forte voz vinda do trono dizendo: "Agora o tabernáculo de Deus está com os
homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos, o próprio Deus estará com
eles e será o seu Deus.

4. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem lamento, nem
choro, nem dor pois a antiga ordem já passou.

Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (Gn 3; Rm 5:12; Is 35:10),
já se foram. Não nos lembraremos do que nos causa tristeza (Is 65:17).

5. Aquele que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as coisas ! E
acrescentou: "Escreva isto, pois essas palavras são verdadeiras e dignas de confiança".

Foi necessário Senhor acrescentar a recomendação, não porque as coisas anteriores não
fossem dignas de confiança, mas sim porque João diante de tanta maravilha, estava em dúvida
se o que estava vendo era real!!!

6. Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver
sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida.
52

7. O vencedor herdará tudo isso, eu serei o seu Deus e ele será o meu filho.
8. Mas os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os assassinos, os que cometem
imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos - o lugar
deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte".

37. A NOVA JERUSALÉM

9. Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das ultimas sete pragas aproximou-
se e me disse: “Venha, eu lhe mostrarei a noiva, a esposa do cordeiro”.

10. Ele e me levou no espírito a uma grande e alta montanha, e me mostrou a Cidade
Santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus.

11. Ela resplandecia com a gloria de Deus, e o seu brilho era como o de um jóia muito
preciosa, como jaspe, clara como cristal.

12. Tinha uma grande e alta muralha com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas
portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel.

13. Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente.

14. “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e sobre estes, estavam o nome dos
doze apóstolos do Cordeiro”.

15. O anjo que falava comigo tinha como medida uma vara feita de ouro, para medir a
cidade, suas portas, e seus muros.

16. A cidade era quadrangular, de comprimento e largura iguais.

17. Ele mediu a cidade com a vara; mediu até doze mil estádios de comprimento, a altura
e a largura eram iguais ao comprimento; Ele mediu a muralha, de cento e quarenta e
quatro côvados de espessura, segundo a medida humana que o anjo estava usando.

18. A muralha era feita de jaspe e a cidade de ouro puro, semelhante ao vidro puro.

19. Os fundamentos das muralhas da cidade eram ornamentados com toda sorte de
pedras preciosas. O primeiro fundamento era de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro
calcedônio; o quarto, esmeralda;

20. o quinto, sardônio; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; nono, topásio; o
décimo, crisópraso; o décimo primeiro, jacinto; e o décimo segundo, ametista.

21. As doze portas eram de doze pérolas, cada porta feito de uma única pérola. A rua
principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente.

22. Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro são
os seus templos.

23. A cidade não precisa de sol nem de lua para brilhar sobre ela, pois a gloria de Deus a
ilumina, e o cordeiro é a sua candeia.

24. As nações andarão em sua luz, e os reis da terra trarão a sua glória.
53

25. Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite.

26. A glória e a honra das nações lhe serão trazidas.

27. “Nela jamais entrará algo impuro, nem alguém que pratique o que é vergonhoso ou
enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do
Cordeiro”.

Este capítulo fala muito pouco do estado eterno. Deus não tem como falar de tudo para nós, por
sermos homens tão limitados. Nossa mente não alcançaria. Mas o pouco que ele fala dá para
conhecer um pouco a cidade que Jesus falou que prepararia (Jo 14:2-3) para que ele pudesse
nos buscar, para que estivéssemos juntos. Jesus vai ficar para sempre nessa cidade, que tem
os fundamentos que todos os santos do velho testamento esperavam. Essa é a cidade que
Abraão, Moisés e todos os profetas esperavam.

A Nova Jerusalém, capital do Universo, desce sobre a nova terra, dirigida por Deus e pelos
homens, porque os princípios de Deus não mudam. Deus escolhe as coisas fracas para confundir
as fortes, a Terra tão pequena se torna o centro do universo. Mas Deus é o oleiro, e sabe todas
as coisas. É daqui que sai o governo.

Os versos 23 e 24, deixam claro que Deus o Pai, e Deus o Filho, habitarão (tabernacularão) no
meio do seu povo como predito no V.T.

Os versos 24 a 27, justificam uma pesquisa adicional, pois nos causam algumas
incompreensões; TODOS habitaremos na nova Jerusalém?:

. Se todos habitarmos na nova Jerusalém, que nações são essas cujos reis TRARÃO sua
glória?
. "ali não haverá noite", ali se refere unicamente `a nova Jerusalém, pois não está dito que
não haverá noite na nova terra; e também porque Deus prometeu que o dia e a noite nunca
cessarão (Gn 8:22; Sl 104:5; Is 66:22,23; Jr 33:20,21,25).

38. APOCALIPSE 22

1. Então o anjo me mostrou o rio da água da vida brilhante como cristal, fluía do trono de
Deus e do Cordeiro,

O rio citado em Ez 47:1,12, é uma figura deste.

2.no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá
doze colheitas, dando fruto todos os meses. As folhas das árvores servem para a cura
das nações.

É a mesma árvore da Vida do Édem, citada em (Gn 3:24).

3.Já não haverá mais maldição. O trono de Deus e do cordeiro estará na cidade, e os
seus servos o servirão.

4.Eles verão a sua face, e o seu nome estará em suas testas.

5.Não haverá mais noite. “Eles não precisarão da luz de candeia, nem da luz do sol, pois
o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre”
54

O terceiro céu foi transferido para terra, a sala do trono está agora na terra. A presença e a glória
de Deus estão presentes na Nova Jerusalém. Essa gloria que poucos têm visto de relance, e
caem como mortos, ela será o elemento natural que irá iluminar a Nova Jerusalém. É na
atmosfera dessa luz física que nós vamos viver. Não está dizendo que não haverá mais lua nem
sol, mas sim, que não serão necessários. A luz da gloria de Deus é refulgente, total, e não mais
velada. O Cordeiro é a lâmpada.O que nós poderemos ver de Deus será essa luz, e Jesus Cristo
encarnado, é a maneira como enxergaremos a face a Deus. Quando nós olhamos para Jesus, é
como veremos ao Pai fisicamente.

A sabedoria de Deus é Jesus, ele se tornou sabedoria, justificação, santificação e redenção. Mas
essa sabedoria passada aos homens, concretizada em todos esses séculos, na era da igreja foi
dada aos apóstolos, para que eles fizessem o fundamento.

Ef 2:19 - "Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, sois da
família de Deus edificados nos fundamentos dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo Cristo
Jesus, a pedra angular, do qual todo edifício bem ajustado, cresce para santuário".

Esses fundamentos são para perpetuar num memorial, a essência da igreja. As pedras são para
ilustrar a multiforme sabedoria de Deus, por isso serem tão diversas. A cidade é construída de
ouro puro e cristalino(21:21).

38.1 A certeza do cumprimento da profecia deste Livro.

6.O anjo me disse: "Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras. O Senhor, o
Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas
que em breve hão de acontecer".

O anjo que tinha as sete taças, falou a João até agora. Agora é o próprio Jesus quem vai falar.

7.Eis que venho em breve! “Bem-aventurado é aquele que guarda as palavras da profecia
deste livro”.

O Apocalipse é o livro mais negligenciado da igreja, e também o mais mal interpretado. E Jesus
fala que é bem-aventurado os que o guardam. Nós temos que saber o que Deus tem para nós
para os últimos tempos.

38.2 Promessas finais

8.Eu, João, sou aquele que viu e ouviu estas coisas. Tendo-as ouvido e visto, caí aos pés
do anjo que as mostrava para mim, para adorá-lo.
9.Mas ele me disse: "Não faça isso! Sou servo como você e seus irmãos, os profetas, e
como os que guardaram esse livro. Adore a Deus!"
10.Então me disse: "Não sele as palavras da profecia desse livro, pois o tempo está
próximo".

Quando Daniel acabou de escrever as profecias para o tempo do fim, ficou quase doente, tão
duras as palavras eram para ele. Mas para essas palavras o anjo diz o contrário. Fala para João
não selar o livro, porque o tempo está próximo. No tempo de Daniel, havia ainda o período de
Israel, para então vir o período da igreja. Para João não, ele já estava dentro do período da igreja.
Era para a igreja saber dessas passagens desde o princípio.

11.Continue o injusto a praticar injustiça, continue o imundo na imundícia; continue o justo


a praticar justiça e o santo, a se santificar".
55

12.Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um
de acordo com que ele fez.

Isso não quer dizer que a Bíblia está mandando o injusto fazer injustiça e o imundo, imundícia.
Quer dizer que não há outra revelação. Não há outra coisa a ser contada, não há outra
mensagem.

13.Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.

14.Bem-aventurados os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da
vida e possam entrar na cidade pelas portas.

15.Fora ficam os cães, os que praticam imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e


todos os que amam e praticam a mentira.

16.Eu Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho quanto às igrejas. “Eu
sou a Raiz e a descendência de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã”.

É Jesus assinando e fechando essa revelação.

17.O Espírito e a Noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver
sede, venha; e quem quiser, beba de graça a água da vida".

O Espírito e a Noiva dizem "Vem!", confirmando o privilégio da igreja em semear a palavra,


enquanto que o Espírito vivifica, restaura, convence. É o mesmo convite feito em Is 55:1.

Conclusão.

18.Eu, a todos que ouvem as palavras da profecia deste livro testifico: Se alguém lhe
acrescentar algo, Deus lhes acrescentará as pragas descritas neste livro.
19.Se alguém tirar qualquer uma das palavras deste livro de profecia, Deus tirará dele a
sua parte na árvore da vida, e da cidade santa, que são descritas neste livro".

Essa é mais uma advertência já falada no Antigo Testamento (Dt 4:2 ; 12:32 e Pr 30:5,6),
proibindo se alterar a Palavra de Deus. Os profetas hoje exortam, consolam, animam a igreja.
Não existem profecias de fatos escatológicos. E aquele que desobedecer, será réu de juízo.

20.Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho sem demora". Amém! Vem,
Senhor Jesus!

CONCLUSÃO
56

Creio que o assunto não será esgotado, mas através deste vários pontos de vista. Notamos as
posições propostas e os argumentos aventados pelos seus seguidores. Procuramos lidar com
varias opções de modo tão eqüitativo e imparcial quanto possível, indicando os aspectos
positivos e negativos de cada teoria.

É importante lembrarmos do verdadeiro significado e propósito da doutrina da segunda vinda de


Cristo. Diferenças de interpretação e convicção às vezes têm se tornado a base da separação
da comunhão. Disputas, às vezes acrimoniosas, tem resultado destas diferenças. Um detalhe
minucioso de doutrina pode ser considerado requisito da ortodoxia e , portanto comunhão.

A escatologia é um dos estudos mais delicado e de total cuidado em sua interpretação devido às
muitas teorias e interpretações de cada autor. Portanto a pesquisa deve ser feita criteriosamente
para que possamos transmitir a palavra em sua integra. Visando a preservar a palavra de Deus
em toda a sua integridade.(Pr.José de Barros).

BIBLIOGRAFIA

MEDEIROS, Elias. Chefe do Departamento de Missões do Seminário Reformado de Jackson,


Mississippi (EUA) e professor do Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa, MG.
Reproduzido com autorização - publicado originalmente na Revista Ultimato.

WWW.textosdareforma.net. Parte integrante do portal (Extraído. 21/12/05)

WWW.textosdareforma.net. BEZERRA, Durvalina. Palestra proferida no III Congresso Brasileiro


de Missões Outubro de 2001 - Águas de Lindóia SP (Extraído da internet. 21/12/05)

“A BÍBLIA ANOTADA” Extraído 21/12/05. Pg 1642-1644

WWW.textosdareforma.net. nbrito78@hotmail.com. (Acesso. 21/12/05. Com o consentimento do


mesmo), através da pagina da internet.
57

ERICKSON, Millard J. OPÇÕES CONTEMPORÂNEAS NA ESCATOLOGIA. SÃO PAULO. 1982.


ED.VIDA NOVA. PG.10-11.

Você também pode gostar