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VOS DIGO QUE OS SEUS ANJOS NOS CÉUS SEMPRE VÊEM A FACE DE
MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS” (MT 18.10)
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................03
2. ANGELOLOGIA..........................................................................................................04
3. OS ANJOS NA BÍBLIA...........................................................................................06
4. OS ANJOS NA HISTÓRIA....................................................................................09
5. A POSSÍVEL HIERARQUIA ANGELICAL.........................................................12
6. OS POSSÍVEIS MINISTÉRIOS DOS ANJOS.................................................16
7. OS ANJOS MAUS.....................................................................................................00
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INTRODUÇÃO
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ANGELOLOGIA
1. Conceito:
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conceito, enviado e mensageiro. Na Bíblia esse sentido geral de enviado é,
geralmente, aplicado:
Ao sacerdote: “Porque os lábios do sacerdote guardarão a ciência, e da sua
boca buscarão a lei, porque ele é o anjo do Senhor dos Exércitos” (Ml 2.7);
Ao rei: “Dizia mais a tua serva: Seja agora a palavra do rei me senhor para
descanso; porque como o anjo de Deus, assim é o rei, meu senhor, para ouvir
o bem e o mal; e o Senhor teu Deus será contigo” (2 Sm 14.17)
Aos pastores: “ Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz
aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete
castiçais de ouro” (Ap 2.1)
Em um dicionário de termos contidos no Primeiro Testamento (V.T.), a
definição do termo “Mal’ak” é usada para descrever um mensageiro humano
enviado por um rei ou líder para executar missão humana. Ocasionalmente, a
frase Malah Adonai, mensageiro de Deus, é também uma referência a um
mensageiro humano. Contudo, essa mesma expressão serve para indicar um ser
celeste. Segundo este dicionário (de autoria rabínica) há um termo específico
para designar anjos que apresentam-se de forma humana, os malahim, e
executam, inclusive missões práticas.
2. O conceito da Qabalah
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que contém as regras para se conhecer o universo . Qabalah também quer
dizer aquilo que foi recebido e é transmitido , que na verdade corresponde a
palavra tradição que antigamente queria designar a Lei (Torah) que foi
implementada por Moisés.” (Curso breve de Qabalah – círculo iniciático de
Hermes. P.1)
3. O conceito do Talmud
NOTAS
FERREIRA., Ebenézer Soares. Angelologia. Edição autor, p.11
Citado por CHAFER, Lewis Sperry, em Teologia sistemática, tomo I, vol 11, p.425
DICIONÁRIO DO JUDAÍSMO. Termo Malah.
LEOCADIO., Israel da Silva. Angelologia. Bacharel em Teologia. Edição do autor. p.4,5
OS ANJOS NA BÍBLIA
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Mas, com tanto tempo de pesquisas e divulgação na nação brasileira o que
sabemos sobre eles que é afirmado pela bíblia? Vejamos alguns pontos bíblicos
a respeito:
(a) São pessoas – Por mais estranho que pareça, pois que, vemos em algumas
passagens os anjos aparecendo de formas animalescas, podemos afirmar
que “os anjos são pessoas”. O que caracteriza uma pessoa não é o corpo
físico, mas as três capacidades fundamentais de uma pessoa: pensar,
agir, sentir por si mesmo. Os anjos apresentam-se como seres capazes
de, ouvindo uma ordem, cumprí-la sem erros. Sinal de inteligência
pessoal.
(c) São moralmente livres – Está provado pela queda dos anjos, onde muitos
optaram por não seguir ao Diabo. Eles escolheram, por si mesmos, seguir
a Deus. O relato dessa rebelião, por parte de Lúcifer, está em Ez 28.14-
16 e Is 14; 2 Pd 2.4. Pedro diz que eles pecaram. Ora, o pecado é um ato
volitivo da pessoa, que expressa sua escolha.
Ao abordar o tema moralidade, pensamos naqueles anjos que caíram de
sua santidade original sem uma tentação exterior. Os anjos foram
criados com livre-arbítrio, entretanto, “a possibilidade de cometer o
mal de maneira alguma era uma necessidade”. A queda dos anjos foi
individual, cada um possuía uma relação pessoal com Deus.
As criaturas foram criadas para serem teocêntricas. Quando colocam
seu próprio ser acima do Criador surge a figura do pecado. Assim os
anjos maus não perseveraram na santidade original e sua vontade cada
vez mais está dirigida para o mal.
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A vontade angelical não muda. Uma vez feita a escolha, com o pleno
conhecimento do bem e do mal , e da verdade, sua vontade permanece,
confirmada pelo conhecimento de Deus.
(e) São poderosos – Esta é uma das razões porque desperta tanto
interesse. O Senhor disse que se Ele “quisesse pediria ao Pai e Ele lhe
enviaria doze legiões de anjos.” Que poderiam fazer tantos anjos? Veja,
quando o exército assírio cercou Jerusalém, o Senhor não permitiu que
Senaqueribe atirasse uma seta contra a cidade santa. A bíblia declara
que o Senhor enviou UM ANJO, e esse matou, em UMA NOITE,
185.000 (cento e oitenta e cinco mil homens). Leiamos 2 Pd 2.11.
É justamente a inteligência e a vontade dos anjos que os tornam
poderosos. Agostinho afirmou: “Deus comanda os anjos, os anjos
comandam os homens, os homens os animais”. Penso que Agostinho não
condicionou a vontade do homem, ou de Deus aos anjos, mas sim disse
que há uma interação entre os dois mundos, o espiritual e o natural, e
nestes a escala de poder é a que fora apresentada.
Devido a esse poder, a força ou poder dos anjos maus só poderá ser
interrompida pela autoridade e força do Senhor, que está acima deles.
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espirituais. O tempo é para a matéria, para os corpos. Os anjos, no
entanto não estão fora do tempo, como afirmou Agostinho : “Deus move
a criatura espiritual no tempo”. Estão dentro do tempo no sentido que
houve um momento em que foram criados, em que passaram a existir.
Tomás de Aquino, em concordância com a posição teológica, reafirma a
opinião mais provável, que os anjos teriam sido criados simultaneamente
com o Universo, mas não precedendo o Universo. São assexuados e não
se multiplicam, são imortais.
NOTAS
BARROS., Manuel Correia. Filosofia tomista. 2ª ed., p.246
MUELLER., John. Dogmática cristã. Vol. I., p. 203
CHAFER., L. S. Teologia sistemática., tomo I, 1974., p. 449
Citado por CHAFER., L.S. Op. Cit. ., p.449
Citado por CHAFER., L. S. Op. Cit. P. 436, 437
Curso Breve de Qabalah. Círculo iniciático de Hermes. P.1
Apostila de Angelologia SEBEMGE – 1999.
Leocádio., Israel da Silva. Bacharel emTeologia. Edição do autor. p. 10
OS ANJOS NA HISTÓRIA
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Citaremos o caso do concílio da igreja onde se discutiu, entre outras coisas
assuntos banais como cita o pastor Ebenézer Soares Ferreira: “Eis algumas das
sutilezas que se encontram quando focalizam o assunto: Quantos anjos
poderiam permanecer na ponta de uma agulha?; Um anjo poderia estar em dois
ligares ao mesmo tempo?; O pecado do primeiro anjo causou o pecado dos
demais?; Nossa atmosfera é lugar de punição dos demais?; Os anjos da guarda
vigiavam as criancinhas desde o nascimento? Depois de batizadas? Ou já no
embrião?”
A doutrina dos gnósticos, nos primeiros séculos, alavancou uma discussão
forte sobre o tema, quando afirmavam serem os anjos emanações de Deus é
não criaturas dEle. Foram combatidos por diversos teólogos, como Irineu de
Lião, Clemente de Alexandria, Origenes, Gregório – o taumaturgo. Todos
afirmavam que os anjos foram criados por Deus. Foi Orígenes que desenvolveu
uma apreciação da possibilidade de haver uma hierarquia celestial.
Na idade de ouro da Patrística (325-451 d.C.) observamos uma grande
idolatria aos anjos, crendo-se que os anjos poderiam entrar em comunhão com
os homens pela oração. Cresce a idéia do anjo da guarda ( presente na cultura
judaica e qabalistica). João Crisóstomo afirmava que os anjos serviam aos
homens assim como o fizeram com os profetas e Cristo. Cirilo de Alexandria
afirmava que foram criados a imagem de Deus e são superiores aos homens.
Dionísio defendia três classes de anjos, a saber: Os que gozavam da
presença de Deus, os iluminados de primeira classe e os iluminados de Segunda
classe.
Entre os séculos VI e XIII diversos concílios visaram corrigir idéias
errôneas, esclarecer dúvidas, orientar sobre as práticas e a devoção em torno
dos anjos.
Algumas idéias foram condenadas pela igreja nos concílios, como:
1. Afirmar que o sol, as estrelas, lua, astros em geral fossem espécies de
anjos;
2. Afirmar que os anjos e Deus são constituídos de “uma mesma
substância”;
3. O demônio não foi nem anjo bom nem mal, e nem formado por Deus;
4. Invocar Uriel, Raguel, Admis, Tofoas, Sabaoth e simiel ( que foram
considerados demônios pelo concílio);
5. Foi permitido a imagem de anjos e santos nos ícones e imagens da
igreja.
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Durante a era da escolástica muitos foram aqueles que contribuíram para
a angelologia, como Tomás de Aquino, Boaventura, Alberto Magno, que
afirmavam a existência de anjos e sua participação na criação de Deus, sua
liberdade moral, sua intelectualidade, como sua participação na vida do homem.
Estaremos assistindo toda uma evolução no pensamento teológico sobre
anjos. Na reforma, com os protestantes, os evangélicos evangelizadores do
novo mundo, mas nada muda na doutrina dos anjos, apenas algumas variantes
quanto a sua função junto ao homem.
NA HISTÓRIA JUDAICA
Pode-se dizer que tudo o que a história registrou sobre anjos tem como
fonte inspirativa a evolução desta revelação que ocorreu em meio aos judeus,
ou seja, sem os registros históricos dos judeus, que foram escolhidos por Deus
para apresentar-se ao mundo habitado, não poderíamos ter apresentado um
esboço do que foi a evolução da angelologia. Mas vale a pena ressaltar que os
judeus também receberam essa revelação de forma paulatina, ou seja, foi
gradativa a idéia que a Lei e os profetas apresentam os anjos.
Podemos dizer, de maneira bem simplória e resumida, que essa evolução
de entendimento judaico sobre os anjos se deu em três momentos históricos
de Israel, que seriam:
1. Influência dos Caldeus. – Sabemos que o patriarca de Israel, Abraão,
fora chamado por Deus em meio a uma terra que posteriormente,
dentro do traçado geográfico(Ur dos Caldeus), seria a sede do mundo
pagão, a Babilônia. Sendo filho de fabricante de ídolos, Abraão
experimentou a revelação inicial do Deus de Israel em meio a idolatria
e influencia de uma época primária teologicamente.
Vemos, com os olhos na história, que a idéia que está presente no povo
descendente do patriarca Abraão é de que tudo provém do Senhor,
tanto o bem quanto o mal . A visão teológica a esse respeito é do
Teocentrismo, tudo está relacionado a Deus, até o mal. A idéia angelical
é, até certo ponto, difícil de ser identificado. Os anjos aparecem de
forma humana e dificilmente com características celestiais
2. Influência do Egito - Sabemos que o povo de Israel viveu um grande
período no Egito. Ali, o povo aprendeu a cultura e os hábitos do povo
egípcio. Até mesmo as questões religiosas foram absolvidas pelo
hebreu. O Egito foi o centro cultural do mundo durante longa data. A
ciência se fazia avançada no Egito, bem como o sistema administrativo,
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político e social. No Egito descobrimos uma figura central do nosso
estudo, talvez o maior responsável pela influência política social de sua
época, Moisés.
Preparado para ser príncipe egípcio, Moisés foi instruído em toda
cultura Egípcia. Ali aprendeu a arte da política, da administração, da
sociabilização. Moisés conhecia a cultura hebréia e egípcia como
ninguém mais de sua época.
Tempos depois, vemos Moisés trabalhando como pastor dos rebanhos
de seu sogro Jetro. A Palavra de Deus diz que Jetro era de família
sacerdotal. Isso nos soa estranho, pois Deus ainda não tinha instituído
seus sacerdotes, mas o termo aplica-se a sacerdotes do Egito, Midiã
era terra de sacerdotes.
Temos, então um homem instruído por quarenta anos na cultura
egípcia, e outros quarenta aprendendo junto a cultura cúltica egípcia.
Não é de se admirar que Moisés relate, mais claramente a participação
celestial no processo de libertação do Egito. Deus já falava com
Moisés em níveis mais altos de revelação.
3. Influência Babilônica. – Com tudo, o que falamos sobre influência, é
fato inquestionável, e que nada se compara ao que fez a Babilônia com a
fé dos hebreus. Lá eles se desenvolveram financeiramente, socialmente
se tornaram independentes, prósperos, e criaram duas escolas que
marcaram o que se sabia das coisas de Deus, a saber : o Talmud e a
Qabalah.
Essas duas escolas formataram o que sabemos hoje de anjos que é
relatado nas escrituras. O talmud é um estudo mais clássico da Lei, que
é chamado de Lei Oral. É, ainda hoje, uma escola respeitada em Israel.
E a Qabalah, é o estudo místico da Lei, e que, consequentemente,
mistificou todo conhecimento da lei oral. Toda a discussão que
apreendemos da Lei a fazemos com base no que estas escolas
discutiram. Da escola do Talmud destaca-se Hilel, e da escola da
Qabalah destaca-se Hermes.
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A POSSÍVEL HIERARQUIA ANGELICAL.
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próximos, outros mais distantes, mas todos igualmente importantes no serviço
ao Senhor.
Dionísio, o aeropagita, classificou os anjos em nove coros pertencentes a
três hierarquias ou ordens. Não podemos ser tão extremistas, levando os
termos apresentados na Bíblia a este ponto. Podemos concordar com o teólogo
Berkhof em que as designações principados, potestades, poderes, tronos,
dominações, não indicam diferentes classes angelicais, mas , simplesmente
diferenças na autoridade ou dignidade entre os anjos.
Entendendo como o pregador do evangelho Billy Graham, poderemos ver
os anjos como que detendo poder em limite a sua função expressa do Senhor.
Assim, cada um está limitado ao poder recebido por Deus para realizar sua
função estabelecida.
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Dionísio, Tomás de Aquino e outros aceitam que eles estão mais
próximos de Deus do que qualquer outro anjo, contemplam e vivem do
amor divino, abrasando-se cada vez mais nesse fogo celestial. Amam a
Deus sem limites, sem medidas e sem fim. Segundo Dionísio sua
função os tornam mais próximos de Deus, mas para Agostinho os
querubins é que estão mais próximos, pois que guardam a presença do
Senhor.
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GRAHAM., Billy. Anjos: os agentes secretos de Deus. P. 45
CHAMPLIN., R. N. o Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Vol 5. P.96
FILHO., Tácito da Gama Leite. Anjos – Juerp. P. 47
LEOCÁDIO., Israel Da Silva. Pesquisa de funções angelicais. - steb
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