Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
1. O QUE É DOUTRINA
2. CONCEITO DE ANGELOLOGIA
3. QUEM CRIOU OS ANJOS E QUANDO ELES FORAM CRIADOS
4. A NATUREZA DOS ANJOS
5. ONDE ESTÃO OS ANJOS E QUAL POSIÇÃO OCUPAM
6. OS ANJOS, SUAS FUNÇÕES E MINISTÉRIO
7. O CARÁTER DOS ANJOS
8. A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
9. ALGUNS PENSAMENTOS ACERCA DA ANGELOLOGIA
10. QUEM SÃO OS FILHOS DE DEUS (Gênesis 6)
11. SATANALOGIA
12. DEMONOLOGIA
CONCLUSÃO
2
INTRODUÇÃO
3
oportunidade sempre está aberta, para que todo o tipo de mente, interprete, a seu
modo, a ação angelical. No comentário sobre o fascínio causado pelo tema, a Bíblia
de Estudo de Genebra lembra que:
1
Bíblia de Estudo de Genebra – Versão Revista e Atualizada – Cultura Cristã/SBB: 1999.
4
Neste estudo, nossa procura é entender, à luz das Sagradas Escrituras, o
papel destes seres na vida do ser humano e da Igreja, não negligenciando o que ela
nos diz. Segundo Lúcio Pires, três aspectos da negligência da doutrina são
evidenciados neste caso:
[a] Desde a antigüidade, os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl 2.18);
depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos rituais de
bruxarias com culto aos anjos, e agora em nossos dias, os estudos cabalísticos
personalizados no meio esotérico e místico, ensinam novamente o culto aos
anjos, por meio de bruxos sofisticados e modernos. Sabendo que antes de
tudo, a existência e ministério dos anjos são fartamente ensinados nas
escrituras, por isso, não podemos negligenciar os ensinamentos sagrados. [b]
A evidência de possessão demoníaca e adoração a demônios de forma
veemente em nossos dias. O apóstolo Paulo parece travar grande luta com a
grande idolatria que considerava adoração a demônios (1Co 10.19-21). Nos
últimos dias, esta adoração aos demônios e a ídolos deve aumentar bastante
(Ap 9.20-21). A negligência deixa de existir para dar lugar à um crescente
pensamento sobre o assunto, especialmente do lado do mal. Não podemos
negligenciar tal doutrina. [c] A prática acentuada do espiritismo que crescerá
assustadoramente nos últimos dias, conduzindo homens, mulheres e crianças
a profundos caminhos de trevas e cegueira espiritual (1Tm 4.1-2). E ainda a
obra de satanás e dos espíritos maléficos, atrapalhando o progresso da graça
em nossos próprios corações e a obra de Deus no mundo (Ef 6.12).2
2
PIRES, Lúcio. Angelologia – A doutrina dos anjos. Disponível em http://solascriptura-
tt.org/Angelologia/AngelologiaDoutrinaAnjos-CursoLucio.htm. Acesso: 05.06.2010.
5
1. O QUE É DOUTRINA
6
fundamentais a serem transmitidas, ensinadas”. Ressalto que doutrina do latim
doctrina, significa “ensino, instrução dada ou recebida, arte, ciência, doutrina,
teoria, método.” [4] Quando falamos de doutrina bíblica estamos falando do
ensino das Sagradas Escrituras. A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus e,
portanto, o ensino das Sagradas Letras, nada mais é que o puro ensino da
Bíblia, o ensino da palavra de Deus, o ensino de Deus ao homem, acerca da
salvação do homem, de Jesus Cristo, o Senhor e Salvador, do Espírito Santo,
o consolador, da Criação dos céus e da terra, do pecado, da origem, queda,
restauração e destino final do homem, missão e destino da Igreja e do porvir.
Portanto, doutrina é o ensino que Deus concede ao homem a partir da sua
poderosíssima palavra da revelação de Deus à humanidade caída em pecado,
que está inserida nas Sagradas Escrituras. [5] É um conjunto de princípios
que, tendo como base as Sagradas Escrituras, orienta o nosso relacionamento
com Deus, com a Igreja e com os nossos semelhantes. 3
3
BARBOSA, Deusimar. Manancial das Doutrinas Bíblicas - Fortalecendo e edificando a nossa
fé sobre o fundamento dos apóstolos e de Cristo. Disponível em:
http://profdeusimarbarbosa.blogspot.com/2009/07/deusima
r-barbosa-manancial-das.html. Acesso: 02.01.2014.
7
dos homens; [i] Cristologia: O estudo de Jesus Cristo; [j] Bibliologia: O estudo da
Bíblia.
Um bom texto sobre a importância da doutrina bíblica para a vida cristã pode ser
verificada em http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2006/2006-04-
01.htm
QUESTÕES PROPOSTAS
2. Cite dois textos bíblicos que tratam sobre doutrina na Bíblia Sagrada e comente
sobre eles.
8
2. CONCEITO DE ANGELOLOGIA
9
forma arcaica “angeo”. Derivado importante para o uso da palavra anjo é
angelologia, “tratado sobre anjos”, da linguagem teológica.4
A Bíblia apresenta uma série de passagens que citam os anjos de forma direta,
e distribui estas referências da seguinte maneira:
a) Antigo Testamento
ii) Livros Históricos: Jz 2.1; Jz 2.4; Jz 5.23; Jz 6.11; Jz 6.12; Jz 6.20; Jz 6.21; Jz
6.22; Jz 13.3; Jz 13.6; Jz 13.9; Jz 13.13; Jz 13.15; Jz 13.16; Jz 13.17; Jz 13.18; Jz
13.19; Jz 13.20; Jz 13.21; 1Sm 29.9; 2Sm 14.17; 2Sm 14.20; 2Sm 19.27; 2Sm 24.16;
2Sm 24.17; 1Rs 13.18; 1Rs 19.5; 1Rs 19.7; 2Rs 1.3; 2Rs 1.15; 2Rs 19.35; 1Cr 21.12;
1Cr 21.15; 1Cr 21.16; 1Cr 21.18; 1Cr 21.20; 1Cr 21.27; 1Cr 21.30; 2Cr 32.21.
iii) Livros Poéticos: Jó 4.18; Jó 5.1; Jó 33.23; Jó 33.24; Sl 8.5; Sl 34.7; Sl 35.5; Sl
35.6; Sl 78.25; Sl 78.49; Sl 91.11; Sl 103.20; Sl 104.4; Sl 148.2; Ec 5.6.
b) Novo Testamento
4
Bíblia de Estudo de Genebra – Versão Revista e Atualizada – Cultura Cristã/SBB: 1999.
10
Lc 1.35; Lc 1.38; Lc 2.9; Lc 2.10; Lc 2.13; Lc 2.15; Lc 2.21; Lc 4.10; Lc 7.27; Lc 9.26;
Lc 12.8; Lc 12.9; Lc 15.10; Lc 16.22; Lc 20.36; Lc 22.43; Lc 24.23; Jo 1.51; Jo 5.4; Jo
12.29; Jo 20.12.
ii) Atos dos Apóstolos: At 5.19; At 6.15; At 7.30; At 7.35; At 7.38; At 7.53; At 8.26;
At 10.3; At 10.4; At 10.7; At 10.22; At 11.13; At 12.7; At 12.8; At 12.9; At 12.10; At
12.11; At 12.15; At 12.23; At 23.8; At 23.9; At 27.23.
iii) Epístolas Paulinas: Rm 8.38; 1Co 4.9; 1Co 6.3; 1Co 11.10; 1Co 13.1; 2Co 11.14;
2Co 12.7; Gl 1.8; Gl 3.19; Gl 4.14; Cl 2.18; 2Ts 1.7; 1Tm 3.16; 1Tm 5.21.
iv) Epístolas Gerais: Hb 1.4; Hb 1.5; Hb 1.6; Hb 1.7; Hb 1.13; Hb 2.2; Hb 2.5; Hb 2.7;
Hb 2.9; Hb 2.16; Hb 12.22; Hb 13.2; 1Pe 1.12; 1Pe 3.20; 2Pe 2.4; 2Pe 2.11; Jd 6.
QUESTÕES PROPOSTAS
3. Nas epístolas paulinas os anjos são citados por 14 vezes. Escolha uma dessas
referências e comente sobre ela, enfatizando a intervenção dos mesmos.
11
3. QUEM CRIOU OS ANJOS E QUANDO ELES FORAM CRIADOS
Nada existia antes da criação do mundo a não ser o próprio Deus, conforme
relata João 1.1-3: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez”. Deus é um ser eterno, infinito, que não pode ser
medido no tempo. Nada existe antes dele, o que nos leva ao entendimento que os
anjos foram criados por Ele. Em Colossenses 1.17, a Bíblia afirma que: “E ele é antes
de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
A Bíblia não dá uma resposta explícita sobre o tempo da criação dos anjos.
Eles foram criados por Deus. Os textos bíblicos de Neemias, Salmos e Colossenses
demonstram essa realidade: [a] Neemias 9.6: “Tu só és Senhor, tu fizeste o céu, o
céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo
quanto neles há; e tu os guardas em vida a todos, e o exército dos céus te adora”; [b]
Salmo 148.2-5: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos.
Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus, e as
águas que estão sobre os céus. Que louvem o nome do Senhor, pois mandou, e logo
foram criados”; [c] Colossenses 1.16: “Porque nele foram criadas todas as coisas que
há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele”.
Um argumento admitido por vários pensadores é que os anjos foram criados
imediatamente após Deus ter criado os céus e antes de ter criado a terra, de acordo
com Jó 38.4-7, quando afirma que eles, os anjos, assistiram à criação da terra. Os
anjos foram criados bons e santos, todos eles. À característica de “bom” entende-se
como quem possui qualidades que convêm à sua natureza ou destinação, e, “santo”,
aquele que é essencialmente puro, soberanamente perfeito. Gênesis 1.31: “E viu
12
Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia
sexto”.
Um bom texto sobre a origem dos anjos pode ser verificado em http://www.os-
puritanos.com/#!Os-Anjos-%C2%BB-Joel-Beeke/c21v1/5624c9c60cf2c3576e65
ec7d
QUESTÕES PROPOSTAS
1. Cite um texto bíblico e explique com suas palavras como os anjos foram criados.
3. Qual é a base bíblica para afirmar que os anjos foram criados por Deus?
13
4. A NATUREZA DOS ANJOS
Criatura, do latim “creatura”, é todo ser criado. Como já vimos, os anjos foram
criados por Deus, e, como tal, não aceitam adoração. Em Colossenses 2.18, a Bíblia
diz: “Ninguém vos domine ou prive da vossa recompensa a seu bel-prazer, com
pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando
debalde inchado na sua carnal compreensão”. Em Apocalipse 22.8,9, a Bíblia diz: “E
eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-
me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal,
porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as
palavras deste livro. Adora a Deus”.
O problema da adoração aos anjos tem sua origem no profundo respeito à eles
no judaísmo. A experiência de ver um anjo era considerada tão importante quanto ver
o próprio Deus (Gênesis 16.13; Gênesis 31.13; Êxodo 3.4; Juízes 6.14; Juízes 13.22).
É certo, porém, afirmar que alguns desses casos fossem a manifestação do próprio
Deus (teofania).
Também no judaísmo, encarava-se os anjos como mediadores entre Deus e
os homens (Ezequiel 40.3 e Zacarias 3), e a posição tão elevada naturalmente fez
com que alguns os adorassem. No texto de Colossenses, capítulo 2, versículo 18,
14
existia uma doutrina denominada de “culto aos anjos”. Ensinava-se que era
necessário adorar e reverenciar os anjos, pois eles eram mediadores entre Deus e os
homens.
Para o gnosticismo, filosofia religiosa que surgiu no início do cristianismo, Deus
era um ser distante, por isso, a necessidade da reverência aos anjos como
mediadores. Para os verdadeiros cristãos esta prática não era aceitável, de acordo
com Apocalipse 19.10: “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me:
Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de
Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.
Adoração é prestação de culto, e deve ser uma atitude exclusiva para Deus,
conforme Deuteronômio 6.13 que diz: “O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás,
e pelo seu nome jurarás”, e, Mateus 4.10: “Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás,
porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás”. Um problema
verificado também é a oração aos anjos. Não se trata de adoração, mas de falar com
anjos através da oração, Jesus ensinou os seus discípulos orarem, apresentando um
modelo, que está descrito em Mateus 6.9-13: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso,
que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua
vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-
nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos
induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória,
para sempre. Amém!”
A oração deve ser dirigida a Deus. Orar a qualquer pessoa que não seja Deus
não encontra base bíblica. Se alguém ora para um anjo, atribui-se a este anjo uma
posição de igualdade com Deus. Em Hebreus 1.4, Cristo é apresentado como superior
aos anjos: “... feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais
excelente nome do que eles”.
15
de princípio imaterial. Trata-se de algo incorpóreo e inteligente. Efésios 6.12 evidencia
a característica incorpórea dos anjos, ao dizer: “porque não temos que lutar contra
carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais”.
A ideia básica da palavra "espírito", por incrível que possa parecer, vem de
"vento, ar". Realmente, tanto na língua hebraica quanto na grega, os vocábulos
que se traduzem por "vento, ar, hálito, alento, respiração, fôlego e espírito" são
os mesmos. Tanto faz dizer ruach, que é a palavra hebraica, quanto dizer
pneuma, que é grega. Sim; o ar é algo muito real, mas não podemos vê-lo a
olhos vistos, com perdão da redundância. Podemos? Mas ele é real: sabemos
que ele nos circunda, mas não o vemos. Assim são os espíritos, e assim são
os anjos: reais, mas não os vemos, puros espíritos. Filon de Alexandria os
chamava de "incorpóreos" (apesar de poderem aparecer em certas ocasiões
com corpos humanos). Mas a Bíblia prefere chamá-los de "espíritos", como
em hebreus 1.14, "espíritos ministradores".5
É verdade que, no aparecimento dos anjos aos homens, eles assumiram uma
forma humana visível. Este fato, entretanto, não prova a sua materialidade;
pois os espíritos humanos no estado intermediário, embora desincorporados,
tem em seu relacionamento com o corpo aparecido em forma humana
material: como Moisés, no Monte da Transfiguração, também Elias foi
reconhecido como homem; e os anciãos que apareceram e conversaram com
João no Apocalipse, também tinham forma humana (Apocalipse 5.5; 7.13).
Mas tais aparições não podem absolutamente decidir. Teologicamente não há
nenhuma incongruência ou improbabilidade de uma natureza material
refinada. O céu sem dúvida é adequado para habitação de tais seres. Enoque
e Elias foram levados ao céu em corpo e alma pela transladação; a
humanidade glorificada de nosso Senhor está entronizada ali; e os anjos,
5
BAPTISTA, Walter Santos. Espíritos Ministradores. Disponível em
http://www2.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/anjos002.htm. Acesso: 26.09.2010.
16
embora revestidos de uma estrutura material, podem habitar na presença
divina esplendorosa... Mas, como existe uma lei de adaptação, a grosseira
materialidade da ”carne e sangue” não pode penetrar naquela região de bem-
aventurança. Deduzimos, então, que se os anjos estão revestidos de uma
natureza que exclui tudo o que envolve a possibilidade da deterioração e
qualquer relacionamento com os apetites e desejos animais”. Charles Hodge
lembra que ficou decidido no Concílio reunido de Nice, em 784 a.D., que os
anjos possuíam corpos compostos de éter ou luz; opinião considerada e
apoiada pelos textos de Mateus 28.3 e Lucas 2.9, além de outros que se
referem à sua aparência luminosa, bem como da glória que os acompanha. Já
o Concílio de Laterano, em 1215 a.D., decidiu que os anjos eram incorpóreos,
decisão essa aceita pela Igreja. A Bíblia Sagrada, a inerrante Palavra de Deus
não lhes atribui nenhuma espécie de corpo, portanto, nada diz sobre a
substância desses espíritos angélicos. Entretanto, pelo fato de serem seres
espirituais, os anjos podem assumir forma humana que pode tocar e ser
tocada, bem como comer alimentos sólidos como os três anjos que
apareceram a Abraão (Gn 18.1-8). Semelhante experiência teve Ló, seu
sobrinho: “E vieram os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à
porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se
com o rosto à terra...E porfiou com eles muito, e vieram com ele, e entraram
em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e
comeram...Aqueles homens porém estenderam as suas mãos e fizeram entrar
a Ló consigo na casa, e fecharam a porta”.6
Imortal é o que não tem fim, ou, que não está sujeito à morte. Os anjos foram
criados (Neemias 9.6; Colossenses 1.16). Jesus falou acerca da imortalidade dos
anjos, em 1 Coríntios 15.40: “E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste
mundo casam-se e dão-se em casamento, mas os que forem havidos por dignos de
alcançar o mundo vindouro e a ressurreição dos mortos nem hão de casar, nem ser
6
Bíblia de Estudo de Genebra – Versão Revista e Atualizada – Cultura Cristã/SBB: 1999.
17
dados em casamento; porque já não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos e
são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição”.
Os conceitos de imortalidade e eternidade são distintos. Imortalidade é a
continuidade no tempo, ou seja, algo que teve um princípio determinado e não terá
fim, significa, “sem morte”. Eternidade significa aquilo que não tem começo e nem fim.
De acordo com Lucas 20.34-36, são os anjos imortais, ou seja, não são sujeitos à
dissolução, ou putrefação (estado de decomposição que sofrem os corpos orgânicos
depois de mortos, deteriorização), tendo em vista que seus corpos são imateriais.
i) Legião
iii) Multidão
iv) Milhares
18
Um grande número indeterminado. Daniel 7.10: “Um rio de fogo manava e saía
de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante
dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.” Hebreus 12.22: “Mas chegastes ao
monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de
anjos.” Apocalipse 5.11: “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos
animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de
milhares”.
v) Exército
São desprovidos de sexo, não podem propagar sua espécie. Desde que foram
criados, mantém o mesmo número, e isto está evidenciado em Lucas 20.34-36: “E,
respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em
casamento, mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro e a
ressurreição dos mortos nem hão de casar, nem ser dados em casamento; porque já
não podem mais morrer, pois são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos
da ressurreição”.
Os anjos foram criados de uma única vez e de forma simultânea. Esta criação
está descrita em Colossenses 1.16: “porque nele foram criadas todas as coisas que
há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele”. Por essa razão são
imutáveis, não podendo aumentar, nem diminuir o seu número, uma vez criados, os
seres celestiais jamais morrem, conforme afirmou o Senhor Jesus.
Embora seus nomes indiquem o gênero masculino, verifica-se por intermédio
da semântica que eles não possuem gênero. A semântica é uma parte da lingüística
que estuda os significados das palavras e dos signos (imagens), ou seja, a relação
dos signos com aquilo que eles significam numa determinada língua. É o estudo do
significado, em todos os sentidos do termo. Tal discussão ocorre, pelo fato da Bíblia
mencionar aparições de anjos, em alguns casos, na forma humana. Por isso muitos
19
vinculam estes seres celestes, os anjos, à homens e associam suas características
como semelhantes às humanas.
O uso da expressão “mal’akh”, que traduzida significa anjo, indica uma
criatura. Esta criatura não é deste mundo natural. A escritura, no seu original, cita a
essência destes seres, indicando suas qualidades e características. Em Zacarias 5.9,
são representados na figura de mulheres. Embora sejam os anjos seres pessoais,
apenas dois são revelados possuindo um nome designativo de pessoalidade e que
representa suas funções: Gabriel (gabri’el), que quer dizer, “herói de Deus”, conforme
Daniel 8.16 e Lucas 1.26, e, Miguel (mika’el), que significa, “quem é como Deus?”, de
acordo com Daniel 8.13, Daniel 8.21 e Judas 9.
20
compreendem plenamente: os sofrimentos de Cristo e a nossa salvação, conforme 1
Pedro 1.12: “Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles
ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo
Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os
anjos desejam bem atentar”.
QUESTÕES PROPOSTAS
2. Qual a base bíblica para afirmar que anjos são seres incorpóreos e inteligentes?
21
5. ONDE ESTÃO OS ANJOS E QUAL POSIÇÃO OCUPAM
Em Marcos 13.32, a Bíblia relata que os anjos estão no céu: “Mas, daquele Dia
e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.”
Este texto sugere o céu propriamente dito como habitação dos anjos. Porém, outros
textos bíblicos informam que os anjos desempenham atividades em todo o universo,
não se limitando apenas ao céu, conforme Isaías 6.1; Daniel 9.21; Apocalipse 7.2 e
Apocalipse 10.1.
“Céu” é um vocábulo de origem grega “ouranos” e de origem hebraica
“shamayim”, que denotam vários significados. Basicamente refere-se este vocábulo
“céu”, do ponto de vista bíblico, como sendo o céu natural e o local da habitação de
Deus e seus anjos santos.
Em Efésios 3.10, outra passagem bíblica nos informa que os anjos habitam o
céu: “... para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida
dos principados e potestades nos céus,” Em Gálatas 1.8, Paulo fala de um anjo vindo
do céu: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho
além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”.
Os anjos habitam as regiões celestiais. Para Russell Norman Champlin, quatro
pontos destacam as regiões celestiais. São elas: [i] Efésios 1.20 – Habitação de Deus
Pai e de Deus Filho; [ii] Efésios 2.6 – Moradas dos remidos, os quais são descritos
como quem está assentado nas regiões celestiais em companhia de Cristo; [iii]
Efésios 3.10 – Habitações dos seres angelicais de todas as ordens; [iv] Efésios 6.12
– Habitações de seres espirituais decaídos que se encontram nas regiões celestiais.
Em relação aos anjos caídos, temos também informações importantes na
Bíblia Sagrada sobre onde estão:
22
estão confinados, alguns estão temporariamente assim, enquanto outros estão
confinados permanentemente no Tártaro (2 Pedro 2.4 e Judas 6). Os gregos
pensavam no Tártaro como um lugar de castigo mais baixo do que o hades.
Aqueles temporariamente confinados estão no abismo (Lucas 8.31;
Apocalipse 9.1-3, 11), aparentemente alguns foram destinados para lá a fim
de esperar o julgamento final enquanto que os outros serão soltos para agirem
na terra (vv. 1-3, 11, 14; 16:14). Judas também fala de uma habitação dos
anjos: Judas 1.6: “E os anjos que não mantiveram o seu principado, mas
abandonando a sua própria habitação, Ele os manteve em prisões eternas sob
as trevas até o julgamento daquele grande dia”. Ao debater o significado desta
passagem, vemos que os anjos não só têm um domínio ou área de domínio
designada para eles, mas um lugar de habitação.7
7
RYRIE, Charles Caldwell. Teologia Básica ao Alcance de Todos. São Paulo: Mundo Cristão,
2004.
23
seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-
se à destra da Majestade, nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos,
quanto herdou mais excelente nome do que eles”.
Em Colossenses 1.16,17, a Bíblia nos mostra novamente esta superioridade:
“... porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades;
tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele”. Em Hebreus, a superioridade de Cristo em relação aos anjos, é
verificada por diversas vezes, conforme Hebreus 1.4-14; 2.1-18.
O autor da carta aos Hebreus, iniciando seu escrito, fala acerca de três tipos
de emissários que Deus enviou ao mundo para transmitir a sua revelação: os
profetas, os anjos e o Filho. Comparando-se os profetas e os anjos, deve se
deixar claro que os primeiros foram muito usados por Deus, falando com
autoridade e convicção. Entretanto, seus oráculos, mesmo sendo da parte de
Deus, nem sempre eram bem recebidos. A rebeldia dos ouvintes fez com que
diversos profetas fossem assassinados, desprezados e passassem por
adversidades. No caso dos anjos, não há relatos de terem sido desprezados
ou apedrejados, pois eram tidos em grande temor por serem figuras
sobrenaturais. (Note que as diversas aparições dos seres celestes causavam
muito medo, motivo este que levava os anjos a começarem seus diálogos com
a expressão “Não temas”.) Comunicações que exigiam decisão de uma
pessoa eram transmitidas por anjos (veja os exemplos de Abraão, Gideão e
Ló). Se o povo ouvia os anjos com certo grau de temor, mais temor deveriam
ter diante do Filho de Deus, por ser este maior do que os anjos. Ele criou todas
as coisas, inclusive os anjos. Se o povo reverenciava os mensageiros celestes,
estes, por sua vez, reverenciavam o Filho. O mundo vindouro não foi deixado
sob os cuidados dos anjos, mas de Jesus. Eles são “espíritos ministradores”,
que labutam em prol dos que “hão de herdar a salvação”, enquanto o Filho é
o próprio executor da salvação. Até na forma de tratamento, a designação
“anjos” é inferior ao “Filho”, pois são eles servos, criaturas, e Jesus é Senhor
e Criador. Partindo desses argumentos, o escritor anuncia a superioridade de
Jesus tanto sobre os profetas como sobre os anjos. O autor conclui que, se as
palavras ditas pelos anjos foram firmes e, no caso de transgredidas,
24
receberam punição, maior responsabilidade haverá para os que rejeitarem as
palavras do Filho de Deus, sem o qual não há salvação.8
Um bom texto sobre a superioridade de Cristo em relação aos anjos pode ser
verificado em http://www.revistafidelidade.com.br/Estudo%202%20-
%20%20SUPREMACIA%20DE%20CRISTO.pdf
QUESTÕES PROPOSTAS
8
LIMA, Elinaldo Renovato. Cristo, Superior a Moisés. Lição Bíblica de Jovens e Adultos -
HEBREUS. – CPAD, Rio de Janeiro: p.15,16. 3o trimestre, 2001.
25
6. OS ANJOS, SUAS FUNÇÕES E MINISTÉRIO
a) Função
Função ordinária
[i] Salmo 148.1: “Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde os céus, louvai-o nas
alturas”.
[ii] Isaías 6.3: “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o
Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”.
[iii] Hebreus 1.6: “E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos
os anjos de Deus o adorem”.
[iv] Apocalipse 5.11-13: “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos
animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de
milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber
o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi
26
a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a
todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono e ao
Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre”.
Função extraordinária
27
[1] Anunciar e avisar de antemão (Gn 18.9; Jz 3.2-4; Lc 1.13,30; Lc 2.8-15; Ap
1.22); [2] Guiar e instruir (Gn 24.7,20; Gn 28.12-15; Ex 14.19; Ex Ex 23.20; Nm
20.16; At 7.38,53; Gl 3.19); [3] Interpretar visões (Zc 1.9,19; Dn 7.16; Ap 17.7);
[4] Guardar e defender, o que explica os anjos guardiões e seus serviços (Sl
34.7; Gn 32.24; Ex 14.19; Nm 22; 2Rs 6.17; 1Cr 12.22; Dn 3.28; Dn 6.22; Sl
91.11; Dn 10.13-11.1; Mt 18.10 e Ap 2 e 3 – onde a igreja é assessorada,
guiada, guardada e instruída por agentes angelicais especiais); [5] Ministrar
aos necessitados (Gn 21.17; Ex 3.7; 1Rs 19.5-7; Mc 1.13; Lc 22.43; Mt 28.2;
At 5.19; At 12.6-11); [6] Ajudar os homens atingirem seu destino (Hb 1.14); [7]
Assessorar no julgamento, tanto o temporal quanto o escatológico (At 12.23;
Mt 16.27; Mt 25.31; Lc 9.26; Lc 12.8,9; Mc 13.27) e [8] Adoração celeste, tanto
agora quanto no estado eterno (Is 6.3; Lc 2.13; Ap 19.1-3).
QUESTÕES PROPOSTAS
28
7. O CARÁTER DOS ANJOS
29
capacidade. Não temos autoridade para afrontar demônios. A Palavra nos diz
para resistí-los e eles fugirão.9
Você pode ler um bom texto sobre a alegria dos anjos quando um pecador se
arrepende em http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/festa-no-ceu
QUESTÕES PROPOSTAS
9
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. São Paulo: Vida. 2005.
30
1. O que a Bíblia fala sobre a emoção dos anjos?
31
8. A CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
a) O arcanjo Miguel
32
governa”. Tem o significado de “principal” ou “mais importante”, sugerindo assim um
“anjo-chefe”, “principal” ou “poderoso”.
i) Daniel 10.13: “Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um
dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali
com os reis da Pérsia”.
ii) Daniel 12.1: “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve,
desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo,
todo aquele que se achar escrito no livro”.
iii) Judas 9: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a
respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas
disse: O Senhor te repreenda”.
33
iv) Apocalipse 12.7: “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam
contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos”.
b) Gabriel
i) Daniel 8.16-27 – trazendo boas novas à Daniel: “E ouvi uma voz de homem nas
margens do Ulai, a qual gritou e disse: Gabriel, dá a entender a este a visão”.
c) Querubins
34
8 e Ezequiel 1) como criaturas viventes, o ministério dos querubins é o de vindicar
(exigir em nome da lei, reclamar, exigir) a santidade de Deus.
No livro de Ezequiel, capítulo 10, versículo 14, os querubins representam uma
perfeição de criaturas: “E cada um tinha quatro rostos: o rosto do primeiro era rosto
de querubim, e o rosto do segundo era rosto de homem, e do terceiro era rosto de
leão, e do quarto, rosto de águia”. Representam como tendo a força de um leão, a
inteligência de um homem, a rapidez de uma águia e um serviço semelhante ao
prestado por um boi.
O querubim representa a glória de Deus. No Jardim do Éden, a glória, a justiça
e a santidade de Deus guardavam o local. Em Gênesis 3.24, Deus utilizou-se na
guarda do jardim de querubins: “E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao
oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar
o caminho da árvore da vida”.
No confronto entre Ezequiel 1.10 e Apocalipse 4.7, observamos que são eles
que lideram todos os seres na adoração à Deus. 68 passagens bíblicas fazem
referência aos querubins: Gn 3.24; Êx 25.18; Êx 25.19; Êx 25.20; Êx 25.22; Êx 26.1;
Êx 26.31; Êx 36.8; Êx 36.35; Êx 37.8; Êx 37.9; Nm 7.89; 1Sm 4.4; 2Sm 6.2; 1Rs 6.23;
1 Rs 6.24; 1Rs 6.25; 1Rs 6.27; 1Rs 6.28; 1Rs 6.29; 1Rs 6.32; 1Rs 6.35; 1Rs 7.29;
1Rs 7.36; 1Rs 8.6; 1Rs 8.7; 2Rs 19.15; 1Cr 13.6; 1Cr 28.18; 2Cr 3.7; 2Cr 3.10; 2Cr
3.11; 2Cr 3.12; 2Cr 3.13; 2Cr 3.14; 2Cr 5.7; 2Cr 5.8; Sl 80.1; Sl 99.1; Is 37.16; Ez 10.1;
Ez 10.2; Ez 10.3; Ez 10.4; Ez 10.5; Ez 10.6; Ez 10.7; Ez 10.8; Ez 10.9; Ez 10.14; Ez
10.15; Ez 10.16; Ez 10.18; Ez 10.19; Ez 10.20; Ez 11.22; Ez 41.18; Ez 41.20; Ez
41.25; Hb 9.5.
d) Serafins
35
do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-
me aqui, envia-me a mim”.
e) Anjos Eleitos
g) Tronos
h) Dominações ou soberanias
i) Principados
36
Os vocábulos principados e potestades são empregados para indicar seres
bons e seres espirituais malignos. R. N. Champlin supõe um governo de reinos,
províncias ou governantes sobre nações.
j) Potestades
k) Anjo do Senhor
37
Quase todos os casos de teofania são encontrados no Antigo Testamento,
embora existam casos no Novo Testamento. São eles:
i) Mateus 3.16,17
Voz Celeste e pomba no batismo de Jesus: “E, sendo Jesus batizado, saiu
logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo
como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo”.
Voz ouvida durante a transfiguração: “E, estando ele ainda a falar, eis que uma
nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; escutai-o”.
Voz do céu na semana da paixão: “Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma
voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado e outra vez o glorificarei”.
v) Atos 9.3
Aparição de uma luz à Paulo: “E, indo no caminho, aconteceu que, chegando
perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu”.
A expressão “Anjo do Senhor” é verificada diversas vezes no Antigo
Testamento: Gn 16.7; Gn 16.9; Gn 16.10; Gn 16.11; Gn 22.11; Gn 22.15; Gn 24.7; Gn
24.40; Ex 3.2; Nm 20.16; Nm 22.22; Nm 22.23; Nm 22.24; Nm 22.25; Nm 22.26; Nm
22.27; Nm 22.31; Nm 22.32; Nm 22.34; Nm 22.35; Jz 2.1; Jz 2.4; Jz 6.11; Jz 6.12; Jz
6.20; Jz 6.21; Jz 6.22; Jz 13.3; Jz 13.13; Jz 13.15; Jz 13.16; Jz 13.17; Jz 13.18; Jz
38
13.19; Jz 13.20; Jz 13.21; 1Sm 29.9; 2Sm 14.17; 2Sm 14.20; 2Sm 19.27; 2Sm 24.16;
1Rs 13.18; 1Rs 19.7; 2Rs 1.3; 2Rs 1.15; 2Rs 19.35; 1Cr 21.12; 1Cr 21.15; 1Cr 21.16;
1Cr 21.18; 1Cr 21.27; 1Cr 21.30; 2Cr 32.21; Sl 34.7; Sl 35.5; Sl 35.6; Sl 89.5; Sl
103.20; Sl 138.1; Is 37.36; Zc 1.9; Zc 1.11; Zc 1.12; Zc 1.14; Zc 3.1; Zc 3.2; Zc 3.3; Zc
3.5; Zc 3.6; Zc 6.4; Zc 6.5; Zc 12.8; Ml 2.7.
39
o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êx 3.6; ver Gn 16.7 nota; Êx 3.2 nota).
[4] Porque o anjo do Senhor está tão estreitamente identificado com o próprio
Senhor, e porque ele apareceu em forma humana, alguns consideram que ele
era uma aparição do Cristo eterno, a segunda pessoa da Trindade, antes de
nascer da virgem Maria.10
Ao contrário dos outros anjos, o “Anjo do Senhor” aceita adoração e tem poder
para comutar pecados (Êxodo 23.20-23).
QUESTÕES PROPOSTAS
1. O que é teofania?
10
Bíblia de Estudo Pentecostal – Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
40
9. ALGUNS PENSAMENTOS ACERCA DA ANGELOLOGIA
a) Escolástica
b) Saduceus
Os saduceus eram membros de uma seita judaica (fim do século II a.C. até o
século I d.C.). Em sua maioria, eram sacerdotes e ricos aristocratas.
Eles negavam a existência do mundo espiritual, conforme Atos 23.8: “Porque
os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus
reconhecem uma e outra coisa”; não criam na ressurreição dos mortos nem na vida
futura, conforme Mateus 22.23: “No mesmo dia, chegaram junto dele os saduceus,
que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram” , e aceitavam como canônicos
apenas os livros de Moisés.
c) Racionalismo
41
É um pensamento filosófico que enfatiza a capacidade humana em responder
questões através da razão. Vê a crença nos anjos como uma forma de politeísmo
primitivo que teve sua evolução no judaísmo.
d) Materialismo
QUESTÕES PROPOSTAS
42
10. QUEM SÃO OS FILHOS DE DEUS (Gênesis 6)
43
homens” seriam o produto da evolução, e os “filhos de Deus” são os
descendentes de Adão e Eva. [b] Anjos: Segundo alguns manuscritos da
Septuaginta (versão da Bíblia hebraica para o grego “koiné”), “anjos” está
traduzido no lugar de filhos de Deus. [c] Homens em geral: Closem explicava
que por esta expressão se entende “os homens em geral”, que assim se
designam por terem sido feitos à imagem e semelhança de Deus. O pecado,
segundo Closem, não residia no fato do matrimônio, porém na desordem em
que viviam e que degenerou na poligamia. [d] Magnatas ou Príncipes: A
versão de Símaco (uma das versões gregas do Velho Testamento) traduz a
expressão “filhos de Deus” por magnatas ou príncipes. Fazem o mesmo o
Targum de Onkelos e Jonatã. [e] Homens piedosos: Eram os homens
piedosos, que pelo voto de castidade se consagraram a Deus. Isso vai contra
a cultura judaica. Era uma benção e alegria ter muitos filhos. A idéia de que o
estado de solteiro seria mais agradável surgiu muitos séculos depois com o
catolicismo romano. [f] Homens comuns: Entende como sendo uma
referência do casamento entre a linhagem de Sete e a linhagem de Caim.11
11
LIMA, Paulo César. Os temas mais difíceis da Bíblia. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembléias de Deus – CPAD, 1982.
44
e para ter-se o sentido que os judeus davam às passagens difíceis. Os Targuns
principais eram os de Onkelos sobre o Pentateuco e o de Jônatas ben Uzziel
sobre os profetas. Segundo o Talmude, Onkelos era amigo de Gamaliel e
companheiro de Paulo nos estudos, e, portanto, viveu pelo ano 70. O seu
Targum deveria antedatar o princípio do segundo século; mas geralmente se
diz que pertence a data posterior, isto é, ao princípio do segundo século. É um
Targum puramente literal. O de Jônatas Uzziel é, pelo contrário, perifrástico e
deve ser de data posterior. Os Targuns sobre o Hagiógrafo datam do undécimo
século.12
QUESTÕES PROPOSTAS
1. O que é um Targum?
12
BORGES, Daniel. Versões da Bíblia. Disponível em
http://www.dannybia.com/danny/cur_bibl/versões_bíblia.htm. Acesso: 17.03.2009.
45
2. O que caracterizava a linha de Sete de acordo com Champlin?
46
11. SATANALOGIA
47
primeiro versículo de Gênesis se refere à criação do universo inteiro, daí a narrativa
se limitar às origens da terra, e depois à história da raça humana. Compreende-se,
porém, que há uma alusão à pessoa de Satanás e que a soberba entrega a pessoa
nas mãos dele”.
i) Satanás
ii) Abadom
Opõe-se aos crentes diante de Deus (Apocalipse 12.10): “E ouvi uma grande
voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso
Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o
qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.
iv) Adversário
Opositor (1 Pedro 5.8): “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário,
anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.
v) Anjo do Abismo
48
(Apocalipse 9.11): “E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o
seu nome Abadom, e em grego Apoliom”.
vii) Apoliom
viii) Assassino
(João 8.44): “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de
vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não
há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso, e pai da mentira”.
ix) Belzebu
O senhor das moscas (Mateus 12.24): “Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam:
Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios”.
x) Belial
(2 Coríntios 4.4): “... nos quais o deus deste século cegou os entendimentos
dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo,
que é a imagem de Deus”.
49
xii) Diabo
Satanás juntamente com uma multidão de demônios (Efésios 6.12): “... porque
não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra
as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.
(Efésios 2.2): “... em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos
filhos da desobediência”.
Criatura destruidora (Apocalipse 12.3): “E viu-se outro sinal no céu, e eis que
era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as
cabeças, sete diademas”.
xvi) Inimigo
xvii) Maligno
xviii) Mentiroso
50
Perverte a verdade (João 8.44): “Vós tendes por pai ao diabo e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou
na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe
é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.
xx) Serpente
xxi) Tentador
b) Descrição de Satanás
i) Sutil (Gêneis 3.1): “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo
que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não
comereis de toda árvore do jardim?”
iii) Senhor dos reinos e da glória do mundo (Mateus 4.8): “Novamente, o transportou
o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória
deles”.
iv) Cheio de todo engano e de toda malícia, inimigo de toda justiça, aquele que
perverte os retos (Atos 13.10): “Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a
51
malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do
Senhor?”
v) Tem poder, sinais e prodígios (2 Tessalonicenses 2.9): “... a esse cuja vinda é
segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira”.
vi) Pecador desde o princípio (1 João 3.8): “Quem comete o pecado é do diabo, porque
o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer
as obras do diabo”.
vii) Sedutor de todo o mundo (Apocalipse 12.9): “E foi precipitado o grande dragão, a
antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”.
viii) Aparece como anjo de luz (2 Coríntios 11.14): “E não é maravilha, porque o próprio
Satanás se transfigura em anjo de luz”.
ix) Conduz seus seguidores (1 Timóteo 5.15): “Porque já algumas se desviaram, indo
após Satanás”.
x) Seus filhos são chamados de joio (Mateus 13.38): “... o campo é o mundo, a boa
semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno”.
c) Atividades de Satanás
i) Incitar (1 Crônicas 21.1): “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a
numerar a Israel”.
ii) Passear pela terra (Jó 1.7): “Então, o Senhor disse a Satanás: De onde vens? E
Satanás respondeu ao Senhor e disse: De rodear a terra e passear por ela”.
iii) Causar enfermidades físicas (Jó 2.7): “Então, saiu Satanás da presença do Senhor
e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça”.
iv) Cegar pessoas (Lucas 13.16): “E não convinha soltar desta prisão, no dia de
sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás mantinha presa?”
52
v) Cegar espiritualmente (2 Coríntios 4.4): “... nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da
glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.
vi) Lançar dardos inflamados (Efésios 6.16): “... tomando sobretudo o escudo da fé,
com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”.
vii) Impedir (1 Tessalonicenses 2.18): “Pelo que bem quisemos, uma e outra vez, ir
ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu”.
viii) Condenar e prender (1 Timóteo 3.6,7): “... não neófito, para que, ensoberbecendo-
se, não caia na condenação do diabo. Convém, também, que tenha bom testemunho
dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo”.
ix) Procura devorar (1 Pedro 5.8): “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.
x) Exemplos específicos (Gênesis 3.15; Mateus 4.1; Lucas 22.31; João 13.2,27; Atos
5.3 e Apocalipse 2.10).
d) Limitações de Satanás
i) Deve receber permissão de Deus (Jó 1.12): “E disse o Senhor a Satanás: Eis que
tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E
Satanás saiu da presença do Senhor”.
ii) Pode ser resistido (Tiago 4.7): “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele
fugirá de vós”.
iii) Pode ser vencido (1 João 2.13): “Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele
que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos
escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai”.
iv) Vencido pelo sangue do cordeiro (Apocalipse 12.11): “E eles o venceram pelo
sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até
à morte”.
53
v) Não pode tocar os que são nascidos de Deus (1 João 5.18): “Sabemos que todo
aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a
si mesmo, e o maligno não lhe toca”.
e) Destino de Satanás
ii) Esmagado pelo Deus de paz (Romanos 16.20): “E o Deus de paz esmagará em
breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
convosco. Amém!”
iii) Seu poder da morte destruído por Jesus (Hebreus 2.14): “E, visto como os filhos
participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para
que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”.
iv) Suas obras destruídas pelo filho de Deus (1 João 3.8): “Quem comete o pecado é
do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se
manifestou: para desfazer as obras do diabo”.
v) Preso por mil anos (Apocalipse 20.2): “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente,
que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos”.
vii) Solto para seduzir as nações (Apocalipse 20.7,8): “E, acabando-se os mil anos,
Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os
quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para
as ajuntar em batalha”.
viii) Lançado no lago de fogo (Apocalipse 20.10): “E o diabo, que os enganava, foi
lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre”.
54
ix) Julgado por Deus (João 16.11): “... e do juízo, porque já o príncipe deste mundo
está julgado”.
QUESTÕES PROPOSTAS
55
12. DEMONOLOGIA
13
OLIVEIRA, Raimundo F. Anjos, Homem e Pecado – O relacionamento das criaturas com o
criador. Campinas: EETAD.
56
demônios”. Eles são dotados de grande inteligência. Em Marcos 1.24, expressaram
conhecer bem quem era Jesus: “Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus”.
Os demônios possuem uma doutrina própria, de acordo com 1 Timóteo 4.1:
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da
fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”.
i) Procuram frustrar o plano de Deus (Daniel 10.13): “Mas o príncipe do reino da Pérsia
se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes,
veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia”.
ii) Causam enfermidades (Lucas 13.11): “E eis que estava ali uma mulher que tinha
um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava curvada e não podia de
modo algum endireitar-se”.
iii) Promovem falsas doutrinas (1 Timóteo 4.1): “Mas o Espírito expressamente diz
que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios”.
iv) Influenciam nações (Apocalipse 16.14): “... porque são espíritos de demônios, que
fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os
congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso”.
57
v) Possuem incrédulos (Lucas 8.27) “E, quando desceu para terra, saiu-lhe ao
encontro, vindo da cidade, um homem que, desde muito tempo, estava possesso de
demônios e não andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros”.
vi) Armam ciladas (Efésios 6.10,12): “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no
Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que
possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar
contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais”.
vii) Afligem (2 Coríntios 12.7): “E, para que me não exaltasse pelas excelências das
revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás,
para me esbofetear, a fim de não me exaltar”.
i) Podem causar mudez (Mateus 9.33): “E, expulso o demônio, falou o mudo; e a
multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel”.
iii) Loucura (Lucas 8.27): “E, quando desceu para terra, saiu-lhe ao encontro, vindo
da cidade, um homem que, desde muito tempo, estava possesso de demônios e não
andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros”.
iv) Cólera e homicídio (1 Samuel 18.11): “E Saul atirou com a lança, dizendo:
Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes”.
v) Mania de suicídio (Marcos 9.22): “E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água,
para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-
nos”.
vi) Uma vez de posse dum corpo, podem sair e entrar à vontade deles (Lucas 11.24):
“Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando
repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí”.
58
d) Destino dos demônios
i) Alguns que eram livres na época de Cristo foram lançados no abismo (Lucas 8.31).
ii) Alguns, agora confinados, serão soltos durante a tribulação (Apocalipse 9.1-11;
16.13,14).
iii) Serão para sempre lançados com Satanás no lago de fogo (Mateus 25.41).
Em Efésios 6.12, Paulo afirma que: “... não temos que lutar contra carne e
sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais.”
Em relação as artimanhas malignas, e sua ação sutil, John Stott diz que
“quando o Diabo se transforma em anjo de luz, geralmente somos apanhados sem
nada suspeitar. Isto porque raramente ele ataca desta forma, preferindo sempre as
trevas à luz. Por vezes ruge como leão, mas muito freqüentemente é sutil como a
serpente”.
Influência, do latim “influentia”, é o poder ou ação que alguém exerce sobre
outrem ou sobre certos fatos. Influência demoníaca, é, portanto, o poder maligno que
atua na mente do homem, influenciando ele com maus pensamentos.
Alguns exemplos de influência maligna estão em Atos 5.3,4: “Disse, então,
Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao
Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para
ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu
coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus”, e também em Mateus 16.23: “Ele,
porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são
dos homens”.
Possessão, do latim “possessione”, significa um “país sem independência”, ou,
“que está dominado”. É também o indivíduo que é integralmente dirigido por outro,
59
sem poder resistir. Possessão demoníaca é o controle exercido de forma integral no
homem, por um ou mais demônios, que habitam o corpo.
Opressão, do latim “oppressione”, é por definição “dificuldade de respirar”.
Significa também uma tirania exercida contra outrem. Opressão demoníaca é a
atuação maligna para afligir o homem, causar sofrimento.
QUESTÕES PROPOSTAS
2. Cite três obras e atividades dos demônios e explique cada uma delas.
60
3. Explique a diferença entre influência demoníaca, possessão demoníaca e opressão
demoníaca.
61
CONCLUSÃO
62
REFERÊNCIAS
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar. São Paulo: Editora Batista Regular, 1998.
Bíblia Shedd – Versão Revista e Atualizada. São Paulo: Vida Nova; Brasília:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1997.
CHAFER, Lewis Sperry. Systematic Theology, vol. 1, Part 3, Abridged Edition, João
F. Walvoord, Editor, Donald K. Campbell, Roy B. Zuck, Consulting Editors, Victor
Books, Wheaton, Ill., 1988.
DAVIDSON, Francis. O novo comentário da Bíblia. Volume II. São Paulo: Edições
Vida Nova, 1997.
GARDNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. São Paulo: Vida. 2005.
GRAHAM, Billy. Anjos – Os agentes secretos de Deus. São Paulo: Record, 1975.
LIMA, Paulo César. Os temas mais difíceis da Bíblia. Rio de Janeiro: Casa Publicadora
das Assembléias de Deus – CPAD, 1982.
63
OLIVEIRA, Raimundo F. Anjos, Homem e Pecado – O relacionamento das criaturas
com o criador. Campinas: EETAD.
RYRIE, Charles Caldwell. Teologia Básica ao alcance de todos. São Paulo: Mundo
Cristão, 2004.
SEEMANN, Michael. Angelologia Bíblica. In: D. João E.M. TERRA, SJ (coord.), Anjos
na Bíblia.Revista de Cultura Bíblica, Ano 38, VI. XIX, no. 15/76, São Paulo, 1995.
SILVA, Severino Pedro da. A doutrina bíblica dos anjos – Estudo sobre a natureza e
ofício dos seres celestiais. Rio de Janeiro/RJ: Casa Publicadora das Assembléias de
Deus – CPAD, 2003.
OUTRAS REFERÊNCIAS
64