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Março 2009
Empreendedor de emoções

Visionário e criativo, João Abreu vive quotidianamente a emoção de empreender, não apenas porque a
vocação empreendedora lhe está no espírito, mas também porque é a partir das emoções que se propõe a
motivar equipas, líderes e demais profissionais. Criada em 2007, a Academia das Emoções baseia a sua
actividade no conceito de “workart” para formar pessoas através das artes performativas. O conceito é
ímpar em Portugal e tem ainda pouca expressão a nível global, não fosse também João Abreu o único
português com formação avançada em Emotologia.

“As nossas propostas assentam na divulgação das modernas técnicas de Gestão da Motivação das Pessoas, a partir do
estudo da Emotização, do Auto-conhecimento e da aplicação dos Modelos de Optimismo, bem como no desenvolvimento
de propostas de formação comportamental com recurso às artes plásticas e à dramatização”, explica o líder da
Academia das Emoções. “Partimos, pois, de um conceito de ‘workart’, que tem como nota central o desenvolvimento da
expressão corporal, da liberdade de movimento, da autonomia, da ‘ludicidade’, da criatividade e da ‘interpretatividade’
inerentes à prática das artes, reconhecendo a sua importância no processo de relacionamento interpessoal em contexto
de trabalho e na formação integral dos indivíduos e das equipas”, acrescenta ainda João Abreu.

Uma coreógrafa, um maestro, um pintor, uma escritora, um actor, uma encenadora, um designer, um mágico e até um
piloto de avião constituem o painel de formadores desta inovadora empresa, que traça planos de intervenção artístico-
pedagógicos. Aplicar a arte na formação empresarial é um dos grandes desafios da Academia das Emoções, que fornece
“instrumentos operacionais nas áreas da gestão de projectos e da construção de equipas de trabalho em ambientes
competitivos e criativos”, conta João Abreu, para logo exemplificar: “actuamos através da apresentação das
similaridades entre o desempenho de um grupo musical ou de dança e a mecânica vital das estruturas organizacionais,
ressaltando as analogias entre, por exemplo, uma orquestra, um grupo coral e a empresa”.

Também voltado para o universo empresarial está o programa que a empresa designou “Open Mind” e que tem por
objectivo “desenvolver nas empresas um projecto para uma performance artística, que integra escrita criativa,
ilustração/pintura e performance/teatro”, refere o empreendedor de 41 anos, dando ainda conta de que há uma obra
colectiva final que surge como resultado dos três workshops previstos por este programa.

Formação multidisciplinar, carreira multifacetada

Para além de empresas de diversos sectores, a Academia das Emoções tem trabalhado com públicos tão diversos como
autarquias, associações, escolas e universidades. Públicos esses com os quais João Abreu já tem vindo a trabalhar ao
longo da sua multifacetada carreira profissional. Licenciado em Direito, o mentor da Academia das Emoções acabou por
focar-se na área do Marketing, ao cabo de uma pós-graduação e de um mestrado que o conduziram à docência
universitária. Actualmente, é professor no Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), mas já passou por
estabelecimentos de ensino superior como a Universidade Católica ou o Instituto Superior de Línguas e Administração
(ISLA).

Pós-graduado ainda em Recursos Humanos, o também director Científico e Tecnológico da Incubadora do Vale do Sousa
já passou igualmente pela direcção de formação da ANJE e foi chefe de Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de
Penafiel, tendo ficado responsável pelo Gabinete da Cultura. Na génese do projecto empresarial que recentemente
empreendeu, esteve a formação inicial e avançada em Emotologia, que frequentou na Cidade do Cérebro, em São
Paulo, Brasil.

Enquanto líder de uma empresa inovadora em terras lusas, João Abreu revela-se satisfeito com o sucesso da Academia
das Emoções, mas reconhece que há ainda algumas crises a ultrapassar no país. O empresário nortenho afirma que a
crise económica e financeira gerou um clima de contenção, que “tem aligeirado a procura destas soluções de médio
prazo”, mas o que mais lamenta é a “crise de mentalidades das empresas”, a qual João Abreu chega mesmo a definir
como a sua “principal concorrente”.

É precisamente no campo da mudança de mentalidades que o responsável máximo da Academia das Emoções realça a
actividade da ANJE, referindo que a associação “tem protagonizado inúmeras campanhas pioneiras de alteração de
mentalidades” junto dos diversos públicos. João Abreu destaca, a propósito, o facto da ANJE “ter arriscado apostas
sectoriais que outros não ousaram, como é o caso do Portugal Fashion” e não deixa de referir o “importante papel de
valorização formativa” levado a cabo pela associação.

[06.04.2009 12:15 - ANJE]

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