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RESUMO
O presente artigo é uma produção fundamentada em uma pesquisa de conclusão de
curso que aborda o custo de implantação da NR-18 em obras verticais na cidade de
São Luís-Ma. Partindo desse pressuposto, este artigo aborda o orçamento como
instrumento gerencial de controle dos itens correlacionados com a saúde e segurança
do trabalho em uma obra de construção civil, que por sua vez são regulamentados
pela norma supracitada. Nesse contexto, são abordados as principais definições e
abrangências sobre gerenciamento de projetos, controle e qualidade de um projeto,
orçamento, os custos em obras e os respectivos itens normativos referentes a saúde
e segurança do trabalho que influenciam o orçamento no que tange ao
contemporâneo das obras de construção civil. Por fim, de acordo com a abordagem
feita é demonstrado como o orçamento pode contribuir para o controle dos itens de
saúde e segurança do trabalho dentro de uma obra de construção civil vertical.
1 INTRODUÇÃO
_________________________
1. Artigo do curso de Engenharia Civil da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB).
2. Aluno do 10° período do curso de Engenharia Civil da UNDB.
3. Professor especialista, orientador.
2
Com base no contexto supracitado, este artigo tem por finalidade abordar
o orçamento como instrumento de controle dos itens de saúde e segurança do
trabalho dentro de uma obra de construção civil. Para isso é significativo conhecer os
conceitos correlacionados ao planejamento e controle de uma obra, além do
seguimento de saúde e segurança do trabalho na construção civil estabelecido pela
Norma Regulamentadora 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Construção Civil (NR-18).
Dessa forma, para suprir o objetivo este artigo apresenta cinco seções. A
primeira apresenta a introdução, a segunda o referencial teórico que dá sustentação
a pesquisa. Continuando, a terceira apresenta os procedimentos metodológicos, em
sequência a quarta, que apresenta os resultados e discursões para a pesquisa. Por
fim, são apresentados na quinta seção as considerações finais do artigo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
para o futuro. Além disso, destaca-se a singularidade dos processos, que são
executados de forma artesanal, apesar da grande evolução tecnológica presenciada
ao longo das últimas décadas.
Independente do planejamento e controle tratar com as incertezas das mais
diversas variáveis, é significativo está preparado para solucionar os futuros
problemas, respostas rápidas para os problemas é certificar a ininterrupção da
empresa no mercado. Dessa forma, é substancial compreender o contexto em que se
enquadra o planejamento e controle ao longo da vida útil de um projeto.
Na língua portuguesa existe duas conotações básicas para o termo projeto,
é significativo o entendimento dessas respectivas denotações para o prosseguimento
desta pesquisa. Segundo Yagizi (2009, p 124), “a tradução mais correta do inglês
project, que não significa, a rigor, projeto (lá denominado design) e sim projeção, do
latim projectio, que envolve, sobretudo, lançar adiante. Projetar uma ação é o mesmo
que planejá-la”.
Essa interpretação também é feita por Mattos (2010, p 31), nas seguintes
palavras:
2.2 Orçamento
Nesse contexto, Dias (2011, p 42) apresenta que composição analítica para
uma obra da seguinte forma:
i) Equipamentos
ii) Mão de obra suplementar;
iii) Produção da equipe;
iv) Materiais e subempreiteiros;
v) Transportes;
vi) Custo unitário direto;
vii) Bonificação ou BDI, inclusive as despesas indiretas;
viii) Custo unitário total.
i) Mão de obra:
a) Produtividade das equipes
b) Encargos sociais e trabalhistas
ii) Material:
a) Preço dos insumos
b) Impostos
c) Perda
d) Reaproveitamento
iii) Equipamento:
a) Custo horário
b) Produtividade
iv) Custos indiretos:
a) Pessoal
b) Despesas Gerais
c) Imprevistos
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCURSÕES
i) documentação;
ii) treinamentos;
iii) projetos;
iv) equipamentos de proteção coletiva (EPC);
v) equipamentos de proteção individual (EPI);
vi) Áreas de vivência e apoio (AV e apoio);
Tabela 1 – Check list dos itens referente a saúde e segurança do trabalho em uma obra de contrução
civil vertical, fundamentado nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
NR ITEM DESCRIÇÃO GRUPO (S)
1 1.7 Ordens de serviço. Documentação
4 4.17.1 Registro do SESMT, no Ministério do Trabalho. Documentação
5 5.32 Treinamento de Prevenção de Acidentes de trabalho par Treinamento
a Cipeiros. (20h)
5 5.38 Processo eleitoral da CIPA, protocolo do processo eleitoral Documentação
no Sindicatos dos trabalhadores.
6 6.6.1- d) Treinamento de uso adequado, guarda e conservação de Treinamento
EPI.
6 6.6.1-h) Registro de fornecimento de EPI. Documentação
6 6.3 Fornecimento de EPI, de acordo com o risco que o trabal EPI
hador está exposto.
7 7.3.1 PCMSO Documentação
7 7.4.1 ASO – Exames médicos para cada trabalhador, compostos Documentação
de exames físicos e complementares para cada função de
acordo com o PCMSO.
9 9.1.1 PPRA. Documentação
10 10.8.8 Treinamento de segurança em serviços envolvendo eletri Treinamento
cidade.
(40h)
11 11.1.5 Treinamento para operadores de equipamentos de Treinamento
transporte com força motriz própria, tais comoempilhadeira,
retroescavadeira, guindaste, grua, entre outros.
18 18.2.1 Comunicação Prévia Documentação
18 18.3.1 PCMAT; Programa Educativo Documentação
18 18.3.4-b) Projetos das Proteções Coletivas. Projetos
18 18.4.1 Áreas de viência AV e Apoio
18 18.6.6 Escavações com profundidade maior que 1,25m. Projetos
18 18.6.14 Operador de bate-estaca. Treinamentos
18 18.7.1 Operação Treinamentos
com uso de serra e equipamentos de carpintaria.
18 18.8.5 Proteções de ponta de vergalhões. EPC
18 18.12.2 Proteção de escadas de uso coletivo por corrimão e roda EPC
pé.
16
18 18.13.1 Proteção coletiva onde houver risco de queda de materiai Projetos / EPC
s e de trabalhadores.
18 18.13.4 Proteção vertical a partir da primeira laje, quando rígida d Projetos / EPC
eve utilizar sistema de guarda-corpo e rodapé.
18 18.13.6 Instalação de plataforma principal em edificações com m Projetos / EPC
ais de quatro andares ou
altura equivalente, a ser instalada no mínimo a um pé dir
eito acima do nível do terreno.
18 18.13.7 Instalação de plataformas secundárias a partir da platafor Projetos / EPC
ma principal de três em três lajes.
18 18.13.9 Instalação de tela de proteção entre plataformas principal EPC
e secundária ou entre secundárias.
18 18.14.1.2 Equipamentos de transporte de materiais e pessoas. Projetos
18 18.14.2.1 Os operadores de equipamentos de transporte de Treinamentos
materiais e pessoas devem ter o ensino fundamental
completo e devem receber qualificação e treinamento.
18 18.15.1 Andaimes. Projetos
18 18.15.2.7- a) Montagem de andaimes. Treinamentos
18 18.15.2.7 – b) Trabalho em altura. EPI
18 18.15.56 Pontos de ancoragem. Projetos
18 18.18.1 Ancoragem para movimentação em telhados Projetos
18 18.20.1 – a) Espaço confinado Treinamentos
18 18.20.1 – b) Espaço confinado EPI
18 18.23.1 Atividades com eletricidade. EPI
18 18.26.1 Proteção contra incêndio. EPC
18 18.26.5 Prevenção e combate a incêndio. Treinamento
18 18.27.1 Sinalização de segurança do canteiro de obras EPC
18 18.28.1 Treinamento admissional e periódico para trabalhar na C Treinamento
onstrução Civil..
18 18.30.1 Tapume. AV e Apoio
18 18.37.3 Vestimenta EPI
18 ANEXO IV -5 Operação de PTA. Treinamentos
35 35.3.1 Trabalho em altura. Treinamento
35 35.4.5 Análise de Risco. Documentação
35 35.4.6 Procedimento para trabalho em altura. Documentação
35 35.4.7 Permissão para trabalho em altura Documentação
Fonte: Desenvolvida pelo autor.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
dos seus processos produtivos para produzir com maior eficiência possível. Dessa
forma, a partir deste estudo foi possível destacar o orçamento como instrumento de
controle dos itens referentes a saúde e segurança do trabalho na construção civil
vertical.
Isso se torna importante devido as corriqueiras informações de
penalizações a empresas de construção civil por não aplicarem corretamente as
disposições normativas sobre a saúde e segurança do trabalho. Além do setor de
construção civil figurar nas primeiras colocações dos níveis de acidentes de trabalho,
dentre os demais setores econômicos deste país.
Por se tratar de uma área de atuação muito abrangente, o profissional de
engenharia civil que detém especialização em uma determinada área comumente
apresenta outra sem conhecimentos profundos. Por isso foi desenvolvido o Check List
da Tabela 1, os profissionais da área de planejamento e orçamentos apresentam
certas dificuldades referente a saúde e segurança do trabalho, o que pode provocar
falhas na precisão do orçamento. Considerando-se empresas de pequeno e médio
porte, uma vez que apresentam menor estruturação.
Por fim, destaca-se a importância do orçamento como instrumento de
controle, em que na maioria das vezes é utilizado somente para estimar o preço final
do serviço ou da obra como um todo. Dessa forma, em períodos de grandes
concorrências entre em empresas é fundamental ter controle do projeto para evitar
prejuízos.
REFERÊNCIAS
ALDO DÓREA MATTOS (Brasil). Custo direto ou indireto? 2013. Disponível em:
<http://blogs.pini.com.br/posts/Engenharia-custos/custo-direto-ou-indireto-302173-
1.aspx>. Acesso em: 20 set. 2016.
MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo; Pini, 2010.
YAZIGI, Walid. A técnica de edificar / Walid Yazigi. – 10. Ed. Ver. E atual. – São
Paulo: Pini: : SindusCon, 2009